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jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />
<strong>173</strong><br />
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Abril 2020<br />
PERIODICIDADE | MENSAL<br />
ANO XV | 3 EUROS<br />
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Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/1<br />
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COVID-19<br />
AFTERMARKET<br />
CONTRA-ataca<br />
PÁG. 10<br />
+<br />
EM foco<br />
FILTROS<br />
AUTOMÓVEL<br />
de 28 marcas em análise<br />
atualidade<br />
PÁG. 6<br />
O mercado da distribuição de<br />
peças vive tempos difíceis que<br />
colocam em risco a saúde do setor<br />
federal-mogul<br />
PÁG. 22<br />
Fundada em 1899, a empresa do<br />
Grupo DRiV faz parte do património<br />
da indústria automóvel mundial<br />
ntn-snr<br />
PÁG. 42<br />
Construtor disponibiliza gama<br />
completa de componentes de<br />
distribuição e juntas homocinéticas<br />
técnica & serviço<br />
PÁG. 60<br />
A hibridação suave de 48 Volt é<br />
uma <strong>das</strong> soluções utiliza<strong>das</strong> para<br />
reduzir consumos e emissões<br />
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7|8|9 Maio 2021<br />
expoMECÂNICA - PORTO<br />
plateautv.pt<br />
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/2021
Editorial<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
EDITOR EXECUTIVO<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
REDAÇÃO<br />
Jorge Flores<br />
jorge.flores@apcomunicacao.com<br />
Joana Calado<br />
joana.calado@apcomunicacao.com<br />
DIRETOR COMERCIAL<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
GESTOR DE CLIENTES<br />
Paulo Franco<br />
paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
WEBMASTER<br />
António Valente<br />
IMAGEM E MULTIMÉDIA<br />
Catarina Gomes<br />
ARTE<br />
Hélio Falcão<br />
SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS<br />
E CONTABILIDADE<br />
financeiro@apcomunicacao.com<br />
PERIODICIDADE<br />
Mensal<br />
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66 - 66A, 2735 - 336 Cacém<br />
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interdita a utilização ou a reprodução desta publicação,<br />
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prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />
IMPRESSÃO<br />
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Tiragem – 10.000 exemplares<br />
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em Espanha<br />
www.apcomunicacao.com<br />
EDIÇÃO<br />
AP COMUNICAÇÃO<br />
Propriedade/Editor João Vieira - Publicações<br />
Unipessoal, Lda.<br />
Contribuinte 510447953<br />
Sede proprietário/editor Bela Vista Office, Sala<br />
2.29, Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336<br />
Cacém<br />
Gerência João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />
Principal acionista João Vieira (100%)<br />
Fax +351 219 288 053<br />
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Consulte o Estatuto Editorial no<br />
site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
TEMPOS<br />
DIFÍCEIS<br />
A<br />
crise do coronavírus (Covid-19) tornou-se numa <strong>das</strong> situações mais graves que Portugal viveu<br />
na sua história recente. E o pós-venda automóvel está a sofrer bastante com isso. Todos reconhecemos<br />
os esforços e os planos de contingência que estão a ser implementados pelo Governo<br />
para garantir a melhor gestão possível desta crise sanitária. Mas a angústia provocada pela<br />
incerteza quanto ao presente e ao futuro desta atividade, tomada de assalto por um inimigo<br />
imprevisível e sem rosto, está a levar as oficinas ao desespero. Sendo certo que elas prestam um<br />
serviço essencial à população, assegurando o bom funcionamento dos veículos e garantindo o transporte de pessoas<br />
e mercadorias em segurança. Por isso, o Governo decidiu mantê-las em funcionamento durante o Estado de<br />
Emergência, tal como acontece com distribuidores e retalhistas de peças. O setor mostra-se, assim, comprometido<br />
em participar na luta contra a pandemia de Covid-19, seguindo as recomendações <strong>das</strong> autoridades governamentais/sanitárias<br />
e querendo ser parte ativa da solução. Deste modo, as oficinas conseguem garantir os serviços<br />
necessários aos veículos prioritários <strong>das</strong> forças de segurança, meios de emergência e transportadoras. Para que<br />
nada lhes falte nestes tempos difíceis em que vivemos. Desde que, claro está, exista quem forneça as peças.<br />
Mas os exemplos que nos chegam de outros países europeus, nomeadamente de Espanha, França e Itália, onde<br />
a atividade do pós-venda teve um decréscimo brutal, devem fazer-nos refletir, analisar o estado <strong>das</strong> empresas e<br />
estudar novas ferramentas para manter (e, se possível, melhorar) a relação<br />
com o cliente. Perante uma situação de crise tão grave como esta,<br />
o setor precisa de respostas do Governo que permitam às empresas<br />
do pós-venda automóvel olhar para o futuro com otimismo<br />
e com a esperança de conseguirem manter a sua atividade e os<br />
seus postos de trabalho quando passar este “tsunami económico”.<br />
Impõe-se, por isso, medi<strong>das</strong> urgentes, adequa<strong>das</strong> ao setor, para<br />
minimizar o impacto desta situação de grande complexidade. O<br />
problema maior é a incerteza e o facto de não sabermos durante<br />
por quanto tempo esta crise se arrastará. Se o setor mantiver o baixo<br />
índice de atividade durante os próximos dois meses, haverá per<strong>das</strong><br />
significativas para as oficinas, não esquecendo os fabricantes de<br />
automóveis, que suspenderam, temporariamente, as suas produções<br />
na Europa. E, isso, também afetará os fabricantes de componentes.<br />
A recuperação da capacidade <strong>das</strong> empresas do setor, após<br />
esta crise sanitária, será lenta e dependerá da retoma da<br />
economia, sempre com um atraso considerável.<br />
Como acontece com to<strong>das</strong> as crises, esta também atingirá<br />
o seu pico, seguindo-se o natural abrandamento.<br />
Nessa altura, quando a vida <strong>das</strong> pessoas e a economia<br />
voltarem à normalidade, as oficinas têm de estar<br />
prepara<strong>das</strong> para retomar a sua atividade com mais<br />
força e maior entusiasmo. Mas estarão to<strong>das</strong> elas<br />
lá quando os consumidores puderem e quiserem<br />
voltar a investir? Oxalá que sim. l<br />
JOÃO VIEIRA | Diretor
FOLHA<br />
DE SERVIÇO<br />
IPSIS<br />
VERBIS<br />
DARIO ALVES,<br />
DIRETOR COMERCIAL DA INFORAP<br />
NO ÂMBITO DA REPARAÇÃO<br />
AUTOMÓVEL, O MECÂNICO<br />
TRADICIONAL ESTÁ<br />
A SER SUBSTITUÍDO<br />
POR TÉCNICOS COM<br />
COMPETÊNCIAS<br />
ACADÉMICAS NOS<br />
DOMÍNIOS DA MECÂNICA<br />
E DA ELETRÓNICA<br />
ALEXANDRE FERREIRA, PRESIDENTE<br />
DA DIREÇÃO DA ANECRA<br />
ENQUANTO MAIOR<br />
ASSOCIAÇÃO DO SETOR,<br />
CONGRATULAMO-NOS<br />
COM A DECISÃO DE<br />
MANTER AS OFICINAS DE<br />
REPARAÇÃO AUTOMÓVEL<br />
E AS EMPRESAS DE<br />
COMÉRCIO AFETAS A ESTE<br />
RAMO ABERTAS AO<br />
PÚBLICO<br />
COVID-19 NÃO FAZ PARAR JO<br />
Face ao Estado de Emergência decretado pelo Governo, devido à propagação do surto de coronavírus<br />
(Covid-19), o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> tomou as medi<strong>das</strong> necessárias para garantir a proteção dos seus<br />
colaboradores e assegurar a continuidade de todos os serviços relacionados com a sua atividade,<br />
nomeadamente a edição impressa do jornal e a publicação diária de conteúdos no site e nas redes sociais.<br />
Toda a equipa está, por isso, operacional. Só que a laborar a partir <strong>das</strong> suas casas em regime de teletrabalho,<br />
de forma a manter o compromisso de informar os profissionais do pós-venda acerca de tudo o que<br />
se passa nesta altura de grande preocupação e incerteza. Como especialistas em comunicação, continuaremos<br />
a divulgar as diferentes medi<strong>das</strong> que as empresas estão a adotar para enfrentar esta crise sanitária<br />
(e económica). Assim como partilharemos experiências, boas práticas e ações promovi<strong>das</strong>. Estamos<br />
disponíveis por email, telefone e WhatsApp, só para citarmos três exemplos. Com a mesma vontade e a<br />
dedicação de sempre. Se pararmos, aí sim, não teremos hipóteses de recuperar. Apelamos às empresas<br />
para que, dentro do possível, mantenham esta tónica e não parem também. Manifestamos a nossa total<br />
disponibilidade para colaborar com as associações e operadores do setor, de modo a desenvolvermos,<br />
em conjunto, medi<strong>das</strong> que ajudem o ramo automóvel a ultrapassar, rapidamente, estes tempos difíceis.<br />
Fazemos votos para que tudo regresse, em breve, à normalidade. Porque, no final, vamos ficar todos bem.<br />
SEMÁFORO<br />
JORGE VARANDAS, RESPONSÁVEL<br />
DE MARKETING DA AUTOZITÂNIA<br />
EXISTE A POSSIBILIDADE<br />
DE O SETOR SER AFETADO<br />
RELATIVAMENTE A STOCK<br />
DE PEÇAS COM A CRISE DO<br />
CORONAVÍRUS. TUDO<br />
DEPENDERÁ DAS<br />
MEDIDAS DE RESTRIÇÃO<br />
APLICADAS PELOS PAÍSES<br />
EXPORTADORES<br />
Coronavírus<br />
O mundo está a viver um autêntico<br />
pesadelo. O coronavírus tem obrigado as<br />
populações mundiais ao seu isolamento<br />
e tem ceifado milhares de vi<strong>das</strong> por onde<br />
passa. Mas o “tsunami económico” do<br />
pós-Covid-19 não será menos grave. O<br />
nosso Semáforo Vermelho, de revolta, vai<br />
para este imprevisível inimigo sem rosto.<br />
O aftermarket, com as suas fábricas (e<br />
negócios) em suspenso e stocks em falta,<br />
terá de reagir para não constar entre as<br />
vítimas desta pandemia.<br />
Motortec Madrid 2021<br />
A feira madrilena prepara uma ambiciosa<br />
etapa na sua vida. Depois de uma década<br />
de parceria com a Automechanika<br />
Frankfurt, a Motortec Madrid ganhou<br />
a sua “independência” para 2021.<br />
O objetivo é fortalecer a presença<br />
internacional e manter o foco nas<br />
especificidades <strong>das</strong> oficinas ibéricas. O<br />
nosso Semáforo Laranja, de expectativa,<br />
é, ao mesmo tempo, um desejo que a<br />
ousadia seja acompanhada de “fortuna”<br />
nestes tempos difíceis que atravessamos.<br />
Autozitânia<br />
O distribuidor português tornou-se<br />
sócio da AD Parts, membro do Grupo<br />
AD International. Com 530 pontos de<br />
venda e um volume de negócios de 800<br />
milhões de euros, em 2019, trata-se de<br />
um colosso da distribuição ibérica. O<br />
nosso Semáforo Verde, de aplauso, vai<br />
para a Autozitânia, que, ao consolidar a<br />
sua posição no mercado nacional, ganha,<br />
deste modo, músculo para enfrentar os<br />
desafios (e não são poucos...) do setor e<br />
eleva, ainda mais, a qualidade do serviço.<br />
4 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
A APARÊNCIA MUDA COM O TEMPO,<br />
A ESSÊNCIA PERMANECE<br />
A JAPOPEÇAS TEM UMA NOVA IMAGEM.
Atualidade<br />
DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS<br />
TRABALHO<br />
DE EQUIPA<br />
DISTRIBUIR PEÇAS PARA VEÍCULOS É UM TRABALHO DE EQUIPA<br />
ENTRE AS EMPRESAS QUE RECEBEM OS COMPONENTES VINDOS DOS<br />
FABRICANTES E OS OPERADORES QUE AS ENTREGAM, DEPOIS,<br />
A RETALHISTAS E OFICINAS. ESTES DOIS ELOS CUMPREM A SUA<br />
MISSÃO EM ESTREITA COLABORAÇÃO, DEIXANDO ESPAÇO PARA QUE<br />
CADA UM SE DEDIQUE AO QUE É REALMENTE IMPORTANTE. MESMO QUE<br />
TAL OBRIGUE A TOMAR MEDIDAS PROFILÁTICAS PARA NÃO COLOCAR<br />
EM RISCO A SAÚDE DO SETOR NESTES TEMPOS DIFÍCEIS<br />
QUE SE VIVEM NO PAÍS E NO MUNDO por Joana Calado<br />
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Numa sociedade que vive em contrarrelógio,<br />
as empresas têm de adaptar-se ao ritmo<br />
frenético <strong>das</strong> necessidades do mercado e às<br />
expectativas dos clientes, principalmente no que à<br />
distribuição de peças diz respeito. Porque, afinal,<br />
os consumidores querem tudo para ontem. Se a<br />
peça foi pedida hoje, já devia ter chegado. De tal<br />
forma, que há até quem defenda que se fazem mais<br />
entregas nas oficinas do que nas farmácias. Ou faziam-se,<br />
uma vez que se vivem tempos de mudança,<br />
de incerteza e de receio. A economia pode estar<br />
a contrair, como, de resto, se verifica atualmente,<br />
mas não pode parar. Até porque há todo um setor<br />
considerado essencial que tem de continuar a desempenhar<br />
a sua função. Foi no meio deste turbilhão<br />
de acontecimentos, onde os cenários mudam<br />
ao minuto, que alguns players aceitaram pronunciar-se<br />
sobre o mercado da distribuição de peças<br />
em Portugal.<br />
A César o que é de César<br />
Auto Delta e Autozitânia partilham a mesma tipologia<br />
de negócio, ainda que as suas atividades<br />
estejam circunscritas a geografias diferentes: fornecimento<br />
de componentes para automóveis. Por<br />
isso, não surpreende que, quando se aborda a distribuição<br />
de peças, as duas sigam a mesma linha de<br />
raciocínio. Contudo, ambas as organizações preferem<br />
focar-se no que melhor sabem fazer, deixando<br />
FUCHS_Anuncio_Generico_235x140.pdf 1 20/03/20 12:56<br />
a distribuição para quem é especialista no assunto.<br />
“A Auto Delta não tem experiência no transporte<br />
de mercadorias. Entendemos deixar este tipo de<br />
serviço para aqueles que têm já muitos anos de<br />
know-how, fator diferenciador em qualquer área<br />
de negócio”, explica Tiago Domingos, responsável<br />
de marketing da Auto Delta. Já Luís Antunes,<br />
diretor de recursos humanos e de qualidade da<br />
Autozitânia, refere que “to<strong>das</strong> as entregas da nossa<br />
empresa são efetua<strong>das</strong> através de transportadoras,<br />
quer com serviços dedicados, quer com serviços<br />
partilhados. Não temos frota própria, pois preferimos<br />
dedicar-nos ao nosso core business e deixar os<br />
transportes para os especialistas”.<br />
Sobre a importância <strong>das</strong> empresas de distribuição,<br />
os dois interlocutores também estão de acordo<br />
quando afirmam que esses operadores são parceiros<br />
fundamentais no negócio. Tiago Domingos,<br />
contudo, vai mais longe: “A necessidade do mercado<br />
em providenciar uma resposta rápida e efetiva,<br />
obriga a que os distribuidores de peças tenham<br />
uma relação próxima com esse tipo de empresas,<br />
conseguindo, assim, satisfazer os seus clientes de<br />
forma eficaz”. Por seu turno, Luís Antunes destaca<br />
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DISTRIBUIÇÃO<br />
DE PEÇAS<br />
A ECONOMIA PODE ESTAR A CONTRAIR, COMO, DE resto, SE VERIFICA<br />
ATUALMENTE, MAS não PODE PARAR. ATÉ PORQUE HÁ TODO UM setor<br />
CONSIDERADO ESSENCIAL QUE TEM DE CONTINUAR A FUNCIONAR<br />
as duas perspetivas do negócio. “Por um lado, temos<br />
os serviços de transporte partilhado, em que se privilegia<br />
o custo. Por outro, o serviço dedicado, que dá<br />
prioridade à qualidade do serviço, nomeadamente a<br />
rapidez na entrega”, esclarece.<br />
Adaptação é a palavra de ordem<br />
O setor automóvel está repleto de pequenas particularidades,<br />
tendo-se tornado numa atividade quase<br />
tão exigente como a da indústria farmacêutica.<br />
Contrastando com outras áreas, onde os timings<br />
são alargados, no caso concreto do setor automóvel<br />
falamos de horas ou minutos que podem afetar<br />
rentabilidades e dinâmicas inerentes ao próprio negócio.<br />
Orlando Peso, warehousing manager da GE-<br />
FCO Portugal, caracteriza o setor automóvel como<br />
tendo uma logística particular, onde não existem<br />
muitos players. “É um tipo de logística intensa, com<br />
timings de operação muito curtos e com distâncias<br />
que podem chegar a algumas centenas de quilómetros<br />
por rota de distribuição”, assegura.<br />
Mas os esforços de adaptação por parte <strong>das</strong> empresas<br />
de distribuição têm sido recompensados. Tiago<br />
Domingos, da Auto Delta, afirma que “não só essas<br />
empresas têm conseguido adaptar-se, como têm<br />
criado novos hábitos, liderando pelo exemplo no<br />
que toca ao aftermarket”. E acrescenta: “É precisamente<br />
a particularidade do setor e a especialização<br />
<strong>das</strong> empresas de distribuição que tem vindo a estabelecer<br />
novos paradigmas”. Já Luís Antunes, da Autozitânia,<br />
está convencido de que o “aparecimento<br />
de mais empresas de transporte dedica<strong>das</strong> ao nosso<br />
setor tem aumentado o número de entregas”.<br />
Aftermarket vs farmacêutica<br />
O mundo do aftermarket e a indústria farmacêutica<br />
são duas realidades que, à partida, em nada se<br />
tocam mas que acabam por relacionar-se intrinsecamente<br />
quando falamos de distribuição, quer pelo<br />
número de entregas diárias, quer pela especificidade<br />
<strong>das</strong> suas atividades. Para o diretor de recursos<br />
humanos e de qualidade da Autozitânia, “fazer<br />
duas entregas por dia já é completamente banal. Há<br />
muitos anos que temos quatro entregas diárias nas<br />
zonas de Lisboa, Coimbra e Porto. Mas os nossos<br />
clientes, provavelmente, ainda fazem mais entregas<br />
às oficinas”. Já o responsável de marketing da Auto<br />
Delta, afirma que “a redução de stocks em todos os<br />
elos da cadeia do aftermarket, decorrente da crise<br />
económica, leva a que, cada vez mais, haja um<br />
maior número de entregas diárias, o que poderá,<br />
num futuro próximo, conduzir a uma ultrapassagem<br />
clara ao setor farmacêutico”.<br />
Na opinião do warehousing manager da GEFCO<br />
Portugal, esta exigência do aftermarket faz com<br />
que “a operação esteja muito bem estruturada e suportada<br />
em sistemas informáticos que permiem a<br />
rápida gestão e processamento do pedido/entrega.<br />
No nosso armazém, que serve, maioritariamente, a<br />
zona de Lisboa, o lead time de preparação dos pedidos<br />
e a entrega ao cliente final, através da nossa<br />
distribuição, nos períodos mais tensos, é de duas ou<br />
três horas, dependendo da localização”, revela.<br />
Alimentar o “monstro”<br />
Este poderá vir a ser considerado um tema polémico<br />
no que diz respeito às entregas de peças. Estarão<br />
as empresas prepara<strong>das</strong> para que os distribuidores<br />
comecem a reduzir a cadência com que lhes enviam<br />
8 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
as encomen<strong>das</strong>? Para Luís Antunes, não há espaço para reduzir. “Na<br />
Autozitânia, existem quatro entregas por dia na Grande Lisboa, em<br />
Coimbra e no Porto. Não me parece que exista qualquer margem para<br />
podermos reduzir o número de entregas. Criámos o ‘monstro’ e, agora,<br />
vamos ter de continuar a alimentá-lo. Se abdicássemos de uma ou duas<br />
entregas, na visão do nosso cliente, passaríamos a prestar um mau serviço”,<br />
afirma.<br />
Já Tiago Domingos, discorda. “Na visão da Auto Delta, poderá (e deverá)<br />
haver margem para reduzir. A bem da saúde de todo o setor, deverá<br />
manter-se o ritmo. E, idealmente, reduzir-se sempre que possível. Na<br />
verdade, será muito complicado manter a qualidade se este ritmo de entregas<br />
aumentar ainda mais, pois ‘iremos bater de frente’ num conjunto<br />
de problemas”, preconiza.<br />
Olhar para o futuro<br />
O mundo muda a cada dia. E as empresas estão cientes disso. O setor<br />
automóvel tem vindo a sofrer profun<strong>das</strong> alterações, com os veículos<br />
elétricos e híbridos a “chegar, ver e vencer”. Como tal, as preocupações<br />
ambientais e económicas assumem cada mais força nas decisões <strong>das</strong><br />
empresas. “Cada um vai ter de habituar-se aos princípios básicos do<br />
negócio dos outros, sem que se entre em exageros de qualquer tipo. E<br />
ainda ao processo de adaptação de uma sociedade cada vez mais consciencializada<br />
a nível económico e ambiental. Na verdade, este é um dos<br />
grandes desafios que se colocam à distribuição de peças no futuro próximo.<br />
Acreditamos que estejam ainda muitos cenários em cima da mesa,<br />
assim como muito estará para acontecer neste domínio”, afirma Tiago<br />
Domingos, da Auto Delta.<br />
Por seu turno, Luís Antunes, da Autozitânia, fala da necessidade de<br />
uma definição clara da estratégia. “Temos vindo a assistir a uma aproximação<br />
do importador à oficina, aumentando a influência exercida<br />
pela distribuição, pois o importador acaba por estar mais distante da<br />
oficina. Todos os operadores vão ter de definir bem a sua estratégia de<br />
modo a conseguirem obter a maior rentabilidade possível”. Já para o<br />
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warehousing manager da GEFCO Portugal, a previsão do futuro não<br />
é fácil fazer. “O mercado está a atravessar uma fase de mudança e o<br />
próprio paradigma automóvel está a alterar-se com o crescimento <strong>das</strong><br />
ven<strong>das</strong> de veículos híbridos e elétricos, que, seguramente, trarão algumas<br />
diferenças, em que é preciso estarmos mais atentos às necessidades<br />
do mercado, não só ao nível dos clientes industriais, como, também, no<br />
que toca aos clientes particulares”, dá conta. Por enquanto, a GEFCO<br />
Portugal ainda não pondera alterar a sua frota para veículos sem emissões,<br />
uma vez que a oferta do mercado ainda não cobre as necessidades<br />
da empresa relativamente à autonomia. l<br />
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Destaque<br />
COVID-19<br />
AFTERMARKET<br />
CONTRA-ATACA<br />
O CORONAVÍRUS DECLAROU GUERRA AO MUNDO. E ALÉM DOS MILHARES DE VIDAS<br />
QUE TEM CEIFADO, AMEAÇA, GRAVEMENTE, A SAÚDE FINANCEIRA A NÍVEL GLOBAL.<br />
O AFTERMARKET NACIONAL NÃO ESTÁ IMUNE E OS SINTOMAS SÃO PREOCUPANTES.<br />
O TEMPO, AGORA, NÃO É PARA LAMENTOS, MAS PARA CONTRA-ATACAR A PANDEMIA<br />
DE COVID-19. PREPARADOS PARA A BATALHA? por Jorge Flores<br />
Preparados para a batalha! O coronavírus apanhou de<br />
surpresa o mundo e infetou, uma por uma, to<strong>das</strong> as<br />
atividades económicas do planeta. O aftermarket<br />
automóvel não foi exceção. Aos primeiros sintomas, dispararam<br />
os alarmes. Portas fecha<strong>das</strong>, distanciamento social,<br />
isolamento profissional, produções suspensas e uma consequente<br />
ameaça de falta de stock nos armazéns <strong>das</strong> empresas<br />
que distribuem peças para que as oficinas continuem a<br />
prestar os seus serviços à sociedade.<br />
A propagação do vírus no setor foi extremamente rápida.<br />
E os números de infetados e mortos, em todo o mundo (60<br />
óbitos, em Portugal, às 13h do dia 26 de março) obrigam<br />
todos a ser parte ativa desta guerra contra um inimigo invisível,<br />
viral e, absolutamente, fatal. O tempo é de reagir. Não<br />
haverá melhor vacina do que a união de todos os players do<br />
pós-venda nacional. As associações deram o exemplo. E as<br />
mãos. Ainda que à distância, entenda-se. Agora, é altura de<br />
contra-atacar a pandemia de Covid-19. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
apresenta-se na linha da frente. Ao longo <strong>das</strong> próximas<br />
páginas, procuramos fazer o ponto da situação do setor. De<br />
que forma está o coronavírus a afetar o aftermarket? Quais<br />
os principais obstáculos a superar? Quais os direitos e deveres<br />
de empregados e empregadores? Que apoios anunciou o<br />
Estado? Neste turbilhão de acontecimentos, onde previsões<br />
e estatísticas mudam ao minuto, tentámos encontrar respostas<br />
a essas e outras questões.<br />
<strong>Oficinas</strong> “essenciais”<br />
Nesta fase, to<strong>das</strong> as empresas que continuam a laborar cumprem<br />
os requisitos de segurança e confinamento impostos<br />
pelo decretado “estado de emergência”. Enquanto muitos fabricantes<br />
são obrigados a suspender as suas linhas de produção,<br />
outros tentam gerir turnos, de modo a minimizar os prejuízos.<br />
Várias organizações procuram manter a sua atividade<br />
em regime de teletrabalho, outra <strong>das</strong> medi<strong>das</strong> enfatiza<strong>das</strong> pelo<br />
Governo, que decretou o encerramento de to<strong>das</strong> as empresas<br />
que não prestem “serviços essenciais” à sociedade. Entre estas,<br />
segundo o executivo de António Costa, não estão as oficinas e<br />
casas de peças, que, embora gerindo a atividade em cumprimento<br />
com as medi<strong>das</strong> preventivas, devem continuar a funcionar.<br />
Uma medida que conta com a concordância da ANECRA,<br />
conforme de conta Alexandre Ferreira, presidente da direção,<br />
em comunicado oficial. “Enquanto maior associação do setor,<br />
congratulamo-nos com a decisão de manter as oficinas de reparação<br />
automóvel e as empresas de comércio afetas a este<br />
ramo abertas ao público, em particular pelo facto de o Governo<br />
ter considerado estas atividades como essenciais ao regular<br />
funcionamento económico e social do nosso país”, afirmou o<br />
responsável, que manifestou ainda a “total disponibilidade<br />
e empenho” da ANECRA, “no âmbito <strong>das</strong> suas capacidades<br />
e competências, para colaborar, ativamente, de modo a que<br />
todos possam enfrentar e sair rapidamente desta situação de<br />
grande gravidade que o país atravessa, fruto da crise provocada<br />
pela pandemia de Covid-19”, sublinhou.<br />
Prova disso, são as propostas apresenta<strong>das</strong>, na sequência da<br />
afirmação acima transcrita, sob o título, “Reforçar, Agilizar<br />
e Simplificar”. Um conjunto de iniciativas complementares<br />
que a associação acredita serem “fundamentais” para assegurar<br />
a viabilidade do setor automóvel. “Vivemos todos um<br />
10 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
COVID-19<br />
O TEMPO É DE REAGIR. NÃO HAVERÁ MELHOR VACINA DO QUE A UNIÃO<br />
DE toDOS OS PLAYERS DO PÓS-VENDA. AS ASSOCIAÇÕES DERAM O EXemplo.<br />
E AS MÃOS. À DISTÂNCIA, ENTENDA-SE. AGORA, É ALTURA DE CONTRA-ataCAR<br />
A COVID-19. O JORNAL DAS OFICINas ENCONTRA-SE NA LINHA DA FRENTE<br />
momento extremamente crítico, carregado<br />
de grandes incertezas e com<br />
consequências absolutamente imprevisíveis.<br />
Dificilmente, ao dia de<br />
hoje, podemos prever quais os reais<br />
impactos que esta situação terá nas<br />
nossas vi<strong>das</strong> nas suas diferentes vertentes:<br />
saúde publica, económica,<br />
social e política. Não temos dúvida<br />
que, no momento, a primeira prioridade<br />
é tentar garantir, por todos os<br />
meios possíveis, que esta pandemia<br />
seja rapidamente controlada e com<br />
as menores consequências do ponto<br />
de vista da saúde pública”, sublinha<br />
a associação. “No entanto, não podemos<br />
(nem devemos) deixar de juntar<br />
a nossa voz a todos aqueles que têm<br />
vindo a alertar para as gravíssimas<br />
consequências que a atual situação,<br />
de quase absoluta paralisia da atividade<br />
económica, pode significar para<br />
o elevadíssimo risco do disparo de<br />
falências de empresas e de desemprego<br />
em larga escala. O setor que<br />
representamos, o automóvel, tem<br />
uma importância fundamental e de<br />
absoluta relevância para a economia<br />
portuguesa”, alerta a associação.<br />
A ANECRA, que representa mais<br />
de 3.200 empresas do setor, na sua<br />
maioria micro e pequenas, “regozija-se<br />
e saúda o lançamento <strong>das</strong><br />
medi<strong>das</strong> de carácter extraordinário<br />
que o Governo português anunciou<br />
recentemente. Algumas <strong>das</strong> quais<br />
em linha com o que, em tempo útil,<br />
reclamámos, muito em concreto os<br />
casos da flexibilização e agilização<br />
do regime de lay-off ou da criação de<br />
uma linha de crédito acessível também<br />
às empresas do nosso setor (ver<br />
caixa, nestas páginas)”, acrescenta o<br />
mesmo comunicado.<br />
Combater, simplificar...<br />
A associação lança um repto para a<br />
“simplificação, agilização” e, porventura,<br />
“reforço” de algumas <strong>das</strong> medi<strong>das</strong><br />
extraordinárias lança<strong>das</strong> pelo<br />
Governo, “sob o risco de as mesmas<br />
não chegarem a produzir o efeito desejado,<br />
com to<strong>das</strong> as consequências<br />
desastrosas que daí adviriam para o<br />
nosso tecido empresarial”. São seis as<br />
medi<strong>das</strong> propostas pela ANECRA. A<br />
primeira, prende-se com a “rapidez<br />
na implementação e operacionalização<br />
<strong>das</strong> medi<strong>das</strong>”. Segundo a associação,<br />
“é fundamental, que as medi<strong>das</strong><br />
lança<strong>das</strong> sejam claras, simples quanto<br />
aos procedimentos e, acima de tudo,<br />
rápi<strong>das</strong>, tanto na sua implementação<br />
como na consequente operacionalização.<br />
Se as medi<strong>das</strong> não forem céleres,<br />
simples e claras, corremos o sério risco<br />
de a sua eficácia ser diminuta ou<br />
mesmo nula”, enfatiza.<br />
O segundo ponto diz respeito ao “regime<br />
de lay-off simplificado”. Para a<br />
ANECRA, trata-se de uma <strong>das</strong> iniciativas<br />
de “maior potencial de alcance<br />
e que mais pode ajudar as pequenas<br />
empresas a ultrapassar esta<br />
crise, mantendo a sua atividade e<br />
continuando a assegurar os postos de<br />
trabalho”, vinca. Apesar de saudar a<br />
simplificação do regime, mantém-se<br />
um receio de que “a regra que pressupõe<br />
dois meses de quebra de faturação<br />
face ao período homólogo do ano<br />
transato seja, ainda assim, bastante<br />
limitativa”. Mais: “Muitas empresas<br />
só poderão aceder a este regime em<br />
maio ou mesmo junho. Pode ser tarde<br />
demais”, avisa a associação, que<br />
pretende ver “alargado” o regime aos<br />
“trabalhadores temporários” e aos<br />
“sócios-gerentes <strong>das</strong> empresas”, atendendo<br />
ao facto de que grande parte<br />
destas “são microempresas (com caráter<br />
familiar) e os trabalhadores são<br />
os sócios e vice-versa”.<br />
Ainda sobre a rapidez no pagamento,<br />
a ANECRA frisa: “O lay-off simplificado<br />
pressupõe que as empresas<br />
adiantem uma parte significativa do<br />
salário ao trabalhador (dois terços),<br />
recebendo, mais tarde, um terço do<br />
Estado. A rapidez no pagamento<br />
deste valor pelo Estado é determinante.<br />
Em particular, numa altura<br />
em que as empresas terão uma pressão<br />
elevadíssima sobre a sua tesouraria”,<br />
salienta ainda o comunicado.<br />
O terceiro ponto é a “flexibilização<br />
do regime de marcação e gozo de<br />
férias”. Afirma a ANECRA que “seria<br />
extremamente importante, que,<br />
neste momento de absoluta excecionalidade,<br />
se pudessem implementar<br />
medi<strong>das</strong> que visem a possibilidade<br />
de flexibilizar o regime de marcação<br />
e gozo de férias pelos trabalhadores.<br />
Seria uma medida temporária e que<br />
pode ter um papel importante na defesa<br />
dos postos de trabalho”.<br />
Apoiar, apoiar, apoiar...<br />
As “linhas de crédito” são o foco do<br />
quarto ponto. “Reconhecemos que o<br />
lançamento de linhas de crédito, que<br />
visam a liquidez <strong>das</strong> empresas, são<br />
absolutamente determinantes para<br />
12 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
que as mesmas possam ultrapassar<br />
este enorme desafio. Não podemos,<br />
no entanto, deixar de referir que muito<br />
do nosso tecido empresarial está, já<br />
hoje, grandemente endividado. Desta<br />
forma, é nossa opinião que estas linhas<br />
de crédito deverão cumprir alguns<br />
pressupostos, de forma a atingir<br />
os objetivos pretendidos”.<br />
Nesse sentido, reclama linhas de crédito<br />
com “períodos longos”, de forma<br />
a ganhar tempo. “Estes terão, forçosamente,<br />
de ter um período de carência<br />
razoável e um plano de pagamento<br />
relativamente longo. O período<br />
de carência deverá apontar para um<br />
período não inferior a seis meses e<br />
idealmente um ano. Por sua vez, o<br />
plano de pagamento não deverá, em<br />
circunstância alguma, ser inferior a<br />
quatro ou cinco anos. Seria também<br />
desejável que o Estado pudesse dar<br />
o seu apoio através de um regime de<br />
bonificação destas linhas de crédito.<br />
Desta forma, o Estado daria um<br />
importante contributo e incentivo à<br />
adesão <strong>das</strong> empresas a estas linhas<br />
de liquidez. Processo sem o qual,<br />
muitos ficarão pelo caminho”, frisa.<br />
No quinto ponto, a ANECRA centra-<br />
-se na questão <strong>das</strong> “moratórias para<br />
ren<strong>das</strong> de estabelecimentos fechados”.<br />
E avança: “Nas empresas, geralmente<br />
após o custo com a massa salarial, os<br />
encargos com a ren<strong>das</strong> vêm logo a seguir.<br />
Medi<strong>das</strong> que visem a implementação<br />
de um regime de moratórias nas<br />
ren<strong>das</strong> podem, em muitos casos, ser<br />
absolutamente determinantes”, sublinha<br />
a proposta. Por fim, no sexto ponto<br />
da missiva, as “moratórias de crédito<br />
bancário com períodos longos”. Por<br />
outras palavras, “não basta adiar o pagamento<br />
de dívi<strong>das</strong> à banca durante<br />
três meses. É preciso dar tempo para<br />
que as empresas se recomponham”,<br />
explica a associação. “A proposta destas<br />
medi<strong>das</strong> é, na verdade, o resultado<br />
de muitas conversas telefónicas que,<br />
nos últimos dias, fomos tendo com<br />
muitos dos nossos associados, parceiros,<br />
empresários e gestores, todos<br />
eles com um objetivo comum: combater<br />
esta situação de calamidade que<br />
todos vivemos e lutar, em conjunto,<br />
para manter as nossas empresas e os<br />
postos de trabalho”, diz. E acrescenta:<br />
“As medi<strong>das</strong> de lay-off, as moratórias<br />
dos bancos, as linhas de crédito e o<br />
deferimento de impostos, são medi<strong>das</strong><br />
extremamente importantes, fundamentais<br />
até. Mas, como referido<br />
anteriormente, pede-se, simplicidade,<br />
celeridade e, se possível, reforço<br />
de algumas destas medi<strong>das</strong>. Só assim<br />
garantiremos que alguns dos nossos<br />
melhores não ficarão pelo caminho”,<br />
enfatiza a ANECRA em comunicado.<br />
Associações uni<strong>das</strong><br />
Uma por uma. E to<strong>das</strong> por to<strong>das</strong>. A<br />
DPAI/ACAP, também já fez ouvir a<br />
sua voz, em comunicado oficial, perante<br />
este “momento crítico” e de impactos<br />
ainda imprevisíveis no setor,<br />
provocados pela propagação da pan-<br />
EXPOMECÂNICA SÓ EM 2021<br />
“ADIAMENTO FOI decisÃO DIFÍCIL”<br />
Os efeitos do coronavírus no setor têm sido duros e levado ao adiamento ou cancelamento de<br />
inúmeros eventos. Foi o caso da 7.ª edição da expoMECÂNICA, que deveria ter lugar em abril,<br />
depois chegou a ser anunciada para junho, mas que, finalmente, acontecerá apenas em 2021. José<br />
Manuel Costa, diretor-geral da Kikai Eventos, reconhece ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> que foi uma “decisão<br />
difícil”. E explica. “É a primeira vez, desde a criação da expoMECÂNICA, em 2014, que temos de<br />
tomar uma decisão desta natureza. Já tínhamos realizado importantes investimentos na feira,<br />
como são disso exemplo os salários e encargos com os funcionários, o aluguer dos pavilhões da Exponor,<br />
a publicidade, a produção gráfica, as viagens de jornalistas, os serviços de comunicação digital<br />
e de assessoria de imprensa. Com a exceção do aluguer dos pavilhões, os demais investimentos<br />
perderam-se e teremos de efetuar novos”, revela. “Naturalmente, que este aspeto é importante. No<br />
entanto, houve sempre a preocupação com a segurança de to<strong>das</strong> as pessoas envolvi<strong>das</strong> na feira:<br />
funcionários, expositores, parceiros, fornecedores e visitantes. Essa questão é essencial e constitui<br />
prioridade máxima para a Kikai, pelo que, na hora de adiar a feira para junho, não hesitámos um<br />
segundo. Quando, inicialmente decidimos adiar para junho, a expectativa era de que a situação de<br />
saúde pública pudesse ser controlada rapidamente. Desde então, tem-se agravado a pandemia,<br />
tanto em Portugal, como em Espanha. Além disso, nos últimos dias, o discurso do Governo ao<br />
apontar para junho o controlo do surto, bem como indiciar que as aulas poderão não ser retoma<strong>das</strong>,<br />
foram, para a Kikai sinais muito claros que não haveria condições para a realização da feira em<br />
junho”, admite José Manuel Costa. E acrescenta: “As razões para o adiamento da expoMECÂNICA<br />
para 2021 foram assumi<strong>das</strong> de forma clara e honesta, no comunicado que dirigimos a todos os<br />
expositores e parceiros associativos e de media”.<br />
Mais: “Naquele documento, fazemos questão de referir a questão de saúde pública, mas,<br />
também, a questão de ordem económica que se abateu sobre a sociedade, em geral, e o setor<br />
da reparação e pós-venda automóvel, em particular. Por outro lado, acreditamos que, em 2020,<br />
não haverá um adequado ambiente de negócios, nem condições emocionais, para a realização<br />
da expoMECÂNICA. Assumimos o compromisso de falar, telefonicamente, com cada um dos<br />
expositores e parceiros e, até ao momento, a palavra que mais vezes tem sido repetida, tanto ao<br />
telefone quanto por email, é ’sensato’. Acreditamos que a decisão de realizar a expoMECÂNICA<br />
em 2021 poderá ser um excelente mote para relançar a dinâmica do setor. E naquilo que depender<br />
da Kikai Eventos e da sua equipa, não fugiremos a este desafio”, sublinha o responsável.<br />
José Manuel Costa conta que, além de tudo, muitos expositores enfrentavam problemas de<br />
stock e de material para apresentar na feira. “Nos contactos iniciais, quando estudávamos as<br />
possibilidades de adiar para junho, essa foi uma <strong>das</strong> razões que algumas empresas apontaram,<br />
juntamente com algumas dificuldades técnicas, que se prendiam com a impossibilidade de<br />
garantir a vinda de técnicos estrangeiros para formações na feira. Penso que essa questão não<br />
seria um impeditivo para qualquer empresa participar, mas tornaria, eventualmente, a feira<br />
mais pobre como montra de produtos e novidades”, diz.<br />
Os cálculos do prejuízo económico ainda não são conhecidos na sua totalidade. “Não temos<br />
o valor final, mas olhando para algumas rubricas cita<strong>das</strong> acima, podemos falar, tranquilamente,<br />
de per<strong>das</strong> acima de 100 mil euros para a Kikai Eventos. Veja-se que alguns custos e<br />
investimentos realizados terão de ser repetidos, sem nenhum aproveitamento do que foi feito<br />
anteriormente. Nesse sentido, também propusemos aos nossos expositores que os valores<br />
pagos em 2020 pudessem transitar como créditos para a edição a realizar em 2021. Só com<br />
esse importante apoio e sinal, poderemos oferecer e entregar uma feira de qualidade”, conclui.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 13
COVID-19<br />
“CONGRATULAMO-NOS COM A DECISÃO DE MANTER AS OFICINAS DE REPARAÇÃO<br />
AUTOMÓVEL E AS EMPRESAS DE COMÉRCIO AFETAS A ESTE RAMO ABERTAS<br />
AO PÚBLICO, EM PARTICULAR PELO FACTO DE O GOVERNO TER CONSIDERADO<br />
ESTAS ATIVIDADES COMO ESSENCIAIS PARA O PAÍS”, REFERIU A ANECRA<br />
demia de Covid-19. “O setor automóvel<br />
é fundamental para a economia<br />
portuguesa. Pelas receitas fiscais, pelo<br />
emprego. É, também, um setor no<br />
qual prevalecem as PME e microempresas,<br />
muitas organizações familiares.<br />
Desde o primeiro minuto, a DPAI<br />
está a trabalhar, no seio da ACAP,<br />
num conjunto de medi<strong>das</strong> de apoio<br />
específico para o setor, incluindo para<br />
a atividade do pós-venda automóvel”,<br />
adianta a DPAI, que solicita medi<strong>das</strong><br />
urgentes ao Governo, tais como uma<br />
“linha de crédito específica para as<br />
empresas deste setor, alteração do regime<br />
de lay-off, de modo a permitir o<br />
acesso imediato a ele para as empresas<br />
que tenham tido uma quebra de faturação<br />
superior a 40%, nos últimos 30<br />
dias ou comparativamente com a do<br />
mês homólogo do ano anterior, e deveria,<br />
ainda, resultar claro deste regime<br />
a possibilidade de lay-off parcial,<br />
assim como a alteração do regime de<br />
férias, de modo a permitir, desde já, a<br />
sua marcação”. A ACAP congratula-se<br />
com o facto de o Governo ter atendido<br />
às suas propostas, “sendo que os estabelecimentos<br />
de comércio de peças<br />
para automóveis e motos, assim como<br />
os serviços de manutenção e reparação<br />
destes veículos, poderão continuar<br />
abertos e em funcionamento,<br />
acrescendo a estes o comércio grossista<br />
e a prestação de serviços entre<br />
operadores económicos”.<br />
Mas não ficou por aqui. Em comunicado<br />
conjunto, as associações nacionais<br />
do setor mostram-se muito uni<strong>das</strong> no<br />
combate ao coronavírus. ACAP, AFIA,<br />
ANECRA e ARAN reafirmam a sua<br />
concordância com as medi<strong>das</strong> toma<strong>das</strong><br />
pelo executivo de António Costa,<br />
mas realçam a necessidade de um<br />
“plano específico para as empresas do<br />
setor”. Perante a ameaça de um “tsunami<br />
económico”, recordam os números<br />
DPAI/ACAP<br />
MANUAL DE CRISE... E DE APOIOS<br />
A Comissão de Mobilidade da DPAI/ACAP divulgou um folheto informativo para apoiar as<br />
oficinas perante os efeitos e ameaças da Covid-19. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> deixa-lhe os principais<br />
pontos deste “manual de “crise”, nomeadamente em matéria de apoios às empresas. “Entre<br />
as medi<strong>das</strong>, prevê-se a criação de um apoio extraordinário à manutenção dos contratos de<br />
trabalho para empresas em situação de crise empresarial (lay-off simplificado); um plano<br />
extraordinário de formação; a isenção temporária do pagamento de contribuições à Segurança<br />
Social, a cargo da entidade empregadora; um incentivo financeiro extraordinário para apoio à<br />
normalização da atividade da empresa; uma linha de crédito para fundo de maneio e plafond<br />
de tesouraria”.<br />
O documento também aborda as contingências recomenda<strong>das</strong> para que as empresas possam<br />
continuar a laborar. “As medi<strong>das</strong> de contingência e prevenção adota<strong>das</strong> pela oficina devem<br />
ser comunica<strong>das</strong> a todos os colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros, através dos<br />
meios eletrónicos disponíveis e, igualmente, afixa<strong>das</strong> em lugar visível, durante o período de<br />
contingência”. Mais: “Privilegiam-se to<strong>das</strong> as formas de contacto com clientes, fornecedores e<br />
parceiros à distância: telefone, email, skype e plataformas web disponibiliza<strong>das</strong> para pedidos<br />
de material a fornecedores; orçamentos e marcações online para clientes”. Por outro lado, “as<br />
comunicações internas deverão manter-se assegura<strong>das</strong>, preferencialmente através de meios<br />
eletrónicos de forma a evitar reuniões presenciais” e não se deve “promover nem frequentar<br />
eventos ou ações de formação presenciais”, indica o documento. “Todos os colaboradores cujas<br />
funções possam ser assegura<strong>das</strong> a partir de casa, deverão fazê-lo, devendo a entidade patronal<br />
proporcionar as condições que o permitam”, diz.<br />
A DPAI/ACAP recomenda que to<strong>das</strong> as intervenções nos automóveis devem “iniciar-se e<br />
terminar com a desinfeção de todos os pontos frequentes de contacto físico: chaves, portas,<br />
puxadores, volantes, travão de mão, manete <strong>das</strong> mudanças e manípulos de instrução internos”.<br />
E ainda que, durante este serviço, seja utilizado “material descartável de proteção de bancos,<br />
volantes, manípulo de travão de mão e <strong>das</strong> manetes de mudanças”. Entre os muitos pontos<br />
abordados pelo documento informativo, destacam-se outros dois: “A realização de testes<br />
de estrada não deverá ser acompanhada pelo cliente”; “As transportadoras devem aguardar<br />
pela autorização da oficina para descarregar o material e seguir as suas indicações estritas.<br />
A receção de material deverá ser confinada a apenas um colaborador nomeado para tal, que<br />
procederá à sua recolha e encaminhamento, assegurando os cuidados de desinfeção em<br />
objetos e mãos”, pode ler-se.<br />
14 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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PELas RECEITAS FISCAIS, PELO EMPREGO. É, TAMBÉM, UM SETOR NO QuaL<br />
PREVALECEM AS PME E MICROEMPResas, MUITAS ORGANIZAÇÕES FAMILIARES.<br />
ESTAMOS A TRABALHAR NUM CONJUNTO DE medi<strong>das</strong> DE APOIO AO SETOR,<br />
INCLUINDO paRA A ATIVidade DO PÓS-Venda AUTOMÓVEL”, dpai/ACAP<br />
deste importante tecido empresarial.<br />
“O setor automóvel representa 19%<br />
do PIB, 25% <strong>das</strong> exportações de bens<br />
transacionáveis e emprega, diretamente,<br />
cerca de 200 mil pessoas. Por<br />
outro lado, em termos da União Europeia,<br />
Portugal é dos países em que as<br />
receitas fiscais gera<strong>das</strong> pelo setor automóvel<br />
maior peso têm no total <strong>das</strong> receitas<br />
fiscais do Estado, representando<br />
21% do total dessas receitas”, afirmam<br />
em comunicado.<br />
Vi<strong>das</strong> em suspenso<br />
Para as empresas do setor, a vida encontra-se<br />
em suspenso. Mesmo que<br />
continuem a laborar, com to<strong>das</strong> as<br />
regras de prevenção, a realidade mudou<br />
muito. “A Autozitânia cumpre,<br />
de forma rigorosa, to<strong>das</strong> as indicações<br />
da<strong>das</strong> pela Direção-Geral de<br />
Saúde. Continuamos a laborar sem<br />
constrangimentos de maior, apelando<br />
ao cumprimento de to<strong>das</strong> as regras<br />
de segurança. No atendimento<br />
ao público, temos algumas restrições<br />
a nível de balcões, essencialmente<br />
no contacto com clientes”, assegura<br />
o responsável de marketing, Jorge<br />
Varan<strong>das</strong>. Poderemos estar perante<br />
um forte problema de stocks? “Existe<br />
a possibilidade de o setor ser afetado<br />
relativamente a stock de peças. Tudo<br />
dependerá <strong>das</strong> medi<strong>das</strong> de restrição<br />
aplica<strong>das</strong> pelos países exportadores<br />
e pelo possível encerramento de<br />
unidades de fabrico”, diz. Segundo<br />
ainda Jorge Varan<strong>das</strong>, “a Autozitânia<br />
está em permanente contacto com as<br />
entidades oficiais e cumpre, escrupulosamente,<br />
to<strong>das</strong> as indicações de<br />
segurança pessoal e coletiva”, além<br />
de ter optado pelo “encerramento do<br />
balcão de atendimento ao público<br />
em alguns pontos de venda (devendo<br />
os clientes efetuar as suas encomen<strong>das</strong><br />
através de email, telefone<br />
ou plataformas digitais existentes”.<br />
Além disso, o levantamento de encomen<strong>das</strong><br />
“é efetuado sem contacto<br />
físico entre colaboradores e clientes<br />
PÓS-Venda EM espanHA<br />
SETOR À BEIRA DO DESESPERO<br />
Os efeitos do coronavírus em Espanha são avassaladores. À data do fecho deste artigo (26<br />
de março), o número de mortos ultrapassara já os 4.000, colocando o país no segundo<br />
lugar em termos de vítimas mortais provocados pela Covid-19 – mais grave só em Itália,<br />
com mais de 7.500. Como seria de esperar, o cenário do pós-venda é caótico. Segundo a<br />
newsletter Posventa, apenas 20% <strong>das</strong> oficinas de Madrid se encontra a funcionar. Informação<br />
avançada por este órgão de comunicação especializado aponta para que a falta<br />
de trabalho seja a causa de 100% dos fechos <strong>das</strong> oficinas; 6% por imposição da ordem<br />
pública; 91% por falta de peças e outros materiais; 4% por baixas médicas e necessidades<br />
de isolamento; 40% por receio de contágio.<br />
Paralelamente, segundo a mesma newsletter, a Fecatra (Federação Catalã de <strong>Oficinas</strong><br />
de Reparação de Automóveis) e a CIRA (Associação Catalã de Retalhistas) emitiram uma<br />
declaração conjunta a denunciar a existência de um “grande número de empresas na<br />
Catalunha, incluindo suas representa<strong>das</strong>, que não são beneficia<strong>das</strong> <strong>das</strong> medi<strong>das</strong> conti<strong>das</strong><br />
no Decreto-Lei 8/2020 para fazer face ao impacto económico criado pela Covid-19. “Como<br />
atividades excluí<strong>das</strong> da proibição de abertura prevista no decreto-lei, não estamos abrangidos<br />
pela situação de força para podermos beneficiar dos apoios anunciados”, afirmam<br />
as entidades. E acrescentam: “O facto de as nossas atividades não serem força<strong>das</strong> a fechar,<br />
não significa que não estejam em situação vulnerável. Basta constatar que, nas nossas<br />
instalações, os clientes não entram e/ou têm dificuldades no abastecimento, sem que se<br />
prevejam moratórias ou prerrogativas para as suas obrigações de pagamento”. Além disso,<br />
acrescentam, “a falta de aprovisionamento durante o estado de emergência compromete,<br />
seriamente, a receita necessária que permita fazer frente aos custos de modo a manter<br />
os nossos negócios a funcionar, custos que não estão a ser considerados nas medi<strong>das</strong> e<br />
apoios anunciados pelo Governo espanhol”.<br />
16 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
nos pontos de venda”, afirma.<br />
“A manutenção da distância de segurança<br />
nos balcões dos nossos pontos<br />
de venda, através de mecanismos físicos,<br />
sendo que o número máximo<br />
de clientes nos espaços abertos ao<br />
público é de quatro pessoas em simultâneo.<br />
E com obrigatoriedade de<br />
existência de distância de segurança.<br />
A deslocação de trabalhadores para o<br />
domicílio em regime de teletrabalho,<br />
sempre que a situação o permita, são<br />
outras <strong>das</strong> medi<strong>das</strong> implementa<strong>das</strong>”,<br />
esclarece. Jorge Varan<strong>das</strong> considera<br />
que, para já, ainda não é tempo de fazer<br />
contas ao prejuízo. “É prematuro<br />
fazer qualquer tipo de cenário quanto<br />
a uma eventual crise. Estamos perante<br />
uma situação com uma dinâmica<br />
muito própria e imprevisível. Contudo,<br />
sabemos que esta situação acarretará<br />
sempre inevitáveis prejuízos, que<br />
variarão consoante a sua duração”,<br />
admite o responsável da Autozitânia.<br />
A DRiV afina pelo mesmo diapasão.<br />
“A presente situação é muito complexa,<br />
principalmente no que diz<br />
respeito aos nossos fornecedores de<br />
materiais, logística e componentes.<br />
Estamos, portanto, preocupados com<br />
o facto de podermos enfrentar, coletivamente,<br />
um evento de força maior a<br />
curto prazo, devido a fatores fora do<br />
nosso controlo que podem afetar a<br />
nossa capacidade de fornecer determinados<br />
produtos. Temos uma rede<br />
global de 87 unidades de fabrico e<br />
centros de distribuição de pós-venda.<br />
A maioria dos nossos produtos é produzida<br />
nas regiões onde são vendidos.<br />
Tudo está a ser feito de modo a minimizar<br />
o impacto da eventual escassez<br />
de matérias-primas”, explica Catarina<br />
Albuquerque, da F.C.V. Costa.<br />
“A equipa da DRiV está a trabalhar,<br />
diligentemente, para avaliar e mitigar<br />
qualquer risco potencial para<br />
o seu negócio e garantir a continuidade<br />
do fornecimento. Garantimos<br />
a capacidade da nossa cadeia de suprimentos<br />
a curto prazo num nível<br />
normal de padrão de pedidos e temos<br />
equipas multifuncionais e dedica<strong>das</strong>,<br />
implementa<strong>das</strong> em todos os fusos<br />
horários, trabalhando, diariamente,<br />
nas nossas fábricas e fornecedores<br />
para, em tempo real, avaliar qualquer<br />
possível interrupção”, afirma.<br />
E esclarece: “Enquanto essa situação<br />
evolui, estamos a preparar uma cadeia<br />
de suprimentos para expandir<br />
a capacidade baseada na Europa,<br />
Médio Oriente e África (EMEA),<br />
para fornecer alívio aos clientes que<br />
podem ter dificuldades noutros lugares.<br />
Embora ainda seja muito cedo<br />
para discutir volumes específicos”.<br />
Para Catarina Albuquerque, a crise<br />
económica “é já uma realidade e<br />
transversal à maioria dos setores de<br />
atividade”. Mas considera “prematuro”<br />
avançar com previsões para o<br />
setor, uma vez que esta “pandemia<br />
tem ainda muitas características que<br />
se desconhecem. Mas será a velocidade<br />
com que a mesma conseguirá<br />
ser contida que ditará a extensão dos<br />
prejuízos futuros”, reconhece. l<br />
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OPINIÃO<br />
DARIO ALVES, DIRETOR COMERCIAL DA INFORAP<br />
VENTOS DE MUDANÇA<br />
O MODELO DE NEGÓCIO DA VENDA E REPARAÇÃO AUTOMÓVEL ESTÁ A PASSAR POR MUDANÇAS NATURAIS<br />
DE AJUSTAMENTO A NOVAS REALIDADES TECNOLÓGICAS, DE CUSTOS E DE RENTABILIDADE<br />
A<br />
diferença para fases<br />
semelhantes já vivi<strong>das</strong> é a<br />
duração em que ocorrem,<br />
acontecendo, na atualidade, de<br />
forma mais acelerada, o que<br />
acentua o desafio colocado a<br />
gestores, quadros de direção e<br />
técnicos. Temos vindo a constatar<br />
a propensão que tem a distribuição<br />
automóvel ao ser protagonizada,<br />
tendencialmente, por grandes<br />
grupos, com representação<br />
multimarca. Esta é uma <strong>das</strong> formas<br />
de se conseguirem sinergias que se<br />
traduzam na otimização de custos,<br />
indispensável para se obter alguma<br />
rentabilidade global. Poderá, no<br />
entanto, não ser suficiente a médio<br />
prazo, o que implicará novas formas<br />
de servir o consumidor.<br />
A recente reestruturação da rede<br />
de concessionários da Renault,<br />
com o objetivo de cortar dois<br />
mil milhões de euros até 2024,<br />
poderá servir de referência para<br />
outras reestruturações de outras<br />
marcas ou grupos empresariais.<br />
Esta reestruturação baseia-se na<br />
transferência do modelo comercial<br />
tradicional para um modelo<br />
baseado em ven<strong>das</strong> online (fonte:<br />
https://observador.pt/2020/03/02/<br />
renault-vende-concessionariospara-abracar-ven<strong>das</strong>-online/).<br />
Esta trajetória surge como óbvia<br />
e sensata, uma vez que vai ao<br />
encontro <strong>das</strong> necessidades <strong>das</strong><br />
empresas concessionárias e dos<br />
interesses dos consumidores,<br />
considerando que as plataformas<br />
online acrescentam múltiplas<br />
vantagens para o consumidor face<br />
ao concessionário convencional.<br />
A única limitação será a de não<br />
proporcionar a experiência da<br />
condução, pelo que terá de existir<br />
sempre uma entidade local<br />
com essa responsabilidade. No<br />
entanto, mesmo essa experiência<br />
poderá ser substituída por vídeos,<br />
cenários e avaliações realizados por<br />
especialistas independentes e de<br />
competência reconhecida.<br />
No âmbito da reparação automóvel,<br />
as mudanças em curso também<br />
são evidentes. O mecânico<br />
tradicional está a ser substituído<br />
por técnicos com competências<br />
académicas nos domínios da<br />
mecânica e da eletrónica. Os custos<br />
de diagnóstico e intervenção num<br />
órgão são elevadíssimos, pelo que<br />
a intervenção tende a resumirse<br />
ao diagnóstico eletrónico e à<br />
substituição do órgão em causa,<br />
sendo, em princípio, o custo e o<br />
tempo de reparação menores e<br />
o resultado final mais fiável. O<br />
consumidor não iria compreender<br />
por que razão teria de pagar mais<br />
pela reparação de um componente,<br />
com garantia limitada, tendo como<br />
alternativa mais célere e barata a<br />
substituição. Este cenário poderá<br />
não ser, a priori, do agrado do<br />
consumidor, mas é incontornável<br />
para a continuidade do negócio<br />
da oficina. Esta tendência coloca<br />
uma responsabilidade acrescida ao<br />
fabricante, de criar as condições de<br />
recolha e recondicionamento, por<br />
razões relevantes, nomeadamente<br />
de ordem ambiental.<br />
Os gestores devem, hoje, mais<br />
do nunca, estar atentos às novas<br />
tendências, interpretar os dados<br />
estatísticos de consumo e identificar<br />
as necessidades e expectativas dos<br />
consumidores. Com base nesse<br />
múltiplo conhecimento, deverão<br />
refletir sobre as suas organizações,<br />
os processos instituídos e<br />
implementar as mudanças que se<br />
impõem no seu marketing mix, com<br />
ênfase na componente de marketing<br />
de serviços. l<br />
NO ÂMBITO DA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL,<br />
O MECÂNICO TRADICIONAL ESTÁ<br />
A SER SUBSTITUÍDO POR TÉCNICOS<br />
COM COMPETÊNCIAS ACADÉMICAS<br />
NOS DOMÍNIOS DA MECÂNICA<br />
E DA ELETRÓNICA<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 19
Observatório<br />
CONCEITOS DE MOBILIDADE<br />
ÂNGULO MORTO... E PARADO<br />
EXIT WARNING É O<br />
INOVADOR SISTEMA<br />
DE SEGURANÇA CRIADO<br />
PELA FORD PARA AVISAR<br />
OS CONDUTORES<br />
DO PERIGO DE ABRIREM<br />
A PORTA DO AUTOMÓVEL,<br />
QUANDO ESTE ESTIVER<br />
ESTACIONADO E<br />
EM ROTA DE COLISÃO<br />
COM UM CICLISTA<br />
por Jorge Flores<br />
A<br />
convivência, na via pública,<br />
entre diversas formas de mobilidade<br />
é um dos principais<br />
perigos rodoviários. Nas grandes cidades,<br />
sobretudo, o espaço reservado<br />
a ciclistas aumentou de forma substancial,<br />
mas, muitas vezes, estes partilham<br />
com os automobilistas as mesmas<br />
estra<strong>das</strong>, o que origina vários<br />
tipos de acidentes. Ora, a Ford está determinada<br />
em resolver uma destas situações<br />
e desenvolveu um sistema de<br />
segurança, designado Exit Warning,<br />
que avisa os ocupantes dos automóveis<br />
sempre que deteta qualquer risco de<br />
acidente relacionado com a abertura<br />
de uma porta do veículo estacionado.<br />
Para todos os efeitos, trata-se de uma<br />
espécie de evolução do detetor de veículos<br />
no perigoso ângulo morto, mas<br />
aplicado, neste caso, a automóveis estacionados<br />
numa via pública.<br />
Segundo revela a marca norte-americana,<br />
em comunicado oficial, anualmente,<br />
milhares de acidentes são causados<br />
por condutores ou passageiros<br />
que abrem a porta do veículo que, por<br />
azar, se encontra, precisamente, na<br />
trajetória de um ciclista. “Apenas no<br />
Reino Unido, as colisões com portas<br />
resultam em ferimentos graves, ou na<br />
morte, de 60 ciclistas por ano. Na<br />
Alemanha, em 2018, esta situação esteve<br />
na origem de cerca de 3.500 acidentes.<br />
Em Portugal, não havendo<br />
números seguros sobre este tipo de sinistro,<br />
foram registados 21 mortos,<br />
116 feridos graves e mais de 1,500 vítimas<br />
ligeiras, em 2017”, pode ler-se<br />
em comunicado oficial da Ford.<br />
Tempo de resposta<br />
O sistema Exit Warning, da Ford,<br />
funciona com recurso a sensores e<br />
assistentes à condução, já existentes<br />
nos veículos da marca, para detetar<br />
a aproximação de um veículo.<br />
Mas acrescenta-lhe outros dispositivos<br />
que permitem fornecer alertas<br />
visuais, através de LED instalados<br />
nos espelhos retrovisores e nas portas,<br />
antecipando, desta forma, o tempo<br />
de atuação do condutor para que<br />
este evite a colisão com o ciclista, por<br />
exemplo.<br />
Refira-se que a equipa de engenheiros<br />
da marca norte-americana pretende<br />
continuar a desenvolver o mecanismo,<br />
para que este consiga mesmo impedir,<br />
momentaneamente, a abertura<br />
total <strong>das</strong> portas, até que o utilizador<br />
da estrada que se aproxima passe ao<br />
lado do veículo em total segurança. l<br />
20 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
22 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
empresas
FEDERAL-MOGUL<br />
HISTÓRIA CENTENÁRIA<br />
A FEDERAL-MOGUL FAZ PARTE DO PATRIMÓNIO DA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL, SENDO CONHECIDA PELO<br />
SEU VASTO KNOW-HOW, QUE CONTA JÁ COM MAIS DE UM SÉCULO DE HISTÓRIA. EM 2018, FOI ADQUIRIDA<br />
PELA TENNECO, TENDO SURGIDO, NO ANO SEGUINTE, O GRUPO DRIV, CRIADO, PRECISAMENTE, ATRAVÉS DA<br />
COMBINAÇÃO ENTRE FEDERAL-MOGUL, TENNECO E ÖHLINS por Joana Calado<br />
A<br />
Federal-Mogul tem sido, ao longo do seu<br />
percurso, uma empresa inovadora e extremamente<br />
diversificada na sua área de atuação,<br />
sendo, por isso, considerada fornecedora global<br />
de produtos de qualidade, tanto para equipamento<br />
original como para o aftermarket. E é precisamente<br />
a conjugação dessa qualidade com marcas de<br />
renome internacional, num invejável portefólio de<br />
produtos, que tem vindo a dar-lhe cada vez maior<br />
protagonismo entre os profissionais <strong>das</strong> oficinas.<br />
Criação do sucesso<br />
Corria o ano de 1899, quando J. Howard Muzzy e<br />
Edward F. Lyon fundaram, na baixa de Detroit, uma<br />
pequena empresa chamada Muzzy-Lion Company.<br />
Os dois fundadores especializaram-se em metal e<br />
começaram a fabricar, através da Mogul Metal Company,<br />
diferentes produtos para colmatar as necessidades<br />
da época. A empresa foi pioneira na fundição<br />
de rolamentos para forma e tamanho corretos. O<br />
ano de 1921 tornou-se num marco histórico quando<br />
a companhia atingiu o patamar dos 500 colaboradores.<br />
Três anos mais tarde, a Muzzy-Lion Company<br />
funde-se com a Federal-Bearing and Bushing,<br />
passando a chamar-se Federal-Mogul Corporation,<br />
nome pela qual a conhecemos hoje. Em 1941, tornou-se<br />
no maior fabricante de propulsores de barcos,<br />
aproximando-se, cada vez mais, do setor automóvel.<br />
Mais tarde, em 1955, fundiu-se com uma empresa<br />
produtora de rolamentos de rolo, passando a ostentar<br />
o nome Federal-Mogul-Bower Bearings, Inc.<br />
A empresa chegou à Europa em 1960, com operações<br />
comerciais instala<strong>das</strong> na Suíça, e, dois anos mais<br />
tarde, abriu o primeiro centro de serviços na Bélgica,<br />
mais propriamente em Antuérpia. Já estabelecida no<br />
Velho Continente, a companhia sofreu alterações com<br />
a entrada da Sterling Aluminum Products e voltou a<br />
mudar o seu nome para Federal-Mogul Corporation.<br />
O compromisso da Federal-Mogul tem sido fornecer<br />
produtos de qualidade para veículos ligeiros, pesados<br />
e industriais, assim como produtos para aplicações<br />
geradoras de energia, aeroespaciais, marítimas, ferroviárias<br />
e industriais. Marcas reconheci<strong>das</strong> como a<br />
Champion e a Moog, foram incorpora<strong>das</strong> no grupo<br />
em 1998, altura em que também foi adquirida a Fel-<br />
-Pro e o Grupo T&N, cujo portefólio incluía a Ferodo<br />
e a Payen. Em 2018, deu-se a compra da empresa por<br />
parte da Tenneco e, em 2019, começou o processo de<br />
integração <strong>das</strong> várias empresas naquela que viria a<br />
ser a DRiV Incorporated.<br />
Do motor à travagem<br />
O nome Federal-Mogul poderá ser ainda algo desconhecido<br />
para os profissionais <strong>das</strong> oficinas, mas<br />
as suas marcas não o são seguramente. Até porque,<br />
para o nosso país, a empresa fornece cerca de 70.000<br />
produtos diferentes. AE, Goetze, Nüral, Glyco e<br />
Payen, são as chancelas disponíveis para o mercado<br />
português no que diz respeito aos componentes de<br />
motor. A Goetze é uma <strong>das</strong> marcas mais antigas em<br />
segmentos e camisas de cilindro, com uma orgulhosa<br />
história de inovação que remonta a 1887. Já a Nüral,<br />
fundada há mais de 90 anos, revolucionou o design<br />
do pistão através da introdução de um processo de<br />
injeção de alumínio, continuando a fabricar pistões e<br />
conjuntos de pistão altamente sofisticados.<br />
No caso da Glyco, surgiu no final do século XIX<br />
e é o maior fornecedor mundial de chumaceiras<br />
com qualidade OE, com uma gama incomparável<br />
de patentes que cobrem tanto os materiais como<br />
as técnicas de fabrico. Por seu turno, a Payen foi<br />
criada em 1908 e a sua experiência ajudou os fabricantes<br />
mundiais em todos os aspetos relacionados<br />
com a vedação dos motores por intermédio da sua<br />
gama de juntas, parafusos de cabeça e vedantes.<br />
E, falando de motores, temos, obrigatoriamente,<br />
de mencionar o “combate” à fricção e à travagem.<br />
Para isso, a Federal-Mogul disponibiliza as suas<br />
marcas Ferodo, Jurid e Beral. A Ferodo, com mais<br />
de 100 anos de experiência e inovação em fricção e<br />
travagem, continua a trazer os mais recentes avanços<br />
na tecnologia de travões. A escolha no fornecimento<br />
de equipamento original oferece qualidade<br />
premium ao mercado de reposição, com produtos<br />
de travagem para veículos ligeiros, comerciais, motos,<br />
camiões e, até, comboios. Já a Jurid e a Beral,<br />
são marcas premium alemãs e líderes mundiais em<br />
equipamento original e peças de reposição.<br />
Portefólio diversifICAdo<br />
Se não tiver motor, um veículo será apenas uma<br />
amálgama inerte de chapa e órgãos mecânicos.<br />
Contudo, também a direção, a suspensão e os rolamentos<br />
têm um papel fundamental. É por isso que<br />
a Moog oferece soluções fáceis de usar para quase<br />
todos os tipos de veículos existentes no mercado<br />
europeu. Uma marca confiável e pioneira no setor,<br />
que foi projetada para facilitar as reparações nos<br />
sistemas de direção e suspensão. Cada produto é,<br />
por isso, rigorosamente testado com os mais elevados<br />
padrões de qualidade e chega completo ao<br />
mercado, ou seja, inclui na embalagem tudo o que<br />
é necessário.<br />
Já a “praia” da Champion é a ignição, a iluminação,<br />
os filtros de motor e habitáculo, as escovas e<br />
ainda uma linha de serviços de fricção. Com mais<br />
de 100 anos de experiência no fabrico e fornecimento<br />
de produtos para equipamento original, os<br />
componentes de serviço cobrem motores de automóveis,<br />
de competição e desportos de potência,<br />
bem como marítimos, industriais e de pequeno<br />
porte. Com uma paixão pelo automobilismo, esta<br />
marca traz ao mercado de reposição produtos de<br />
elevada qualidade, orientados para o desempenho,<br />
que dão vantagem a técnicos e condutores.<br />
DRiV: um olhar PARA o futuro<br />
A Tenneco é, após a aquisição da Federal-Mogul, a<br />
responsável pela criação da nova empresa DRiV,<br />
que irá unir as duas à Öhlins. Tornando-se numa<br />
<strong>das</strong> maiores companhias de pós-venda multilinha e<br />
multimarca do mundo, devido às marcas que agrega,<br />
é o principal fabricante de equipamento original<br />
em componentes de travagem e ride performance, ou<br />
seja, componentes de suspensão e amortecimento.<br />
Para o futuro, que se prevê desafiante, a DRiV pretende<br />
continuar a sua aposta na qualidade dos seus<br />
produtos e trabalhar no sentido de oferecer o melhor<br />
serviço possível aos clientes. Continuará a colocar a<br />
tónica tanto na sua presença em equipamento original,<br />
como na tecnologia inovadora de que faz uso.<br />
Apesar da necessidade de reestruturação inerente<br />
a esta agregação de empresas, a gestão do mercado<br />
nacional tem-se mantido estável, permitindo um<br />
crescimento sustentável do negócio, enriquecendo<br />
o portefólio de produtos e procurando as sinergias<br />
<strong>das</strong> diferentes empresas para criar vantagens a todos<br />
os intervenientes comerciais. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 23
Oficina<br />
do Mês<br />
A OFICINA DO MÊS É patRocinada POR total ROC (RAPID OIL CHANGE)<br />
RF AUTO<br />
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OCUPA UMAS NOVAS E AMPLAS INSTALAÇÕES DESDE DEZEMBRO DE 2019. E TEM ENTRE<br />
OS GRANDES GRUPOS E MARCAS 97% DOS SEUS CLIENTES. A RF AUTO EXISTE DESDE 2004<br />
E PRETENDE CONTINUAR A ADAPTAR-SE E A CRESCER” por Jorge Flores<br />
É<br />
pena as instalações serem tão pequenas”,<br />
afirma Ricardo Ferreira, que empresta a sigla<br />
do seu nome à RF Auto, oficina que fundou<br />
em 2004, com 23 anos, ainda em Castanheira<br />
do Ribatejo, depois de uma carreira profissional<br />
como pintor aeronáutico. Uma frase que parece<br />
perder o sentido quando olhamos para a amplitude<br />
– e para os números – <strong>das</strong> novas instalações<br />
da empresa, inaugura<strong>das</strong> em dezembro último, em<br />
Casais de Marmeleira: 4.500 m 2 de superfície coberta<br />
e outros 19.000 m 2 de parque anexo.<br />
Por ocasião da visita do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, eram<br />
400 os automóveis a aguardar a sua vez. E uma<br />
equipa de mais de 30 colaboradores experientes<br />
preparada para o serviço. Para que a frase faça<br />
sentido, terá, então, de ser enquadrada. “As instalações<br />
são pequenas para as nossas ambições”, explica<br />
Ricardo Ferreira. “Temos muita qualidade,<br />
muito bons clientes e uma excelente equipa. Faltava-nos<br />
infraestruturas à imagem da nossa ambição.<br />
Mas desde dezembro que já as temos. Mas<br />
continuam a ser pequenas...”, afirma o responsável.<br />
Equipamento de topo<br />
Além de ampla, a nova casa da RF Auto é moderna<br />
e de áreas limpas, com o branco a dominar um<br />
estilo discreto. “A simplicidade nunca passará de<br />
moda”, sublinha Ricardo Ferreira. Em matéria de<br />
equipamentos, a oficina não podia estar melhor<br />
servida. Graças a uma parceria com a PCC, conta<br />
com duas estufas e 12 zonas de preparação (seis<br />
veículos de cada lado, ao mesmo tempo). Tudo material<br />
da SAIMA. “Tivemos outras propostas, mas<br />
o equipamento que escolhemos foi o acertado, tendo<br />
em conta o preço vs qualidade. É um investimento<br />
grande. E dá-nos garantia, tal como a PCC,<br />
que também é um bom parceiro em termos de assistência”,<br />
assegura o responsável.<br />
RF AUTO<br />
Administrador Ricardo Ferreira<br />
Morada Polo Industrial, Armazém A, Rua<br />
Quinta do Visconde, Casais de Marmeleira,<br />
2580 - 132 Cadafais<br />
Telefone 263 859 298<br />
Email geral@rfauto.com.pt<br />
Site: www.rfauto.com.pt<br />
Inverter a marcha<br />
Segundo conta Ricardo Ferreira, a atividade da<br />
oficina começou centrada nos serviços a veículos<br />
pesados. Mas, atualmente, a realidade é muito<br />
diferente. Houve uma “inversão” de marcha.<br />
“Antes, 90% eram pesados e 10% ligeiros. Agora,<br />
95% são serviços a ligeiros e 5% a pesados”, revela.<br />
Porquê? “Tivemos de adaptar-nos. Ou nos<br />
adaptávamos ou insistíamos num projeto falhado,<br />
num setor com muita concorrência desleal.<br />
Muito difícil para uma empresa, como esta, que<br />
prima pela qualidade, por ter tudo legal e certo”,<br />
adianta Ricardo Ferreira. Que não tem motivos<br />
para lamentos. O negócio, que contempla to<strong>das</strong><br />
as áreas, desde a chapa e pintura à mecânica, encontra-se<br />
tão firme e assente quanto os seus pés<br />
na terra. Sem euforias. “Estamos direcionados<br />
para grandes grupos e marcas. É com eles que<br />
trabalhamos. Clientes exigentes, que sabem o que<br />
querem e procuram qualidade. Particulares serão<br />
apenas 3% dos clientes. É residual”, diz.<br />
Para Ricardo Ferreira, a exigência do cliente é um<br />
bom sinal. “Temos controlos de qualidade apertadíssimos.<br />
Houve um veículo chumbado porque<br />
foi entregue com a cava da roda suplente por limpar.<br />
E é assim que deve ser”, garante o responsável,<br />
enquanto mostra um espaço, com uma montra<br />
imaculada, prestes a estrear, nas instalações. Será<br />
a área reservada para a entrega dos veículos já reparados.<br />
“Quando um cliente vier buscar o seu automóvel,<br />
queremos que o veja como numa montra<br />
de um stand”, conclui. l<br />
24 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
POR OCASIÃO DA VISITA DO JORNAL DAS OFICINAS, ERAM 400 OS<br />
AUTOMÓVEIS A AGUARDAR A SUA VEZ. E UMA EQUIPA DE MAIS DE 30<br />
COLABORADORES EXPERIENTES PREPARADA PARA O SERVIÇO
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z<br />
Empresas<br />
OFICINAS E CASAS DE PEÇAS<br />
CONTINUAM A FUNCIONAR<br />
Vivemos um momento crítico, de grande incerteza,<br />
com impactos que, neste momento,<br />
não conseguimos prever, com a rápida<br />
disseminação da pandemia de Covid-19”. Começa<br />
assim o comunicado difundido pela DPAI/ACAP,<br />
que informa sobre a decisão do Governo de manter<br />
as oficinas de reparação automóvel e as empresas<br />
de comércio afetas a este ramo abertas ao público,<br />
em pleno Estado de Emergência, reconhecendo estas<br />
atividades como essenciais ao regular funcionamento<br />
económico e social do nosso país.<br />
Aqui fica o essencial do comunicado:<br />
“O setor automóvel é fundamental para a economia<br />
portuguesa. Pelas receitas fiscais, pelo emprego. É,<br />
também, um setor no qual prevalecem as PME,<br />
microempresas e muitas organizações familiares.<br />
Desde o primeiro minuto, a DPAI está a trabalhar,<br />
no seio da ACAP, num conjunto de medi<strong>das</strong> de<br />
apoio específico para o setor, incluindo para a atividade<br />
do pós-venda automóvel. Em carta enviada<br />
ao Ministro da Economia, a ACAP exigiu que, ao<br />
ser declarado o Estado de Emergência no país, o<br />
setor da assistência e reparação automóvel, assim<br />
como a venda de peças e acessórios, fossem considerados<br />
setores essenciais, para, assim, poderem<br />
continuar a funcionar. O Governo atendeu às propostas<br />
da ACAP, sendo que os estabelecimentos de<br />
comércio de peças para automóveis e motos, assim<br />
como os serviços de manutenção e reparação destes<br />
veículos, poderão continuar abertos e em funcionamento,<br />
acrescendo a estes o comércio grossista<br />
e a prestação de serviços entre operadores económicos.<br />
A Comissão de Mobilidade da DPAI/ACAP<br />
divulgou um folheto informativo para apoiar as<br />
oficinas, quer na adaptação às medi<strong>das</strong> preventivas<br />
de propagação do coronavírus, quer no acesso às<br />
medi<strong>das</strong> de apoio que a ACAP tem vindo a divulgar.<br />
Por último, foi lançado um inquérito junto dos<br />
associados para que estes possam acompanhar o<br />
impacto da atual conjuntura económica, resultante<br />
da pandemia de Covid-19 na atividade <strong>das</strong> empresas<br />
e no seu volume de negócios”.<br />
26 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
AUTOZITÂNIA<br />
PARCERIA COM GRUPO AD PARTS<br />
A<br />
Autozitânia passou a integrar como sócia a AD Parts, membro do Grupo AD International,<br />
com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2020. O Grupo AD Parts foi constituído<br />
em 1989, sendo líder na distribuição aftermarket na Península Ibérica, com mais de<br />
530 pontos de venda, tendo alcançado um volume de negócios de 800 milhões de euros no ano<br />
de 2019. Com esta associação, a Autozitânia tem como objetivo consolidar a sua posição no<br />
mercado nacional, preparando-se para os enormes desafios atuais e futuros, elevando o nível de<br />
serviço que presta aos clientes nas mais varia<strong>das</strong> áreas.<br />
NOVOS MEMBROS EM PORTUGAL<br />
TEMOT International | AleCarPeças, FIMAG e A. Vieira,<br />
S.A. são os novos membros da TEMOT International, a plataforma<br />
internacional de distribuição do setor, com sede na Alemanha,<br />
presente em 77 países espalhados pelo globo, sendo considerado um<br />
dos maiores e mais prestigiados grupos internacionais do aftermarket.<br />
A AleCarPeças opera em todo o país, oferecendo produtos e serviços<br />
de elevada qualidade, com uma forte orientação para o cliente, tendo<br />
testemunhado um crescimento constante ao longo dos últimos anos.<br />
Atualmente, conta com 49 colaboradores, distribuídos pelo armazém/<br />
loja do Estoril, pela loja de Lisboa e pelo recentemente inaugurado<br />
armazém/loja da Maia. A FIMAG tem, atualmente, 52 colaboradores<br />
e 35 anos de história. Sediada em Braga, no norte do país, dispondo<br />
de um armazém central no mesmo local, atualmente opera com<br />
três centros de distribuição adicionais, nas cidades de Coimbra,<br />
Porto e Lisboa. O seu portefólio inclui peças de reposição <strong>das</strong> mais<br />
reconheci<strong>das</strong> marcas internacionais e a sua logística garante a entrega<br />
rápida aos clientes em todo o país. No que diz respeito à A. Vieira, S.A.,<br />
a sua área de ven<strong>das</strong> abrange já todo o território nacional. Emprega<br />
60 pessoas e está presente em sete locais, com dois armazéns centrais<br />
(Guimarães e Rio Tinto, no Porto), três lojas (Guimarães, Porto e Leça<br />
da Palmeira) e duas lojas associa<strong>das</strong> (Vila <strong>das</strong> Aves e Vizela).<br />
PUB<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 27
Notícias<br />
EMPRESAS<br />
MAN TRUCK & BUS PORTUGAL<br />
REFORÇAR PRESENÇA<br />
A<br />
estratégia<br />
de crescimento da MAN em Portugal deu os primeiros<br />
passos ainda no ano passado, com a reorganização<br />
da estrutura comercial, em que as ven<strong>das</strong> de veículos novos<br />
nas zonas centro e sul do país passaram a ser assegura<strong>das</strong>, diretamente,<br />
pela MAN Truck & Bus Portugal. Com o intuito de desenvolver<br />
e reforçar ainda mais a presença da MAN no território<br />
nacional, realizou-se, em fevereiro, a aquisição <strong>das</strong> instalações do<br />
concessionário AC MANutenção e Comércio de Veículos, Lda., nos<br />
distritos de Aveiro e Viseu, que, na última década até meados de<br />
fevereiro, desempenhou um papel fundamental no crescimento<br />
da marca nestas zonas, assegurando, de forma exemplar, o cumprimento<br />
<strong>das</strong> necessidades dos clientes. O plano estratégico tem<br />
como objetivo principal criar maiores laços com os clientes e aumentar<br />
a capacidade de responder com maior rapidez e eficácia às<br />
necessidades destes, oferecendo um serviço de excelência que visa<br />
tornar a MAN Truck & Bus Portugal numa referência de parceria e<br />
inovação nos planos nacional e internacional.<br />
CORONAVÍRUS ADIA EXPOMECÂNICA PARA MAIO DE 2021<br />
Para proteger a saúde e a segurança de todos os participantes durante a pandemia de Covid-19, a<br />
expoMECÂNICA, inicialmente programada para 15 a 17 de abril de 2020 (depois afixada para 5 a 7 de<br />
junho), foi novamente adiada. Desta vez, para 7 a 9 de maio de 2021. Atendendo ao atual contexto de<br />
propagação do coronavírus e às declarações que vêm sendo proferi<strong>das</strong> pelo Governo e pelas autoridades<br />
sanitárias, a organização da feira entendeu que não existem condições para a realização da feira este ano.<br />
“Colocámos a possibilidade de realizar a feira no segundo semestre de 2020, mas os pavilhões que nos foram<br />
disponibilizados, não defendiam os interesses dos nossos clientes e não garantiam o sucesso da feira. Ao<br />
mesmo tempo, por se tratar de uma situação sem precedentes aquela que estamos a enfrentar, acreditamos<br />
que o segundo semestre poderá não oferecer um adequado ambiente de negócios e não termos ainda, como<br />
comunidade, superado o desgaste emocional que estamos a sofrer”, referiu José Manuel Costa, diretor da<br />
expoMECÂNICA.<br />
APARÊNCIA MUDA, ESSÊNCIA PERMANECE<br />
Japopeças | Sob o slogan “A aparência muda com o tempo, a essência permanece”, a empresa de São<br />
João da Madeira, que tem na marca AISIN um dos seus ex-líbris, foi alvo de um rebranding, exibindo, agora,<br />
uma imagem mais moderna e apelativa. A renovação da imagem corporativa chegará, de forma gradual,<br />
a to<strong>das</strong> as plataformas: site, publicidade, comunicação e documentação institucional, entre outros. “Este<br />
grande momento sinaliza o dinamismo, a vitalidade e o horizonte de futuro que imprimimos no trabalho<br />
desenvolvido no mercado, mantendo os valores e o profissionalismo de sempre”, frisa Luís Almeida, diretorgeral<br />
da Japopeças. Para 2020, a empresa de São João da Madeira tem previstas muitas ações de marketing.<br />
Com destaque para a chegada da AISIN e da Japopeças às competições automobilísticas em Portugal. “Esta<br />
chegada será feita através da parceria com a Motorsponsor, onde marcaremos presença nos eventos Troféu C1<br />
Learn & Drive e Driving Days”, revela o responsável.<br />
Publireportagem<br />
MINUTO VERDE VALORPNEU<br />
VALORPNEU APRESENTA NOVO SITE COM NOVAS POTENCIALIDADES<br />
C<br />
om o objetivo de disponibilizar aos seus utilizadores<br />
uma consulta mais rápida, mais intuitiva e mais<br />
fácil, a Valorpneu relançou o seu site (www.<br />
valorpneu.pt) com um layout totalmente novo e potencialidades<br />
acresci<strong>das</strong>. Agora, para além de dar a conhecer a Valorpneu e o<br />
Sistema Integrado de Gestão de Pneus Usados (SGPU), o novo<br />
site reforça a sensibilização de comportamentos mais<br />
conscientes e informados na aquisição, utilização e manutenção<br />
de pneus, bem como nas melhores práticas de prevenção e<br />
gestão de pneus usados. Esta ferramenta está dividida em várias<br />
secções, nomeadamente, História da Valorpneu, Sistema<br />
Valorpneu, Produtores, Comerciantes e Notícias. Continua a ser<br />
facultada informação relevante no que se refere aos<br />
procedimentos de entrega de pneus usados e aos mapas com a<br />
localização dos Centros de Receção, Rede de Recauchutagem e<br />
Valorizadores Nacionais. É, também, dado a conhecer ações e<br />
material de sensibilização da Valorpneu, informação técnica,<br />
indicadores de atividade e de impactos ambientais positivos<br />
associados à gestão dos pneus usados. Algumas destas áreas<br />
estão mais desenvolvi<strong>das</strong> e reforça<strong>das</strong> do que anteriormente.<br />
Por exemplo, no que diz respeito à Prevenção de Pneus Usados,<br />
ao Plano de Sensibilização, à Comunicação e Educação e à<br />
Investigação & Desenvolvimento da Valorpneu. Com uma<br />
imagem renovada e novos conteúdos, o novo site da entidade<br />
gestora de pneus usados é inovador, responsive, adaptado aos<br />
mais variados equipamentos móveis e funcional.<br />
28 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Notícias<br />
Empresas<br />
CEPRA<br />
CAMPEÃO NacioNAL DAS PROFISSÕES<br />
EM DUAS catEGorias DIFERENTES<br />
O<br />
CEPRA participou na 44.ª edição do Campeonato Nacional <strong>das</strong> Profissões, em Setúbal, com dois<br />
concorrentes na profissão de Mecatrónica Automóvel e três em Tecnologia de Motociclos. Todos<br />
foram medalhados, conseguindo excelentes pontuações. Em Mecatrónica Automóvel, o Campeão<br />
Nacional foi Luís Ribeiro (Delegação de Pedrouços) com Gabriel Pereira a obter o 3.º lugar e Medalha de<br />
Excelência. Em tecnologia de Motociclos, João Casimiro foi o Campeão Nacional, com Marian Cseh a obter<br />
o 3.º lugar e Gonçalo Nazaré a obter Medalha de Excelência. Foram muitos os meses de trabalho dos concorrentes<br />
e dos jurados que os acompanharam nesta aventura, desde a pré-seleção interna, passando pelos<br />
apuramentos regionais e, finalmente, o Campeonato Nacional, mas o esforço e dedicação foi compensado<br />
com este excelente resultado. As pontuações obti<strong>das</strong> no Campeonato Nacional permitem o acesso à seleção<br />
portuguesa que participa nos Campeonatos da Europa (a próxima edição realizar-se-á em setembro próximo,<br />
em Graz na Áustria) e nos Campeonatos do Mundo, que terão lugar em Xangai, na China, em 2021.<br />
2020 TROUXE NOVA IMAGEM<br />
Filourém | A empresa entrou no ano de 2020 com<br />
uma nova imagem. Um novo logótipo, entre outras<br />
alterações, visam dotar a empresa de uma imagem<br />
mais atual, mais dinâmica e que vai ao encontro dos<br />
valores da empresa: Confiança, Ambição e Inovação.<br />
Ainda no sentido de possibilitar um stock mais completo,<br />
uma melhor articulação com fornecedores e parceiros<br />
e um serviço mais personalizado, mais rápido e eficaz,<br />
os sócios-gerentes da Filourém designaram um<br />
diretor-geral (Carlos Jorge Gonçalves) e um gestor de<br />
produto (Telmo Caetano) de forma a otimizar os recursos<br />
existentes, tendo em vista um melhor atendimento<br />
aos clientes. Para divulgar a nova imagem, a Filourém<br />
realizou, nas suas instalações, um evento com o intuito<br />
de estabelecer uma parceria com um grupo restrito de<br />
clientes, bem como dar formação sobre algumas linhas<br />
de produto.<br />
PUB
ALTERNATIVA SEGURA E ECOLÓGICA À SEPIOLITA<br />
LIQUI MOLY | Tradicionalmente, a sepiolita era o produto mais comum, mas as contraindicações<br />
para a saúde deram o alerta. A LIQUI MOLY desenvolveu, em alternativa, um<br />
granulado 100% à base de espuma rígida de poliuretano, ou seja, um material “amigo”<br />
do ambiente. Desta forma, o absorvente LIQUI MOLY, à semelhança da sepiolita, garante<br />
a máxima absorção de óleo, massas, combustível, ácido e todo o tipo de químicos. Mas<br />
com uma grande diferença face à sepiolita: não absorve a água. Este “segredo” garante<br />
um produto bastante mais rentável, uma vez que não há qualquer necessidade de um<br />
produto específico para absorver a água. A segurança e a saúde são, também, argumentos<br />
de peso para a utilização do absorvente da LIQUI MOLY. Não provoca irritação da pele nem<br />
problemas respiratórios, dois dos principais perigos da sepiolita.<br />
AUTOMECHANIKA FRANKFURT<br />
CAMPANHA COM OFICINAS<br />
Uma reunião do setor em Würzburg deu origem à ideia de uma campanha<br />
publicitária com depoimentos direcionados, diretamente, às oficinas.<br />
Cartazes publicitários e videoclips exclusivos foram criados com profissionais<br />
da área e proprietários de oficinas apaixonados pela sua profissão,<br />
que abrem novos caminhos. Desde que foi criada, em 1971, a Automechanika<br />
é a plataforma líder para proprietários e funcionários de oficinas. Para alcançar<br />
esse grupo diretamente e consciencializar as muitas coisas que a feira tem<br />
para oferecer, a Automechanika lançou a sua própria campanha, voltada, diretamente,<br />
para as oficinas. Aqui, especialistas, donos de oficinas e apaixonados<br />
pela sua profissão têm a sua opinião. O resultado foram histórias ao vivo e<br />
declarações cria<strong>das</strong>, diretamente, dentro <strong>das</strong> oficinas, que foram usa<strong>das</strong> como<br />
publicidade. Os cartazes e vídeos estão a aparecer nos meios de comunicação<br />
social impressos e nos populares canais online da Automechanika Frankfurt,<br />
respetivamente.<br />
PUB<br />
TITANIUM.<br />
A EXPERIÊNCIA DA FIAMM<br />
AO SERVIÇO DO SEU AUTOMÓVEL.<br />
A FIAMM é a escolha de qualidade para o equipamento original<br />
dos fabricantes de automóveis mais importantes do mundo:<br />
a partir dessa experiência nasce um produto 100% italiano,<br />
que garante a máxima fiabilidade, mesmo no mercado de<br />
Aftermarket. As baterias da linha TITANIUM garantem alta potência<br />
para as necessidades de energia dos carros mais modernos, não<br />
precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do<br />
nível de carga graças ao sistema Check Control (Olho Mágico).<br />
www.polibaterias.com<br />
geral@polibaterias.com<br />
www.fiamm.com
Notícias<br />
EMPRESAS<br />
PUB<br />
Nós damos uma mãozinha<br />
NOVIDADE NO PORTEFÓLIO DA AUTO DELTA<br />
VDO | O distribuidor de Leiria tem primado, com as últimas entra<strong>das</strong> no seu portefólio, por<br />
adicionar marcas com qualidade original e fiabilidade bastante reconhecida no mercado. Marca<br />
do Grupo Continental, um dos principais fabricantes de componentes para automóveis, a VDO<br />
é, desde a sua fundação, um dos maiores fornecedores de equipamento elétrico, gestão de<br />
motor e Diesel, trabalhando, inclusivamente, no desenvolvimento e conceção de soluções para<br />
equipamento original, em estreita parceria com os próprios fabricantes de automóveis. Será do<br />
conhecimento de grande parte do mercado o know-how em peças especialmente desenvolvi<strong>das</strong><br />
para os sistemas de combustível, tanto a gasolina como Diesel, bem como as soluções<br />
disponibiliza<strong>das</strong> para controlo e comando de automóveis. A partir de agora, também poderão ser<br />
encontrados estes produtos (e muito mais) na Auto Delta.<br />
Não fazemos<br />
manutenção automóvel,<br />
mas fazemos a manutenção<br />
da sua terminologia!<br />
TRADUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA<br />
Criamos e traduzimos manuais técnicos à melhor<br />
relação qualidade/preço do mercado. Temos<br />
profissionais especializados em várias áreas<br />
da indústria e uma tecnologia que nos permite<br />
criar projetos à medida de cada cliente.<br />
CONHEÇA O PROGRAMA PARCEIRO JABA<br />
Através da identificação e alinhamento de to<strong>das</strong><br />
as traduções antigas do parceiro JABA, é criada<br />
uma base de dados que permite detetar to<strong>das</strong><br />
as repetições em novos projetos e baixar<br />
consideravelmente o valor final do documento,<br />
mantendo a terminilogia e o estilo<br />
de comunicação já existentes. Um programa<br />
criado a pensar em si!<br />
À CONQUISTA DE TRÁS-OS-MONTES<br />
CGA Car SERVICE | A Guedes & Polido, localizada em Torre de Moncorvo, distrito<br />
de Bragança, é a primeira CGA Car Service localizada em Trás-os-Montes. Esta adesão foi<br />
proporcionada pela parceria estabelecida entre a Auto Delta e a Biapeças, parceiro local da<br />
empresa de Leiria, permitindo, assim, à maior rede oficinal da Península Ibérica crescer para uma<br />
região onde ainda não estava presente. Adaptando-se ao meio onde está inserida, a Guedes &<br />
Polido é uma oficina especializada na reparação de veículos comerciais e máquinas agrícolas.<br />
Desta forma, as especificidades do parque circulante dessas duas tipologias de viaturas, bem<br />
como a necessidade de informação e apoio técnico por forma a prestar um serviço cada vez<br />
melhor, foram pontos a favor para a adesão à CGA Car Service.<br />
NOVO SITE E FORMAÇÃO DA RING AUTOMOTIVE<br />
Linextras | Renovado e com novas funcionalidades, o site da Linextras exibe toda a gama<br />
de produtos disponível. O novo espaço cibernético da empresa de Ourém permite, agora, efetuar<br />
encomen<strong>das</strong> online, consultar campanhas, novidades e catálogos. Com esta nova plataforma, a<br />
Linextras pretende melhorar a comunicação com os clientes. Paralelamente, a empresa revelou que,<br />
no passado dia 7 de fevereiro de 2020, a sua equipa comercial participou numa ação de formação<br />
sobre novos produtos da Ring Automotive, onde esteve presente João Casinhas, da OSRAM Portugal.<br />
Com esta formação, a Linextras consolidou conhecimentos, esteve em contacto com a gama de<br />
produtos disponível e conseguiu melhorar a capacidade de resposta perante os clientes.<br />
32 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
Vila Nova de Gaia | Telf: 227 729 455/6/7/8 | Fax: 227 729 459<br />
Mail: portugal@jaba-translations.pt | Web: jaba-translations.pt
www.liqui-moly.pt<br />
Uma marca de óleos para to<strong>das</strong><br />
as marcas de automóveis<br />
A LIQUI MOLY tem óleos com aprovações de todos<br />
os fabricantes automóveis mundias.<br />
Guia de óleos
Notícias<br />
Empresas<br />
FATURAÇÃO ELETRÓNica DA TECALLIANCE<br />
Create Business | É um dos principais distribuidores de peças sobressalentes no<br />
mercado de pós-venda automóvel ibérico. A organização portuguesa recebe 100% <strong>das</strong> suas<br />
faturas eletronicamente através do módulo de faturação Order Manager. Existem muitas razões<br />
pelas quais to<strong>das</strong> as empresas devem mudar dos processos de faturas manuais em suporte de<br />
papel para o processamento totalmente automatizado. As vantagens mais importantes são a<br />
poupança de custos nas contas a pagar e contas a receber, redução de erros, poupança nos custos<br />
de armazenamento e melhoria <strong>das</strong> relações com os clientes. A faturação eletrónica da TecAlliance<br />
é um dos principais módulos do Order Manager, a solução completa para toda a cadeia de<br />
fornecimento da indústria automóvel. A Create Business decidiu usar este módulo há vários anos<br />
para automatizar os seus processos de faturação.<br />
FIRST STOP<br />
FORMAÇÃO ELETRIZANTE<br />
A<br />
rede<br />
First Stop, em parceria com o seu fornecedor Create Business, levou<br />
a cabo novas ações de formação dedica<strong>das</strong> à manutenção de viaturas<br />
híbri<strong>das</strong> e elétricas. A 19 e 20 de fevereiro, em Lisboa, e a 4 e<br />
5 de março, em S. João da Madeira, perante a presença de cerca de 30 pessoas,<br />
realizaram-se ações de formação técnica e prática subordina<strong>das</strong> ao tema<br />
“Manutenção de Veículos Híbridos e Elétricos”. A crescente venda de viaturas<br />
desta tipologia faz com que as oficinas da rede First Stop estejam prepara<strong>das</strong><br />
e certifica<strong>das</strong> para receber, realizar e diagnosticar possíveis avarias e manutenções<br />
nestes veículos. Também com os protocolos de manutenção existentes<br />
entre a rede First Stop e as principais gestoras de frotas em Portugal, que, cada<br />
vez mais, adquirem viaturas híbri<strong>das</strong> e elétricas, faz com que o conhecimento<br />
técnico e a respetiva certificação para assistência e manutenção destes veículos<br />
sejam extremamente necessários.<br />
JÁ CHEGOU A portUGAL<br />
MULTI Oficina Service | Dentro do projeto da rede oficinal desenhado pela CGA,<br />
existem mais tipologias do que a já amplamente reconhecida CGA Car Service, que conta com<br />
quase 60 aderentes no nosso país. A Auto Delta encontra-se, desde a primeira hora, fortemente<br />
empenhada na dinamização desta rede, a que, agora, se junta um elemento que permite o<br />
lançamento deste novo conceito: a MULTI Oficina Service. Esta, embora disponha de uma imagem<br />
totalmente distinta da sua “irmã” CGA Car Service, tem, também, como principal objetivo a<br />
melhoria contínua do serviço <strong>das</strong> oficinas aderentes, através da disponibilização <strong>das</strong> melhores e<br />
mais modernas ferramentas técnicas existentes no mercado.<br />
NelsonTripa_II.pdf 1 18/02/20 10:24<br />
PUB<br />
Radiador<br />
Interruptor<br />
de Pressão<br />
Intercooler<br />
Sistema de aquecimento<br />
Ar Condicionado<br />
Circuitos de<br />
refrigeração de óleo<br />
Refrigeração do motor<br />
Refrigeração de admissão<br />
do ar<br />
Filtro<br />
desidratante<br />
Depósito<br />
expansor<br />
Compressor<br />
Turbina<br />
Radiador de<br />
Aquecimento<br />
SOLUÇÕES EM A/C AUTO<br />
E REFRIGERAÇÃO DE TRANSPORTE<br />
Esquema de refrigeração e climatização ><br />
Válvula de control<br />
de aquecimento<br />
Control do climatizador<br />
Evaporador<br />
Válvula de expanção<br />
Válvula de carga<br />
ANECRA assiNOU PARCERIA<br />
CitNOW | A multinacional inglesa, pioneira no desenvolvimento de tecnologia de vídeo<br />
para o setor automóvel, assinou um acordo com a ANECRA (Associação Nacional <strong>das</strong> Empresas<br />
do Comércio e da Reparação Automóvel). Com esta parceria, pretende-se que os associados da<br />
ANECRA tenham acesso a produtos e serviços de elevado valor acrescentado, sendo uma maisvalia<br />
na atividade do seu dia a dia, na medida em que ajuda a posicionar adequadamente estes<br />
players nos desafios do digital e do customer experience, resultando, ao mesmo tempo, numa<br />
forma da empresa chegar a outros segmentos de mercado.<br />
Condensador<br />
Ventilador<br />
Refrigerador de<br />
óleo auxiliar<br />
Refrigerador de<br />
óleo para mudança<br />
automática<br />
Filtro de<br />
óleo<br />
Refrigerador<br />
de óleo<br />
para filtro<br />
Termostato<br />
Rua Fernando Vicente - Armazém 15 - 2560-677 Torres Vedras<br />
Telefone: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt<br />
Coordena<strong>das</strong> GPS - Latitude 39º5'42.83"N - Longitude 9º15'7,74"W
Notícias<br />
Empresas<br />
APOSTA NOS VÍDEOS TÉCNICOS EM portUGUÊS<br />
febi | A marca dispõe de uma gama com mais de 40 mil peças diferentes para veículos ligeiros e pesados,<br />
encontrando-se em constante desenvolvimento de modo a cumprir o objetivo de disponibilizar novos produtos<br />
no aftermarket com a maior rapidez possível. A satisfação do cliente é uma <strong>das</strong> grandes preocupações de to<strong>das</strong> as<br />
marcas do bilstein group. “De modo a continuarmos a apostar nisso e, também, no fornecimento de informação<br />
técnica relevante aos clientes, a febi tem vindo a apostar na adaptação de vídeos técnicos para português”, pode<br />
ler-se no comunicado enviado à nossa redação. Neste momento, a marca febi tem já sete vídeos técnicos em<br />
português com informação minuciosa e relevante, o que se traduz em ferramentas de trabalho e de divulgação de<br />
produtos interessantes para os profissionais do setor. O último vídeo a ser produzido aborda a substituição do tubo<br />
de pressão do filtro de partículas e pode ser visto no canal do YouTube da marca.<br />
PIONEIRA NA protEÇÃO DO CLIMA<br />
FUCHS PETROLUB | É o maior grupo independente de lubrificantes<br />
do mundo. Esta posição de liderança traduz enorme responsabilidade. Um<br />
líder antecipa o futuro, define novos rumos e influencia, de forma vital, o<br />
desenvolvimento do setor em que opera. A FUCHS está consciente de to<strong>das</strong> essas<br />
premissas e assume esta responsabilidade de liderança na íntegra. Por isso, a<br />
sustentabilidade que o grupo alemão coloca na sua lista de prioridades não é de<br />
agora: já tem mais de uma década. Desde 2010 que as 58 localizações da FUCHS<br />
no mundo estão a implementar medi<strong>das</strong> para reduzir as emissões de CO 2, desde o<br />
consumo energético na produção até aos materiais administrativos. Este trabalho<br />
contínuo tornou possível a neutralidade em CO 2 no dia 1 de janeiro de 2020. Agora,<br />
o Grupo FUCHS já tem um “saldo zero” de CO 2, uma vez que equilibra as emissões que<br />
ainda não se conseguem evitar com investimentos de compensação em projetos que<br />
protegem o clima.<br />
PUB
produto<br />
ATUALMENTE, A REPARAÇÃO DO SISTEMA DE ACIONAMENTO DE<br />
ACESSÓRIOS POR CORREIA EM VEÍCULOS HÍBRIDOS É POSSÍVEL<br />
COM O INA FEAD KIT DE 48 VOLT LANÇADO PELA SCHAEFFLER
INA FEAD KIT<br />
REPARAÇÃO<br />
SUSTENTÁVEL<br />
A SCHAEFFLER LANÇOU, PARA O AFTERMARKET, O NOVO INA FEAD KIT, A PRIMEIRA SOLUÇÃO<br />
DE MANUTENÇÃO PARA SEMI-HÍBRIDOS DE 48 VOLT. GRAÇAS A ESTE KIT, OS COMPONENTES PODEM<br />
SER TODOS SUBSTITUÍDOS AO MESMO TEMPO, GARANTINDO UMA REPARAÇÃO SUSTENTÁVEL<br />
por<br />
João Vieira<br />
A<br />
Schaeffler dispõe, atualmente, de uma ampla<br />
gama de peças necessárias para a reparação<br />
<strong>das</strong> atuais e futuras gerações de<br />
veículos híbridos, oferecendo componentes de<br />
chassis para mais de 85% de todos os automóveis<br />
de passageiros híbridos. Também estão disponíveis<br />
soluções de manutenção para os sistemas de distribuição<br />
e de acionamento de acessórios por correia<br />
(FEAD) para mais de metade dos veículos, com<br />
tendência para aumentar. 2020 é um ano crucial<br />
para os fabricantes de automóveis no que toca a<br />
mobilidade elétrica. Pela primeira vez, os limites<br />
de CO2 estabelecidos pela União Europeia têm de<br />
ser cumpridos. No mercado de peças de substituição<br />
para automóveis, também se levantam questões<br />
quanto aos componentes sobressalentes que<br />
serão necessários no futuro e à forma como os serviços<br />
podem ser prestados.<br />
Desafios técnicos<br />
Os desafios técnicos que as oficinas enfrentarão<br />
para se prepararem para tal no futuro, são variados<br />
e complexos. Por exemplo, os veículos híbridos<br />
com um acionador P0 têm um motor elétrico no<br />
acionador de correia, além do motor de combustão<br />
clássico. A tecnologia semi-híbrida de 48 Volt<br />
desempenha um papel principal na transformação<br />
do sistema FEAD, de consumidor de energia para<br />
fornecedor de energia. O motor de arranque e o<br />
alternador são substituídos por um gerador com<br />
alternador de correia ou BAS pequeno. Em conjunto<br />
com uma bateria de 48 Volt, o veículo pode<br />
A tecnologia híbrida suave de 48 Volt tem um papel<br />
central na transformação do sistema auxiliar: de<br />
consumidor de potência a fornecedor de potência<br />
Alternador tradicional<br />
Consumo de potência = ca. 2 kW<br />
Binário = ca. 7 Nm<br />
circular com o motor de combustão completamente<br />
desligado (a chamada função “sailing”, de velejar),<br />
poupando, assim, até 7% de emissões de CO2.<br />
Mediante aceleração, o gerador com alternador de<br />
correia também pode aumentar o binário de acionamento<br />
com a denominada “função boost”, otimizando<br />
níveis de desempenho e conforto.<br />
A partir de uma perspetiva tecnológica, devido à<br />
sua experiência de equipamento original em sistemas<br />
do grupo propulsor, a Schaeffler encontra-se<br />
numa posição bastante “confortável” no mercado<br />
de peças de substituição em relação aos veículos<br />
híbridos. Atualmente, o portefólio deste fabricante<br />
já oferece componentes de chassis para mais de<br />
85% de todos os veículos híbridos. O quecorresponde<br />
a quase a mesma cobertura que é oferecida<br />
aos veículos equipados com motores de combustão<br />
tradicionais.<br />
Em relação aos sistemas de distribuição e de acionamento<br />
de acessórios por correia, os especialistas<br />
do mercado de peças de substituição oferecem<br />
soluções de manutenção para mais de metade de<br />
todos os veículos ligeiros de passageiros híbridos.<br />
Atualmente, as oficinas instalam, com frequência,<br />
diversas soluções de manutenção da Schaeffler, entre<br />
outras. l<br />
Alternador com função de arranque<br />
Fornecimento de potência = ca. 15 kW<br />
Binário = ca. 50 Nm<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 39
Mundo<br />
Produto<br />
Automóvel<br />
MERCEDES-BENZ WEBPARTS<br />
PEÇA COM SUCESSO<br />
A MERCEDES-BENZ ENTROU EM PORTUGAL NOS IDOS DE 1936 PELA MÃO DA C. SANTOS. AO LONGO DOS SEUS<br />
84 ANOS DE HISTÓRIA, A MARCA ALEMÃ TEM SABIDO CONQUISTAR OS CONSUMIDORES E ADAPTAR O SEU<br />
NEGÓCIO À EVOLUÇÃO DOS TEMPOS. O WEBPARTS É MAIS UMA PROVA DISSO. OU NÃO FOSSE ELE UM CANAL<br />
ONLINE PARA ENCOMENDA E PESQUISA DE PEÇAS GENUÍNAS FEITO À MEDIDA DO CLIENTE PROFISSIONAL<br />
por<br />
Joana Calado<br />
40 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Foi para responder às necessidades do cliente,<br />
quando este deixa o seu veículo numa oficina,<br />
que a marca alemã criou, em 2006, o Mercedes-Benz<br />
WebParts, que consiste num sistema<br />
de encomenda online feito à medida. Com a ligação<br />
ao Mercedes-Benz WebParts, o cliente profissional<br />
tem a possibilidade de pesquisar peças genuínas<br />
Mercedes-Benz com facilidade e rapidez, bem como<br />
de encomendá-las, a qualquer hora e durante todo<br />
o ano, diretamente junto do concessionário Mercedes-Benz.<br />
O portal inclui componentes para veículos<br />
Mercedes-Benz, mas, também, para os modelos<br />
da outra marca do Grupo Daimler: smart.<br />
Balcão digital<br />
No portefólio da WebParts, podem ser identifica<strong>das</strong><br />
e encomenda<strong>das</strong> mais de 730 mil peças genuínas e<br />
acessórios. E nem os amantes dos clássicos Mercedes-Benz<br />
foram esquecidos, uma vez que têm à sua<br />
disposição artigos Collection. Desde a sua criação,<br />
há mais de uma década, que o portal tem vindo a<br />
traçar uma rota de constante crescimento. 2019<br />
foi um ano que ficará para a história. “Batemos todos<br />
os recordes, quer no número de clientes, quer<br />
no número de encomen<strong>das</strong> e valor transacionado,<br />
com um crescimento de 18% face ao ano anterior e<br />
uma expressão de 25% no total de ven<strong>das</strong> de peças<br />
através do canal de negócio balcão”, afirmou fonte<br />
da Mercedes-Benz Portugal ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
O grande propósito deste novo “canal de comunicação”<br />
é oferecer ao cliente um espaço onde este<br />
possa adquirir peças genuínas <strong>das</strong> marcas do grupo<br />
e ter a certeza de que o componente que está a<br />
requisitar é o indicado para o seu veículo. Nesse<br />
sentido, o portal permite que seja feita a identificação<br />
através do número de chassis. Estas duas funcionalidades<br />
e outras que, entretanto, surgiram,<br />
permitiram à marca alemã proporcionar às oficinas<br />
independentes, bem como à rede de oficinas<br />
Mercedes-Benz, ganhos de eficiência e maior rapidez<br />
na gestão <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong>, reforçando, assim,<br />
a relação entre ambos neste canal, que tem uma<br />
grande importância para a marca. A Mercedes-<br />
-Benz conta, hoje, com mais de 50 mil encomen<strong>das</strong><br />
por ano e mais de 1.000 clientes registados,<br />
que, diariamente, consultam a marca digitalmente<br />
para a aquisição de peças.<br />
E O FUTURO? O QUE RESERVA?<br />
Adesão simples<br />
Para as oficinas independentes que queiram aderir<br />
ao WebParts, o processo é simples: devem deslocar-se<br />
a um representante da marca e solicitar o<br />
acesso. As equipas do balcão de peças estão prepara<strong>das</strong><br />
para conferir ao cliente o respetivo acesso ao<br />
portal WebParts, bem como a necessária formação<br />
dos utilizadores. As vantagens anuncia<strong>das</strong> para este<br />
serviço são comodidade e transparência. “A utilização<br />
é muito intuitiva e o cliente tem, a qualquer<br />
momento, acesso à informação acerca da disponibilidade<br />
de stock <strong>das</strong> peças que pretende encomendar<br />
e sugestões de compra, beneficiando ainda da funcionalidade<br />
de pesquisa de referências no catálogo<br />
eletrónico de peças de to<strong>das</strong> as gamas de veículos<br />
Mercedes-Benz e smart. Além disso, o cliente vê<br />
refletida na compra as suas condições comerciais”,<br />
explicou fonte da Mercedes-Benz Portugal. l<br />
Uma vasta equipa multidisciplinar trabalha, todos os dias, para o desenvolvimento desta plataforma, com recursos alocados à gestão de<br />
produto, comunicação, desenvolvimento e suporte técnico. Para além disso, o Mercedes-Benz WebParts conta ainda com profissionais que<br />
prestam todo o apoio necessário à rede de oficinas. “Estamos perante um cenário que, cada vez mais, passa pelo digital. Há 10 anos, já<br />
víamos este cenário como sendo o futuro. Neste campo, o portal Mercedes-Benz WebParts conta já com uma longa história”, revelou fonte<br />
da marca. Por isso, 2020 será o ano da mudança. Até porque a marca alemã vai apresentar uma solução digital mais integrada, competitiva<br />
e inovadora. Ao profissionalizar ainda mais esta área de negócio, a Mercedes-Benz Portugal procura aumentar a sua “pegada” digital,<br />
oferecendo uma experiência única, personalizada e diferenciadora.<br />
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JUNTAS HOMOCINÉTICAS E DISTRIBUIÇÃO NTN-SNR<br />
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A NTN-SNR DISPONIBILIZA AOS PROFISSIONAIS DA<br />
REPARAÇÃO AUTOMÓVEL UMA GAMA COMPLETA DE COMPONENTES<br />
DE DISTRIBUIÇÃO E JUNTAS HOMOCINÉTICAS, DE QUALIDADE PREMIUM,<br />
QUE ABRANGE AS PRINCIPAIS MARCAS EUROPEIAS E ASIÁTICAS<br />
por<br />
João Vieira<br />
No que diz respeito à distribuição, a NTN-S-<br />
NR dispõe de uma gama muito abrangente,<br />
que registou um crescimento de 80% em<br />
sete anos. A empresa utiliza todo o seu conhecimento<br />
e experiência em OE para desenvolver e fabricar<br />
uma gama diversificada de componentes para o<br />
sistema de distribuição, como polias, correntes e<br />
tensores. No caso <strong>das</strong> juntas homocinéticas, fabrica<br />
transmissões completas e, obviamente, juntas.<br />
Gama de distribuição mais abrangente<br />
A gama de distribuição tem um total de cerca de<br />
3.000 referências de peças. Estas dividem-se em<br />
10 categorias. A saber: Auxiliares – polias/correias/kits/amortecedores<br />
e polias livres do alternador;<br />
Distribuição - polias/kits de distribuição/kits<br />
de distribuição com bomba de água/kit de correia;<br />
outro - ar condicionado e rolamentos do alternador.<br />
A cobertura global para aplicação na Europa é<br />
de 97% e na Ásia de 98%.<br />
Para responder às necessidades do mercado, a<br />
NTN-SNR enriqueceu a sua oferta de distribuição<br />
com dois tipos de kits: com ou sem bomba de água,<br />
para os veículos europeus e asiáticos mais populares.<br />
Os kits incluem todos os componentes necessários<br />
para facilitar a substituição da distribuição,<br />
oferecendo soluções que respondem às necessidades<br />
diárias da oficina. Podem integrar entre duas e<br />
oito peças, além de pernos e parafusos. Os tensores<br />
hidráulicos permitem manter uma tensão perfeita<br />
e um ótimo funcionamento do motor. As guias, em<br />
plástico muito robusto, garantem uma orientação<br />
precisa da corrente. Quanto às polias, com tratamento<br />
de superfície específico, melhoram a resistência<br />
<strong>das</strong> áreas denta<strong>das</strong>.<br />
Inovação nas juntas homocinéticas<br />
A gama de juntas homocinéticas da NTN-SNR para<br />
o aftermarket é recente no mercado do pós-venda.<br />
Ainda em desenvolvimento, tem um ritmo de crescimento<br />
de 30% ao ano. “Construímos uma base sólida<br />
desde o lançamento desta nova gama e, agora,<br />
iremos acelerar o desenvolvimento com o objetivo<br />
de aumentar, consideravelmente, a nossa cobertura<br />
na Europa. Continua em desenvolvimento, uma vez<br />
que ainda nos faltam produtos para conseguirmos<br />
uma boa cobertura do parque automóvel”, revela<br />
Romain Petellaz, gestor de produto.<br />
A NTN Corp. é, em termos de qualidade dos produtos,<br />
o segundo fabricante de OE a nível mundial,<br />
pelo que tem, por um lado, a legitimidade, o conhecimento<br />
e a competência para ser um dos principais<br />
intervenientes neste mercado. Por outro, tem um<br />
bom potencial de desenvolvimento desta gama no<br />
futuro. A oferta para o aftermarket é constituída<br />
por 743 referências, incluindo 275 kits de veios de<br />
REDE FORTALecida<br />
EM PORTUGAL<br />
Em Portugal, a NTN-SNR tem uma sólida rede de<br />
distribuidores, constituída por diferentes empresas<br />
com presença em várias áreas, o que lhe permite que<br />
esteja presente em praticamente todo o país. José<br />
Manuel Sancho, diretor comercial ibérico da NTN-SNR,<br />
destaca a confiança como o fator mais importante no<br />
funcionamento da rede. “Tentamos manter uma relação<br />
de cooperação próxima com a nossa rede, conhecendo<br />
as suas necessidades e limitações diárias. Apenas desta<br />
forma podemos oferecer-lhes um apoio adaptado”,<br />
refere. A NTN-SNR apoia os seus distribuidores em vários<br />
domínios, como ven<strong>das</strong>, marketing, suporte técnico e<br />
gestão de stocks. Relativamente às oficinas, neste momento,<br />
oferece apoio através de boletins técnicos, vídeos,<br />
documentação e app técnica (TechScan’R). “O nosso<br />
objetivo, agora, é aumentar este apoio nos próximos<br />
meses, graças aos projetos que temos em curso, como,<br />
por exemplo, no que diz respeito a ações de formação. A<br />
nossa empresa está, também, a trabalhar num programa<br />
de e-learning”, acrescenta José Manuel Sancho.<br />
O objetivo da NTN-SNR para o nosso país é muito claro:<br />
desenvolver e consolidar a imagem de “multiespecialista”,<br />
com particular atenção para a gama de distribuição, uma<br />
linha com grande potencial, na qual está já a trabalhar<br />
com os seus distribuidores. Outra <strong>das</strong> grandes oportunidades<br />
será o desenvolvimento da gama de juntas<br />
homocinéticas, um dos atuais eixos de trabalho, além do<br />
apoio técnico avançado para as oficinas. A estratégia para<br />
aumentar as ven<strong>das</strong> e continuar a crescer em Portugal,<br />
passa, segundo José Manuel Sancho, por “investir na<br />
inovação, trabalhar no desenvolvimento da nossa gama<br />
de produtos/serviços e, acima de tudo, continuar a ter<br />
e a apoiar uma sólida rede de distribuidores para nos<br />
ajudar a promover a marca NTN-SNR.” Embora o mercado<br />
tenha contraído em 2019, José Manuel Sancho não<br />
prevê qualquer aumento significativo nos próximos<br />
anos. No entanto, acredita que a NTN-SNR tem potencial<br />
de crescimento em toda a Europa, principalmente na<br />
Península Ibérica.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 43
Juntas<br />
homocinéticas<br />
e distribuição<br />
NTN-SNR<br />
transmissão, 77 kits de juntas exteriores, 59 kits de<br />
foles exteriores e 62 kits de foles interiores. Embora<br />
a cobertura do parque automóvel, atualmente, ainda<br />
não ser muito representativa, a NTN-SNR está a<br />
trabalhar para aumentá-la. Relativamente às juntas<br />
homocinéticas, as atuais inovações baseiam-se em<br />
dois objetivos. Primeiro: veio de transmissão mais<br />
leve para menos emissões de CO2, que é o principal<br />
objetivo dos fabricantes de automóveis para evitar<br />
sanções da Comissão Europeia. Segundo: melhorar<br />
a eficiência <strong>das</strong> juntas aumentando o ângulo de<br />
flexão máximo, principalmente para modelos SUV<br />
e veículos com tração às quatro ro<strong>das</strong>, cujo sucesso<br />
tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos.<br />
A mais recente inovação diz respeito a veios de<br />
transmissão para veículos premium da BMW e<br />
Mercedes-Benz, com uma redução de 2,2 kg em<br />
comparação com os modelos padrão. A transmissão<br />
traseira da NTN-SNR é 20% mais leve do que os<br />
semieixos tradicionais e é disponibilizada à BMW<br />
e à Daimler para equipamento de série desde 2018.<br />
Apoio total às oficinas<br />
Tendo como clientes alguns dos principais distribuidores<br />
em Portugal, a marca mantém uma relação<br />
de colaboração muito próxima com estes parceiros.<br />
Através deles, consegue oferecer às oficinas<br />
um conjunto de serviços baseados na qualidade e<br />
proximidade com o cliente. Carol Donat, diretora<br />
de comunicação, anunciou, recentemente, a chegada<br />
do novo diretor técnico para o mercado do pós-<br />
-venda Automóvel, Michel Metral Boffod. “Será ele<br />
o responsável pela nossa coordenação e animação<br />
técnica na Europa. Neste momento, estamos a<br />
trabalhar em vários apoios para mecânicos e estudantes,<br />
como módulos de formação, informações<br />
técnicas (boletins) e tutoriais, entre outros. Está,<br />
também, planeado o lançamento de uma nova versão<br />
da nossa app técnica (TechScaN’R), mais simples<br />
e fácil”, refere a responsável.<br />
Os boletins técnicos (Tech’Infos), com informação<br />
detalhada de desmontagem/ montagem de peças<br />
e intervalos de substituição, são muito úteis para<br />
ajudar o mecânico, assim como os vídeos tutoriais,<br />
que guiam o técnico nas várias operações de instalação.<br />
Os catálogos estão disponíveis em PDF e<br />
papel e incluem as últimas referências. Este ano,<br />
foram editados três novos catálogos: “Sensores de<br />
Roda”; “Juntas Homocinéticas”; “Distribuição de<br />
Motor”. l<br />
TENSOR AUTOMÁTICO<br />
COM mecANISMO DE<br />
Amortecimento<br />
VARIÁVEL<br />
A NTN-SNR desenvolveu um tensor hidráulico de correia,<br />
com um mecanismo de amortecimento variável para<br />
motores que utilizam a função integrada start & stop ISG<br />
(Integrated Starter Generator). Este tensor tem diferentes<br />
modos de operação para se adaptar às necessidades<br />
específicas de tensão da correia, dependendo <strong>das</strong> fases<br />
de operação do motor, principalmente em regime<br />
constante e ao reiniciar. Um sistema de válvula borboleta<br />
permite que a passagem do óleo varie dependendo <strong>das</strong><br />
forças exerci<strong>das</strong> no rolo. Isso resulta numa variação de<br />
amortecimento que torna o tensor mais ou menos rígido,<br />
dependendo dos esforços na correia. Esta capacidade<br />
de aplicar tensões diferentes é especialmente adaptada<br />
aos motores equipados com alternador de arranque<br />
para executar a função start & stop, uma vez que esses<br />
motores adicionam ao acionamento convencional, em<br />
fase de regime constante da correia pela polia da árvore<br />
de cames, um arrasto pelo alternador de arranque na<br />
fase de reiniciação, gerando picos de tensão instantâneos<br />
significativos e repetidos. O tensor automático da<br />
NTN-SNR com mecanismo de amortecimento variável<br />
oferece melhorias significativas. Nomeadamente:<br />
redução de consumo de combustível e emissões de CO 2<br />
graças ao menor atrito a velocidade constante; aumento<br />
na vida útil dos materiais graças a uma tensão da correia<br />
permanentemente adequada; fiabilidade garantida,<br />
idêntica aos sistemas atuais; custo igual ao dos tensores<br />
convencionais.<br />
44 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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do programa ZF [pro]Points<br />
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Somos o fornecedor líder em peças com a qualidade do equipamento original para o mercado de pós-venda.<br />
Trabalhamos continuamente na melhoria e no crescimento da nossa gama, o que nos permite oferecer<br />
tranquilidade no fornecimento e instalação <strong>das</strong> peças. Com mais de 100 anos de história na produção de<br />
equipamento original, temos a experiência que faz a verdadeira diferença na segurança dos veículos.<br />
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Parte da ZF Aftermarket, cada peça TRW é concebida para superar desafios, tal como os colaboradores<br />
dedicados de todo o mundo que as fazem chegar até si. Apoiados por uma rede global de especialistas<br />
no mercado de pós-venda, os produtos TRW ditam os padrões da segurança e da qualidade.
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D0 TEMPO<br />
BGA<br />
A BGA (BG AUTOMOTIVE) É A DIVISÃO DE PÓS-VENDA<br />
DO GRUPO 4BG (BRITISH GASKETS GROUP), FABRICANTE LÍDER<br />
DE JUNTAS E COMPONENTES DE MOTOR, FORMADO EM 1929, QUE<br />
CUMPRE OS STANDARDS DE EQUIPAMENTO ORIGINAL. EM CONJUNTO,<br />
BGA E GRUPO 4BG DISPÕEM DE 10 UNIDADES DE PRODUÇÃO QUE<br />
FABRICAM MAIS DE 28 MILHÕES DE ITENS POR ANO por Bruno Castanheira<br />
1929<br />
Criação do Grupo 4BG. British<br />
Gaskets corta a primeira junta<br />
quando a empresa foi formada<br />
no centro de Londres<br />
1973<br />
Aquisição da British Seals<br />
and Rubber Moulding, Ltd.<br />
Integração de molduras<br />
especializa<strong>das</strong> e o-rings na<br />
linha de produtos da British<br />
Gaskets<br />
1977<br />
Assinatura do primeiro<br />
contrato com a British Rail,<br />
dando início a uma longa e<br />
profícua parceria entre as<br />
duas empresas<br />
1992<br />
Construção da sede do Grupo<br />
4BG. Aquisição do novo local<br />
de produção em Sudbury,<br />
Suffolk, para dar resposta a<br />
grupos de clientes cada vez<br />
maiores<br />
46 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
móvel), Bovill & Boyd, Ltd., British Gaskets, Ltd.<br />
e BSRM, Ltd. Cada uma tem a sua especialidade e<br />
tipologia de produtos.<br />
No caso concreto da BGA (BG Automotive), sendo<br />
a divisão que mais nos interessa, aqui, abordar,<br />
ao fazer parte do Grupo 4BG, tem acesso às mais<br />
avança<strong>das</strong> técnicas de fabrico, experiência e equipamentos<br />
do grupo, facto que acaba por trazer-lhe<br />
vantagens no que concerne à conceção de produtos<br />
de elevada qualidade, que cumprem os standards<br />
OE (fornece, por exemplo, a Jaguar Land Rover e a<br />
Caterpillar), destinados ao aftermarket automóvel.<br />
Com mais de 95% da sua gama em stock alojada<br />
num centro de distribuição que dispõe de<br />
100.000 m 2 de área, a BGA consegue fazer a<br />
expedição de encomen<strong>das</strong> no próprio dia para<br />
qualquer parte do mundo e oferecer um pacote<br />
completo de serviço (paletes ou contentores) em<br />
função <strong>das</strong> necessidades específicas de cada cliente.<br />
Enquanto empresa, a BGA orgulha-se de dispor<br />
de produtos de topo combinados com um serviço<br />
de qualidade, tanto no Reino Unido como<br />
no exterior. A sua abordagem ao negócio está, de<br />
resto, altamente focada na satisfação do cliente,<br />
assegurando, desta forma, que as relações comerciais<br />
de que dispõe continuem a florescer no mercado<br />
automóvel internacional.<br />
A BGA É LÍDER DE MERCADO COM A SUA ABRANGENTE GAMA<br />
DE KITS DE CORRENTE DE DISTRIBUIÇÃO, QUE COBRE MAIS<br />
DE 450 REFERÊNCIAS DE PEÇAS E 6.000 APLICAÇÕES<br />
Sediado em Swindon, no Reino Unido, o<br />
Grupo 4BG (British Gaskets Group) é, hoje,<br />
dos maiores fabricantes privados que operam<br />
no setor automóvel, sendo especialista em<br />
plásticos, componentes de motor, molduras e produtos<br />
de vedação direcionados para as indústrias<br />
automóvel, aeroespacial, petroquímica, marítima,<br />
ferroviária e de eletrodomésticos, entre muitas outras.<br />
Fundado há mais de 90 anos, o Grupo 4BG<br />
contempla, como a sua própria sigla indica, quatro<br />
divisões: BGA (que opera no pós-venda auto-<br />
Força em PROFUNDIDADE<br />
No esforço contínuo de oferecer ao mercado de reposição<br />
a escolha inteligente, a BGA otimiza e desenvolve,<br />
ininterruptamente, as suas soluções de<br />
kits. Os conjuntos de juntas da cabeça que disponibiliza<br />
são reconhecidos por serem os mais abrangentes<br />
do mercado. A BGA foi, aliás, <strong>das</strong> primeiras<br />
empresas a comercializar kits de polia da cambota,<br />
que incluem, agora, os parafusos que devem ser<br />
sempre substituídos. Já os kits de cárter, contemplam<br />
juntas ou silicone, dependendo da aplicação<br />
a que se destinam.<br />
A BGA é líder de mercado graças à sua pioneira e<br />
abrangente gama de kits de corrente de distribuição,<br />
que cobre mais de 450 referências de peças e<br />
6.000 aplicações. 95% de todos os resíduos que a<br />
empresa produz são corretamente encaminhados<br />
de forma ambientalmente responsável. O grupo a<br />
que pertence está, aliás, totalmente comprometido<br />
quer com a proteção do meio ambiente, quer com<br />
a conservação dos recursos naturais, encontrando-<br />
1996<br />
Aquisição da Norse Rubber<br />
Products, Ltd., empresa<br />
líder em moldes de borracha<br />
sob medida, o que permite<br />
otimizar a capacidade de<br />
resposta do grupo nos<br />
mercados especializados<br />
2000<br />
Lançamento da BGA, que<br />
regista sucesso estrondoso<br />
no seu primeiro ano de<br />
operação no setor do pósvenda<br />
automóvel<br />
2013<br />
Após anos de sucesso<br />
contínuo e trazendo uma nova<br />
geração de especialistas para<br />
a indústria automóvel, a BGA<br />
expande-se para uma sede<br />
com 100.000 m² situada no<br />
coração de Wiltshire. Mais de<br />
1,5 milhões de produtos saem<br />
do armazém todos os meses<br />
2015<br />
O sucesso da BGA nos<br />
mercados de exportação é<br />
reconhecido com a atribuição<br />
do “Queen’s Award for<br />
Enterprise: International<br />
Trade”<br />
2018<br />
Aquisição da Howard Roberts.<br />
A BGA adiciona 30 anos de<br />
experiência em direção e<br />
suspensão à sua oferta<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 47
BGA<br />
PUB<br />
-se esta premissa refletida na norma ISO 14001 que ostenta. O Grupo<br />
4BG leva muito a sério as obrigações ambientais e procura reduzir, sempre<br />
que possível, a sua pegada de carbono, desenvolvendo produtos que<br />
abrem caminho rumo a um futuro mais “verde”.<br />
Futuro e novas adições<br />
Após uma extensa pesquisa de mercado e depois de efetuado um trabalho<br />
conjunto com os clientes, a BGA identificou necessidades em várias famílias<br />
de produto. Casos <strong>das</strong> juntas de transmissão e homocinéticas, assim<br />
como <strong>das</strong> bombas de direção assistida, cobrindo mais de 1.200 referências<br />
e mais de 20.000 aplicações. Olhando para o futuro da BGA, existem<br />
dois fatores considerados essenciais para o desenvolvimento dos produtos:<br />
a criação de novas linhas que se ajustem à experiência que reúne em<br />
motores de modo a alargar a sua oferta total; o desenvolvimento de novos<br />
componentes para adicionar ao vasto portefólio de produtos existentes, a<br />
que BGA chama de ‘Novo na Gama”. A experiência da empresa britânica<br />
em motores e a sua constante avaliação do mercado faz com que ofereça<br />
novas soluções aos clientes, com novas e únicas referências adiciona<strong>das</strong><br />
todos os meses. Em 2017, a BGA lançou mais de 1.800 novas referências<br />
de peças. l<br />
BGA em números<br />
total <strong>das</strong> fábricas supera esta fasquia<br />
volume de negócios anual em milhões de libras<br />
volume de produção anual em milhões de libras<br />
anos de experiência em produção (Grupo 4BG)<br />
cobertura do parque automóvel europeu
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NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
Produto<br />
HERTH+BUSS<br />
CUNHA DE MONTAGEM DA ELPARTS<br />
Anunciado como o complemento perfeito<br />
para a gama de montagem, trata-se de uma<br />
ferramenta de desmontagem de formato especial<br />
que facilita a remoção de painéis sem danos.<br />
Todos os mecânicos certamente que estão familiarizados<br />
com o cenário demorado <strong>das</strong> reparações, em<br />
que os painéis da carroçaria ou os clips de fixação<br />
não se mexem quando precisam de ser removidos,<br />
50 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
o que, por vezes, pode resultar em danos no veículo.<br />
A Herth+Buss tem a solução para este desafio diário<br />
que ocorre durante o trabalho. Uma cunha de montagem<br />
de plástico, com formato especial, é utilizada<br />
para desmontar todos os tipos de painéis e clips de<br />
fixação no interior do veículo e na carroçaria. O plástico<br />
utilizado nesta ferramenta especial é único e a<br />
sua forma plana garante que os componentes do veículo<br />
ou os fixadores da carroçaria possam ser libertados<br />
sem serem danificados. A ferramenta tem 210<br />
mm de comprimento, 27 mm de largura e é ideal<br />
para trabalhos em áreas de difícil acesso, graças ao<br />
seu design plano. Além disso, a cunha de montagem<br />
pode ser utilizada em todos os modelos de veículos,<br />
enquanto o seu desenho universal pode lidar com<br />
cerca de 90% de to<strong>das</strong> as tarefas de desmontagem.
NOVA BATERIA TA AGM<br />
Bosch | Hoje, os veículos comerciais modernos<br />
utilizados em trajetos de longo curso estão<br />
equipados com inúmeras funções de conforto e<br />
alojamento, que melhoram as condições de trabalho<br />
dos motoristas profissionais. Para garantir que essas<br />
funções são assegura<strong>das</strong> de forma fiável e com<br />
energia suficiente, mesmo no caso de utilização<br />
estacionária (quando o veículo se encontra parado),<br />
a linha de baterias da Bosch para veículos comerciais<br />
é, agora, complementada pela nova e poderosa<br />
bateria de arranque TA AGM de 12 Volt. Bateria esta<br />
que fornece energia com elevada fiabilidade a vários<br />
equipamentos elétricos instalados nos veículos<br />
comerciais, como, por exemplo, ar condicionado ou<br />
aquecimento da cabine, micro-on<strong>das</strong> ou televisão.<br />
O que, ao permitir reduzir as avarias, evita que<br />
existam períodos de inatividade desnecessários. A<br />
nova bateria com tecnologia AGM foi desenvolvida,<br />
especificamente, para aplicações exigentes em<br />
viagens longas.<br />
MEWA<br />
SOLUÇÃO COMPLETA E SUSTENTÁVEL<br />
Panos de limpeza reutilizáveis com sistema circular parece uma nova tendência. Mas não é. O inteligente<br />
sistema de panos de limpeza da MEWA não é uma moda, mas um conceito profissional<br />
eficiente, sustentável e que poupa recursos para oficinas, tipografias e fábricas. A empresa alemã<br />
desenvolveu o sistema de panos de limpeza “amigo do ambiente” há já mais de um século (112 anos, para<br />
sermos mais precisos). Hoje, é, com ele, líder mundial e apoia pequenas, médias e grandes empresas na<br />
limpeza suave, profunda e ecológica de ferramentas e máquinas. Reutilizar e evitar o uso único é uma<br />
preocupação que já chegou à grande maioria da sociedade. A empresa alemã MEWA pratica Economia<br />
Circular há mais de um século. Com o seu sistema de panos de limpeza, aperfeiçoado ao longo de déca<strong>das</strong>,<br />
enquadra-se perfeitamente na atualidade. Hoje, a sociedade já não “tolera” uma economia não responsável<br />
de “usar uma vez e deitar fora”.<br />
TRAVÃO DE ESTACIONAMENTO ELÉTRICO DIANTEIRO<br />
ZF | A empresa lançou o primeiro travão de estacionamento elétrico dianteiro da indústria, alargando<br />
a gama de sistemas de travão de estacionamento elétrico (EPB) a um<br />
maior número de veículos. Com esta solução, os fabricantes de<br />
automóveis podem, agora, equipar veículos mais pequenos<br />
com um sistema de travagem avançado e projetar o seu<br />
interior sem a clássica alavanca do travão de mão. O que<br />
é, hoje, comum em veículos dos segmentos alto, médio<br />
e compacto graças a um travão de estacionamento<br />
elétrico (EPB), era anteriormente impossível para os<br />
designers de automóveis pequenos e muito pequenos: a<br />
eliminação da alavanca do travão de mão, muitas vezes<br />
volumosa, no habitáculo. Com a produção em série do<br />
primeiro EPB frontal da indústria, a ZF permite, agora, que<br />
esta tecnologia seja instalada em segmentos de automóveis<br />
mais pequenos. Por exemplo, a alavanca do travão de mão pode ser<br />
substituída por um interruptor compacto, criando mais espaço no interior<br />
do veículo.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 51
NotíCIAS<br />
Produto<br />
PEÇAS DE CHASSIS PARA COMERCIAIS<br />
ZF Aftermarket | Quilometragem elevada, cargas pesa<strong>das</strong>,<br />
utilização constante. O veículo comercial ligeiro (VCL) suporta tudo. A<br />
pressão a que está sujeito, juntamente com a idade média na UE de 10,9<br />
anos, faz com que este segmento ofereça oportunidades de serviço e<br />
reparação significativas para as oficinas. A ZF Aftermarket ajuda as oficinas<br />
a posicionarem-se neste segmento e, aqui, sob a sua marca Lemförder,<br />
a empresa oferece dicas de reparação para um dos seus veículos mais<br />
populares: o Volkswagen T5. Em Portugal, a frota de veículos comerciais<br />
ligeiros ultrapassa o milhão de unidades, as quais são utiliza<strong>das</strong>,<br />
diariamente, para transportar cargas eleva<strong>das</strong>, o que significa que<br />
também estão sujeitas a desgaste elevado. Muitas empresas utilizam a<br />
carga útil total admissível dos seus veículos diariamente. Embora o chassis<br />
em si possa ser concebido para este tipo de utilização, as juntas <strong>das</strong> rótulas<br />
e <strong>das</strong> barras de direção, as barras estabilizadoras e outras partes da direção<br />
e chassis sofrem, consideravelmente, sob carga permanente.<br />
FEBI TRUCK<br />
COMPETÊNCIA REFORÇADA<br />
Sob a assinatura “Sempre na Estrada”, a nova campanha de marketing da febi Truck<br />
reforça a sua competência em direção e suspensão. Com mais de 2.300 componentes<br />
com qualidade equivalente OE, a febi oferece uma <strong>das</strong> gamas mais completas do<br />
aftermarket nestas áreas. De king pins e braços de direção em triângulo a tirantes da barra<br />
estabilizadora; de barras de acoplamento a barras intermédias de direção – e as suas peças<br />
terminais – até tirantes do eixo e bombas de direção assistida. Distribuidores e oficinas<br />
podem encontrar inúmeras soluções de reparação na febi Truck para to<strong>das</strong> as marcas europeias<br />
comuns de camiões, reboques e autocarros. Isto inclui ainda vários kits de reparação<br />
completos, que contribuem para uma operação sem demoras. Parte da gama de produtos é<br />
produzida in-house (nas instalações do bilstein group Engineering). Todos os anos, aproximadamente<br />
85.000 king pins e jogos de king pin são produzidos utilizando máquinas modernas<br />
de CNC. No que respeita a jogos de king pin, a febi é a número um no aftermarket,<br />
com a cobertura mais elevada para todos os veículos pesados dos fabricantes europeus mais<br />
comuns (denominados “Big 7”).<br />
BOMBAS DE COMBUSTÍVEL<br />
Airtex | A empresa oferece uma extensa gama de bombas de<br />
combustível para o mercado europeu, cobrindo mais de 80% do<br />
parque automóvel circulante. Na qualidade de fabricante deste tipo de<br />
componentes, a Airtex dispõe de amplo conhecimento técnico e vasta<br />
experiência no mercado, o que ajudou a formar um catálogo interessante.<br />
É de realçar o elevado número de automóveis de passageiros que a<br />
empresa, pertencente ao Grupo TRICO, cobre com as suas referências,<br />
nomeadamente para o Grupo VAG, PSA e Renault.<br />
DT SPARE PARTS<br />
COLUNA DE DIREÇÃO<br />
A<br />
marca do Diesel Technic Group destaca, todos os meses, um produto do seu vasto<br />
portefólio. Desta vez, o protagonismo recai sobre a coluna de direção, que ostenta a<br />
referência 2.53265. A coluna de direção transfere o movimento do volante ao sistema<br />
de direção, consistindo em dois eixos que são conectados por uma articulação. Ao acoplar o<br />
volante à barra de torção do sistema de direção, o movimento giratório do volante é transferido<br />
sem perda nem esforço. Além disso, a coluna de direção permite ajustar o volante em<br />
altura e profundidade, possibilitando a melhor adaptação qualquer que seja a estatura do<br />
condutor. Aqui ficam as Dicas & Truques da DT Spare Parts, marca do Diesel Technic Group:<br />
l Lubrifique a direção antes de montar a peça, uma vez que esta é fornecida sem lubrificação;<br />
l Verifique o número de dentes de fixação da direção, que deve ser igual ao do eixo da caixa<br />
de direção;<br />
l Utilize um parafuso com um diâmetro que evite que o eixo se solte, de modo a ficar fixo;<br />
l Aperte o parafuso até que o eixo esteja bem fixo. Utilize sempre uma porca de bloqueio nova.<br />
52 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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Notícias<br />
Produto<br />
525 NOVAS REFERÊNcias<br />
Metalcaucho | O fabricante espanhol de peças de reposição em borracha e metal para o<br />
setor automóvel continua a apostar em itens para veículos asiáticos. O crescimento desse nicho<br />
de mercado é fundamental para a<br />
estratégia da marca, que continua<br />
a oferecer itens para as principais<br />
marcas asiáticas, contando já com<br />
números significativos. No caso da<br />
Toyota, dispõe de 625 aplicações.<br />
Para a Mazda, 547 aplicações. Para<br />
a Mitsubishi, 457 aplicações. 392<br />
para a Nissan e 242 para a Hyundai. Além disso, como em qualquer novo lançamento, oferece 18<br />
números de peça exclusivos. Em fevereiro, a marca apresentou 525 novos códigos, entre os quais se<br />
encontram cinoblocos e filtros de transmissão automática.<br />
CABEÇAS DE Motor DIESEL/GÁS PARA PEsados<br />
AMC | A empresa fabricante de cabeças de cilindro para o mercado de reposição inclui na sua<br />
oferta cabeças de motor Diesel/gás para veículos pesados, além de cabeças disponíveis para<br />
motores marinhos, estacionários e off-road. Com fundição de primeira qualidade graças a melhorias<br />
efetua<strong>das</strong> nas suas propriedades metalúrgicas, a AMC (Amadeo Martí Carbonell, Ltd.) afirma ser<br />
o único fabricante europeu para o aftermarket, propondo qualidade original a preço competitivo.<br />
Recorrendo a materiais originais em acentos e guias para assegurar o perfeito funcionamento do<br />
motor, o fabricante espanhol dá um ano de garantia contra qualquer defeito de fabrico. Até porque<br />
cada cabeça de motor é analisada a 100% através de diversos testes antes de ser embalada. Com<br />
processo de produção homologado (OEM) e prestando apoio técnico e comercial aos clientes através<br />
dos respetivos departamentos de que dispõe, a AMC realça que o código ID que distingue cada<br />
cabeça de motor assegura a identificação do produto e transmite a confiança necessária ao cliente.<br />
COMPRESSOR ELÉTRICO UNIVErsaL 12 V<br />
RPL Clima | A empresa do Algarve anunciou o lançamento de um novo compressor elétrico de<br />
12 Volt, indicado para múltiplas aplicações. Com a tecnologia a desenvolver-se a uma velocidade<br />
nunca vista, o setor automóvel não é exceção. E o mercado dos veículos elétricos está em plena<br />
fase de crescimento. Atentos a esta expansão, a RPL Clima procura apresentar novas soluções para<br />
este setor, dando a conhecer um novo compressor<br />
elétrico alimentado com 12 Volt, capacidade<br />
de refrigeração de 1.500 W e integrando o gás<br />
refrigerante R134a ou 1234yf. Este compressor<br />
pode ser instalado no transporte refrigerado,<br />
máquinas agrícolas, máquinas industriais ou<br />
viaturas especiais, entre outras aplicações.<br />
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54 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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Notícias<br />
Produto<br />
MANATEC JUMBO 3D SUPER<br />
EFICIÊNCIA E SIMPLicidadE<br />
Comercializado pela Domingos & Morgado e solidamente implantada no<br />
nosso mercado, a Jumbo 3D Super da MANATEC, continua, dia após<br />
dia, a conquistar a preferência de cada vez mais clientes. “Reconhecendo<br />
imediatamente o enorme salto tecnológico que esta alinhadora representava<br />
face às disponíveis até agora, os maiores players do mercado dos pneus<br />
de camião, não hesitaram em aderir de imediato a esta nova tecnologia”, revela<br />
a Domingos & Morgado, em<br />
comunicado enviado à nossa redação.<br />
“Rodaflex (Sta. Maria da Feira),<br />
José Lourenço (Palmela), Ideal<br />
Pneus (EUROMASTER – Barcelos),<br />
Transmaia (Trofa) e Pneus do Ramalhal<br />
(Torres Vedras), são exemplos de<br />
como esta máquina conquistou pela<br />
sua eficiência e simplicidade de utilização,<br />
contribuindo, desta forma,<br />
para a rentabilização dos negócios<br />
destas empresas”, pode ler-se no<br />
mesmo comunicado. A Jumbo 3D<br />
SUPER da MANATEC já obteve o<br />
parecer favorável da Michelin e foi<br />
homologada por este fabricante mundial de pneus, sendo anunciada como um<br />
verdadeiro “tudo em um”.<br />
PRIMEIRA GAMA COMPLEta PARA HÍBRIDOS<br />
Motul | A empresa anunciou uma verdadeira revolução no setor híbrido: a primeira<br />
linha de produtos que oferece uma solução completa para este tipo de veículos. Nesse<br />
sentido, a empresa francesa dá um passo em frente com o lançamento de uma ampla gama<br />
de produtos especificamente concebidos para veículos híbridos equipados com motores a<br />
gasolina, que consiste em quatro óleos de motor, um líquido de refrigeração e um líquido<br />
de transmissão. Os quatro lubrificantes desta gama SAE (0W20, SAE 0W16, SAE 0W12 e SAE<br />
0W8) destacam-se por oferecer um excelente arranque a frio e por facilitar a resposta do<br />
motor a baixas temperaturas, além de garantir um baixo consumo de óleo sem comprometer<br />
a limpeza do motor e a duração do lubrificante. A Motul afirma liderar o setor híbrido com<br />
a apresentação destes quatro lubrificantes 100% sintéticos para uma maior economia de<br />
combustível, que garantem uma resposta ideal às necessidades dos veículos híbridos (HEV e<br />
PHEV) e são compatíveis com catalisadores.<br />
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56 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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ColabORAÇÃO<br />
Centro ZARAGOZA<br />
www.centro-zaragoza.com<br />
1<br />
Preparação dos produtos e<br />
equipamentos de aplicação<br />
APLICAÇÃO DE PRODUTOS<br />
ANTICORROSIVOS E ANTIRRUÍDO<br />
A REPARAÇÃO DE PEÇAS DE CARROÇARIA NO AUTOMÓVEL INCLUI DEVOLVER AO VEÍCULO AS SUAS CARACTERÍSTICAS<br />
ORIGINAIS, INCLUINDO A PROTEÇÃO ANTICORROSIVA E ANTIRRUÍDO INTEGRADA DE ORIGEM E QUE POSSA TER SOFRIDO DANOS<br />
NO MOMENTO DO ACIDENTE OU DURANTE O PROCESSO DE REPARAÇÃO. POR ESTE MOTIVO, SERÁ NECESSÁRIO RESTAURAR OS<br />
PRODUTOS ANTICORROSIVOS PARA QUE A CARROÇARIA DO VEÍCULO CONTINUE A ESTAR PROTEGIDA CONTRA A CORROSÃO<br />
2<br />
5 8<br />
9<br />
As espumas insonorizantes são<br />
coloca<strong>das</strong> no interior da peça, onde<br />
haviam sido aplica<strong>das</strong> inicialmente<br />
Depois de monta<strong>das</strong> as peças,<br />
é aplicado o primário anticorrosivo<br />
No estribo da carroçaria, é aplicado<br />
protetor antigravilha pintável<br />
É aplicada a tinta de acabamento<br />
na zona reparada<br />
3 6 10<br />
Os primários eletrosoldáveis<br />
são aplicados nas abas, na zona<br />
de união, previamente à soldadura<br />
de resistência<br />
Depois do primário, é aplicada massa<br />
de impermeabilização, através de<br />
um cordão fino nas abas de união<br />
onde existia inicialmente<br />
4 7<br />
As lâminas antivibração são<br />
monta<strong>das</strong> nas peças substituí<strong>das</strong><br />
que as incorporavam<br />
É aplicada massa de<br />
impermeabilização pulverizável, num<br />
cordão espesso, nas mesmas zonas<br />
onde se encontrava originalmente e<br />
mantendo o mesmo aspeto<br />
Após a pintura, no interior dos corpos ocos, como longarinas ou estribos, e dos<br />
painéis de porta, é aplicada cera para cavidades<br />
58 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
TECNOLOGIA DE PONTA DUALOCK<br />
REDUZ EM 50%* O DESGASTE<br />
DO MOTOR<br />
As moléculas DUALOCK aderem aos principais<br />
componentes do motor e juntam-se para formar<br />
uma camada de proteção resistente que reduz<br />
o desgaste provocado pela condução de paraarranca<br />
e pelo aquecimento até 50%*.<br />
castrol.pt/magnatec<br />
* Testado em comparação com o limite de desgaste API SN do teste Sequência IVA e com o limite de desgaste ACEA do teste OM646LA
Técnica<br />
&Serviço<br />
TECNOLOGIA MILD HYBRID<br />
HIBRIDAÇÃO SUAVE<br />
DE 48 voLT<br />
A EVOLUÇÃO DAS NORMAS ANTIPOLUENTES TEM OBRIGADO FABRICANTES DE VEÍCULOS<br />
E DE COMPONENTES A DESENVOLVER TECNOLOGIAS QUE FACILITEM O CUMPRIMENTO<br />
DAS REGULAMENTAÇÕES AMBIENTAIS DESDE O APARECIMENTO DOS PRIMEIROS SISTEMAS<br />
ANTIPOLUIÇÃO, NOS ANOS 90. A SOLUÇÃO MILD HYBRID É DOS ÚLTIMOS AVANÇOS NESTA ÁREA<br />
60 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Colaboração Centro CESVIMAP<br />
www.cesvimap.com<br />
Para se conseguirem reduzir as<br />
emissões poluentes foi necessário<br />
um grande esforço por<br />
parte dos fabricantes e fornecedores<br />
de componentes, que desenvolveram<br />
tecnologias capazes de fazer com que<br />
os gases emitidos pelos veículos que<br />
circulam nas estra<strong>das</strong> sejam cada<br />
vez mais “limpos”, chegando mesmo<br />
a limites que eram inimagináveis há<br />
apenas uma década. Permitindo uma<br />
atmosfera o mais limpa possível (um<br />
dos grandes desafios que a sociedade<br />
enfrenta na atualidade).<br />
A nova norma antipoluição Euro VII,<br />
que entrou em vigor este ano, obriga<br />
os fabricantes a conseguirem uma<br />
média de emissões de CO 2 de 95 g/km<br />
em toda a sua oferta de modelos, com<br />
as suas diferentes motorizações, bem<br />
como a aplicar o novo ciclo de homologação<br />
WLTP (Worldwide Harmonized<br />
Light Vehicles Test Procedure - Procedimento<br />
de Ensaio Harmonizado a<br />
Nível Mundial para Veículos Ligeiros).<br />
Este ciclo é mais realista com os consumos<br />
e, portanto, com as emissões. Por<br />
isso, desde há algum tempo, tem sido<br />
estimulado o aparecimento quer de<br />
veículos híbridos plug-in com ligação à<br />
rede elétrica, quer de veículos elétricos<br />
para se poder cumprir este objetivo.<br />
Estas soluções são, economicamente,<br />
mais dispendiosas comparativamente<br />
aos automóveis “convencionais”, pelo<br />
que os fabricantes desenvolveram a<br />
tecnologia Mild Hybrid de 48 Volt,<br />
que permite contribuir para que os<br />
seus modelos reduzam as emissões de<br />
CO 2 com recurso a uma solução muito<br />
mais económica.<br />
Assistência elétrica<br />
A tecnologia Mild Hybrid consiste em<br />
integrar um pequeno motor elétrico,<br />
Honda PCX com hibridação suave<br />
de corrente alterna, com uma potência<br />
de 9 a 12 kW, numa bateria adicional,<br />
com capacidade entre 0,5 e 1 kW, de<br />
modo a ajudar o motor de combustão<br />
interna nos momentos mais desfavoráveis<br />
do seu funcionamento e a contribuir<br />
para a recuperação de energia<br />
nas fases de desaceleração ou travagem.<br />
Esta solução pode ser considerada<br />
como uma hibridação em paralelo.<br />
O objetivo principal da tecnologia<br />
Mild Hybrid de 48 Volt (ou hibridação<br />
suave) é reduzir as emissões<br />
de CO 2 através <strong>das</strong> funções de recuperação<br />
de energia nas fases de desaceleração<br />
ou travagem do veículo,<br />
bem como do sistema de arranque e<br />
paragem (start/stop). Para além disto,<br />
a utilização da tecnologia de 48<br />
Volt proporciona um binário adicional<br />
em certos momentos da condução,<br />
o que permite um rendimento<br />
superior do veículo. Nalguns casos,<br />
pode mesmo manter, durante algum<br />
tempo, a velocidade de cruzeiro ou<br />
desligar o motor de combustão interna<br />
a velocidades compreendi<strong>das</strong><br />
Bateria de 48 Volt de polímero de lítio do<br />
Hyundai Tucson, situada na bagageira<br />
entre 10 e 15 km/h (a chamada função<br />
“sailing”, também conhecida por<br />
velejar ou andar à vela). Além disso,<br />
a introdução da solução de 48 Volt<br />
permite uma instalação paralela de<br />
alimentação para certos sistemas,<br />
como direções elétricas e sistemas de<br />
sobrealimentação (como compressores<br />
ou turbocompressores, por exemplo),<br />
que requerem muito consumo<br />
de eletricidade, conseguindo libertar<br />
carga do motor de combustão interna<br />
e, deste modo, reduzir consumos e<br />
emissões. Uma vantagem adicional é<br />
que a mesma potência requer apenas<br />
uma quarta parte da corrente comparativamente<br />
a um sistema convencional.<br />
O resultado leva a que a<br />
cablagem possa ser mais fina e, portanto,<br />
mais leve, o que contribui, de<br />
forma indireta, para a eficiência.<br />
Componentes do sistema<br />
A tecnologia Mild Hybrid de 48 Volt<br />
é formada pelos seguintes elementos:<br />
• Motor-gerador: motor elétrico<br />
com uma potência entre 9 e 12 kW.<br />
Auxilia o motor de combustão interna<br />
em certas fases de funcionamento,<br />
aumentando, de forma imediata, o seu<br />
binário através de um impulso elétrico.<br />
Ao mesmo tempo, tem a função de<br />
gerador de energia em fases de desaceleração<br />
ou travagem. Dependendo da<br />
configuração que a hibridação apresente<br />
(será abordada mais adiante),<br />
se estiver unido à cambota do veículo<br />
realiza as funções de arranque do motor<br />
de forma muito mais rápida e silenciosa.<br />
A sua refrigeração, consoante<br />
o fabricante e a potência do motor,<br />
pode ser através de ar ou líquida;<br />
• inversor: para fornecer a energia<br />
necessária para o funcionamento do<br />
motor elétrico, o inversor transforma<br />
a tensão de corrente contínua fornecida<br />
pela bateria de 48 Volt em tensão<br />
alterna trifásica. Durante as fases<br />
de regeneração ou carga, o inversor<br />
transforma a tensão alterna gerada<br />
pelo motor-gerador elétrico em corrente<br />
contínua;<br />
• Conversor contínua/contínua:<br />
caso o motor-gerador de 48 Volt<br />
tenha como função carregar a bateria<br />
de 12 Volt e alimentar o sistema convencional<br />
do veículo, reduz a tensão<br />
de 48 Volt para 12 Volt;<br />
• Bateria: a bateria de 48 Volt é, geralmente,<br />
de iões de lítio (Li-ion) ou<br />
de polímero de lítio (Li-Pol), de pequena<br />
capacidade, podendo oscilar<br />
entre 0,5 e 1 kW. Armazena a energia<br />
<strong>das</strong> fases de desaceleração ou travagem<br />
e a proporcionada pelo motor e/<br />
ou alternador.<br />
Outra vantagem apresentada pela hibridação<br />
de 48 Volt é que, ao dispor<br />
de uma tensão inferior a 60 Volt, não<br />
é considerada alta tensão, dispensando,<br />
assim, o cumprimento dos requisitos<br />
de segurança que afetam os veículos<br />
híbridos e elétricos no que toca<br />
a instalação elétrica, conectores, sistemas<br />
de segurança e isolamentos, entre<br />
outros, tornando o sistema menos<br />
dispendioso. De igual modo, ao não<br />
ser de alta tensão, dispensa qualquer<br />
tipo de acreditação para a sua manipulação.<br />
Dentro da tecnologia de 48<br />
Volt, consoante os fabricantes, como<br />
Bosch, Continental, Delphi, Schaeffler<br />
ou Valeo, podem encontrar-se diferentes<br />
configurações de alojamento<br />
da máquina elétrica. A saber:<br />
• Nível 0: o motor elétrico está unido<br />
à cambota do motor de combustão<br />
interna através de uma transmissão<br />
por correia. Com este motor/alternador,<br />
é possível recuperar grande<br />
parte da energia cinética que se perde<br />
ao travar. Utiliza-se, também, para o<br />
arranque do motor. Atualmente, é o<br />
sistema mais difundido;<br />
• Nível 1: a disposição do motor elétrico<br />
de 48 Volt também consiste numa<br />
união à cambota, mas sem correia de<br />
acoplamento. Comparativamente aos<br />
geradores de arranque acionados por<br />
correia, o motor montado na cambota<br />
proporciona uma potência de saída<br />
mais elevada e gera mais energia, o<br />
que contribui para melhor eficiência.<br />
Também permite o arranque do<br />
motor. Nas motorizações em “V”, é o<br />
sistema mais difundido;<br />
• Nível 2: neste nível, o motor elétrico<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 61
TECNOLOGIA<br />
MILD HYBRID<br />
é instalado entre o motor de combustão<br />
interna e a caixa de velocidades;<br />
• Nível 3: o motor elétrico está situado<br />
na saída da transmissão;<br />
• Nível 4: substitui-se a transmissão<br />
do eixo traseiro por um sistema de<br />
transmissão elétrica, que complementa<br />
o motor de combustão interna,<br />
que atua sobre o eixo dianteiro. Consegue-se,<br />
assim, uma tração total;<br />
• Nível 5: o motor e a transmissão<br />
estão alojados no cubo de cada roda.<br />
pulsionar o turbocompressor, ou seja,<br />
quando arranca e acelera a baixas rotações.<br />
Já a Valeo, refere um protótipo<br />
de turbocompressor elétrico, alimentado<br />
a 48 Volt, que permite aproveitar<br />
a sobrealimentação nos momentos<br />
mais desfavorecidos do motor a baixa<br />
rotação, contrariando o atraso que os<br />
turbocompressores apresentam nestes<br />
regimes. Também consegue mais<br />
binário a baixa rotação, diminuindo o<br />
consumo de combustível.<br />
O CESVIMAP teve a oportunidade<br />
de testar, cedido pela marca, o novo<br />
Hyundai Tucson com tecnologia de 48<br />
Volt, associada à motorização Diesel<br />
2.0 CRDI, pelo que pôde comprovar,<br />
em primeira mão, esta solução. Nas fases<br />
de aceleração, ajuda. Em desaceleração,<br />
regenera a energia. Tudo isto de<br />
forma impercetível para o condutor. O<br />
sistema start&stop é muito rápido e<br />
silencioso. A gestão desliga o motor de<br />
combustão interna quando se circula<br />
abaixo dos 10 km/h, voltando a ligá-lo,<br />
de imediato, à mínima solicitação.<br />
Mas não são apenas os veículos ligeiros<br />
e SUV que desfrutam desta tecnologia.<br />
A Ford apresentou, na edição<br />
4<br />
7<br />
1<br />
8<br />
9<br />
6<br />
1 - Converte a corrente alterna do gerador em corrente contínua 2 – Bateria<br />
de 48 Volt de iões de lítio 3 - Regula o estado de carga da bateria 4 – Reparte<br />
a energia 5 - Converte a corrente contínua de 48 Volt em corrente contínua<br />
de 12 Volt 6 – Bateria de 12 Volt 7 – Distribui a corrente de 12 Volt 8 – Motor<br />
elétrico/gerador: arranca o motor, ajuda nas acelerações e recarrega a bateria<br />
em travagem 9 – Compressor elétrico: também pode ser um turbo. Por ser<br />
elétrico, não há tempo de reposta e funciona a partir de uma carga muito baixa<br />
Multiplicidade de aplicações<br />
Antes de os sistemas de 48 Volt aparecerem<br />
no mercado, especulava-se que<br />
seriam associados a motorizações pequenas,<br />
geralmente de três cilindros.<br />
Atualmente, os fabricantes que começaram<br />
a instalar esta tecnologia associam-na<br />
a to<strong>das</strong> as motorizações disponíveis,<br />
desde os motores de 1.000 cc<br />
até aos novos V6 de 3,0 litros. A Audi<br />
e a Mercedes-Benz, por exemplo, integram<br />
nas suas novas motorizações V6<br />
com hibridação suave (Níveis 0 e 1) um<br />
compressor elétrico. Este ajuda quando<br />
o fluxo de gases de escape proporciona<br />
muito pouca energia para imde<br />
2018 do Salão de Hanover, a nova<br />
Ford Transit, a primeira no seu segmento<br />
a oferecer esta tecnologia com<br />
o sistema EcoBlue Hybrid de 48 Volt.<br />
A Honda, primeiro fabricante mundial<br />
de motociclos, lançou, em abril<br />
de 2018, para o mercado japonês, a<br />
PCX Hybrid, que integra um motor-<br />
4<br />
-gerador alimentado a 48 Volt, destinado<br />
a arrancar e a assistir o motor<br />
de combustão interna em diferentes<br />
momentos de funcionamento, conseguindo<br />
uma resposta e um rendimento<br />
superiores aos <strong>das</strong> scooters “convencionais”<br />
da mesma classe e com<br />
consumos mais reduzidos. l<br />
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epintura<br />
CLASSIFICAÇÃO DOS APARELHOS UTILIZADOS NA CARROÇARIA<br />
QUAL O MELHOR?<br />
O APARELHO É A PINTURA DE FUNDO QUE DEIXA SELADA UMA SUPERFÍCIE PREVIAMENTE PREPARADA.<br />
COM ELE, ASSEGURA-SE PROTEÇÃO ANTICORROSIVA, NIVELA-SE A SUPERFÍCIE, COBREM-SE PEQUENOS<br />
DEFEITOS OU IRREGULARIDADES E OBTÉM-SE UMA BOA BASE PARA AS TINTAS DE ACABAMENTO QUE<br />
SE APLICAM POSTERIORMENTE<br />
O<br />
aparelho não deve ser utilizado de forma<br />
habitual como uma tinta de preenchimento,<br />
visto que, apesar de existirem variantes<br />
que proporcionam grande poder de preenchimento<br />
(até 350 mícrones em alguns casos), são as massas<br />
que devem cumprir esta função e que se têm<br />
de lixar de forma adequada para se conseguir integrar<br />
o remendo no resto da peça. Apesar disso, é<br />
inevitável e necessário que o aparelho cubra certos<br />
defeitos, marcas de lixamento ou anomalias com<br />
solvência.<br />
Classificação e teor em sólidos<br />
Os aparelhos utilizados na área da carroçaria podem<br />
ser classificados segundo o seu teor em sólidos,<br />
lixamento requerido, forma de secar e funcionalidade.<br />
Em seguida, detalhamos to<strong>das</strong> estas<br />
classificações.<br />
O teor em sólidos refere-se à camada ou película de<br />
tinta que ficará depositada sobre a superfície logo<br />
que tenha secado e se tenham evaporado os dissolventes<br />
incluídos na sua composição e/ou que foram<br />
adicionados para realizar a mistura. Portanto, quanto<br />
maior teor em sólidos tiver um aparelho, maior<br />
será a camada seca de produto obtida. Para especificar<br />
esta propriedade, os fabricantes acompanham o<br />
nome do aparelho com as seguintes siglas:<br />
64 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
• LS (Low Solids): baixos sólidos. Atualmente, estes<br />
aparelhos já não são comercializados devido à pouca<br />
capacidade de preenchimento dos mesmos e ao<br />
maior número de passagens que eram necessárias;<br />
• MS (Medium Solids): médios sólidos. Estes aparelhos<br />
são a evolução dos anteriores. Apesar disso,<br />
continuam a não proporcionar uma capacidade de<br />
preenchimento significativa, pelo que a sua utilização<br />
em aparelhos de 2K é praticamente nula. Em contrapartida,<br />
podem encontrar-se noutros produtos<br />
que não têm de cumprir funções de preenchimento,<br />
como produtos de 1K ou primários anticorrosivos;<br />
• HS (High Solids): altos sólidos. O surgimento dos<br />
aparelhos HS permitiu a obtenção de maior poder<br />
de preenchimento e a obtenção de cama<strong>das</strong> secas<br />
de maior espessura com a aplicação de apenas<br />
duas a três demãos de produto. Atualmente, esta<br />
variante de aparelhos é <strong>das</strong> mais comercializa<strong>das</strong><br />
e vendi<strong>das</strong>;<br />
• UHS (Ultra High Solids): ultra altos sólidos. São<br />
os aparelhos de criação mais recente do ponto de<br />
vista do teor em sólidos. Destacam-se por melhorarem<br />
as prestações ofereci<strong>das</strong> pelos aparelhos HS,<br />
pelo que são os mais recomendáveis para se obter<br />
o melhor resultado e contribuir para a redução da<br />
emissão de poluentes.<br />
Lixamento requerido<br />
Segundo este critério, os aparelhos são classificados<br />
da seguinte forma:<br />
• Aparelhos lixáveis. Preparados para ser aplicados,<br />
espera-se que sequem e que sejam lixados<br />
antes de serem aplica<strong>das</strong> as tintas de acabamento.<br />
São os aparelhos mais utilizados para reparação de<br />
danos na carroçaria;<br />
• Aparelhos húmido sobre húmido (H/H). Possibilitam<br />
que as tintas de acabamento sejam aplica<strong>das</strong><br />
sem necessidade de lixamento prévio, desde que se<br />
tenha respeitado o tempo de evaporação dos dissolventes.<br />
São especialmente indicados para aparelhamento<br />
de peças novas que vêm de fábrica com<br />
cataforese. Com a sua aplicação, é criado um bom<br />
fundo para favorecer a aderência <strong>das</strong> tintas de acabamento,<br />
enquanto que se reduz o tempo investido<br />
no processo de reparação comparativamente ao<br />
exigido pelos aparelhos lixáveis. Estes aparelhos<br />
estão concebidos para se distenderem com mais<br />
facilidade do que os lixáveis. Por este motivo, também<br />
se diluem em maior proporção;<br />
• Por último, importa assinalar que existem aparelhos<br />
multifuncionais preparados para ser utilizados<br />
como aparelho lixável ou como H/H.<br />
Forma de secar<br />
Segundo a composição do aparelho, este pode secar<br />
de uma <strong>das</strong> seguintes três formas:<br />
• Reação química. São aparelhos de dois componentes<br />
que secam ao entrar em contacto com um<br />
catalisador. Ao estarem catalisados, oferecem melhor<br />
selagem, melhor resistência química e melhor<br />
acabamento e cobertura. Aplicam-se à pistola ou<br />
em aerossol, sendo que os primeiros se destinam<br />
a qualquer tipo de reparação, ao passo que os formatos<br />
em spray são mais indicados para pequenas<br />
reparações ou retoques nos quais a camada de produto<br />
necessária pode ser menor;<br />
• Evaporação dos dissolventes (secagem física).<br />
São produtos monocomponentes de aplicação direta.<br />
Oferecem piores propriedades do que os de<br />
2K no que se refere a resistência química e camada<br />
resultante (sobre uns 25 mícrones somente), mas<br />
são especialmente válidos para aquelas situações<br />
nas quais, após o lixamento do aparelho e antes de<br />
se pintar, aparece uma falha de massa ou de metal<br />
descoberto e é necessária uma secagem rápida. Em<br />
alguns casos, estes aparelhos permitem a aplicação<br />
de tintas sem necessidade de ser lixados;<br />
• Reação à luz ultravioleta. Estes aparelhos podem<br />
ser considerados de um componente, embora a sua<br />
secagem ocorra aquando da reação da dita luz com<br />
os fotoiniciadores que se incluem na sua composição<br />
química. Destinam-se a pequenas reparações<br />
nas quais se procura rapidez de realização, visto<br />
que a principal vantagem deste aparelho é que seca<br />
num curto período de tempo (aproximadamente,<br />
dois minutos). Apesar disso, é necessário dispor<br />
de lâmpa<strong>das</strong> específicas para a sua secagem. Pode<br />
aplicar-se em aerossol ou à pistola, oferecendo, em<br />
ambos os casos, uma espessura da película muito<br />
boa (até uns 150 mícrones, no máximo).<br />
Funcionalidade<br />
Na introdução deste artigo, foram mencionados os<br />
objetivos mais característicos que se visam com a<br />
aplicação dos aparelhos, embora se deva assinalar<br />
que, atualmente, são fabricados aparelhos com funções<br />
e características específicas e/ou melhora<strong>das</strong>. Os<br />
aparelhos mais significativos que se comercializam<br />
hoje, são os seguintes:<br />
• Aparelho standard HS. É o aparelho de utilização<br />
comum, destinado a ser utilizado para todo o tipo<br />
de reparações a preço acessível. Não se destaca por<br />
ter qualquer funcionalidade concreta para além<br />
da elevada espessura que proporciona por ser de<br />
altos sólidos. É comercializado em cores neutras,<br />
cinzentos e beges;<br />
• Aparelhos harmonizáveis. O seu objetivo é a obtenção<br />
de uma cor ou tonalidade do aparelho que<br />
facilite a cobertura do esmalte de cor (base mate).<br />
Dentro destes aparelhos, as primeiras versões destinavam-se<br />
a tingir ou colorir o aparelho com uma<br />
determinada proporção de tinta, para que o produto<br />
adquirisse uma tonalidade similar à da cor de<br />
acabamento. Atualmente, esta prática foi substituída<br />
por aparelhos brancos, pretos e cinzentos. Para<br />
que os profissionais de oficina, com a ajuda da informação<br />
disponibilizada pelo fornecedor de tintas,<br />
possam obter a tonalidade mais propícia que facilite<br />
a cobertura por parte do esmalte de cor;<br />
• Primário-aparelho. É um aparelho que possibilita<br />
melhor aderência sobre determinados fundos (metal<br />
descoberto e cataforese, entre outros), embora<br />
apresente menor capacidade de preenchimento;<br />
• Aparelho selante. Proporciona a melhor selagem<br />
possível com a finalidade de isolar as pinturas<br />
de base <strong>das</strong> pinturas de acabamento, quando<br />
não existe a certeza de serem compatíveis e existe<br />
a possibilidade de ocorrer uma reação de rejeição<br />
(enrugamento da pintura). Alguns podem ser aplicados<br />
sem necessidade de lixar e/ou como aparelhos<br />
H/H para evitar o seu lixamento;<br />
• Aparelho para plásticos. Segundo a sua composição<br />
e fabricante, incluem elastificante na sua composição<br />
e estão preparados para oferecer maiores<br />
garantias de aderência sobre este tipo de substratos.<br />
Além disso, podem ser usados, em alguns casos,<br />
como aparelhos H/H;<br />
• Aparelhos polifuncionais. Como o nome indica,<br />
são aparelhos que podem cumprir diversas <strong>das</strong> funções<br />
menciona<strong>das</strong>. Para isso, o fabricante indica a<br />
forma de o utilizar e diluir para conseguir um objetivo<br />
ou outro. Além do mais, oferecem boa aderência<br />
sobre diferentes tipos de substratos, incluindo<br />
peças com cataforese e plásticos. A esta classificação,<br />
podem acrescentar-se os aparelhos UHS, os de<br />
um componente e os H/H pelas funções e peculiaridades<br />
concretas menciona<strong>das</strong> anteriormente.<br />
Conclusão<br />
Como consequência da variedade de aparelhos e<br />
fabricantes, é conveniente prestar atenção às peculiaridades<br />
concretas de cada aparelho para poder<br />
avaliar qual é o que melhor se ajusta aos trabalhos<br />
realizados na oficina. Desta forma, pode limitar-<br />
-se a acumulação de produtos armazenados, assim<br />
como aumentar a qualidade <strong>das</strong> reparações. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 65
NOTÍCIAS // A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET<br />
repintura<br />
AXALTA<br />
FORNECEDOR CertiFICADO MERCEDES-BENZ<br />
Mercedes-Benz AG renovou o estatuto de “Fornecedor de Repintura Certificado”<br />
à Axalta, um dos principais fabricantes mundiais de tintas, para as<br />
A<br />
suas duas marcas de repintura premium: Spies Hecker e Standox. O selo de<br />
qualidade foi obtido após uma auditoria de quatro dias, realizada entre 25 e<br />
28 de novembro de 2019, nas maiores instalações de produção de tintas à base<br />
de água da Axalta, em Wuppertal. Bart De Groof, diretor comercial da Axalta<br />
Refinish na Europa, Médio Oriente e África (EMEA), afirmou que “a Mercedes-Benz<br />
espera apenas a excelência dos seus fornecedores. Passámos o teste de<br />
desempenho da auditoria com distinção. Mostrámos os processos de melhores<br />
práticas que implementámos nas nossas instalações, em Wuppertal, assim como<br />
os serviços e produtos de elevada qualidade que fornecemos aos concessionários<br />
e às redes mundiais da Mercedes-Benz, através <strong>das</strong> nossas marcas de repintura<br />
Spies Hecker e Standox. Tudo isto contribui para o estatuto de automóvel premium<br />
da Mercedes-Benz”. As instalações de produção da Axalta, em Wuppertal,<br />
considera<strong>das</strong> de última geração, foram cria<strong>das</strong> para responder às exigências de<br />
elevada qualidade dos clientes de tintas ambientalmente responsáveis.<br />
66 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOVA VERSÃO SNAP LID SYSTEM<br />
Colad | Trata-se de uma variante pequena do Snap Lid System<br />
da Colad, que foi concebida, especialmente, para reparações<br />
SMART (Small to Medium Area Repair Technology - tecnologia<br />
de reparação de áreas pequenas a médias). O Snap Lid System<br />
- reparações SMART está disponível em duas versões: 130 e 190<br />
mícrones. O sistema completo é constituído por 50 unidades Snap<br />
Lid, 50 copos de mistura e 10 vedantes. Esta solução foi concebida,<br />
especificamente, para uma reparação rápida e eficaz numa zona<br />
com pequenos danos cosméticos. Pode ser efetuada uma reparação<br />
dos danos numa pequena zona localizada sem ser necessário voltar<br />
a pintar todo o painel. Esta solução durável requer menos tempo<br />
e esforço, reduzindo os custos de material e tinta. Os copos são<br />
fabricados em plástico durável, requerendo menos energia e menos<br />
resíduos de plástico durante o processo de fabrico.<br />
SPIES HECKER<br />
NOVO VERNIZ SPEED-TEC 8810<br />
O<br />
verniz Permasolid Speed-TEC 8810, da Spies Hecker, seca muito rapidamente a baixas<br />
temperaturas ambiente e oferece às oficinas soluções estratégicas para uma produtividade<br />
mais elevada, permitindo reduzir os custos de operação e gerar negócio adicional. A tecnologia<br />
pioneira da Axalta utilizada no novo verniz acelera, de forma significativa, os processos<br />
de trabalho nas oficinas. Os tempos de secagem muito curtos permitem uma produtividade mais<br />
elevada, sendo que uma reparação normal pode demorar apenas uma hora. Além disso, o verniz<br />
Permasolid Speed-TEC 8810 também torna economicamente viável a expansão do negócio de pequenas<br />
reparações em muitas oficinas. As oficinas que pretendem poupar dinheiro podem fazê-lo,<br />
uma vez que o tempo de secagem do verniz Permasolid Speed-TEC 8810 situa-se entre 10 e 15<br />
minutos a 40 °C, alterando-se para 30 a 55 minutos no caso de secar ao ar.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 67
Notícias<br />
repintura<br />
BASE BicaMADA FAZ A DIFERENÇA<br />
Cromax | Há mais de 20 anos que a Base Cromax é o pilar<br />
de muitas oficinas na Europa. Atualmente, graças às melhorias<br />
contínuas subjacentes à Cromax Base Bicamada, este produto<br />
moderno está bem visto, oferecendo resultados consistentes e<br />
fiáveis. A Cromax Base Bicamada anuncia melhor cobertura, brilho<br />
excecional e excelente aderência, sendo adequada para todos<br />
os trabalhos, desde reparações pontuais até pinturas gerais. Os<br />
pintores que a utilizam há anos também podem contar com o seu<br />
excelente controlo de manchas. Quando usada em conjunto com o<br />
ChromaConnect, o sistema de gestão de cores digital da Cromax,<br />
que oferece às oficinas maior liberdade e flexibilidade de processos<br />
digitais e totalmente sem fios para tudo, desde a combinação<br />
de cores até à mistura <strong>das</strong> mesmas, a Cromax Base Bicamada<br />
distingue-se realmente, garantindo a combinação de cores perfeita.<br />
SAGOLA APRESENtou PISTOLA 4600 TROPHY TRUCK<br />
Tintas Robbialac | No início do passado mês de março, a marca espanhola de pistolas de pintura SAGOLA apresentou,<br />
no Centro de Formação Tintas Robbialac, a sua mais recente novidade, 4600 Trophy Truck, que consiste numa nova edição limitada<br />
da pistola 4600 Xtreme. “Uma versão exclusiva inspirada nos veículos off-road, conhecidos pela sua rapidez e agilidade”. É, desta<br />
forma, que a SAGOLA caracteriza, também, a nova pistola 4600 Trophy Truck, que anuncia uma velocidade de aplicação excecional<br />
e uma excelente transferência de produto. A nova pistola apresenta, também, um novo espalhador Titania Pro, oferecendo níveis<br />
de atomização e tamanho de leque nunca antes vistos, combinados com uma excelente deposição de produto e velocidade de<br />
aplicação, tornando-se ideal para os novos vernizes de última geração de secagem rápida. Esta versão é descrita pela SAGOLA<br />
como “o culminar de um grande desenvolvimento tecnológico, na medida em que a combinação aerodinâmica do ar e a<br />
engenharia de fluidos garantem uma simplicidade de aplicação e uma adaptação mínima por parte do profissional de pintura”.<br />
SPIES HECKER<br />
DESIGN DOS RÓTULOS ALTERADO<br />
A<br />
marca ouviu os profissionais de repintura e atualizou o design dos rótulos<br />
dos seus produtos, que, agora, são claros e mais fáceis de compreender.<br />
Para Joachim Hinz, brand manager da Spies Hecker na Europa,<br />
Médio Oriente e África, “um bom rótulo de produto mostra, exatamente, o que<br />
está incluído na lata e apresenta, de forma clara, to<strong>das</strong> as informações que os<br />
pintores precisam e não mais do que isso”. Antes de criar os rótulos, a Spies<br />
Hecker perguntou aos pintores o que queriam eles ver exatamente na paintbox.<br />
Desta forma, os novos rótulos fornecem as informações que os pintores necessitam<br />
de saber, com um olhar no respetivo trabalho diário. As alterações mais<br />
significativas referem-se à apresentação mais proeminente dos códigos dos produtos<br />
e as descrições destes na parte frontal dos rótulos. As barras laterais colori<strong>das</strong>,<br />
verticais e grandes indicam a família dos produtos e as tecnologias incluí<strong>das</strong><br />
nas latas. Dois símbolos mostram aos utilizadores se um produto Permafleet<br />
é adequado para utilização em veículos industriais ou comerciais.<br />
68 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Com estratégias mais inteligentes,<br />
é possível terminar sempre em primeiro lugar.<br />
O novo Verniz Permasolid ® Speed-TEC 8810.<br />
NOVO<br />
© 2020 Axalta Coating Systems. All rights reserved.<br />
Verniz Permasolid ® Speed-TEC 8810 - para os momentos em que cada segundo conta.<br />
Quando precisar da velocidade máxima, opte pelo verniz Permasolid ® Speed-TEC 8810, o nosso mais recente<br />
verniz. Utilizado como parte do sistema Speed-TEC completo, reduz significativamente os tempos do processo.<br />
Uma reparação padrão demora apenas 71 minutos, o que permite devolver os veículos rapidamente e tornar<br />
as pequenas reparações numa opção lucrativa de negócio. Além disso, com o verniz Permasolid ® Speed-TEC<br />
8810, é possível poupar nos custos de energia secando a base bicamada Hi-TEC e o verniz Speed-TEC a baixas<br />
temperaturas de 40 °C, ou até mesmo 20 °C.<br />
Graças à nova tecnologia da Axalta, o verniz Permasolid ® Speed-TEC 8810 também triunfa no que diz respeito<br />
às propriedades de processamento com a sua aplicação flexível, o melhor poder de enchimento e a excelente<br />
estabilidade vertical.<br />
Para obter mais informações, visite:<br />
spieshecker.pt/speedtec8810<br />
Spies Hecker – mais perto de si.
EM FOCO FILTROS AUTOMÓVEL<br />
PURIFICAR<br />
É O LEMA<br />
OS FILTROS TÊM COMO FUNÇÃO ESSENCIAL RETER O QUE<br />
NÃO INTERESSA NAS SUAS DIVERSAS VERTENTES:<br />
ÓLEO, AR, COMBUSTÍVEL, TRANSMISSÃO, PARTÍCULAS<br />
E HABITÁCULO. O CONTRIBUTO QUE DÃO EM MATÉRIA<br />
DE CONSERVAÇÃO MECÂNICA, AMBIENTE,<br />
CONFORTO E ECONOMIA É INEQUÍVOCO.<br />
NESTA EDIÇÃO, AUSCULTÁMOS OS<br />
PRINCIPAIS PLAYERS DESTE<br />
PRODUTO DE GRANDE<br />
ROTATIVIDADE NAS<br />
OFICINAS E CASAS<br />
DE PEÇAS<br />
por Jorge Flores
Nas oficinas e casas de peças, poucos produtos<br />
haverá com maior rotatividade do que<br />
os filtros (os chamados fast movers). Ninguém<br />
duvida da sua função e importância.<br />
Seja na filtragem de contaminantes do ar<br />
ou na retenção de impurezas que se instalem no óleo<br />
e no combustível. Ou ainda o seu papel na queima <strong>das</strong><br />
partículas, impedindo que estas sejam liberta<strong>das</strong> pelo<br />
escape dos veículos.<br />
À semelhança da importância dos lubrificantes e dos<br />
combustíveis (dois produtos derivados do petróleo), os<br />
filtros também assumem um papel determinante. De<br />
que forma? As substâncias resultantes da erosão/combustão<br />
dos motores e as impurezas presentes no óleo e<br />
no combustível representam uma ameaça à conservação<br />
<strong>das</strong> peças móveis. Depois, o ar, quer o de admissão<br />
quer o que entra no habitáculo, deverá ser o mais limpo<br />
possível. E a missão dos filtros é deter estes agentes indesejados.<br />
Propriedades duráveis<br />
Pela natureza que têm, os filtros devem manter as suas<br />
propriedades de filtragem o maior número de quilómetros<br />
possível. Devem ser substituídos quando se deteta<br />
que já não estão a cumprir a sua função de forma eficaz.<br />
Os de óleo, devem preservar a saúde dos motores<br />
térmicos e endotérmicos. Os de combustível, mais indispensáveis<br />
nos veículos Diesel do que nos veículos a<br />
gasolina, retêm as partículas e a humidade que podem<br />
danificar o sistema de alimentação e os componentes da<br />
câmara de combustão. Por sua vez, os de partículas, que<br />
são os mais dispendiosos, destinam-se a fazer a queima<br />
<strong>das</strong> partículas nocivas, de modo a que estas não sejam<br />
liberta<strong>das</strong> pelo escape. Por norma, durante este processo,<br />
que demora, em média, dois minutos, o consumo de<br />
combustível aumenta.<br />
Já os filtros de ar, têm uma dupla função: controlar o<br />
fluxo e, também, a qualidade do gás atmosférico que<br />
é admitido nos motores (em função da sua cilindrada,<br />
estes recebem entre 200 a 500 m3 de ar por hora). Ao<br />
conseguir reter as impurezas indesejáveis, evitam que<br />
possam ocorrer danos internos e desgaste prematuro<br />
nos cilindros dos motores. Por último, os filtros de habitáculo<br />
(pólen e carbono ativo) tornam o ar interior<br />
do veículo mais respirável e tão limpo quanto possível.<br />
Por outras palavras, visam libertá-lo de contaminantes<br />
externos, como poeiras e odores.<br />
Como será possível comprovar ao longo <strong>das</strong> páginas<br />
deste Em Foco, existe uma enorme variedade de marcas<br />
e referências de filtros no mercado, nas suas diversas<br />
vertentes. Graças aos novos conceitos logísticos existentes,<br />
é possível aceder rapidamente a estes componentes<br />
sem obrigar as oficinas e casas de peças a disporem de<br />
grandes stocks de filtros. Trata-se de um mercado maduro,<br />
extremamente concorrido, mas com os olhos colocados<br />
no futuro. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> auscultou os<br />
principais protagonistas na área dos filtros e mediu o<br />
pulso ao próprio negócio.<br />
Adaptar à evolução<br />
Joaquim Candeias, responsável do bilstein group em<br />
Portugal, acredita que estes fast movers “pertencem a<br />
uma gama de produto vasta, que terá de adaptar-se à<br />
evolução do mercado e aos novos tipos de filtros que<br />
estão a surgir, fruto <strong>das</strong> alterações que se verificam com<br />
as novas tecnologias”, afirma. “Quanto à evolução relativa<br />
a produto, podemos mencionar que a evolução de<br />
negócio de cada filtro tem vindo a alterar-se. Os filtros<br />
de óleo são um produto que, graças à evolução tecnológica,<br />
suportam um número de quilómetros superior e,<br />
uma vez que a mudança de óleo dos veículos tem vindo<br />
a ser cada vez mais espaçada, a mudança do filtro de<br />
óleo também se torna menos regular”, explica. Na sua<br />
opinião, em relação “aos filtros de ar e de combustível, a<br />
tecnologia também influenciou o negócio: são produtos<br />
que se tornaram mais inovadores do ponto de vista do<br />
desenvolvimento técnico, tornando-se num produto de<br />
valor superior, o que fez com que os níveis de faturação<br />
aumentassem por esse motivo”, refere. Por fim, “os filtros<br />
de habitáculo têm registado um crescimento significativo<br />
nas ven<strong>das</strong>, não só porque, atualmente, todos<br />
os veículos dispõem deste componente, mas, sobretudo,<br />
porque a sensibilização, tanto do consumidor final<br />
como do mecânico, tem vindo a aumentar quanto ao<br />
impacto que este filtro tem na saúde e no bem-estar dos<br />
ocupantes dos veículos”, sublinha.<br />
Sobre o futuro deste mercado, o responsável do bilstein<br />
group em Portugal defende que este “terá de adaptar-<br />
-se aos novos veículos”. E explica: “Um veículo elétrico,<br />
por exemplo, tem menos filtros do que um comum<br />
com motor de combustão interna, mas a maior parte<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 71
em Foco Filtros automóvel<br />
do crescimento dos novos veículos que estamos a presenciar é<br />
no segmento dos híbridos. Um híbrido continua a ter um motor<br />
de combustão interna. Portanto, a curto e médio prazos,<br />
acreditamos que o volume total do negócio dos filtros não vá<br />
ser afetado na sua maioria”, diz. Joaquim Candeias dá conta<br />
da existência de “várias discussões na indústria sobre novos<br />
tipos de filtros, na medida em que devem reduzir, ao máximo,<br />
os materiais nocivos que o veículo produz”. Neste momento,<br />
refere, “já temos os DPF e a discussão atual prende-se com o<br />
facto de podermos vir a ter filtros para reduzir as partículas do<br />
material de fricção <strong>das</strong> pastilhas de travão, assim como criar<br />
um filtro que sirva para arrefecer a bateria nos veículos elétricos.<br />
Assim, embora alguns tipos de filtros venham a reduzir o<br />
seu volume de ven<strong>das</strong>, nos filtros de combustível em veículos<br />
a gasolina, novas oportunidades serão cria<strong>das</strong>. Seja qual for<br />
a mudança, o importante é que as marcas se posicionem de<br />
forma a estar sempre na linha da frente e poder oferecer ao<br />
mercado o que ele necessita”.<br />
Fator preço<br />
Por sua vez, fonte da Bosch adianta ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
que, “apesar da presença de muitos fabricantes e de múltiplas<br />
marcas de aftermarket em distintos segmentos de preços, o<br />
mercado de filtros em Portugal caracteriza-se pela maturidade<br />
e por uma certa estabilidade”. Contudo, “naturalmente não<br />
é imune às variantes do negócio, como, por exemplo, a evolução<br />
económica, renovação do parque automóvel”, acrescenta.<br />
O fator preço no mercado de filtros em Portugal “sempre<br />
teve um peso provavelmente mais forte do que noutros países”,<br />
sublinha a mesma fonte da Bosch. “As principais marcas,<br />
apesar de serem conhecedoras dessa situação, também sabem<br />
que não podem sustentar a base do seu negócio unicamente<br />
no preço. Pelo que, quem conseguir construir, da melhor<br />
forma, o add value, vai obter mais benefícios”, assegura. De<br />
acordo ainda com a Bosch, “é normal a existência de dúvi<strong>das</strong><br />
a respeito da evolução do mercado de peças aftermarket, em<br />
geral. E, obviamente, também no que concerne aos produtos<br />
de manutenção, sobretudo a nível de tecnologia motriz e de<br />
renovação do parque”, afirma. “Em relação a este último ponto,<br />
sabemos que, como durante os últimos anos as ven<strong>das</strong> de<br />
veículos novos tiveram uma evolução relativamente positiva,<br />
significará uma renovação, ainda que paulatina, da idade do<br />
parque circulante e consequente consolidação do volume de<br />
mercado IAM a curto e médio prazos”, sustenta. “Se olharmos<br />
para o mercado de filtros numa perspetiva paralela ao futuro<br />
da tecnologia, nomeadamente a eletrificação do automóvel,<br />
todos os estudos apontam este efeito como uma influência<br />
expressiva apenas a longo prazo. Hoje, o número de veículos<br />
100% elétricos é ainda residual. Quando esse número já for<br />
mais considerável, temos de pensar que este tipo de veículos<br />
se baseia num sistema de propulsão que necessitará, também,<br />
de estar limpo e de ser protegido. Queremos dizer com isto<br />
que vão aparecer novos tipos de filtros e que, em muitos casos,<br />
deverão ser substituídos”, acrescenta.<br />
Por outro lado, “de uma forma mais clara, podemos afirmar<br />
que o filtro de habitáculo tem o futuro garantido, assim como<br />
continuam a existir componentes convencionais, como, por<br />
exemplo, pneus e travões que emitem partículas e, provavelmente,<br />
aparecerão soluções que ajudarão a reduzir essas contaminações.<br />
E atrás de uma solução, existirá um filtro”, reforça<br />
a mesma fonte da Bosch.<br />
Espaço para crescer<br />
Já a Delphi Technologies, considera o mercado de filtros como<br />
72 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
“muito importante para os nossos negócios no sul da Europa”,<br />
dispondo de “características específicas relaciona<strong>das</strong> com o<br />
parque automóvel e com a situação económica”, afirma. “Ainda<br />
temos espaço para crescer e estamos a trabalhar para continuar<br />
a obter resultados positivos nessa região, juntamente<br />
com os nossos distribuidores parceiros”, frisa fonte da marca.<br />
“Na Península Ibérica, também há uma concentração comercial<br />
nas mãos de grandes grupos de compras. Esse fenómeno<br />
está em processo de consolidação no nosso mercado e acabará<br />
por ocorrer. Mas, provavelmente, num prazo mais lento<br />
do que em outros países”, sublinha a mesma fonte. Ainda na<br />
perspetiva da Delphi Technologies, “há um número crescente<br />
de veículos nas ruas e a procura dos consumidores por maior<br />
conforto e qualidade do ar interior estão a impulsionar o crescimento<br />
contínuo do mercado de filtros de ar condicionado e<br />
de habitáculo. Na Delphi Technologies, ajudamos distribuidores<br />
e oficinas a aproveitar essa oportunidade de rápido crescimento<br />
no mercado de reposição. E continuaremos a fazê-lo no<br />
futuro”, sublinha.<br />
Concentração de players<br />
A Sogefi, por seu turno, descreve o mercado de filtros como<br />
“fortemente competitivo” e acredita que “houve um crescimento<br />
moderado de cerca de 1% em relação a 2018”. De acordo com<br />
a mesma fonte da empresa, “os filtros mais populares ainda<br />
são os de óleo, porque há um alto nível de padronização: uma<br />
referência pode abranger várias marcas e muitas aplicações”,<br />
afirma. “No mercado, o filtro de óleo ainda é a família com a<br />
maior unidade de ven<strong>das</strong>. Por outro lado, o filtro de habitáculo<br />
continua a experimentar um crescimento maior. A substituição<br />
anual do filtro de habitáculo ajuda a melhorar a qualidade do<br />
ar no interior do veículo, que, geralmente, é mais poluído do<br />
que no exterior, especialmente em cidades urbaniza<strong>das</strong>”, refere.<br />
No entender da Sogefi, o momento é “delicado” para o mercado<br />
de reposição. “Porque está em turbulência entre a concentração<br />
de players, as mudanças no consumo do cliente (da compra ao<br />
uso) e o surgimento de novos modelos de negócio. Os fabricantes<br />
de automóveis melhorarão a sua posição na distribuição de<br />
peças, eliminando as barreiras entre o OE e o canal IAM, os<br />
sites de comércio eletrónico e de comparação de preços online<br />
estão a mudar o comportamento de compra e a aumentar a<br />
transparência dos preços. As ven<strong>das</strong> de veículos elétricos, nos<br />
próximos 10 anos, podem forçar grandes mudanças no negócio<br />
do pós-venda, por exemplo. As tendências no mercado de reposição<br />
automóvel representam, em simultâneo, uma ameaça e<br />
uma oportunidade”, resume a Sogefi. l<br />
Maior consciência<br />
“Ao nível <strong>das</strong> oportunidades do mercado, apesar de haver mais<br />
consciencialização por parte <strong>das</strong> oficinas, ainda não está generalizado<br />
o conceito de substituição do filtro de habitáculo em<br />
cada revisão, ficando esse número ainda aquém do expectável”,<br />
começa por explicar fonte da TRW Automotive. Por outro<br />
lado, as ameaças passam, essencialmente, pelo “alargamento<br />
dos intervalos de revisão nos modelos mais recentes, levando<br />
a uma diminuição do próprio mercado decorrente destas<br />
novas recomendações dos fabricantes”, refere. A visão da<br />
empresa quanto ao futuro? “A mobilidade elétrica é uma <strong>das</strong><br />
tendências a curto prazo e irá trazer muitos desafios a toda a<br />
indústria automóvel, nomeadamente na área da filtragem. No<br />
entanto, quando existem grandes mudanças, também surgem<br />
novas oportunidades. E apesar de poderem deixar de existir<br />
os filtros do compartimento do motor, poderão surgir outros<br />
filtros que otimizem ainda mais a eficiência de emissões neutras<br />
dos veículos elétricos e mantenham o habitáculo limpo de<br />
impurezas”.<br />
PUB
em Foco FILTROS AUTOMÓVEL<br />
AMC FILTERS<br />
A Kavo Parts, da empresa holandesa KAVO, dispõe de uma ampla variedade de<br />
filtros da marca AMC Filters para todos os veículos asiáticos. “A linha consiste em<br />
filtros de óleo, de ar, de habitáculo e de combustível, abrangendo todo o parque<br />
automóvel asiático. A nossa marca, AMC Filters, é conceituada há mais de 30 anos,<br />
sendo conhecida pela sua qualidade, ajuste perfeito e desempenho de primeira<br />
classe. Semelhantes aos originais, mas com preços mais atrativos, os filtros AMC são<br />
uma escolha frequente dos nossos clientes em mais de 70 países”, explica a empresa.<br />
Em 2019, a Kavo Parts lançou o Xtra Clean Filters. “Uma novidade na nossa linha<br />
ENQUANTO OS FILTROS DE PÓLEN STANDARD RETÊM, PRINCIPALMENTE,<br />
PÓLENES E POEIRAS, OS XTRA CLEAN DA AMC, COM QUATRO CAMADAS,<br />
EVITAM A ENTRADA DE TODA A MATÉRIA PREJUDICIAL NO HABITÁCULO<br />
de filtros de habitáculo. Enquanto os filtros de pólen standard retêm, principalmente,<br />
pólenes e poeiras, os filtros Xtra Clean evitam a entrada de toda a matéria<br />
prejudicial no interior do veículo. Os nossos filtros dispõem de quatro cama<strong>das</strong>:<br />
uma protetora de tecido de elevada qualidade, que retém partículas grossas e tem<br />
uma função de suporte; uma eletrostática fundida, que retém pólenes, poeiras<br />
e partículas; uma de carbono, que mantém afastados todos os gases nocivos e<br />
elimina odores; uma extra de revestimento bi-funcional, que elimina alérgenos,<br />
bactérias e mofo”, conta.<br />
www.kavoparts.com/amc-filters/<br />
BILSTEIN GROUP<br />
O bilstein group comercializa filtros <strong>das</strong> suas três marcas: febi, SWAG e Blue Print.<br />
“A constante pesquisa e desenvolvimento garante a atualização contínua da gama<br />
de produto para todo o tipo de veículos. Atualmente, o grupo disponibiliza mais<br />
de 3.076 referências e 155.425 aplicações”, avança Joaquim Candeias, responsável<br />
da empresa em Portugal. Dentro da gama de produto, estão disponíveis filtros de<br />
óleo, de ar, de combustível e de habitáculo, desenvolvidos e produzidos segundo<br />
os parâmetros do equipamento original. A qualidade equivalente OE submete<br />
os produtos a regulares e rigorosos controlos de qualidade. “Na vasta gama de<br />
produto, estão disponíveis filtros de combustível, que desempenham uma importante<br />
tarefa respeitante às impurezas que se concentram nos depósitos dos postos<br />
de abastecimento e à corrosão do metal no tanque de combustível, que podem<br />
afetar o sistema de combustível dos veículos modernos. Os filtros de combustível<br />
diferenciam-se pela qualidade de precisão dos componentes. Os filtros de ar, são<br />
O BILSTEIN GROUP COMERCIALIZA FILTROS DAS SUAS TRÊS MARCAS:<br />
FEBI, SWAG E BLUE PRINT. ATUALMENTE, DISPONIBILIZA MAIS DE 3.076<br />
REFERÊNCIAS E 155.425 APLICAÇÕES<br />
desenvolvidos de acordo com as exigências de dureza que permitem suportar a<br />
pressão dos motores e turbos atuais”, afirma.<br />
www.partsfinder.bilsteingroup.com<br />
74 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
BOSCH<br />
A oferta da Bosch é composta por filtros de ar, de óleo, de combustível, de<br />
habitáculo e ainda filtros especiais. “De salientar que temos, praticamente, 3.000<br />
referências, com as quais alcançamos uma cobertura de 96% do parque de veículos<br />
ligeiros e pesados”, frisa fonte da empresa. “Desde 1930, que os fabricantes de<br />
veículos confiam nos filtros Bosch. Defendemos, aliás, que os nossos filtros (ar, óleo<br />
e combustível) asseguram a proteção perfeita do motor e dos sistemas de injeção,<br />
também eles, na sua maioria, desenvolvidos pelos nossos engenheiros. Desta<br />
forma, a Bosch sabe, em primeira mão, quais as características que os filtros devem<br />
ter”, reforça a mesma fonte. Por curiosidade, refira-se que, em 2020, celebra-se<br />
A BOSCH TEM, PRATICAMENTE, 3.000 REFERÊNCIAS DE FILTROS,<br />
COM AS QUAIS ALCANÇA UMA COBERTURA DE 96% DO PARQUE<br />
DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS<br />
o nonagésimo aniversário dos filtros Bosch. “Para veículos ligeiros, destacamos a<br />
consolidação da gama de filtros de habitáculo FILTER+. Esta recente linha tem uma<br />
tecnologia especial de neutralização de alergénios, que ajuda a prevenir reações<br />
alérgicas”, diz.<br />
pt.bosch-automotive.com/<br />
CHAMPION<br />
O FACTO DE A INDÚSTRIA<br />
AERONÁUTICA APOSTAR NA<br />
TECNOLOGIA DOS FILTROS<br />
CHAMPION, DEMONSTRA BEM OS<br />
ELEVADOS NÍVEIS DE QUALIDADE E<br />
FIABILIDADE DA MARCA DA DRIV<br />
A gama de filtros de ar, de óleo, de combustível e de habitáculo da Champion,<br />
marca da DRiV, é reconhecida pelo seu elevado nível de qualidade. “Prova disso, é<br />
o facto de a indústria de aeronáutica apostar na tecnologia dos filtros Champion.<br />
Os de óleo estão equipados com um máximo de três válvulas, de forma a assegurar<br />
que o motor seja alimentado com óleo suficiente em to<strong>das</strong> as circunstâncias”,<br />
sublinha a empresa. E explica: “O papel de filtragem plissado de alta qualidade<br />
assegura um desempenho de filtragem otimizado. O mesmo nível de qualidade<br />
elevado é, também, aplicado aos filtros de combustível Champion, que dispõem de<br />
um vedante de alta densidade entre a tampa e o recipiente, resistente a pressões de<br />
até 10 bar, um fator importante nos atuais sistemas de injeção. O filtro de ar para<br />
o motor e o filtro de habitáculo são, também, reconhecidos pelo papel filtrante de<br />
alta qualidade e pela sua eficácia”, acrescenta a DRiV. Como novidade para 2020,<br />
destaque para os filtros de microfibra de vidro para lubrificante, que se adaptam<br />
aos motores mais modernos (Euro 5 e Euro 6), que requerem elevada capacidade e<br />
eficácia de filtragem.<br />
www.drivparts.com/en-eu | www.drivparts.com/en-eu/catalogue<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 75
em Foco Filtros automóvel<br />
CORTECO<br />
O Grupo Freudenberg foi o criador dos filtros de habitáculo, estando estes inscritos<br />
no seu ADN. Nesse sentido, “dispõe de meios e know-how para estar na vanguarda<br />
desta família de produtos. Por isso, além de to<strong>das</strong> as marcas OE que fornecemos,<br />
temos, também, incluída a Tesla. Para termos uma ideia, um em cada dois veículos<br />
novos são equipados com filtros de habitáculo micronAir. A Corteco oferece aos<br />
seus distribuidores a maior gama de filtros de habitáculo do mercado”, sublinha a<br />
mesma fonte. A novidade mais recente lançada no mercado foi a gama de filtros<br />
Blue, que tem uma “capacidade de filtragem muito superior à de todos os outros<br />
filtros anteriores”, afirma. “A Corteco disponibiliza informação técnica através<br />
UM EM caDA DOIS Novos VEÍculos PRODUZIDOS VEM EQUIPADO, DE<br />
ORIGEM, COM Filtro DE HABITÁCULO MICRONAIR, QUE, NO AFTERMARKET, É<br />
COMERCIALIZADO SOB A marca corteco, DO GRUPO FREUDENBERG<br />
de manuais e formação quando solicitado pelo distribuidor. Estamos a preparar<br />
algumas ações para darmos maior apoio aos nossos distribuidores e aos clientes dos<br />
nossos distribuidores. Temos, também, disponível alguns vídeos/tutoriais no canal<br />
de YouTube da Corteco”, diz.<br />
www.freudenberg-filter.com/en/world-of-automotive/products/cabin-air-filters/<br />
DELPHI tecHNoloGIES<br />
A Delphi Technologies dispõe de uma gama abrangente de mais de 800 filtros,<br />
entre ar, combustível e habitáculo, onde se incluem os de tecnologia Diesel OE<br />
patenteados. “A nossa oferta de produto abrange 96% dos veículos comerciais<br />
ligeiros. Também propomos uma gama completa de aplicações para camiões,<br />
veículos off-road, agricultura, indústria e setor marítimo”, sublinha fonte da<br />
EM 2019, A DELPHI TECHNoloGIES INTRODUZIU NO mercaDO<br />
Novas REFERÊNcias, QUE ABRANGERAM MAIS DE 900<br />
APlicaÇÕES, INcluiNDO DIVERSOS Filtros DE HABITÁCULO<br />
empresa. “Uma <strong>das</strong> gamas mais vendi<strong>das</strong> é a nossa tradicional (para automóveis<br />
clássicos e aplicações off-road). Ao oferecer uma solução completa, incluindo<br />
uma ampla gama de acessórios e peças de reposição, como cabeças de filtro, sensores<br />
de água, aquecedores de combustível, sedimentadores e kits de vedação,<br />
os profissionais do aftermarket podem assegurar um serviço de qualidade com<br />
as melhores práticas”, acrescenta. Em 2019, a Delphi Technologies introduziu<br />
no mercado novas referências, que abrangeram mais de 900 aplicações,<br />
incluindo diversos filtros de habitáculo.<br />
www.delphicat.com<br />
76 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
FI.BA/TOKIO E JAPKO<br />
Exclusivas da Filourém são as marcas FI.BA/TOKIO e Japko, ainda que a oferta<br />
de filtros também inclua a MAHLE. Fonte da empresa de Ourém explica porquê:<br />
“No que diz respeito à MAHLE, trata-se de uma marca sobejamente conhecida.<br />
Já a FI.BA, será a mais económica, dedicada a veículos europeus, sendo a TOKIO<br />
pertencente ao mesmo grupo, mas vocacionada para veículos asiáticos. Quanto<br />
à Japko, do Japanparts Group, é uma marca mais abrangente, com referências<br />
para todos os veículos ligeiros, de passageiros e comerciais”, enquadra a mesma<br />
fonte. Na Filourém, “as novidades são uma constante nas várias marcas, na medida<br />
AS MARCAS FI.BA/TOKIO E JAPKO SÃO EXCLUSIVAS DA FILOURÉM. A FI.BA<br />
DESTINA-SE A VEÍCULOS EUROPEUS, A TOKIO A MODELOS ASIÁTICOS E A<br />
JAPKO TEM UMA OFERTA MAIS ABRANGENTE<br />
em que tentamos tê-las todos os meses, com novas referências, sempre que vão<br />
saindo novos modelos no mercado”, acrescenta ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. E conclui:<br />
“Disponibilizamos a todos os clientes informações constantes acerca dos nossos<br />
lançamentos mensais, sendo que a nossa plataforma B2B dispõe de mecanismos<br />
para a identificação <strong>das</strong> diferentes referências e informações varia<strong>das</strong>. No nosso<br />
site, disponibilizamos muitas novidades e facilitamos o cruzamento de referências,<br />
com a consequente identificação do filtro pretendido”.<br />
www.filourem.com<br />
HELLA HENGST<br />
Reconhecida mundialmente como especialista em filtração, “a Hella Hengst combina<br />
a qualidade do produto, comparável aos serviços prestados pelos fabricantes<br />
originais, com excelente serviço, adaptado às necessidades específicas do mercado<br />
de reposição”, afirma fonte da empresa. “Economia incomparável, disponibilidade<br />
imediata, serviço pessoal e marketing enquanto parceiros, diferenciam a Hella<br />
Hengst como “A Alternativa Smart”. A empresa fornece ao IAM uma gama exaustiva<br />
de filtros para todos os tipos comuns de motores. Mais de 2.700 produtos de filtro<br />
para automóveis, veículos utilitários, máquinas agrícolas e de construção, bem<br />
como para aplicações marítimas, respondem aos mais variados requisitos: filtros<br />
de óleo, filtros de combustível, filtros de ar, filtros de habitáculo, filtros de fluido<br />
de transmissão e filtros especiais feitos sob medida”, adianta a mesma fonte. A<br />
principal novidade da Hella Hengst para 2020 é o “inovador sistema de filtro de óleo<br />
Blue.on, desenvolvido pela Hengst SE”, que está a ser lançado, pela primeira vez, na<br />
produção em série.<br />
www.hengst.com/en/business-divisions/aftermarket/<br />
www.hengst.com/en/online-catalog<br />
A PRINCIPAL NOVIDADE DA HELLA HENGST PARA 2020 É O INOVADOR<br />
SISTEMA DE FILTRO DE ÓLEO BLUE.ON, DESENVOLVIDO PELA HENGST SE,<br />
QUE ESTÁ A SER APLICADO, PELA PRIMEIRA VEZ, NA PRODUÇÃO EM SÉRIE<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 77
MASTER<br />
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2021<br />
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em Foco FILTROS AUTOMóvel<br />
JAKOPARTS<br />
A linha Jakoparts, marca que pertence à empresa alemã Herth+Buss, inclui uma<br />
“ampla variedade” de filtros de óleo, de combustível, de ar e de habitáculo para<br />
veículos asiáticos. “Muitos dos quais têm aplicações partilha<strong>das</strong> com veículos<br />
europeus”, afirma fonte da empresa, que garante dispor de “filtros de elevada qualidade,<br />
certificados pelos nossos fortes clientes europeus”. Este ano, serão várias as<br />
novidades a lançar. “A Jakoparts atualiza, permanentemente, a sua oferta de filtros,<br />
a fim de ter sempre no mercado todos os artigos para os mais recentes modelos de<br />
veículos, incorporando sempre to<strong>das</strong> as tecnologias que garantem um desempenho<br />
respeitável do produto com os mais rigorosos requisitos ecológicos”, sublinha a<br />
empresa, que caracteriza o mercado de filtros para automóveis, em Portugal, como<br />
“forte, profissional e altamente especializado em aplicações asiáticas”. Como reforça<br />
a Herth+Buss, “as ameaças estão sempre relaciona<strong>das</strong> com as importações de baixa<br />
qualidade”, ao passo que as “oportunidades surgem pela mão do elevado nível de<br />
profissionalismo dos distribuidores”.<br />
herthundbuss.com/en/products/jakoparts/range-2/<br />
herthundbuss.com/en/online-catalogue/?SID=266008<br />
A JAKOPARTS, DA HERTH+BUSS, ATUALIZA, PERMANENTEMENTE, A<br />
SUA OFERTA DE FILTROS, A FIM DE TER SEMPRE NO MERCADO TODOS<br />
OS ARTIGOS PARA OS MAIS RECENTES MODELOS DE VEÍCULOS<br />
K&N<br />
A gama de filtros de ar e de habitáculo da K&N, marca comercializada pela Q&F,<br />
Lda., caracteriza-se pela sua “capacidade de reutilização” que, na maioria dos casos,<br />
“supera a própria vida útil da viatura”, explica fonte da empresa. “Os filtros de ar<br />
são construídos em algodão lavável, enquanto os de habitáculo são elaborados<br />
com componentes sintéticos, ambos com elevada capacidade de filtragem, que,<br />
além de permitir melhor fluxo e superior filtragem, reduzem, significativamente, o<br />
desperdício ambiental, pois nunca mais será necessária a sua substituição, apenas<br />
uma manutenção simples”, refere. Por seu turno, “os filtros de óleo e de combustível<br />
ALÉM DA CONSTANTE ATUALIZAÇÃO A NÍVEL DE APLICAÇÕES DA SUA<br />
GAMA DE PRODUTOS, A MAIS RECENTE APOSTA DA K&N PASSOU PELO<br />
LANÇAMENTO DOS FILTROS DE HABITÁCULO<br />
padecem da mesma filosofia, ou seja, da obtenção do melhor fluxo possível, com<br />
resultados de filtragem superiores e mais duradouros”, sublinha a Q&F, Lda. “Além<br />
de uma constante atualização a nível de aplicações da sua gama de<br />
produtos que acompanham as últimas novidades da indústria<br />
automóvel, a mais recente aposta passou pelo lançamento da<br />
gama de filtros de habitáculo”, conclui fonte da empresa ao<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
www.knfilters.com | www.qf-lda.pt<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 79
em Foco FILTROS AUTOMÓVEL<br />
LUCAS<br />
“Disponibilizamos uma gama completa de filtros para a área automóvel através<br />
da marca Lucas, cobrindo todos os tipos de filtros para veículos ligeiros (óleo, ar,<br />
combustível e habitáculo)”, explica fonte da TRW Automotive Portugal. “Ao todo,<br />
são mais de 1.500 referências, que cobrem grande parte do parque automóvel<br />
europeu. E contamos lançar mais referências durante o ano de 2020, de forma a<br />
AO TODO, A MARCA LUCAS, COMERCIALIZADA PELA TRW<br />
AUTOMOTIVE PORTUGAL, DISPÕE DE MAIS DE 1.500 REFERÊNCIAS,<br />
QUE COBREM GRANDE PARTE DO PARQUE AUTOMÓVEL EUROPEU<br />
completar ainda mais a nossa gama”, garante. “Os filtros acompanham as evoluções<br />
tecnológicas aplica<strong>das</strong> na conceção dos veículos. Como tal, apesar de não surgirem<br />
novos filtros, os existentes sofrem alterações para que as suas funções sejam<br />
otimiza<strong>das</strong>. Eis três exemplos: filtros de combustível<br />
com sensores de água, filtros de óleo de dupla<br />
filtração e filtros de habitáculo com carvão ativo”,<br />
frisa. Destaque merece a “grande evolução sofrida<br />
pela gama de filtros de habitáculo, apesar de não<br />
ser percetível pelas pessoas, porque estamos a<br />
falar da filtragem de partículas cada vez mais<br />
pequenas”, conta.<br />
www.lucasfilters.com<br />
MAGNETI MARELLI<br />
Com a sua marca própria, a Magneti Marelli comercializa a gama de filtros de<br />
combustível (gasolina e Diesel), óleo, ar e habitáculo. “Toda a informação está<br />
disponível nos principais motores de busca digital, existindo, também, um catálogo<br />
online para download no site”, explica a empresa. “A gama, de qualidade OE, está<br />
em constante expansão, sendo produzida em unidades de produção que trabalham<br />
para os principais fabricantes de veículos. Apostando num preço competitivo,<br />
debaixo do selo de marca própria, que oferece qualidade e difere do resto do<br />
mercado”, sublinha. Em 2019, a Magneti Marelli ampliou a sua gama com 26<br />
novos filtros, atingindo um total de 776 referências e uma “grande cobertura do<br />
parque automóvel”, refere. Quanto ao apoio prestado a distribuidores e oficinas, a<br />
empresa italiana adianta que, “além de to<strong>das</strong> as informações presentes nas nossas<br />
comunicações de produto para distribuidores, há muitos outros dados que constam<br />
no nosso site, onde disponibilizamos, também, ferramentas de consulta ao cliente<br />
para os nossos produtos, reportando as suas características e fazendo o cruzamento<br />
com o OEM e o IAM, com imagens e detalhes <strong>das</strong> aplicações que cobrem cada<br />
referência. Além disso, somos parceiros do TecDoc”, frisa a Magneti Marelli.<br />
www.magnetimarelli-aftermarket.pt<br />
EM 2019, A MAGNETI MARELLI AMPLIOU A SUA GAMA COM 26 NOVOS<br />
FILTROS, ATINGINDO UM TOTAL DE 776 REFERÊNCIAS E UMA GRANDE<br />
COBERTURA DO PARQUE AUTOMÓVEL<br />
80 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MAHLE<br />
A MAHLE Aftermarket conta com uma <strong>das</strong> “mais completas gamas de filtros do<br />
mercado, de acordo com os dados derivados da análise de cobertura da TecDoc e<br />
sempre de qualidade equivalente ao original”, adianta fonte da empresa. “Em 2020,<br />
coincidindo com os 100 anos desde a sua criação, a MAHLE Aftermarket iniciou a<br />
distribuição da gama Thermocontrol da marca Behr-Hella. A MAHLE encontra-se<br />
a lançar, continuamente, novas referências de filtros para que os distribuidores<br />
tenham sempre a gama mais completa”, sublinha. De acordo com a mesma fonte,<br />
a MAHLE oferece ao revendedor e às oficinas uma ampla variedade de cursos<br />
comerciais e técnicos. “Cursos esses que são complementados com a publicação<br />
periódica de notas técnicas informativas sobre os nossos produtos e com artigos na<br />
EM 2020, COINCIDINDO COM OS<br />
100 ANOS DESDE A SUA CRIAÇÃO,<br />
A MAHLE AFTERMARKET INICIOU<br />
A DISTRIBUIÇÃO DA GAMA<br />
THERMOCONTROL DA MARCA<br />
BEHR-HELLA<br />
revista MPULSE, com informações sobre o setor, sobre a nossa marca, entrevistas<br />
aos principais distribuidores mundiais e informações sobre o passado, presente e<br />
futuro do mercado automóvel”, salienta.<br />
www.mahle-aftermarket.com | catalog.mahle-aftermarket.com/eu/<br />
MANN-FILTER<br />
“A MANN-FILTER apresenta no seu catálogo a gama mais ampla do mercado no<br />
segmento dos filtros. Para manter uma cobertura do parque automóvel acima dos<br />
97%, praticamente 1.000 pessoas trabalham em Investigação & Desenvolvimento<br />
nos vários laboratórios do grupo espalhados um pouco por todo o mundo, em<br />
mais de 150 referências MANN+HUMMEL que somos capazes de homologar,<br />
anualmente, para o mercado de substituição”, adianta fonte da empresa ao <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
Às atuais gamas de filtros de habitáculo (CU: filtros de uma etapa - separação de<br />
partículas sóli<strong>das</strong>; CUK: filtros de duas etapas com carvão ativo - partículas + gases<br />
A GAMA ATUAL FRECIOUSPLUS, DA<br />
MANN-FILTER, COM A DENOMINAÇÃO<br />
ATUAL FP, É SUBSTITUÍDA PELA<br />
NOVA LINHA FRECIOUSPLUS 2, COM<br />
DENOMINAÇÃO COMERCIAL FPB<br />
e odores), juntámos, no passado, uma terceira possibilidade: o FreciousPlus, que<br />
incluía uma capa adicional com tratamento bio funcional à base de polifenoles<br />
naturais para retenção <strong>das</strong> partículas causadoras de alergias (alérgenos)”, explica<br />
a empresa. “A gama atual FreciousPlus, com a denominação atual FP, é substituída<br />
pela nova gama FreciousPlus 2, com denominação comercial FPB”, acrescenta.<br />
www.mann-filter.com/en/mann-filter/online-catalogue/<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 81
em Foco Filtros automóvel<br />
A MEYLE CONta COM UMA GAMA DE<br />
Filtros QUE COBRE A MAIORIA DOS<br />
VEÍculos QUE CIRCULAM Nas ESTRADAS<br />
EUROPeias, APRESENtaNDO ELEVADOS<br />
PADRÕES DE QualiDADE Nas VÁrias<br />
cateGorias<br />
MEYLE<br />
O fabricante de Hamburgo conta com uma gama de filtros que cobre a maioria dos<br />
veículos que circulam nas estra<strong>das</strong> europeias, “apresentando elevados padrões de<br />
qualidade nas várias categorias referi<strong>das</strong>: ar, óleo, combustível e habitáculo”, diz<br />
a empresa. “A gama de filtros de ar conta com mais de 500 referências, cobrindo<br />
cerca de 80% dos veículos existentes na Europa”. To<strong>das</strong> as suas referências são<br />
testa<strong>das</strong> “garantindo um fluxo de ar para o motor e uma mistura de ar/combustível<br />
adequa<strong>das</strong>, evitando que as partículas poluentes entrem no sistema de injeção”,<br />
refere. “São mais de 190 as referências de filtros de óleo MEYLE que cobrem 80%<br />
do parque automóvel europeu e que representam a melhor solução no mercado”,<br />
salienta. Os filtros de combustível, área onde a MEYLE trabalha diretamente no<br />
desenvolvimento de soluções para o equipamento original, contam “com uma<br />
gama de mais de 180 referências, garantindo 75% <strong>das</strong> necessidades dos veículos<br />
europeus. Já a gama de filtros de habitáculo, “tem uma resposta para perto de 90%<br />
do parque automóvel europeu e dispõe de cerca 400 referências, sendo que mais de<br />
10 dizem respeito à gama inovadora de filtros antibacterianos.”, acrescenta.<br />
www.meyle.com/en/passenger-cars/filters<br />
MOTAQUIP<br />
A Motaquip oferece aos clientes uma gama completa de filtros que assegura<br />
“cerca de 95%” da cobertura do mercado de veículos ligeiros. “A gama Motaquip<br />
é composta, atualmente, por filtros de ar, de combustível, de habitáculo e de óleo<br />
de excelente qualidade e fiabilidade”, adianta fonte da Euro Tyre ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong>. Segundo refere, os “filtros de combustível Diesel da Motaquip contribuem<br />
para proteger todos os componentes relacionados com a injeção dos motores a<br />
gasóleo. Os nossos filtros asseguram que, mesmo os motores mais exigentes, estão<br />
protegidos <strong>das</strong> impurezas”, afirma. Atenta às evoluções do mercado, a Motaquip<br />
desenvolveu uma “nova gama de filtros Diesel, numa nova geração de monoblocos<br />
em plástico e metal, seguindo sempre as evoluções permanentes dos mais recentes<br />
motores a gasóleo. Ao utilizar os mesmos materiais tecnológicos dos fabricantes<br />
de OE, os nossos sistemas de filtragem não só otimizam a performance do veículo,<br />
como protegem os ocupantes da poluição exterior”, acrescenta.<br />
www.motaquip.com<br />
ATENTA ÀS evoluÇÕES<br />
DO mercaDO, A motaQUIP<br />
DESENvolveu UMA Nova GAMA<br />
DE Filtros DIESEL, NUMA Nova<br />
GERAÇÃO DE MONOBlocos EM<br />
PLÁSTICO E metal<br />
MOTRIO<br />
O SISTEMA DE IDENTIFicaÇÃO<br />
DE PEÇAS motrio DÁ Pelo NOME<br />
DE motelio. JÁ O APOIO<br />
A QUESTÕES TÉCNicas QUE<br />
SURJAM, É DADO atravÉS DOS<br />
DISTRIBUIDORES RENault<br />
A Motrio cobre a maior parte do parque automóvel europeu para modelos com<br />
cinco ou mais anos, com a sua gama de filtros. “Os nossos fornecedores têm de<br />
cumprir um caderno de encargos similar ao <strong>das</strong> peças de origem, pelo que podemos<br />
garantir que os filtros Motrio são fabricados com o mesmo nível de exigência e<br />
qualidade semelhante”, assegura fonte da empresa. A Motrio e os seus parceiros<br />
têm uma relação próxima. “É através dos distribuidores Renault que a Motrio dá<br />
apoio a questões técnicas que surjam. Disponibilizamos ainda a Motelio, que é o<br />
sistema de identificação de peças Motrio, e a Renault Parts, que é o sistema de<br />
encomenda de peças, que, para além disso, fornece informação técnica e métodos<br />
de trabalho”. Segundo a mesma fonte, o “mercado português tem uma grande<br />
oferta de marcas de filtros, com bastante diversidade de preços e de qualidade”,<br />
afirma. “Mesmo que algumas não ofereçam produtos condizentes com as<br />
exigências que os construtores de automóveis preconizam, existem marcas com<br />
produtos de características muito idênticas às de origem”, conclui.<br />
www.motrio.com/pt-pt/<br />
82 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ASSOCIAÇÃO<br />
NACIONAL<br />
DO RAMO<br />
AUTOMÓVEL<br />
novidades<br />
profi sional<br />
após-venda<br />
serviços<br />
ASSOCIAÇÃO<br />
NACIONAL<br />
DO RAMO<br />
AUTOMÓVEL<br />
.com<br />
Ibérica<br />
Radio<br />
Vigo
em Foco Filtros automóvel<br />
OPEN PARTS<br />
UM DOS PROJetos DA OPEN PARTS<br />
PARA 2020 É EXPANDIR A REDE<br />
OPEN2STORES EM PortuGAL,<br />
AUMENtaNDO A sua PRESENÇA<br />
NO NOSSO PAÍS E INTRODUZINDO<br />
Novas LINHas DE PRODuto<br />
A Open Parts, da Exo Automotive, consegue cobrir “mais de 96% do parque automóvel<br />
europeu”, sublinha fonte da empresa italiana. “Em 2020, planeamos fazer uma<br />
atualização <strong>das</strong> gamas de filtros OP, que ganharão uma nova linha de filtros de<br />
combustível (GPL/Gás Natural)”, enfatiza a Open Parts. Como forma de apoio aos<br />
parceiros de negócio, a empresa fornece um catálogo online com várias informações:<br />
aplicação do veículo; relatório completo sobre informações técnicas e de instalação;<br />
desenhos e medi<strong>das</strong> técnicas; imagens 360° para que eles possam visualizar o produto<br />
de todos os lados e, se necessário, aumentar e diminuir o zoom na peça específica;<br />
referência partilhada com as principais marcas AM e OE; monitorização do stock com<br />
conexão de serviço web entre distribuidores e armazém central. Para 2020, a Open Parts<br />
pretende manter a tendência positiva de 2019, “introduzindo novas linhas de produto<br />
e aumentando a nossa presença no mercado português. Um dos projetos para 2020 é<br />
expandir a rede Open2Stores em Portugal”, afirma a mesma fonte.<br />
www.openparts.it<br />
RECOFICIAL<br />
A RecOficial, marca dinamizada em Portugal pela Atlantic Parts, pertencente<br />
ao Grupo Recalvi, dispõe de uma gama de filtros que cobre cerca de 97% do<br />
parque automóvel ibérico. “A nossa gama compreende quatro tipos de filtros (ar,<br />
combustível, habitáculo e óleo). São mais de 2.300 referências de qualidade de<br />
primeiro equipamento made in Europe”, revela fonte da empresa. “Dado tratar-se de<br />
um fabricante que fornece diversos construtores de automóveis, como Volkswagen,<br />
Jaguar, Mercedes-Benz, Renault ou Tesla, os laboratórios do departamento de<br />
Investigação & Desenvolvimento trabalham, continuamente, com vista à conceção<br />
de produtos de alta qualidade para os novos modelos e motorizações”, acrescenta<br />
a mesma fonte. “Os distribuidores oficiais de peças RecOficial incluem catálogos<br />
online que facilitam a rápida e fidedigna identificação dos filtros e demais famílias<br />
de produtos RecOficial”, reforça. Por sua vez, “as oficinas aderentes à rede RecOficial<br />
(RecOficial Service), além do suporte nas sessões de formação, dispõem de um<br />
portal exclusivo de informação e de apoio técnico, com instruções de montagem/<br />
desmontagem dos filtros segundo os parâmetros oficiais dos fabricantes”.<br />
www.recoficial.pt | www.atlantic-parts.com<br />
OS DISTRIBUIDORES OFICIAIS<br />
DE PEÇAS recoFICIAL INcluem<br />
catÁloGOS ONLINE QUE Facilitam A<br />
RÁPIDA E FIDEDIGNA IDENTIFicaÇÃO<br />
DOS DIVERSOS Filtros: AR,<br />
COMBUSTÍVEL, HABITÁCULO E óleo<br />
SOGEFI<br />
A SOGEFI LANÇOU, receNTEMENTE,<br />
UMA evoluÇÃO DA GAMA<br />
CABIN3TECH+ EM TODAS as<br />
marcas DO AFTERMARKET QUE O<br />
GRUPO DISPÕE: PURFluX, FRAM E<br />
COOPERSFIAAM<br />
A Sogefi produz uma ampla gama de filtros, incluindo de óleo, de combustível,<br />
de ar e de habitáculo para os mercados de equipamento original e pós-venda<br />
independente, “sempre com as mesmas características e com elevada qualidade<br />
dos produtos OE”, sublinha fonte da empresa, que se orgulha de ser “um fornecedor<br />
First Equipment do primeiro módulo de filtro de óleo e do segundo módulo de<br />
filtro de combustível na Europa”. Com 5.687 referências ativas no seu portefólio, a<br />
Sogefi garante uma cobertura do parque automóvel de 98%. A empresa lançou,<br />
recentemente, uma evolução da gama Cabin3Tech+ em to<strong>das</strong> as marcas do<br />
aftermarket que o grupo dispõe: Purflux, FRAM e CoopersFiaam. A nova gama<br />
de filtros Cabin3Tech+ tem um total de 56 referências e chega a 150 milhões de<br />
veículos do parque automóvel europeu dos principais fabricantes. Referências<br />
estas que já estão disponíveis nos catálogos de 2020. “Este ano, por intermédio<br />
dos nossos distribuidores, desenvolveremos um programa de apoio destinado às<br />
oficinas para que estas consciencializem os seus profissionais acerca da importância<br />
de se trabalhar com produtos de qualidade de primeiro equipamento e com boa<br />
manutenção”, refere a Sogefi.<br />
www.sogefigroup.com | www.purflux.com | www.fram-europe.com<br />
www.coopersfiaam.com | www.sogefipro.com | www.cabin3techplus.com<br />
84 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
A TECNECO, ESPECIALIZADA<br />
EM FILTROS HÁ MAIS DE 50 ANOS,<br />
PRIVILEGIA O INVESTIMENTO EM<br />
INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO,<br />
SENDO COMERCIALIZADA PELA<br />
AUTO SILVA ACESSÓRIOS, S.A,<br />
QUE TAMBÉM DISPÕE DA MARCA<br />
NISHIBORU<br />
TECNECO<br />
A Auto Silva Acessórios, S.A. comercializa todos os tipos de filtros (ar, óleo,<br />
combustível, habitáculo) da marca Tecneco, aos quais se juntam os kits/filtros para<br />
transmissões automáticas. Neste momento, “a marca dispõe de filtros que cobrem<br />
um total de 95% do parque automóvel europeu e 70% do asiático, mas encontra-se<br />
em constante atualização”, avança fonte da empresa ao nosso jornal. No início de<br />
2018, a Tecneco começou a comercializar os filtros de habitáculo antibacterianos<br />
AdPlus. “Este novo produto é capaz de reter poluentes, bem como absorver gases e<br />
odores, prevenindo a dissipação de bactérias e alérgicos”, afirma. “A Tecneco é uma<br />
empresa fabricante, com mais de 50 anos, especializada em filtros, que privilegia<br />
o investimento em inovação e desenvolvimento e que, recentemente, lançou uma<br />
gama de filtros especificamente para veículos asiáticos sob a marca Nishiboru,<br />
caracterizada pelas embalagens cor-de-laranja, pelo design moderno e pela<br />
excelente qualidade de acabamentos e materiais”, explica a mesma fonte.<br />
www.tecneco.com<br />
UFI FILTERS<br />
Atendendo às necessidades de quase to<strong>das</strong> as marcas de automóveis e motos, além<br />
de veículos comerciais, industriais e agrícolas, o Grupo UFI Filters “oferece uma<br />
NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS, A UFI FILTERS<br />
INCORPOROU MAIS DE 450 NOVAS REFERÊNCIAS.<br />
NO TOTAL, A SUA OFERTA ABRANGE 60.000<br />
REFERÊNCIAS EM TODO O MUNDO,<br />
SEM ESQUECER A SOFIMA FILTER<br />
gama completa de filtros de ar, de óleo, de combustível, de GPL, de habitáculo,<br />
separadores de água e secadores de travão, gases turbo VGT e hidráulica com duas<br />
marcas premium: UFI Filters e Sofima Filter”, adianta fonte da empresa. O número<br />
total de referências é de, aproximadamente, 2.800 por cada marca, incluindo mais<br />
de 1.700 para veículos de passageiros e comerciais ligeiros. “A cobertura atual do<br />
mercado é superior a 96%. Nos últimos três anos, a UFI Filters incorporou mais de<br />
450 novas referências. No total, a nossa oferta abrange 60.000 referências em todo<br />
o mundo”, sustenta. “Na UFI, procuramos, continuamente, soluções com maior<br />
valor acrescentado e tecnologicamente mais avança<strong>das</strong>. Muitas vezes, patentea<strong>das</strong>,<br />
como, por exemplo, a tecnologia de elevada separação de água/combustível nos<br />
filtros de gasóleo de alto desempenho 24.095.01 e 24.123.00, apresentados ao<br />
canal do pós-venda no ano passado”, frisa fonte do Grupo UFI Filters.<br />
www.ufifilters.com | www.ufi-aftermarket.com | www.sofima-aftermarket.com<br />
www.ufihyd.com<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 85
Mundo<br />
automóvel<br />
TOYOTA GT86 BLACK TOUCH EDITION<br />
TOY STORY
Depois de anos de falta de adrenalina, a<br />
emoção regressou à Toyota em 2012 com<br />
o GT86. Até porque, com a cessação da<br />
produção dos modelos Celica e MR2, a marca<br />
japonesa ficou sem um verdadeiro “puro-sangue”<br />
no seu line-up. Mas tudo mudou há oito anos,<br />
quando a Toyota apresentou ao mundo o GT86,<br />
coupé desenvolvido em colaboração com a Subaru<br />
(o modelo desta chama-se BRZ), que trouxe de<br />
uma volta uma configuração inaugurada em 1965<br />
com o Sports 800: motor Boxer na frente; tração<br />
traseira. Hoje, o GT86 não é único desportivo da<br />
Toyota, uma vez que, no ano passado, foi lançado<br />
o GR Supra. Mas é, seguramente, dos mais eficazes<br />
e divertidos automóveis que já conduzimos.<br />
Número da sorte<br />
A escolha dos dois algarismos que sustentam a<br />
designação deste coupé não foi fruto do acaso.<br />
Embora, esteticamente, tenha algumas parecenças<br />
quer com o 2000 GT de 1967, quer com o<br />
Celica de 1999, o GT86 (cuja designação interna<br />
é 086A) inspirou-se no Corolla Levin (Corolla<br />
GT Coupé em Portugal), também conhecido pelo<br />
ÁGIL, EFICAZ E, SOBRETUDO, DIVERTIDO. MUITO DIVERTIDO. O GT86,<br />
QUE TROUXE, EM 2012, A EMOÇÃO DE VOLTA À TOYOTA, PARECE (E É)<br />
UM BRINQUEDO SAÍDO DE UMA HISTÓRIA COM FINAL FELIZ. EQUIPADO<br />
COM MOTOR BOXER ATMOSFÉRICO DE 2,0 LITROS COM 200 CV, QUE<br />
SÃO TRANSMITIDOS ÀS RODAS TRASEIRAS POR INTERMÉDIO DE<br />
UMA CAIXA MANUAL DE SEIS VELOCIDADES (EXISTE UMA OPÇÃO<br />
AUTOMÁTICA), ESTE COUPÉ FOI LIGEIRAMENTE ATUALIZADO EM 2017.<br />
ATÉ PORQUE, EM EQUIPA QUE GANHA, NÃO SE MEXE por Bruno Castanheira<br />
seu nome de código: AE86. E a preponderância<br />
do número 86 é tal, que quer o diâmetro quer<br />
o curso dos cilindros têm 86 mm. Mais: o diâmetro<br />
interior <strong>das</strong> duas saí<strong>das</strong> de escape mede<br />
exatamente... 86 mm. As alterações de detalhe<br />
efetua<strong>das</strong> no exterior do GT86 não foram introduzi<strong>das</strong><br />
para criar uma aparência diferente. Pelo<br />
contrário, servem para fazer evoluir o seu visual<br />
de créditos firmados, fazendo-o amadurecer e<br />
exibindo um estilo desportivo ainda mais acentuado.<br />
Assim, a grelha ganhou largura e passou<br />
a ocupar uma posição mais baixa, o rebordo inferior<br />
do para-choques dianteiro, com aletas integra<strong>das</strong>,<br />
ficou mais pronunciado, o “nariz” deste<br />
desportivo foi rebaixado e as óticas foram alvo<br />
de um acerto. De perfil, as jantes de 17” com 10<br />
raios ganharam um acabamento metalizado escuro,<br />
mantendo-se a antena estilo “barbatana de<br />
tubarão” no tejadilho. Quanto à traseira, onde se<br />
destacam as duas saí<strong>das</strong> de escape integra<strong>das</strong><br />
no difusor e o defletor na tampa da mala, apenas<br />
os grupos óticos sofreram um “toque”. Do leque<br />
de cores disponíveis para a carroçaria, a cor cinza<br />
“Magnetite” (€500) é a novidade.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 87
TOYOTA GT86<br />
Motor Boxer (cilindros horizontais opostos), cockpit<br />
desportivo, baixo centro de gravidade, distribuição<br />
de peso de 53% para a frente e 47% para trás<br />
MOTOR<br />
Tipo 4 cil. horizontais opostos, long., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1998<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
86,0x86,0<br />
Taxa de compressão 12,5:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 200/7000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 205/6400-6600<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação injeção direta de gasolina D-4S<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
traseira com VSC<br />
Caixa de velocidades manual de 6+ma<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 10,8<br />
UM AUTÊNTICO VÍCIO. QUANTO MAIS SE<br />
CONDUZ, MAIS SE QUER CONDUZIR. O GT86 É UM<br />
VERDADEIRO BRINQUEDO PARA ADULTOS<br />
As mudanças opera<strong>das</strong> no habitáculo<br />
do GT86 enfatizaram a sua natureza<br />
desportiva, ao mesmo tempo que elevaram<br />
os níveis de funcionalidade, de<br />
qualidade visual e tátil. O foco continua<br />
a ser colocado em tudo o que tem<br />
a ver com a condução, mas num ambiente<br />
que é ainda mais atraente ao<br />
olhar e ao toque. Com uma qualidade<br />
de construção bastante razoável e um<br />
posto de condução ótimo (fruto do<br />
encaixe perfeito dos bancos e da pega<br />
excelente do novo volante), o GT86<br />
dispõe de um nível de equipamento<br />
completo e de inúmeros dispositivos<br />
de segurança. Espaço para guardar<br />
objetos? Quase não existem. Transportar<br />
mais do que o acompanhante?<br />
Impossível. Levar bagagem para um<br />
mês de férias? Nem pensar. E depois?<br />
O GT86 não foi concebido a pensar<br />
no lado mais racional da vida, mas<br />
sim no mais emocional. Por isso, sem<br />
mais demoras, vejamos o que vale ele<br />
assim que se carrega no botão para ligar<br />
o motor.<br />
Raça Boxer<br />
Com o intuito de obter a melhor resposta<br />
possível <strong>das</strong> molas helicoidais,<br />
as taragens destas foram otimiza<strong>das</strong><br />
e o sistema de controlo de carga do<br />
eixo foi projetado para reduzir a diferença<br />
da força que tem que ser feita<br />
na direção nos lados esquerdo e direito.<br />
As molas também são capazes<br />
de flexionar, além de comprimir,<br />
ajudando a produzir uma sensação<br />
de direção suave e fácil de controlar.<br />
Os amortecedores Showa também<br />
foram revistos, com a superfície deslizante<br />
do casquilho de guiamento<br />
a ser alterada para proporcionar<br />
melhores características de fricção,<br />
contribuindo para a melhoria do<br />
comportamento e da estabilidade. A<br />
força de amortecimento foi reduzida<br />
para obter uma melhoria no conforto<br />
de rolamento. Em opção, estão disponíveis<br />
amortecedores SACHS.<br />
Com baixo centro de gravidade, direção<br />
direta, distribuição de peso de<br />
53% para a frente e 47% para trás,<br />
travões resistentes, diferencial Torsen<br />
de escorregamento limitado, motor<br />
Boxer atmosférico (cilindros horizontais<br />
opostos) de 2,0 litros com<br />
200 cv, caixa precisa q.b. e pneus<br />
Michelin Primacy HP, de medida<br />
215/45R17 87W em ambos os eixos<br />
(não são a melhor escolha, ainda que<br />
não comprometam), o GT86 oferece<br />
pura diversão. Para mais, ao incluir o<br />
modo “Track”, que, uma vez ativado,<br />
minimiza a intervenção <strong>das</strong> aju<strong>das</strong><br />
eletrónicas. Tudo em nome do prazer<br />
de condução. As prestações até<br />
nem são o forte deste desportivo.<br />
Claro que são céleres, mas só acima<br />
<strong>das</strong> 4500 rpm (até ao corte de injeção,<br />
que acontece às 7500 rpm) se<br />
sente o poder da raça Boxer. A falta<br />
de conforto não interessa. Os consumos<br />
pouco comedidos, também não.<br />
Tudo o que importa é acelerar, travar<br />
e saltar de curva em curva. Se possível,<br />
sempre em powerslide. O que é,<br />
de facto, muito fácil. Basta afundar<br />
o pedal do acelerador para ver a traseira<br />
a aproximar-se pelo retrovisor.<br />
A partir daqui, só o volante e o “kit<br />
de unhas” resolvem o problema. É<br />
incrível como no GT86 se sente cada<br />
centímetro de aderência e cada grau<br />
de rotação da traseira. É a forma<br />
progressiva e previsível com que faz<br />
tudo que o torna num verdadeiro<br />
brinquedo para adultos. Estabilidade<br />
e motricidade nunca faltam. E a<br />
mecânica aguenta tudo.<br />
Sem despesas nem extras, o GT86<br />
custa, com caixa manual, €41.930.<br />
Não é um valor deveras apelativo,<br />
é certo, mas ajusta-se a tudo aquilo<br />
que é proposto. Até porque, convenhamos,<br />
a diversão não tem preço. l<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventilados (294)<br />
Traseiros (ø mm) discos ventilados (294)<br />
ABS<br />
SUSPENSÕES<br />
sim, com EBD+BAS<br />
Dianteira McPherson com braço inferior em “L”<br />
Traseira<br />
Barra estabilizadora (diant./tras.)<br />
triângulos sobrepostos<br />
sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 226<br />
0-100 km/h (s) 7,6<br />
Consumo combinado (l/100 km)<br />
Emissões de CO 2 (g/km)<br />
Nível de emissões<br />
8,5 (WLTP)<br />
193 (WLTP)<br />
Euro 6d<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,27<br />
Comp./larg./alt.(mm) 4240/1775/1320<br />
Distância entre eixos (mm) 2570<br />
Vias frente/trás (mm) 1520/1540<br />
Capacidade do depósito (l) 50<br />
Capacidade da mala (l) 218<br />
Peso (kg) 1343<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 6,71<br />
Jantes de série<br />
7 1/2Jx17”<br />
Pneus de série 215/45R17<br />
Pneus teste<br />
Mecânica<br />
Pintura<br />
Anticorrosão<br />
Michelin Pilot Primacy HP,<br />
215/45R17 87W<br />
GARANTIAS<br />
ASSISTÊNCIA<br />
7 anos ou 160 mil km<br />
3 anos<br />
12 anos<br />
1.ª revisão 15 mil km<br />
Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €145,76<br />
Intervalos<br />
15 mil km<br />
PREÇO (sem despesas) €41.930<br />
Unidade testada €42.430<br />
Imposto Único de Circulação (IUC) €362,48<br />
88 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MASTER<br />
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EM<br />
FINAL<br />
2021<br />
7|8|9 Maio 2021<br />
expoMECÂNICA - PORTO<br />
challengeoficinas.pt<br />
O MAIOR DESAFIO<br />
DO ANO PARA EQUIPAS OFICINAIS<br />
/2021
Mundo<br />
Automóvel<br />
NOTÍCIAS por Bruno Castanheira<br />
VOLVO CONTA UMA ESTÓRIA POR DIA<br />
QUARENTENA IMPULSIONA LEITURA<br />
A<br />
Volvo Car Portugal subscreve a necessidade de resguardo social apontada pelas autoridades<br />
governamentais e sanitárias, numa altura em que se vivem dias difíceis em Portugal<br />
e no mundo. A leitura tem sido apontada como uma <strong>das</strong> opções para ocupar os<br />
dias de quem se vê privado de fazer a sua vida normal, tendo de criar novos hábitos e novas rotinas.<br />
A Volvo quer contribuir para esse recato tendo, por isso, apresentado um projeto na sua<br />
página de Facebook (www.facebook.com/volvocarpt). Disponível desde 20 de março, são divulgados,<br />
diariamente, episódios, curiosidades, inovações, personagens ou modelos históricos de<br />
uma marca que, em breve, fará 93 anos. “A história da Volvo é muito rica. Atrever-nos-íamos a<br />
dizer que teremos material (oxalá assim não fosse, seria bom sinal, neste caso) para todos os dias<br />
contar uma estória durante meses a fio. Assim, queremos manter as pessoas motiva<strong>das</strong> e entreti<strong>das</strong><br />
nesta fase complicada para todos. Para que saibam que, na Volvo, estamos ‘deste lado’, a<br />
pensar em todos e em proporcionar um momento diário diferente e agradável aos nossos fãs,<br />
sendo uma forma singela de agradecer-lhes a sua lealdade”, pode ler-se no comunicado emitido<br />
pela Volvo Car Portugal.<br />
NOVO AUDI RS 4 AVANT<br />
450 CV, 280 KM/H, €112.388<br />
Equipado com motor V6 TFSI de 2,9 litros com 450 cv e 600 Nm, o<br />
novo Audi RS 4 Avant já está disponível em Portugal com preços<br />
a partir de €112.388. Anunciando uma velocidade máxima<br />
de 250 km/h (280 km/h com o opcional pacote Dynamic RS),<br />
esta carrinha cumpre o arranque dos 0 aos 100 km/h em 4,1<br />
segundos, sendo o consumo combinado de 9,6 l/100 km e as<br />
emissões de CO2 de 218 g/km. Equipado com injeção direta de<br />
gasolina, dois turbocompressores e sistema Audi valvelift, o novo<br />
RS 4 Avant afirma combinar desempenho e potência para criar<br />
uma experiência de condução intensa. A potência é transmitida<br />
às quatro ro<strong>das</strong> (tração integral permanente quattro, com<br />
diferencial central autoblocante) por intermédio de uma caixa<br />
Tiptronic de oito velocidades com regulação desportiva. Nova<br />
grelha Singleframe com estrutura em favo de mel, para-choques<br />
específicos RS, duplo difusor RS traseiro, jantes de 19” (20” em<br />
opção), luzes Matrix LED, volante e bancos desportivos, Audi<br />
Virtual Cockpit com display RS e ecrã tátil de 10,1”, são alguns dos<br />
atributos deste novo topo de gama.<br />
HYUNDAI KAUAI ELECTRIC<br />
484 KM COM BATERIA DE 64 KWH<br />
A<br />
Hyundai Motor anunciou melhorias para o Kauai Electric. A autonomia do seu popular<br />
SUV compacto 100% elétrico aumentou 8%, ou seja, 35 km, devido à aplicação de uma<br />
nova especificação nos pneus. Na versão equipada com bateria de 39 kWh, o “fôlego”<br />
passou de 289 para 305 km, ao passo que, na variante de 64 kWh, a distância máxima que se pode<br />
percorrer chega, agora, aos 484 km (449 anteriormente). Os novos pneus Michelin Primacy 4 têm<br />
a vantagem de diminuir o atrito em andamento, contribuindo para uma redução do consumo de<br />
energia sem comprometer o comportamento. O Kauai Electric recebeu uma série de melhorias<br />
no final de 2019 e contempla, agora, um carregador trifásico com 10.5 kW, permitindo tempos de<br />
carregamento mais curtos recorrendo a postos públicos trifásicos ou a uma tomada doméstica<br />
(100% em 4 horas e 50 minutos para a versão de 39 kWh; 7 horas e 30 minutos para a variante<br />
de 64 kWh). Recorde-se que todos os modelos Hyundai matriculados a partir de 1 de setembro<br />
de 2019 beneficiam, ainda, de sete anos de garantia sem limite de quilómetros. O Kauai Electric<br />
está disponível desde €38.500.<br />
SÉRIE LIMITADA “DACIA GO”<br />
TODA A GAMA DE PASSAGEIROS<br />
A diversificada e polivalente família Dacia tem mais um argumento:<br />
a nova série limitada “Dacia Go”. Transversal aos modelos<br />
Sandero, Logan MCV, Lodgy e Duster, alia uma imagem exclusiva<br />
e diferenciada a um nível de equipamento superior. Depois <strong>das</strong><br />
edições especiais “Explorer”, “Stepway of Life” e “Adventure”, chega,<br />
agora, a “Dacia Go”. Tendo como base a versão Stepway (Prestige<br />
no caso do Duster), dispõe de novas jantes (16” Flex Wheel Bi-ton;<br />
17” diamanta<strong>das</strong>) com centro em azul e retrovisores em preto<br />
brilhante. No habitáculo, os estofos escuros apresentam detalhes<br />
laterais e costuras em azul. No mesmo tom, existe uma pequena<br />
barra horizontal (ajuda a diferenciar as saí<strong>das</strong> de climatização) e<br />
há diferenças também nos tapetes. O equipamento inclui câmara<br />
de marcha-atrás, apoio de braços dianteiro e ar condicionado<br />
automático (manual no Lodgy). No caso do Duster, o acréscimo<br />
de equipamento face à versão Prestige inclui, para além do ar<br />
condicionado automático, também a Câmara Multi-View e o cartão<br />
“mãos livres”. A nova série limitada “Dacia Go” é apoiada por três<br />
motorizações a gasolina, duas bi-fuel e duas Diesel.<br />
90 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Mundo<br />
Automóvel<br />
EM ESTRADA<br />
por Bruno Castanheira<br />
MAZDA2 1.5 SKYACTIV-G ADVANCE NAVI<br />
PEQUENO SAMURAI<br />
Foi o primeiro lançamento da Mazda Motor de Portugal em 2020. Este pequeno samurai, fruto <strong>das</strong><br />
importantes atualizações mecânicas e de estrutura de gama de que foi alvo, apresenta-se, agora,<br />
mais apelativo do que nunca. Desde logo, pela carroçaria de dois volumes com cinco portas pintada<br />
de opcional “Soul Red Crystal” (€700). Depois, pelas jantes de 16” do completo nível de equipamento<br />
Advance Navi. Dois adereços que sustentam a evolução do design “Kodo”(palavra japonesa que significa<br />
“Alma do Movimento”), que tem nas proporções trabalha<strong>das</strong> da carroçaria e na grelha frontal escura<br />
com moldura cromada os seus elementos mais marcantes. No interior, onde o espaço para ocupantes<br />
e bagagem está em linha com o que de melhor se faz no segmento, destaca-se o posto de condução<br />
ergonómico, a qualidade de bom nível e o ambiente sóbrio. Os materiais foram revistos e os níveis de ruído, vibração e aspereza (NVH) melhoraram. Os<br />
bancos dianteiros mudaram e a adoção do sistema Mazda Connect, compatível com as plataformas Apple CarPlay e Android Auto, foi outra <strong>das</strong> alterações<br />
introduzi<strong>das</strong>. Com um desempenho dinâmico que privilegia a facilidade em detrimento de uma postura mais assertiva, o Mazda2, equipado com um<br />
motor a gasolina de 1,5 litros com 90 cv, demarca-se do modelo antecessor também pela nova funcionalidade M Hybrid (motor de arranque/gerador<br />
acionado por correia – B-ISG), que combina a assistência de um motor elétrico, permitindo baixar consumos e emissões.<br />
Motor 4 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1496 Potência máxima (cv/rpm) 90/6000 Binário máximo (Nm/rpm) 148/4000<br />
Velocidade máxima (km/h) 183 0-100 km/h (s) 9,8 Consumo combinado (l/100 km) 5,3 (WLTP) Emissões de CO 2 (g/km) 120 (NEDC)<br />
Preço €20.534 IUC €128,96<br />
SEAT ATECA 2.0 TDI XCELLENCE<br />
GUERREIRO DE ARAGÃO<br />
Motor 2.0 TDI de 150 cv. Caixa manual de seis velocidades. Nível de equipamento Xcellence.<br />
Tração dianteira. Poucos SUV têm o apelo do Ateca, modelo que deve o seu<br />
nome ao município da província de Saragoça. Para mais, dispondo esta unidade de<br />
carroçaria pintada de prata “Reflex” e de jantes de 19”. Só que esta atração tem um preço. E não é<br />
assim tão reduzido: €40.936. Ajusta-se face a tudo aquilo que é proposto, é certo, mas não está ao<br />
alcance de to<strong>das</strong> as bolsas. O primeiro argumento do SUV médio da Seat (abaixo deste está o Arona,<br />
acima o Tarraco), é o seu estilo. Imponente, robusto, com as proporções exatas, mantém o ADN típico<br />
da marca, embora num figurino que, para muitos, não tivesse sido assimilado à primeira. Por dentro,<br />
o Ateca convence em todos os domínios. Da qualidade ao espaço, passando pelo posto de condução, pelo equipamento e pelos inúmeros dispositivos de<br />
segurança, merece nota acima da média. Depois, com 150 cv, extraídos a partir do motor Diesel common rail de 2,0 litros (dispõe de sistema start/stop), as<br />
performances (e os consumos) situam-se em patamares invejáveis. O desempenho dinâmico, de elevado gabarito, beneficia da solidez do conjunto, do feedback<br />
da direção e da precisão da caixa de velocidades. Ainda que não disponha de tração integral, as incursões por caminhos fora de estrada são perfeitamente<br />
possíveis, desde que os terrenos não sejam muito exigentes.<br />
Motor 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1968 Potência máxima (cv/rpm) 150/3500-4000 Binário máximo (Nm/rpm) 340/1750-3000<br />
Velocidade máxima (km/h) 200 0-100 km/h (s) 8,8 Consumo combinado (l/100 km) 5,6 (WLTP) Emissões de CO 2 (g/km) 149 (WLTP)<br />
Preço €40.936 IUC €227,65<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 91
tecnologia<br />
TÚNEIS DE VENTO PARA CAMIÕES<br />
TOPO DA<br />
EFICIÊNCIA<br />
PARA ALÉM DE MOTORES MAIS VANGUARDISTAS, CAIXAS DE VELOCIDADE MAIS RÁPIDAS E COMPONENTES<br />
COM MENOR PESO, A AERODINÂMICA É UM DOS FATORES ESSENCIAIS PARA REDUZIR OS CONSUMOS<br />
E TORNAR OS VEÍCULOS MAIS EFICIENTES. COMO SE CONSEGUE, ENTÃO, OTIMIZAR A AERODINÂMICA?<br />
PARA MAIS, NUM CAMIÃO? NESTAS PÁGINAS, RESPONDEMOS A ESTAS E OUTRAS QUESTÕES por Ricardo Carvalho<br />
O<br />
consumo de combustível nos<br />
camiões tem vindo a baixar<br />
drasticamente ao longo dos<br />
últimos anos. Num típico conjunto<br />
de longo curso (trator e semirreboque),<br />
foram alcança<strong>das</strong> reduções de<br />
15% entre 2011 e 2019. Tomando<br />
como exemplo a mais recente geração<br />
do Mercedes-Benz Actros, este<br />
consegue ser mais económico do que<br />
o modelo antecessor em cerca de 3%<br />
se considerarmos um percurso em<br />
autoestrada. Se analisarmos uma<br />
rota interurbana, o decréscimo de<br />
consumo ronda os 5%.<br />
Para além dos vários sistemas de segurança,<br />
do motor e do peso, a aerodinâmica<br />
tem um papel essencial<br />
nesta área. A sua importância pode<br />
ser ilustrada por números: num camião<br />
europeu moderno de cabina<br />
avançada, que realiza trajetos de<br />
longo curso, cerca de um terço da<br />
energia mecânica disponível é utilizada<br />
para ultrapassar a resistência<br />
do ar. No caso do Actros, o facto de<br />
não ter retrovisores (utiliza, em vez<br />
disso, a solução MirrorCam) contribui<br />
com 1,5% para a eficiência de<br />
consumo do veículo. Os defletores<br />
laterais da cabina, que apostam<br />
num formato côncavo, também têm<br />
influência. A própria MAN, na nova<br />
geração TG, optou por colocar três<br />
linhas na lateral da cabina, que são<br />
suficientes para reforçar a aerodinâ-<br />
92 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
FÁBRICA da<br />
MERCEDES-BENZ EM<br />
UNTERTÜRKHEIM<br />
A fábrica da Mercedes-Benz, em<br />
Untertürkheim, Estugarda, integra um<br />
dos túneis de vento mais antigos da Europa.<br />
Funciona há 80 anos. Tem sido atualizado ao<br />
longo dos tempos e é, atualmente,<br />
um dos mais modernos do mundo. Dispõe<br />
de dois motores DC, cada um com uma<br />
potência de 2.500 kW, que mantêm em<br />
movimento uma ventoinha axial com<br />
nove lâminas de 8,5 m de diâmetro. E é<br />
tão poderosa, que consegue gerar raja<strong>das</strong><br />
de vento de força 17. Para chegar a estes<br />
valores, são soprados, horizontalmente,<br />
9.000 m 3 de ar através de um canal com<br />
125 m de comprimento. O veículo fica<br />
parado na área de teste numa zona com<br />
um diâmetro de 12 m, de forma a poder ser<br />
exposto ao sopro do vento. Não só de frente,<br />
mas, também, de lado ou de qualquer outro<br />
ângulo desejado. Integrada na plataforma<br />
giratória, onde se posiciona o veículo, existe<br />
um dinamómetro de rolos e uma ponte<br />
de pesagem de seis componentes. É aqui<br />
que se estudam várias forças, incluindo<br />
a aerodinâmica. As forças são transmiti<strong>das</strong> às<br />
células de carga através de alavancas<br />
e hastes para poderem ser avalia<strong>das</strong>.<br />
mica, reduzindo, assim, os consumos.<br />
Os fabricantes vão fazendo o<br />
que podem para conseguir baixar,<br />
cada vez mais, os gastos com combustível.<br />
Trabalho de equipa<br />
A coordenação entre colegas de outros<br />
setores do processo de produção,<br />
especialmente entre designers e a<br />
própria linha de montagem, é essencial<br />
para o trabalho dos peritos em<br />
aerodinâmica. O objetivo durante o<br />
desenvolvimento de um camião passa<br />
por encontrar a melhor solução<br />
em conjunto. Por exemplo, os braços<br />
<strong>das</strong> câmaras (MirrorCam) dão ao<br />
Actros uma aparência purista. Visualmente,<br />
existe um enriquecimento<br />
do design, mas a verdade é que,<br />
aerodinamicamente, estas são <strong>das</strong><br />
soluções mais eficazes para poupar<br />
combustível.<br />
Outro ponto determinante é o túnel<br />
de vento, onde se conseguem “brilharetes”<br />
a tentar perceber as arestas a<br />
limar para se reduzir os consumos.<br />
Então, como é que o trabalho da<br />
equipa no túnel de vento contribuiu<br />
para a aerodinâmica aprimorada do<br />
Actros? A partir de alguns testes, foi<br />
possível determinar a melhor posição<br />
para os braços do dispositivo<br />
MirrorCam. As posições de monta-<br />
gem possíveis foram as secções superior<br />
e inferior do pilar A, bem como a<br />
parte superior do pilar B. Para os testes,<br />
utilizaram um Actros verdadeiro,<br />
no qual os espelhos exteriores foram<br />
substituídos por protótipos dos<br />
braços da câmara, montados um<br />
após o outro nas três posições de teste.<br />
O camião foi posicionado na ponte<br />
de pesagem do túnel de vento e os<br />
ventiladores foram acionados. O uso<br />
da ponte de pesagem permitiu que os<br />
engenheiros medissem a força aerodinâmica<br />
sobre o veículo enquanto<br />
ela fluía ao seu redor. Resultado: a<br />
melhor posição para os braços da câmara<br />
foi o pilar A na área mais próxima<br />
do tejadilho.<br />
Foi ainda desenvolvida uma solução<br />
que evitasse que a luz dispersa reduzisse<br />
o desempenho <strong>das</strong> câmaras. Assim,<br />
foi criada uma pequena pala na<br />
MirrorCam para evitar que a luz interferisse<br />
com a visibilidade. O túnel<br />
de vento permite, também, aprimorar<br />
a cabina de forma a manter afastada<br />
do veículo a sujidade e fazer<br />
análises de CFD (teste às forças aerodinâmicas)<br />
a áreas tão relevantes<br />
para a segurança como o para-brisas<br />
e as janelas. O túnel onde a Mercedes-Benz<br />
realiza os seus testes aerodinâmicos<br />
permite gerar ventos na<br />
ordem dos... 250 km/h. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 93
Mundo<br />
Automóvel<br />
USO PROFISSIONAL VOLKSWAGEN CADDY<br />
EVOLUÍDO E MultIFACETADO<br />
A VOLKSWAGEN VEÍCULOS COMERCIAIS MOSTROU A QUARTA GERAÇÃO DO SEU MODELO MAIS<br />
POPULAR: O CADDY. COM MAIS DE TRÊS MILHÕES DE UNIDADES VENDIDAS, O FURGÃO DE WOLFSBURG<br />
É UMA DAS GRANDES REFERÊNCIAS DO SEGMENTO E DA PRÓPRIA MARCA ALEMÃ. CHEGA AO MERCADO<br />
NO FINAL DESTE ANO<br />
por<br />
Ricardo Carvalho<br />
Modelo de sucesso dentro do<br />
segmento dos veículos comerciais<br />
ligeiros e não só,<br />
o Volkswagen Caddy já vai na sua<br />
quarta geração, que conta com um<br />
design mais alegre e jovial, além de<br />
mais carismático também. Além disso,<br />
incorpora muita tecnologia e surge<br />
mais eficiente do que nunca.<br />
São poucos os veículos que se podem<br />
gabar de ter tantos tipos de utilização.<br />
O novo Caddy assume o papel de<br />
veículo de transporte de passageiros,<br />
monovolume, furgão de mercadorias<br />
e até autocaravana. Vai ser comercializado<br />
em dois tipos de carroçaria, Caddy<br />
convencional e Caddy Maxi, sendo<br />
que, este último, na versão furgão<br />
de mercadorias, pode transportar até<br />
duas europaletes. Já na opção de passageiros,<br />
permite acomodar até sete<br />
ocupantes. Facto só possível graças à<br />
utilização, pela primeira vez, da plataforma<br />
modular MQB que o Grupo<br />
Volkswagen aplica em diversos modelos<br />
da sua gama. Também por dispor<br />
desta plataforma, o desenho do novo<br />
Caddy ganha carisma e um traço desportivo,<br />
com uma secção dianteira<br />
mais afilada e em linha com os restantes<br />
modelos da marca alemã. A secção<br />
traseira surge completamente redesenhada,<br />
onde predominam os farolins<br />
verticais colocados nos pilares C.<br />
Soluções de vanguarda<br />
O novo Volkswagen Caddy vai chegar<br />
ao mercado para revolucionar o segmento.<br />
Por isso, estreia um tablier totalmente<br />
inovador. Pela primeira vez,<br />
este modelo conta com sistema Innovision<br />
Cockpit, que eleva a conecti-<br />
vidade e as possibilidades de infoentretenimento<br />
a outro nível. Pode ter<br />
painel de instrumentos digital e uma<br />
consola central praticamente tátil na<br />
sua plenitude. Tudo associado a um<br />
total de 19 sistemas de assistência à<br />
condução, que fazem deste Volkswagen<br />
um veículo fácil de conduzir e<br />
mais seguro do que nunca. Particular<br />
destaque merece o dispositivo Travel<br />
Assist, sistema de condução assistida<br />
que pode ser utilizado a qualquer<br />
velocidade, sendo, pela primeira vez,<br />
adotado num veículo comercial da<br />
Volkswagen.<br />
A gama de motores deste comercial<br />
também foi melhorada. O novo Caddy<br />
conta com três blocos a gasóleo 2.0<br />
TDI, com potências de 75 a 122 cv (a<br />
versão mais potente pode ter tração<br />
integral 4Motion e caixa DSG). Estão<br />
todos em conformidade com a norma<br />
Euro 6d-TEMP e contam com filtro<br />
de partículas. Além disso, estreiam a<br />
tecnologia “twin-dosing”, composta,<br />
essencialmente, por dois catalisadores<br />
de redução seletiva (SCR), que diminuem,<br />
significativamente, as emissões<br />
de NOx em 80%. Esta tecnologia<br />
também é mais eficiente, prometendo<br />
reduzir os consumos em 17%.<br />
Em Portugal, ainda que não devam<br />
ter muita expressão, as opções a gasolina<br />
também fazem parte da oferta:<br />
versão 1.5 TSI de 116 cv e uma<br />
segunda de 130 cv, combinada com<br />
um motor a gás natural (TGI). A<br />
chegada do novo Caddy ao mercado<br />
nacional está agendada para o final<br />
deste ano, sendo que as versões de<br />
transporte de mercadorias deverão<br />
ser as mais vendi<strong>das</strong>. l<br />
94 Abril I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com