TURBILHAO 17
Revista Turbilhão Outono/Inverno 19/20
Revista Turbilhão Outono/Inverno 19/20
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A ARTE DE VIVER O TEMPO
5 607727 100966
00017
17 | Outono-Inverno 19 ’20 | Semestral | PVP Portugal 8€ Angola 5000 Akz
ALTA RELOJOARIA
BACK
TO BASICS
ESCAPE
CIDADE
INVICTA
GLAMOUR
DANIELA
RUAH
COLLECTION
Fifty Fathoms
©Photograph: Laurent Ballesta/Gombessa Project
Art Avenida 194C, 210 730 530 ∙ Av. da Liberdade 129, 213 430 076
Centro Colombo, 217 122 595 ∙ Amoreiras Shopping Center, 213 827 440
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TO BREAK THE RULES,
YOU MUST FIRST MASTER
THEM.*
LISBOA: AVENIDA DA LIBERDADE +351 213 430 076
*PARA QUEBRAR AS REGRAS, PRIMEIRO É PRECISO DOMINÁ-LAS. | AUDEMARS PIGUET®
016 076
122
12.EDITORIAL
ALTA RELOJOARIA
16.Tema de Capa
22.Peças Emblemáticas
26.História
30.Design
34.Tendências
36.História
38.Peças de Excepção
42.Manufactura
46.Entrevista
50.Novidades
ESCAPE
58.Motores
66.Evasão
70.Espaços de Referência
74.Evasão
80.Tendências
88.Tecnologia
91.Tendências
92.Decoração
94.Real Estate
96.Entrevista
GLAMOUR
100.Entrevista
106.Tempo no Feminino
114.Jóias
124.Evasão
126.Moda
130.Tendências
Capa: Camisa Sacai, na Stivali.
Relógio Audemars Piguet Royal Oak Anéis e Colar Djula Graphic, na Boutique dos Relógios Plus.
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A ARTE DE VIVER O TEMPO
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Companhia das Cores – Design e Comunicação Empresarial, Lda. | Rua Sampaio e Pina, n.º 58, 2.º Dto., 1070-250 Lisboa
T. (+351) 213 825 610 | marketing@companhiadascores.pt
10
IWC SPITFIRE.
O SONHO QUE LEVANTA VOO
Relógio Aviador Cronógrafo Spitfire.
Ref. 3879: Se lê I-W-C como «India, Whiskey,
Charlie», provavelmente, tem querosene a correr
nas veias. E precisa de um relógio que foi
desenvolvido especificamente para o cockpit. O
design do Relógio Aviador Cronógrafo Spitfire
foi inspirado no dos relógios que reproduzem os
instrumentos de um cockpit, como o Mark 11.
O nosso primeiro Cronógrafo Aviador, com um
diâmetro reduzido de 41 mm, é acionado pelo
calibre de manufatura IWC 69380. Por outro
lado, a caixa de bronze, o mostrador verde
azeitona e a bracelete castanha de pele
recordam-nos o espírito de uma época em que
voar ainda era privilégio de apenas alguns
sortudos destemidos.
Movimento de cronógrafo mecânico ∙ Corda automática ∙
Calibre manufaturado IWC 69380 ∙ Reserva de marcha 46
horas ∙ Indicação da data e dos dias da semana ∙ Função
de paragem das horas, minutos e segundos ∙ Pequeno
ponteiro dos segundos ∙ Caixa interior em ferro macio
para isolamento contra campos magnéticos ∙ Coroa de
rosca ∙ Vidro safira, bombeado, antirreflexo de ambos os
lados ∙ Fixação segura do vidro em caso de
despressurização ∙ Gravura no fundo de um Spitfire ∙
Resistente à água 6 bar ∙ Diâmetro 41 mm
Amoreiras Shopping Center, 213 827 440 · NorteShopping, 229 559 720 · CascaiShopping, 214 607 060 · Centro Colombo, 217 122 595 · Av. da Liberdade, 129, 213 430 076
EDITORIAL
PROPRIEDADE E EDIÇÃO
Tempus Distribuição, S.A.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Salomão Kolinski, Cristina Kolinski
e David Kolinski
Directora: Marina Oliveira
moliveira@turbilhao.pt
Redacção: Marina Oliveira
e Companhia das Cores
Colaboradores: Andreia Amaral, Bruno Lobo, Carlos
Torres, Catarina Palma e Fernando Correia de Oliveira.
PELA SIMPLICIDADE
Nas palavras de Leonardo Da Vinci, “a simplicidade é
a máxima sofisticação”. Hoje, precisamente quando se
cumprem 500 anos sobre a morte do génio da Renascença,
esta frase faz mais sentido do que nunca.
De facto, depois de muitos anos de ostentação, excesso e
euforia, o mote é, agora, para abrandar, simplificar, regressar
às origens. Vivemos numa época em que se procura
a legitimidade, não apenas técnica e estética, mas também
ambiental, histórica e cultural; numa sociedade que
anseia por um regresso à simplicidade.
Uma tendência transversal a todos os mercados, onde
se inclui a alta relojoaria. Nos últimos anos, as marcas do
sector foram abandonando euforias do passado, onde a
regra parecia ser apostar em relógios enormes, de design
vanguardista e repletos de complicações e indicações
que, de certa forma, desvirtuavam a máxima função das
peças do tempo: indicar as horas. No seu lugar, nasceram
modelos mais discretos, cuja simplicidade serve de
fachada estética para a complexidade técnica, e relógios
que trazem para a actualidade as velhas glórias da época
de ouro da relojoaria.
São sobre esta temática muitos dos artigos que preenchem
as próximas páginas, numa espécie de regresso às
origens, sempre com os olhos postos no futuro.
MARINA OLIVEIRA
Directora
DESIGN, CONCEPÇÃO GRÁFICA
E PRODUÇÃO
Companhia das Cores – Design
e Comunicação Empresarial, Lda.
Rua Sampaio e Pina, n.º 58, 2.º Dt.º
1070-250 Lisboa
Tel.: (+351) 213 825 610
design@companhiadascores.pt
PAGINAÇÃO
Ana Gil e Sofia Dias
DIRECÇÃO COMERCIAL E PUBLICIDADE
Companhia das Cores - Design
e Comunicação Empresarial, Lda.
Tel.: (+351) 213 825 610
marketing@companhiadascores.pt
ADMINISTRAÇÃO, EDIÇÃO E REDACÇÃO
Tempus Distribuição, S.A.
Avenida Infante D. Henrique, lote 1679, R/c Dt.º – clj.,
1950-420 Lisboa, com o Capital Social de 50.300 euros,
registada no Registo Comercial de Lisboa,
NIPC 503939803 | Tel.: (+351) 218 310 100
Publicação inscrita na Entidade Reguladora
para a Comunicação Social sob o n.º 126114.
Todos os direitos reservados.
Qualquer reprodução ou cópia do conteúdo sem
autorização do autor será punida por lei.
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ISSN 2182-3987
IMPRESSÃO
Lidergraf, Artes Gráficas, S.A.
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4480-086 Vila do Conde
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DISTRIBUIÇÃO
VASP, Distribuidora de Publicações, Lda.
MLP – Quinta do Grajal, Venda Seca
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Tel.: (+351) 214 337 000 | geral@vasp.pt
ESTATUTO EDITORIAL
Disponível em www.turbilhao.pt
Periodicidade Semestral
Tiragem 12.000 exemplares
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Tema de Capa
16.Back to Basics
Peças Emblemáticas
22.Blancpain
23.Breguet
24.Breitling
25.Panerai
História
26.Speedmaster e o espaço
Design
30.Gerald Genta
LTA RELOJOARIA
Tendências
34.Pre-Owned
História
36.Chanel J12
Peças de Excepção
38.Blancpain e Vacheron Constantin
39.Breguet e Panerai
40.Harry Winston e Roger Dubuis
41.Jaquet Droz e Omega
Manufactura
42.HYT
Entrevista
46.Grégory Dourde
Novidades
50.Vacheron Constantin
52.Tendências
56.Swatch
TEMA DE CAPA
BACK TO BASICS
BACK
TO
BASICS
APÓS ANOS DE EXCESSO E EUFORIA,
A ORDEM É PARA ABRANDAR,
APRECIAR, REGRESSAR ÀS ORIGENS.
UMA TENDÊNCIA QUE NÃO SE LIMITA
À INDUSTRIA RELOJOEIRA, MAS QUE
SE ESTENDE A TODOS OS MERCADOS,
NUMA ÉPOCA EM QUE SE PROCURA A
LEGITIMIDADE, NÃO APENAS ESTÉTICA
E TÉCNICA, MAS TAMBÉM AMBIENTAL,
HISTÓRICA E CULTURAL. O DESEJO DE
EXCESSO ACABOU, DANDO LUGAR A
UM REGRESSO À SIMPLICIDADE.
Por Marina Oliveira
Nos últimos anos, um pouco
por todos os mercados, temos
vindo a assistir a uma espécie
de regresso às origens. Uma tendência
forte que tem levado os
consumidores a procurar produtos
e experiências autênticos e
diferenciados, que lhes permitam expressar
a sua individualidade, reavaliando os
hábitos de consumo, passando do materialismo
aberto à simplicidade, autenticidade
e individualidade, e começando a
valorizar mais a qualidade e ofertas únicas.
16
De acordo com o relatório da Euromonitor
International para os hábitos de consumo em
2019, os consumidores irão favorecer produtos
posicionados como simplificados, de volta ao
básico e de melhor qualidade. Desde o desejo
por viagens genuínas, como uma alternativa
às férias organizadas, com foco no local e na
autenticidade, bem como no ecoturismo, a
bebidas de fabrico artesanal, passando por
produtos alimentares biológicos, esta mudança
nos valores dos consumidores favorece um
regresso às origens e simplicidade em praticamente
todos os sectores da sociedade.
E a Alta Relojoaria não fica imune a esta tendência.
Depois de anos de excesso e euforia,
testemunhamos um regresso a uma maior
moderação, tanto em termos técnicos como
estéticos. Longe vão os dias em que nas montras
pululavam relógios enormes, com designs
vanguardistas e repletos de complicações,
cujas indicações se sobrepunham, dificultando
sobremaneira a legibilidade da passagem do
tempo. Queremos com isto dizer que as complicações
morreram e que, agora, teremos apenas
CARTIER
Santos Dumond
CARTIER
Panthère
17
TEMA DE CAPA
BACK TO BASICS
BREGUET
Classique Segundos
Descentrados
VACHERON CONSTANTIN
Patrimony
GLASHÜTTE ORIGINAL
Senator Sixties
Edição Anual
CARTIER
Santos Dumond
modelos com horas, minutos e segundos? Claro que não. Os relógios
com complicações continuam e continuarão a existir. A forma como
estas são exibidas é que tem vindo a sofrer alterações, sendo muito
mais sóbria e clean.
Trata-se, no fundo, de uma espécie de tendência “neoclássica”,
baseada em designs muito mais discretos e, sobretudo, muito mais
finos, que tem vindo a ganhar popularidade há alguns anos e que tem
levado as marcas de alta relojoaria a apresentar modelos pautados
pela simplicidade, pureza das linhas e uma escolha restrita de materiais.
Será, provavelmente, mais do que uma necessidade de naturalidade,
uma procura pelo equilíbrio perfeito, onde a simplicidade é mais
uma fachada estética que oculta complexidades técnicas.
Exemplos práticos não faltam nas colecções das mais conceituadas
marcas. É o caso do Breguet Classique Segundos Descentrados, cujo
mostrador em esmalte branco eleva a pureza do design a um patamar
máximo de sofisticação; ou do Vacheron Constantin Patrimony, cuja
face sóbria e simples lhe empresta uma elegância intemporal. Mais
ousado, pelas cores que veste, também o Glashütte Original Sixties
Edição Anual mantém o mostrador clean, apostando numa sobriedade
vintage em tons quentes. E, claro, os clássicos Santos Dumond
da Cartier e o Royal Oak da Audemars Piguet, dois exemplos de simplicidade
com um toque desportivo.
AUDEMARS PIGUET
Royal Oak Offshore Cronógrafo
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BLANCPAIN
Blancpain Fifty Fathoms
Barakuda Re-Edição
OMEGA
Speedmaster Professional
Moonwatch
INSPIRAÇÃO VINTAGE
Este regresso às origens traz também consigo um outro retorno,
desta feita às velhas glórias da época de ouro da relojoaria. Os
produtos heróicos dessa época – aproximadamente dos anos quarenta
até aos anos setenta (ou seja, pós-industrialização e antes da
crise de quartzo) – estão a ser re-imaginados e, em alguns casos,
recriados ipsis verbis para uma nova geração apaixonada por um
óptimo design com um toque vintage.
Também nesta categoria não faltam exemplares dignos de registo.
Atentemos, por exemplo, no ícone dos ícones, o Speedmaster
Professional Moonwatch, o relógio da Lua, cujo design sofreu poucas
alterações ao longo dos anos, e um modelo frequentemente
revisitado pela Omega, que se mantém intemporal até hoje. Ou o
Fifty Fathoms da Blancpain, que, em 2019, recebe uma reedição
de um modelo dos finais dos anos 60, o Barakuda.
AUDEMARS PIGUET
Royal Oak
19
TEMA DE CAPA
BACK TO BASICS
“
A SIMPLICIDADE É
A MÁXIMA SOFISTICAÇÃO
”
LEONARDO DA VINCI
IWC
Pilot Spitfire Cronógrafo
Também a Breitling mergulhou nos arquivos históricos
da marca para recuperar e reeditar a linha Premier, uma
colecção de relógios para o quotidiano, originalmente
lançada nos anos 40. Já a IWC dedica 2019 à família Pilot.
Um ícone entre as históricas colecções da marca desde
meados da década de 1930, a linha Pilot desenvolveu-se
em paralelo com a aviação, inspirada pelas necessidades
de precisão e legibilidade dos pilotos, e mantém-se até
hoje como um dos pilares da IWC.
Sejam modelos de inspiração vintage ou peças sóbrias e
elegantes per se, a verdade é que o tempo dos “excessos”
relojoeiros parece ter ficado para trás, dando lugar a um
regresso às origens, onde – como afirmou Leonardo Da
Vinci – “a simplicidade é a máxima sofisticação”.
BREITLING
Premier B01 Cronógrafo
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20
O esquadrão de Cinema Breitling
Charlize Theron
Brad Pitt
Adam Driver
AR
TERRA
NAVITIMER 8
MAR
#SQUADONAMISSION
ESPAÇO BREITLING
Avenida da Liberdade, 129
PEÇAS EMBLEMÁTICAS
BLANCPAIN
BLANCPAIN
AIR COMMAND
CRONÓGRAFO
FLYBACK
Por Marina Oliveira
A
Blancpain revisita um dos mais raros cronógrafos
dos anos 50, com uma edição limitada
do Air Command, uma peça inspirada
num protótipo produzido para o Ministério
da Defesa francês, que solicitou, na época,
um modelo de piloto com mostrador preto,
marcadores das horas e ponteiros luminosos
e movimento cronógrafo flyback de alta precisão.
Limitado a 500 exemplares, o novo Blancpain Air
Command Cronógrafo Flyback reproduz fielmente
o design do seu raro antecessor, apresentando uma
luneta rotativa de contagem regressiva (agora com
inserções de cerâmica preta), numerais, marcadores
e ponteiros revestidos com Super-LumiNova do tipo
“rádio antigo”, que replica o tom alaranjado do original,
mostrador preto com escala taquimétrica e indicações
de cronógrafo, e vidro de safira tipo-caixa.
A caixa de 42,5 mm em aço do novo modelo de inspiração
militar encerra o calibre automático F388B, com
cronógrafo flyback de embraiagem vertical e rotor de
ouro em forma de hélice. O toque vintage final é dado
pela correia patinada em pele de bezerro.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Movimento_ Automático, calibre de
manufactura F388B, cronógrafo flyback
com roda de coluna, rotor de ouro em forma
de hélice, frequência 5Hz, 50 horas
de reserva de marcha.
Caixa_ Aço, 42,50 mm, luneta unidireccional
com inserções de cerâmica e marcadores
Super-LumiNova, fundo em vidro de safira,
estanque até 30 metros.
Mostrador_ Preto com decoração raio-de-
-sol, numerais árabes e ponteiros revestidos
a Super-LumiNova, indicações de horas,
minutos, escala taquimétrica e cronógrafo
(contadores de 30 minutos e 12 horas).
Bracelete_ Pele de bezerro castanha.
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22
BREGUET
PEÇAS EMBLEMÁTICAS
Breguet
CLASSIQUE
5177
Por Marina Oliveira
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Movimento_ Automático, calibre 777Q,
escape e mola do balanço em silício,
28.800 alt/h, 55 horas de reserva de marcha.
Caixa_ Ouro branco, 38 mm, fundo em
vidro de safira, estanque até 30 metros.
Mostrador_ Azul esmaltado, ponteiros em
aço revestido a ródio, numerais e inscrições
prateados, assinatura secreta às 6h,
indicações de horas, minutos,
segundos e data.
Bracelete_ Pele de crocodilo azul-escura,
com fecho de báscula em ouro.
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A
Breguet apresenta o novo Classique 5177
Esmalte Grand Feu, um modelo automático
ao mais puro estilo Breguet – simplicidade
elegante e refinada –, mas cujo mostrador
azul profundo esmaltado adiciona um toque
distinto. De facto, no novo Classique, o azul
assinatura da marca é transposto para o mostrador,
que ecoa a cor obtida durante o azulamento
dos ponteiros Breguet.
Para garantir uma perfeita legibilidade, os numerais
e outras inscrições no mostrador, incluindo a data
emoldurada por uma janela trapezoidal, são prateados.
Já a assinatura secreta da marca aparece
discretamente às 6h, enquanto os ponteiros em aço
revestido a ródio, com a clássica ponta circular oca,
indicam a passagem das horas.
Apresentado numa caixa de 38 mm em ouro branco,
o Classique 5177 Esmalte Grand Feu é movido pelo
calibre automático 777Q – visível através do fundo
da caixa em vidro de safira – e complementado por
uma correia azul-escura em pele de crocodilo.
23
PEÇAS EMBLEMÁTICAS
BREITLING
Breitling
PREMIER B01
CRONÓGRAFO 42
NORTON EDITION
Por Marina Oliveira
E
m 2019, a Breitling celebra a parceria com
a marca de motos britânica Norton, com a
introdução do Breitling Premier B01 Cronógrafo
42 Norton Edition. Apresentado em
2018, o Breitling Premier B01 Cronógrafo 42
é o porta-estandarte da nova colecção de
relógios Premier. O layout do mostrador, com
os dois contadores do cronógrafo, apresenta reminiscências
vintage. Inspiração que ganha força nesta
edição dedicada à Norton Motorcycles.
A distinguir esta edição especial do modelo “normal”
está a presença de numerais árabes em todo o
mostrador, o logótipo “Norton” gravado numa placa
na lateral da caixa, e uma moto e logótipo Norton,
impressos no fundo transparente do relógio. Fundo
esse que permite admirar o movimento de manufactura
Calibre 01, com 70 horas de reserva de marcha,
escolhido para alimentar este modelo.
Os números e ponteiros dourados contrastam com o
mostrador preto e alinham-se com a correia de pele
castanha, embora o relógio também esteja disponível
com uma pulseira em aço.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Movimento_ Cronógrafo automático,
calibre de manufactura Breitling 01,
28.800 alternâncias/hora, 70 horas
de reserva de marcha.
Caixa_ Aço, 42 mm, logótipo Norton gravado
numa placa lateral, fundo aparafusado
em vidro de safira com moto e logótipo
Norton impressos, estanque até 100 metros.
Mostrador_ Preto, numerais árabes
e ponteiros dourados, indicações de horas,
minutos, cronógrafo (contadores de ¼
segundo e 30 minutos), escala taquimétrica
e data.
Bracelete_ Pele castanha ou aço.
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24
PANERAI
PEÇAS EMBLEMÁTICAS
PANERAI
RADIOMIR PAM 931
CALIFORNIA
DIAL
Por Marina Oliveira
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Movimento_ Manual, calibre de manufactura
P.3000, balanço em Glucydur®, 21.600
alternâncias/hora, dois tambores de corda,
três dias de reserva de marcha.
Caixa_ Aço, 47 mm, fundo em vidro de safira.
Mostrador_ Castanho fumado, numerais
árabes e romanos, índices em forma de barra
e ponteiros azuis (todos luminescentes),
escala dos minutos ao estilo caminhos-
-de-ferro, indicações de horas e minutos.
Bracelete_ Pele castanha.
A
Panerai revisita o primeiro
modelo protótipo produzido
pela marca, em 1936, a pedido
da Marinha Real Italiana, que,
nas vésperas da II Guerra Mundial,
requisitou um relógio de
mergulho luminescente. Nascia
assim o primeiro Radiomir da história,
que se destacava pelo mostrador apelidado
de “California”, com alternância
entre números romanos e árabes, marcadores
tipo barra e escala de minutos
ao estilo caminhos-de-ferro.
O novo Radiomir PAM 931 California
Dial, inspirado no modelo de 1936, destaca-se
do seu antecessor ao apresentar
um mostrador California em castanho
fumado, uma cor nunca antes
utilizada nesta colecção, mantendo
a cor dos ponteiros e o design “alternado”
dos numerais e índices. Disponível
numa caixa de 47 mm em aço,
o novo modelo é movido pelo calibre
manual de manufactura P.3000, com
dois tambores de corda e três dias de
reserva de marcha. Este Radiomir California
faz-se acompanhar por uma correia
em pele castanha e está limitado a
1000 exemplares.
25
HISTÓRIA
SPEEDMASTER E O ESPAÇO
A LUA
E MAIS ALÉM…
TELEVISIONADO EM DIRECTO PARA 33 PAÍSES, INCLUINDO PORTUGAL,
E VISTO AO VIVO POR MAIS DE UM MILHÃO DE PESSOAS, QUE SE JUNTOU,
A 16 DE JULHO DE 1969, NO KENNEDY SPACE CENTER, O LANÇAMENTO
DO FOGUETÃO SATURNO V, COM A SUA NAVE APOLLO 11, FOI O INÍCIO
DA PRIMEIRA VIAGEM TRIPULADA À LUA. A BORDO, OS ASTRONAUTAS
NEIL ARMSTRONG, MICHAEL COLLINS E EDWIN “BUZZ” ALDRIN
ESTAVAM OFICIALMENTE EQUIPADOS COM RELÓGIOS DE PULSO
OMEGA SPEEDMASTER, CRONÓGRAFOS DE CARGA MANUAL.
Por Fernando Correia de Oliveira
26
A
viagem foi um êxito. Cinco dias
depois, a 21 de Julho (já dia 22
em Lisboa), Neil Armstrong pisou
solo lunar e a Humanidade deu
um passo de gigante. Uma das
edições do Omega Speedmaster
comemorativas do meio século
da ida à Lua é a Apollo 11 50th Anniversary
Limited Edition, de que se vão produzir
apenas 6969 relógios.
Seguindo na senda do pioneirismo que
norteia a Omega, um material especial,
o ouro Moonshine, de 18k, aparece na
peça. Esta liga exclusiva da marca, em
processo de ser patenteada, tem uma
cor ligeiramente mais pálida que o ouro
amarelo, oferecendo mais resistência à
passagem do tempo.
A caixa, de 42mm, de aço, tem luneta
de cerâmica negra polida, tem um aro
de ouro Moonshine e inserções de
Ceragold (outro material exclusivo da
Omega) na escala taquimétrica. Já o
mostrador possui duas zonas distintas:
no centro, superfície cinzenta envernizada,
e minuteria negra. Os índices são
de ouro Moonshine, enquanto o logótipo da Omega
e os ponteiros têm aspecto vintage. Apenas o ponteiro
central dos segundos do cronógrafo é revestido a PVD
ouro Moonshine.
Armstrong tinha-se esquecido do seu Omega a bordo do
módulo lunar. Mas o seu companheiro Buzz Aldrin usava
um no pulso quando desceu as escadas do Eagle, precisamente
às 03:15:16 UTC, tocando também ele solo lunar.
E o Omega foi o primeiro – e até hoje, único – relógio a
ter estado na Lua. Tendo mesmo lá voltado em todas as
alunagens que se seguiram. Isso incluiu as missões Apollo
12, Apollo 14, Apollo 15, Apollo 16 e Apollo 17. Até hoje,
apenas 12 homens pisaram solo lunar, todos eles com um
Speedmaster no braço, no exterior do fato espacial.
O Speedmaster Apollo 11 50th Anniversary Limited Edition
possui, às 9 horas, no submostrador dos segundos,
a imagem de Buzz gravada numa placa de ouro
Moonshine. Diferente dos outros índices, o das 11 horas
ostenta estes algarismos, em Moonshine, num tributo à
missão Apollo 11.
No verso da caixa, a imagem de uma pegada de astronauta,
gravada a laser numa placa revestida a preto e a
imitar a textura do solo lunar. Ainda no verso, "THAT’S
ONE SMALL STEP FOR A MAN, ONE GIANT LEAP FOR
MANKIND", a lendária frase de Neil Armstrong, é recordada,
a letras de ouro Moonshine. Cada relógio será
27
HISTÓRIA
SPEEDMASTER E O ESPAÇO
numerado, de 1 a 6969, acompanhando a frase APOLLO
11, 50th ANNIVERSARY e LIMITED EDITION. Outras referências
no verso da caixa são NAIAD LOCK, Cal. 3861 e
CO-AXIAL MASTER CHRONOMETER.
No interior, o Speedmaster Apollo 11 50th Anniversary
tem um novo calibre de carga manual (OMEGA Co-Axial
Master Chronometer Calibre 3861), cronógrafo, tão fiel
quanto possível ao que Buzz tinha no pulso, o 1861. Mas
com todas as novidades tecnológicas Omega introduzidas
nos últimos anos: escape co-axial, paragem de
segundos para acerto fino e certificação Master Chronometer
(a mais exigente na indústria, respeitante a
precisão, comportamento cronométrico e resistência a
campos magnéticos até 15.000 gauss).
O Omega Speedmaster Apollo 11 50th Anniversary Limited
Edition é apresentado com bracelete de aço polido e
escovado, com aspecto vintage, inspirado na 4ª geração
do Speedmaster. O relógio vem num estojo ao estilo da
NASA, com um bracelete suplementar de Velcro® e dois
“patches” de tecido (50th anniversary/Apollo 11), duas
placas gravadas (coordenadas do local da alunagem/
sítio da alunagem e tempo). Mas o mais espectacular
será o modelo à escala do módulo lunar, onde o relógio
assenta.
SPEEDMASTER, UMA HISTÓRIA ÚNICA
É, talvez, o cronógrafo mais famoso do mundo. Desde
logo, é o único relógio que se pode gabar de ter estado
na Lua. O primeiro Omega Speedmaster foi produzido em
1957. A estética do mostrador era inspirada nos tabliers
dos carros italianos da altura, com o branco e negro a
funcionarem em contraste, para maior visibilidade. O
primeiro modelo vinha equipado com um movimento
Omega 321, também conhecido por Lémania. O nome
“Speedmaster” derivava do taquímetro, a escala de medição
de velocidade a partir de uma dada distância, que
aparecia na luneta, a primeira vez que tal acontecia num
relógio de pulso.
O primeiro Omega Speedmaster a atingir o espaço saiu
da linha de produção em 1961 e foi usado pelo astronauta
norte-americano Walter Schirra, de origem suíça. Ele tinha
comprado o relógio para seu uso pessoal e levou-o ,em
28
Outubro de 1962, para a missão “Sigma 7”, do programa
Mercury. Schirra completou seis órbitas terrestres.
Por essa altura, a NASA começou a procurar um relógio
de pulso “à prova do espaço”, com a função de cronógrafo,
e comprou num retalhista perto de Houston dez
modelos de marcas diferentes. Em 1964, vários desses
cronógrafos tinham sido eliminados e a NASA pediu às
seis marcas que ficaram que fornecessem cada uma dez
novos relógios para uma série de derradeiros e extraordinariamente
exigentes testes – gravidade variável, exposição
a temperaturas extremas, vazio, humidade intensa,
corrosão, choque, aceleração, pressão, vibração e ruído.
O Omega Speedmaster foi o único relógio a sobreviver
aos testes da NASA e, a 1 de Março de 1965, foi declarado
“qualificado para voo da NASA para todas as missões
espaciais tripuladas”. Virgil “Gus” Grisson e John Young,
a tripulação do Gemini 3, a primeira missão tripulada
Gemini, já levavam no pulso Speedmasters. Nesse mesmo
ano, na missão Gemini 4, um Omega Speedmaster Professional
acompanhava Edward White no primeiro passeio
norte-americano no espaço. O termo “Professional”
foi acrescentado ao mostrador do Speedmaster em 1965,
como referência aos profissionais da NASA, para quem o
modelo se tinha tornado o relógio eleito.
Uma das histórias mais dramáticas envolvendo um Speedmaster
e a missão espacial norte-americana ocorreu a
13 de Abril de 1970. Durante a missão Apollo 13, uma
explosão danificou a principal fonte de energia, obrigando
os astronautas a desligarem todos os instrumentos
eléctricos, com excepção do rádio, para conservarem
energia para as manobras necessárias ao regresso
da sua cápsula à Terra. A precisão era o elemento-chave
no accionar no momento preciso os foguetes suplementares,
para correcção da sua trajectória, e a tripulação
confiou nos seus Omega Speedmaster Professionals para
iniciar e parar por 14 segundos precisos o queimar dos
foguetes, permitindo-lhes fazer regressar a nave espacial
avariada à Terra. “Houston, we have a problem”, a célebre
frase dita a partir do espaço, teve afinal um desenlace
feliz, também graças à fiabilidade de um relógio ao qual
a NASA, em reconhecimento, galardoou com o célebre
Snoopy Award.
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29
DESIGN
GERALD GENTA
MESTRE DO DESIGN
RESPONSÁVEL PELO DESIGN DE ALGUNS DOS MODELOS MAIS ICÓNICOS
DA HISTÓRIA RECENTE DA RELOJOARIA, GERALD GENTA FOI UM VERDADEIRO
MESTRE NA SUA ÁREA E DISPENSA APRESENTAÇÕES. NO ANO EM QUE
SE CELEBRAM 50 ANOS DA FUNDAÇÃO DA MARCA HOMÓNIMA DO DESIGNER
RELOJOEIRO, A BULGARI LANÇA UM RELÓGIO DE EDIÇÃO ESPECIAL
COMEMORATIVO DA EFEMÉRIDE E A TURBILHÃO RECORDA ALGUNS DOS
MODELOS LENDÁRIOS, CUJO DESIGN POSSUI A ASSINATURA GERALD GENTA.
Por Marina Oliveira
30
Durante a sua longa e frutífera
carreira, Gerald Genta desenhou
alguns dos modelos
mais icónicos do mundo da
relojoaria, trabalhando com
marcas como a Omega,
Audemars Piguet, IWC, Bulgari
e até Cartier, acabando por criar
uma marca homónima independente,
hoje absorvida pela Bulgari.
O mestre do design revolucionou a
indústria e foi o grande responsável
pelo nascimento de uma das categorias
relojoeiras mais bem-sucedidas
da actualidade: a do relógio desportivo
de luxo.
Mas comecemos pelo princípio. A
primeira marca a oferecer um contrato
a Gerald Genta foi a Omega.
Em 1959, o então Director Criativo da
marca de Bienne, Pierre Moinat, ofereceu
ao designer a oportunidade de
trabalhar em exclusivo com os fornecedores
de mostradores, caixas
e braceletes da Omega. Na época,
os modelos mais famosos em que
Genta trabalhou, entre o final dos
anos 50 e início dos 60, foram o Seamaster
e o Constellation.
seguinte. Inspirando-se nos escafandros
dos mergulhadores, com os
parafusos visíveis, Genta trabalhou
durante toda a noite, transferindo a
forma octogonal dos capacetes de
mergulho para o design desta peça,
mantendo os parafusos na luneta.
Nascia assim o icónico Royal Oak da
Audemars Piguet.
“Primeiro estranha-se e depois entranha-se”,
diz a sabedoria popular. E
com o Royal Oak foi precisamente o
que aconteceu. Quando foi lançado,
o modelo rompia com todos os cânones
relojoeiros estabelecidos, apresentando
um design fora do comum
e sendo o primeiro relógio desportivo
de luxo a ser produzido em aço. A
aceitação não foi imediata, mas viria
a acontecer. E com tal sucesso que o
Royal Oak se mantém, até hoje, como
uma das peças mais emblemáticas e
bem-sucedidas da Audemars Piguet,
cujos elementos de design se mantiveram
inalterados, mesmo nas mais
recentes encarnações, incluindo o
Royal Oak Offshore, introduzido em
1993, e o Royal Oak Offshore Diver,
apresentado em 2013. Um modelo
revolucionário, que transformou, pela
primeira vez na história da relojoaria
moderna, o aço num metal precioso,
com assinatura do mestre do design.
As mais lendárias criações Gerald
Genta parecem ter nascido em sinapses
súbitas. É que, se o Royal Oak foi
o resultado de apenas uma noite, o
que dizer do Patek Philippe Nautilus,
elaborado em apenas cinco minutos?
Durante a Feira de Basileia de 1974,
enquanto almoçava, observou um
grupo de pessoas da Patek Philippe
numa mesa próxima e a inspiração
surgiu. Em cinco minutos, num guardanapo,
nascia o design do Nautilus,
com a sua caixa em forma de vigia
de navio. Este modelo, lançado em
1976, foi também um dos relógios que
tornaram o aço um material aceitável
em alta relojoaria.
No mesmo ano em que foi apresentado
o Nautilus, outro relógio com
assinatura Gerald Genta tornou-se
famoso pelo design icónico. Genta
foi convidado a modernizar o IWC
Ingenieur já existente e o resultado foi
o Ingenieur SL de 1976, um modelo
desportivo, em aço, com pulseira
OS DESPORTIVOS
Contudo, de entre os muitos designs
criados por Gerald Genta, houve dois
que se destacaram e, provavelmente,
definiram a sua reputação entre
coleccionadores e apaixonados pela
relojoaria. O primeiro, e talvez um dos
mais emblemáticos da história do
sector, nasceu de uma noite particularmente
produtiva. Em 1969, um dia
ao final da tarde, o designer recebeu
um telefonema do Director Geral da
Audemars Piguet, Georges Golay,
com um pedido especial e urgente.
A marca de alta relojoaria precisava
do design para um relógio desportivo
e necessitava dele para a manhã
AUDEMARS PIGUET
Royal Oak de Gerald Genta
AUDEMARS PIGUET
Royal Oak da colecção actual
31
DESIGN
GERALD GENTA
GERALD GENTA
Edição 50.º Aniversário
BULGARI
Roma de 1977
projectado por Gerald Genta
BULGARI
Bulgari Bulgari
da colecção actual
integrada, à semelhança das anteriores
criações do designer. O novo IWC
apresentava ainda a adição de cinco
parafusos visíveis na luneta. Embora o
design do Ingenieur tenha evoluído nas
décadas seguintes, a mão de Gerald
Genta continua visível, mesmo nas versões
mais modernas do modelo.
OS CLÁSSICOS
Depois de ter desenhado os três
relógios desportivos icónicos acima
mencionados, Genta continuou para
dar vida a outros designs lendários,
mas não tão desportivos. Em 1977, a
Bulgari introduziu o modelo Bulgari
Bulgari (na época Bulgari Roma), projectado
pelo designer. Este relógio já
existia na colecção da marca desde
1957, pelo que Gerald Genta “apenas”
actualizou o design, que se inspirava
nas antigas moedas romanas. Com
base nessa inspiração, Genta adicionou
a característica que define a
colecção até hoje - a dupla inscrição
na luneta – e que influenciaria outras
colecções da marca.
Outro relógio onde o designer imprimiu
o seu cunho foi o Pasha de Cartier.
Louis Cartier criou o primeiro
Pasha em 1932, para o Sultão de Marraquexe,
e, em 1985, Gerald Genta foi
convidado a actualizar o design do
modelo. Ainda hoje, a actualização
desenvolvida pelo mestre designer é
amplamente celebrada como a responsável
por trazer o Pasha para os
tempos modernos, sem perder a sua
personalidade.
Ao longo dos anos, Genta também
continuou a desenhar relógios para
a sua própria marca, criada em 1969.
E se, enquanto designer das grandes
marcas de alta relojoaria, o génio
poderia ser algo contido, a verdade
é que as criações para a sua própria
marca eram bem mais extravagantes.
Desde os modelos de horas saltantes
com figuras da Disney, que eram a sua
assinatura, a elaboradas repetições de
minutos, Gerald Genta fez de tudo.
Em 1998, vendeu a marca homónima
ao grupo The Hour Glass e,
dois anos depois, esta – juntamente
com a “irmã”, Daniel Roth - foi adquirida
pela Bulgari, que, mais tarde, as
integrou na sua própria marca. Esta
aquisição foi fundamental para lançar
as bases para o desenvolvimento
da bem-sucedida colecção Octo e
da impressionante série de recordes
mundiais em relojoaria. Parte do ADN
de Gerald Genta continua, assim, vivo
dentro da linha Octo, lado a lado, com
a icónica Bulgari Bulgari.
Em 2019, a Bulgari celebra o legado
de Gerald Genta e apresenta um
relógio de edição limitada, comemorativo
do 50.º aniversário da marca
homónima. A nova peça é uma versão
moderna de uma das criações
icónicas do designer: o Arena Bi-
-Retro, apresentado no final dos anos
90 e uma ilustração da capacidade
de Genta de reinventar a leitura do
tempo. O mostrador azul lacado do
novo modelo ostenta o logotipo original
de Gerald Genta e é emoldurado
por uma caixa de 41 mm, fabricada
com o mais nobre de todos os metais,
a platina. No coração, um movimento
com horas saltantes e minutos e data
retrógrados, que ilustra a genialidade
do mestre do design.
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32
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ANTIGO E COMPRAR UM NOVO,
OU APOSTAR NA AQUISIÇÃO DE UM
MODELO PRE-OWNED CERTIFICADO.
Por Marina Oliveira
Optar por usar relógios pre-owned deixou,
há muito, de ser motivo de embaraço.
Ao invés, os amantes de relojoaria ostentam
orgulhosamente os seus modelos
vintage – muitas vezes descontinuados
e/ou difíceis de encontrar –, ou aquela
peça especial que lhes permitiu poupar
uma boa quantia de dinheiro.
Embora ainda não existam números concretos, as
estimativas da dimensão e crescimento do mercado
de relógios de luxo pre-owned são impressionantes.
No Relatório de Tendências de 2018,
publicado pela Fundação de Alta Relojoaria, a
consultora financeira Kepler Cheuvreux estima
que o mercado global de relógios em segunda
mão (incluindo as vendas das leiloeiras) valha
mais de 4,5 bilhões de euros. A Kepler Cheuvreux
acrescenta ainda que o crescimento do mercado
pre-owned superou o dos relógios novos desde
2013, e que continua a crescer cerca de 5% ao
ano. O mesmo relatório projecta que as vendas
de peças do tempo usadas serão iguais ou superarão
as vendas de novas dentro de cinco anos.
O crescimento exponencial deste mercado de relógios de luxo pre-
-owned não passa indiferente aos players do sector, que começam
a desenvolver as suas próprias estratégias para penetrar nesta área
de negócio. Portugal não é excepção, e a Boutique dos Relógios
Plus, numa aposta que demonstra o pioneirismo a que nos tem
habituado, acaba de apresentar dois novos serviços exclusivos que
possibilitam a todos os clientes comprar o relógio que tanto desejam
ou actualizar a colecção.
TRADE IN SERVICE
TROQUE O SEU RELÓGIO POR UM NOVO
A área de Trade In Watches, presente em qualquer uma
das Boutiques dos Relógios Plus, permite ao cliente
entregar o relógio que pretende substituir. Este será avaliado
por um especialista e ser-lhe-á atribuído um valor,
que deverá ser utilizado na compra de um relógio e/ou
jóia novos. Assim, ao mesmo tempo que tem a possibilidade
de entregar aquele relógio que já não usa ou que já
não pretende manter na colecção, o cliente pode adquirir
aquele modelo especial que tanto procura.
34
PRE-OWNED SERVICE
Por Jorge Assis
PRE-OWNED LOUNGE
A Boutique dos Relógios Plus passa a disponibilizar o serviço Pre-
-owned Watches, com o qual o cliente poderá seleccionar de entre
uma panóplia de modelos pre-owned. Estes são modelos de conceituadas
marcas, devidamente certificados. Este serviço possui
um private lounge dedicado na Boutique dos Relógios Plus Art, na
Avenida da Liberdade 194.
OMEGA SPEEDMASTER
TRANSITIONAL, 1969
Movimento: Cronógrafo manual,
calibre 861 | Caixa: Aço, 42 mm |
Bracelete: Pele
PATEK PHILIPPE TIFFANY DIAL
Movimento: Automático com
data, calibre 324 S C
Caixa: Ouro rosa, 38 mm, fundo em
vidro de safira | Bracelete: Pele
MODELOS EM DESTAQUE
ROLEX OYSTER GMT
MASTER PEPSI DIAL
Movimento: Automático com data,
calibre 3075 | Caixa: Aço com luneta
bidireccional “Pepsi” (vermelha
e azul), 40 mm | Bracelete: Aço
BREITLING CADETTE, ANOS 50
Movimento: Cronógrafo manual |
Caixa: Ouro, 37 mm |
Bracelete: Pele
Depois de 20 anos a negociar relógios
pre-owned um pouco por todo
o mundo, percebi que o mercado
dos destes relógios sempre foi pouco
reconhecido pela indústria, onde
sempre vi um leque elevado de oportunidades,
não só para os retalhistas
como para as próprias marcas,
O novo serviço Pre-Owned que oferecemos
na Boutique dos Relógios
Plus vem consolidar uma necessidade
já existente, ao mesmo tempo
que inova ao apresentar um serviço
que irá permitir uma maior facilidade
de troca dos relógios que os clientes
já não usem ou, simplesmente, queiram
substituir.
Este novo serviço e espaço vem
responder à necessidade contemporânea
dos clientes e apaixonados
por relojoaria. Necessidade esta que
tem vindo a crescer desde os anos
80 e que, nos últimos anos, sofreu
uma explosão, com alguns modelos
a serem vendidos por centenas de
milhares de euros.
Além deste novo serviço, quisemos
criar um espaço personalizado
na Avenida da Liberdade 194C: um
espaço exclusivo, calmo e confortável
no segundo andar da nossa Boutique
dos Relógios Plus Art, onde
pode usufruir deste nosso serviço
enquanto bebe um café.
35
HISTÓRIA
CHANEL J12
SUBTIL
TRANSFORMAÇÃO
DE UM ÍCONE
NAS VÉSPERAS DE COMPLETAR 20 ANOS, O J12 DA CHANEL RENOVA-SE,
SEM NUNCA ALTERAR A IDENTIDADE QUE O LEVOU AO SUCESSO. AFINAL,
UM ÍCONE NÃO MUDA. APENAS SE ADAPTA AO TEMPO QUE PASSA.
Por Marina Oliveira
36
I
nspirado na nobreza das silhuetas
dos veleiros da America’s Cup, o primeiro
J12 viu a luz do dia pela mão de
Jacques Helleu, director artístico da
Chanel, em 2000. Vestido de cerâmica
preta, o novo relógio da Maison
veio revolucionar os códigos relojoeiros
pré-estabelecidos, apresentando-se
como um modelo desportivo unissexo,
resistente à água até 200 metros e incrivelmente
sólido, graças à utilização de
cerâmica de alta tecnologia.
Três anos após o seu lançamento, regressou
às luzes da ribalta, nessa altura em
branco integral. Desde então, inúmeras
variações técnicas e joalheiras se seguiram,
desde o J12 Turbilhão (2005), ao J12
Calibre 3125, equipado com um movimento
automático da Audemars Piguet
personalizado exclusivamente para a
Chanel (2008), passando pelo J12 Misterioso
Retrógrado de 2010.
Agora, nas vésperas do 20º aniversário,
Arnaud Chastaingt, directora do Estúdio
de Criação Relojoeira da Chanel, oferece
ao J12 uma renovação, mantendo
intocável a identidade que deu origem ao seu sucesso.
Esteticamente falando, o novo J12 parece exactamente
o mesmo, com ligeiras actualizações. Disponível numa
caixa de 38 mm, em cerâmica preta ou branca, o modelo
de 2019 apresenta mostradores lacados a condizer com
o material da caixa.
Para aumentar a abertura do mostrador, a luneta foi refinada,
enquanto a tipografia dos numerais árabes e índices
foi redesenhada. Aplicados no mostrador, são agora em
cerâmica. A largura da coroa foi reduzida e o cabochão
de cerâmica levemente achatado. A espessura da caixa
aumentou suavemente, mas a silhueta do J12 permanece
fluida. Finalmente, a pulseira de cerâmica foi subtilmente
restruturada, apresentando-se com elos mais longos.
Mas a grande mudança reside no novo movimento automático,
calibre 12.1, com 70 horas de reserva de marcha e
certificado pelo COSC, visível através do fundo da caixa
em vidro de safira. Projectado e desenvolvido exclusivamente
para a Chanel pela KENISSI, o novo coração do
J12 apresenta uma massa oscilante em tungsténio, cujo
design é o de um círculo perfeito, uma das assinaturas
gráficas da Alta Relojoaria da Maison.
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37
PEÇAS DE EXCEPÇÃO
BLANCPAIN E VACHERON CONSTANTIN
Dress
Equilibrando intemporalidade e elegância, a Blancpain foca-se na
sua herança com o novo Villeret Extraplano. O novo modelo concentra-se
no básico e essencial, exibindo apenas horas e minutos e
indo ao encontro do design simples e sóbrio que caracteriza a colecção
Villeret.
Disponível numa caixa de 40 mm – e apenas 7,39 mm de espessura
– em ouro vermelho ou aço, o Blancpain Villeret Extraplano é movido
pelo calibre manual 11A4B, com dois tambores de corda e 95 horas
de reserva de marcha, cujo indicador é visível através do fundo em
vidro de safira.
WATCHES
ELEGÂNCIA
INTEMPORAL
REFINADA
DISTINÇÃO
A linha Patrimony representa a quintessência da elegância dentro
da oferta relojoeira da Vacheron Constantin. Em 2019, esta colecção
veste-se de ouro rosa e mostradores azul profundo para um
toque de modernidade. Aqui destacamos o novo Patrimony Dia
Data Retrógrados, um modelo ao qual a nova combinação de cores
aporta distinção.
O mostrador azul profundo com efeito raio-de-sol – emoldurado por
uma caixa de 42,5 mm em ouro rosa – recebe o ballet dos ponteiros
em ouro, com especial destaque para os dois mecanismos retrógrados
exibidos em semicírculos e que indicam os dias e a data. Esta
aparência simples e elegante é possível graças ao complexo calibre
automático 2460 R31R7/2 que bate no coração desta peça do tempo.
Certificado pelo Selo de Genebra, este Patrimony completa-se com
uma correia em pele de crocodilo no tom do mostrador.
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38
BREGUET E PANERAI
PEÇAS DE EXCEPÇÃO
Arte
RELOJOEIRA
FINÍSSIMA
ESQUELETIZAÇÃO
Aliando a mais emblemática de todas as invenções Breguet – o turbilhão
– a uma arquitectura esqueletizada única, a marca suíça dá vida
ao novo Classique Turbilhão Extraplano Esqueleto 5395. Um modelo
que utiliza o calibre extrafino 581, mas despindo-o de cerca de 50 por
cento do seu material.
O resultado? Uma peça do tempo cujo destaque e beleza reside precisamente
no movimento automático esqueletizado com apenas 3 mm
de espessura, com platina e pontes em ouro, rotor periférico, escape
em silício, gaiola do turbilhão em titânio e profusas decorações.
O novo Classique Turbilhão Extraplano Esqueleto 5395 está disponível
numa caixa de 41 mm em ouro rosa ou platina.
DUPLA
REPETIÇÃO
O mais complicado de todos os relógios alguma vez produzidos pela
Panerai dá pelo nome de Radiomir 1940 Repetição de Minutos Carrilhão
Turbilhão GMT e é uma ode à mestria relojoeira. Em destaque
nesta peça do tempo está o duplo mecanismo de repetição (para a
hora local ou para o segundo fuso horário) ao estilo carrilhão, assim
como o turbilhão de 30 segundos patenteado pela marca, onde a
gaiola roda num eixo perpendicular ao do balanço.
Com 49 mm, a caixa em forma de almofada em ouro emoldura o calibre
manual P.2005/MR, totalmente esqueletizado. No verso do relógio
é possível admirar os pequenos martelos da repetição de minutos, os
dois tambores de corda, que armazenam energia para quatro dias e
o indicador da reserva de marcha.
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39
PEÇAS DE EXCEPÇÃO
HARRY WINSTON E ROGER DUBUIS
Desportivos
Em 2019, a Harry Winston aposta numa peça do tempo moderna
e concêntrica, com um design arquitectónico e uma complicação
que destaca o seu espírito mecânico, desportivo e divertido: horas
e minutos retrógrados exibidos num layout central, concêntrico e
subtilmente assimétrico.
Trata-se do novo Ocean Retrograde Automático, um modelo com
caixa de 42,2 mm em ouro rosa, equipado com um movimento automático,
calibre HW3306, e que se destaca pelo mostrador tridimensional,
no qual as horas e minutos retrógrados são exibidos numa
escala circular preta acetinada, enquanto a data surge na orla do
mostrador, num disco em safira.
DE LUXO
MODERNIDADE
CONCÊNTRICA
INSPIRAÇÃO
AUTOMÓVEL
A Roger Dubuis continua a aposta na parceria com a Lamborghini
e apresenta o novo Excalibur Spider Huracán, um modelo equipado
com um novo movimento de manufactura. Largamente esqueletizado,
o novo calibre RD630 possui um balanço inclinado a 12 o ,
uma estrutura com design favo de mel embutida na platina e que
lembra a grelha Lamborghini, e uma janela de data hexagonal às 6h,
cujos numerais ecoam o look dos do velocímetro de um automóvel
da construtora italiana. O novo movimento possui ainda um rotor
central de 360 o , inspirado nas jantes do Huracán.
O Excalibur Spider Huracán está equipado com uma caixa de
45 mm, em titânio, com inserções de borracha preta, e uma coroa
que lembra o look de uma porca de roda.
O toque final é dado pela correia bimatéria, que combina uma base
de borracha preta com um revestimento em Alcantara, uma pele
aveludada usada no interior dos automóveis Lamborghini.
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40
JAQUET DROZ E OMEGA
PEÇAS DE EXCEPÇÃO
Globetrotters
VIAJANTE
SOFISTICADO
A Jaquet Droz revisita a linha Grande Seconde Dual Time, apresentando
quatro novas variações, que se destacam pelo novo design
do mostrador. Os novos modelos diferenciam-se ao apresentar uma
projecção azimutal do globo terrestre (uma vista da Terra a partir do
Polo Norte) na metade inferior do mostrador. Na apresentação do
globo os continentes surgem cercados por um oceano espelhado
em preto ou antracite.
Adicionalmente, a exibição 24h da Hora de Casa é dividida em dois
segmentos de 12 horas: branco para o dia e preto para a noite. Por
outro lado, a regulação da Hora Local faz-se em saltos de uma hora,
enquanto a data se ajusta automaticamente.
Os novos modelos são movidos pelo calibre 2663H24, com 65 horas
de reserva de marcha, e estão disponíveis em quatro versões, todas
numa caixa de 43 mm em aço ou ouro vermelho.
HORAS DO
MUNDO
Depois da edição limitada em platina, a Omega lança novas edições
não limitadas do Seamaster Aqua Terra Worldtimer. As novas versões
são quase idênticas à sua predecessora, sendo que as mudanças se
concentram nos materiais utilizados e nas correias e braceletes.
A caixa dos novos modelos mantém-se nos 43 mm, mas surge agora
em aço ou ouro Sedna. Já o mapa mundo é agora produzido a partir
de uma placa de titânio, desbastada a laser, para criar o oceano
azul, deixando o relevo dos continentes. Ainda no mostrador, é visível
uma flange com o nome de vários destinos e um anel de 24h, onde a
metade azul clara indica o dia, e a azul escura a noite.
Todas as indicações são controladas através da coroa e movidas
pelos calibres coaxiais Master Chronometer 8938 (aço) e 8939
(ouro Sedna).
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41
MANUFACTURA
HYT
CientistasDOTEMPO
PASSADO, PRESENTE
E FUTURO. DESIGN,
ALTA RELOJOARIA,
PRECISÃO, TECNOLOGIA
E INOVAÇÃO. A HYT
É TUDO ISTO E MUITO
MAIS, COMO PROVA O
CONCEITO FILOSÓFICO
NO QUAL A MARCA
APOSTOU TUDO.
Por Carlos Torres
Existem relógios que, apesar de pedirem
claramente uma abordagem técnica, em
resposta ao manancial tecnológico inovador
que encerram, acabam por nos levar
a uma análise mais filosófica do propósito
a que se destinam. Uma análise que – e
já ninguém se admira com isto – não se
centra na banalizada função de indicar a hora
certa, seja do dia ou da noite.
A HYT tem origem numa questão aparentemente
simples, mas que acabou por definir todo o percurso
desta manufactura de alta relojoaria: se o
tempo flui, e apenas ganha significado através
do conteúdo das vidas que vivemos, então porque
limitar a sua métrica ao agora, ao momento
presente, isolado e em constante destaque pela
atenção que lhe é dada por afiados ponteiros ou
fugazes indicações digitais?
O modelo criativo desenvolvido pela HYT prova
que ela é muito mais do que uma marca monolítica,
refém de um único conceito. Antes, trata-se
de uma abordagem com várias camadas de complexidade,
que dificilmente conseguem ser percepcionadas
de uma só vez. E apesar de a maioria das
pessoas insistir em associar a HYT a um conceito
eminentemente tecnológico, a marca prefere continuar
a colocar um ênfase muito especial na forma
como expressa o tempo, e que não tem nada a ver
com a adoptada pela restante indústria há já mais
de 500 anos.
HYT
H2.0
HYT
H0
Para marcar esta diferença, a HYT recua muito
mais, até ao momento em que o próprio conceito
do tempo foi inventado, há mais de quatro milénios.
O primeiro relógio de água, também conhecido por
Clepsidra, era um recipiente cheio de líquido que
42
vazava para um outro, vazio, e cuja passagem mantinha um fluxo
controlado, destinado a indicar o fluir do tempo. A HYT adopta
precisamente o mesmo princípio, com a excepção de que, agora,
o sistema é um pouco mais complexo e é usado sobre o pulso.
Ao longo de séculos, uma das grandes batalhas da relojoaria
mecânica foi a de manter qualquer tipo de liquido longe do mecanismo
do relógio. O surgimento da HYT desafiou essa ideia, ao
ponto em que, actualmente, envolve um grupo de mais de 45 pessoas,
incluindo as que trabalham na empresa irmã Preciflex. Um
local onde existem bastante mais cientistas do que relojoeiros, que
se dedicam exclusivamente à tarefa de inventar um novo conceito
de indicação do tempo por meio de fluidos, e que não nega uma
base eminentemente mecânica, tal como a percepcionamos no
mundo da alta relojoaria.
E esta é a razão pela qual a HYT se considera,
desde a sua fundação, como uma manufactura
relojoeira de pleno direito, na qual apenas uma
pequena diferença faz toda a diferença: uma
indicação de tempo fluido, que não pertence
nem ao passado nem ao futuro, mas que está
firmemente enraizada no presente.
UM MECANISMO E UMA FILOSOFIA
A opção por um inovador mecanismo de fluido,
cujo principio é transversal a todos os modelos
da HYT, necessitou de 15 anos de pesquisa
e desenvolvimento para chegar ao seu actual
ponto de quase perfeição. Coube ao grupo de
cientistas encarregue de o desenvolver a tarefa
de desafiar as leis da física, analisando diversos
problemas relacionados com a influência da
temperatura no comportamento de fluidos e
com o verdadeiro sacrilégio que é a presença
de líquido num movimento mecânico.
43
MANUFACTURA
HYT
HYT
H0
HYT
Skull
HYT
H0
O conceito mecânico da HYT, apesar da sua aparente
simplicidade (os movimentos são desenvolvidos em parceria
estreita com a Audemars Piguet – Renaud & Papi),
pode ser resumido pela ideia de um calibre baseado na
mecânica relojoeira tradicional, que, por sua vez, controla
o movimento de dois foles que se comprimem e expandem
de forma oposta. Estes contêm dois líquidos distintos:
um colorido, que representa o passado, e um outro,
transparente, símbolo do tempo que há-de vir. O ponto
de encontro destes dois elementos separa, pois, o passado
e o futuro, e representa naturalmente o presente e o
tempo exacto no qual a nossa consciência se movimenta.
E este aspecto, tão simples, mas ao mesmo tempo tão
complexo, revela muito do que a HYT é actualmente em
termos de colectivo criativo no campo da alta relojoaria.
É que esta marca, de conceito e aparência tão fora do
comum, persegue uma visão que estabelece que a tensão
entre estes dois elementos líquidos, que não foram feitos
para coabitar juntos, acaba por ser uma verdadeira ode
à harmonia. Um ponto bem definido onde a criatividade
e a inovação encontram um terreno fértil de actuação.
Os líquidos usados neste sistema são complementares,
ao mesmo tempo em que, contraditoriamente, se opõem
um ao outro. Para garantir que, quando se tocam, também
se repelem, a HYT desenvolveu um processo a que
chama de “Casamento”, onde ambos os fluidos permanecem
em contacto durante meses antes de, finalmente
, serem inseridos no tubo que ficará associado aos foles.
Para perceber as criações da HYT, tal como elas se apresentam,
é necessário reconhecer que a marca é constituída
por diversas facetas, e que uma das principais é a
que define que o tempo não é algo que se possa parar, já
que o seu fluir é constante. Uma ideia sobejamente bem
traduzida por Heráclito quando, há uns milénios, afirmou
que “nenhum homem pisa duas vezes no mesmo rio”.
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44
ENTREVISTA
GRÉGORY DOURDE
46
"O TEMPO É FLUIDO"
ENQUANTO OS RELOJOEIROS PASSAM UMA ENORME
QUANTIDADE DE TEMPO A ENCONTRAR FORMAS
DE MANTER A ÁGUA FORA DOS RELÓGIOS, A HYT
NÃO SÓ TRAZ OS LÍQUIDOS PARA DENTRO DAS SUAS
PEÇAS DO TEMPO, COMO OS UTILIZA PARA INDICAR
AS HORAS. A TURBILHÃO FALOU COM GRÉGORY
DOURDE, CEO DA HYT, PARA DESCOBRIR O QUE
INSPIRA A MARCA A CRIAR RELÓGIOS INOVADORES E
QUAL A ABORDAGEM FILOSÓFICA DA HYT FACE
AO TEMPO E À FORMA DE O EXIBIR.
Por Marina Oliveira
A HYT estabeleceu uma reputação graças à forma de
exibir o tempo através de líquidos. O foco mudou desde
então?
Em 2012, introduzimos uma maneira inovadora de indicar
a passagem do tempo, com a ajuda de um dispositivo
fluídico patenteado, que levou mais de dez anos
para se tornar realidade. O nosso foco permaneceu o
mesmo desde então: desafiar o status quo e continuar a
ultrapassar limites. O que certamente mudou nos últimos
dois anos foi o facto de já não considerarmos os nossos
relógios como “guardas do tempo”, mas sim como “contadores
do tempo”.
Por que é que a utilização de fluídos é um conceito tão
interessante para a HYT?
A nossa exibição fluídica oferece novas perspectivas em
termos de relojoaria. Qualquer que seja a cultura, a percepção
humana do tempo é fluida. Tal como um rio, o
tempo é um fluxo imparável que não se pode suspender.
Usamos dois fluidos diferentes para exibir o tempo. Um é
colorido, outro é transparente. Um mostra o tempo decorrido,
enquanto o outro ilustra um tempo ainda por vir.
O ponto de encontro entre eles é o AGORA. Com dois
líquidos progredindo dentro de um capilar de vidro, é
preciso apenas um olhar para visualizar instantaneamente
o passado, futuro e presente. Já não se trata apenas
de indicação das horas, mas a passagem do tempo
em si. No imediato, agendas e smartphones sobrecarregados
são a referência absoluta em termos de precisão,
enquanto os relógios HYT oferecem uma oportunidade
muito necessária para nos reconectarmos com o verdadeiro
significado e valor do tempo.
Os relógios HYT possuem um equilíbrio entre tecnologia
e design. Como conseguem incorporar ambos?
Os nossos relógios estão no cruzamento entre arte e ciência.
Representam o melhor dos dois mundos. Mas começar
do ponto de vista científico ou artístico seria uma
abordagem errada para alcançar o equilíbrio. O design
é um processo que tem pouco a ver com desenhar algo
visualmente agradável. O design exige que façamos as
perguntas certas e tentemos encontrar as melhores respostas
possíveis. Por mais que os nossos dois líquidos
sejam imisturáveis, mas complementares, há uma tensão
47
ENTREVISTA
GRÉGORY DOURDE
visível entre mestria artesanal e alta tecnologia, inovação
e tradição, ser vanguardista e, ao mesmo tempo, permanecer
intemporal. Nenhuma força existe sem um contador.
A criatividade está bem no meio.
Quais são os principais pilares de design de um relógio
HYT?
Em 2017, introduzimos uma nova linguagem de design
que ajudou a redefinir a nossa marca. Com a colecção H0,
o nosso objectivo era capturar a essência da HYT, colocando
o nosso dispositivo fluídico no centro das atenções.
O nosso caminho criativo foi como um processo
arqueológico. Tivemos de remover camadas sucessivas
até descobrir a verdade nua. Enquanto isso, essa estética
elegante, de vanguarda e discreta, transformou-se
na assinatura da marca.
Que limitações existem quando se trabalha com fluidos?
Só o número de patentes internacionais concedidas à
HYT e à Preciflex, a nossa empresa irmã, demonstra o
nível de complexidade que os nossos cientistas tiveram
de superar para transformar uma visão em realidade
tangível, começando com o desafio da gravidade. No
entanto, não vemos dificuldades como limitativas. Na
verdade, representam uma oportunidade para explorar
novas alternativas e territórios.
Qual a conquista técnica de que mais se orgulha?
Há muitas realizações técnicas de que nos orgulhamos.
Mas a inovação pela inovação é inútil. Qualquer que seja
a incrível técnica por detrás, oferecer uma tela que ajude a
visualizar a passagem do tempo de maneira mais intuitiva
do que através de dois ponteiros é o que faz a diferença.
O tempo é fluido.
Embora diferentes, as colecções são imediatamente
reconhecíveis como sendo HYT. Além do fluido, que
semelhanças existem?
Se a transparência e a tridimensionalidade são elementos-chave
do design, a nossa prioridade continua a ser
oferecer relógios que realmaente sejam fluidos no pulso.
As curvas dinâmicas e linhas sensuais são inspiradas em
gotas de água numa superfície fluida. Apesar das proporções
bastante substanciais, os nossos relógios são
extremamente ergonómicos quando usados. É disso que
trata o design.
De onde vem a inspiração para os novos relógios?
A nossa ambição é continuar a trazer produtos que correspondam
verdadeiramente à maneira como os clientes em
todo o mundo experimentam o mundo de hoje. Tudo pode
potencialmente influenciar as nossas escolhas estéticas, da
arquitectura à música, do design industrial às descobertas
técnicas. O nosso objectivo é celebrar a individualidade,
diversidade e singularidade dos nossos clientes.
No ano passado, a HYT lançou a nova colecção H2.0
Como é que esta linha se encaixa na colecção HYT já
existente?
Quando apresentámos a colecção H2.0, sabíamos que
estávamos a adoptar uma abordagem radical em termos
de design relojoeiro. Como acontece com uma escultura
ou um edifício, não se pode compreender este relógio e
o movimento APRP exclusivo num relance. É preciso que
o utilizador olhe para ele de todas as perspectivas para
apreender e apreciar os recursos de design.
Qual o próximo projecto?
Como pode imaginar, não divulgamos projectos futuros,
mas posso garantir que há muitas novidades a caminho.
O nosso próximo marco é particularmente emocionante.
O tempo é um movimento interminável e a nossa imaginação
também.
De que forma moldou a empresa desde que assumiu o
cargo de CEO?
Com a ajuda de uma equipa multidisciplinar e internacional,
a HYT substituiu progressivamente a sua mensagem
tecnológica por uma estratégia mais global e holística,
que integra filosofia, arte, design e ciência. O nosso papel
é, simultaneamente, questionar e reflectir os nossos tempos.
A determinação e a coragem para o fazer é aquilo
de que mais me orgulho.
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NOVIDADES
VACHERON CONSTANTIN
UM MOVIMENTO,
DUAS FREQUÊNCIAS
NO CAMPO DA ALTA RELOJOARIA,
O VACHERON CONSTANTIN TRADITIONELLE
TWIN BEAT QP É O EXEMPLO INCONTESTADO
DE UM SISTEMA, DUAS VELOCIDADES! UM
CONCEITO CENTRADO NO CONFORTO DO
UTILIZADOR, MAS QUE SEDUZ TAMBÉM
PELA SUA ENGENHOSIDADE E ELEGÂNCIA
INTRÍNSECAS. ARGUMENTOS QUE SÃO CADA
VEZ MAIS O APANÁGIO DE UMA MANUFACTURA
APOSTADA NA EXCELÊNCIA.
Por Carlos Torres
Acomplicação associada ao calendário
perpétuo é fascinante na forma como
traduz para um processo mecânico as
regras definidas pela bula pontifícia “Inter
gravissimas”, assinada pelo Papa Gregório
XIII, a 24 de Fevereiro de 1582. Uma
medida tomada com o intuito de introduzir
uma série de emendas, correcções e reformas
no calendário Juliano, e que marcou a transição
para o calendário Gregoriano que hoje nos rege.
No entanto, a arquitectura de um movimento
com calendário perpétuo de construção clássica
foi sempre vítima do inconveniente de um
acerto complexo, condicionado pela sequência
criteriosa de interacção dos diversos componentes
que o constituem. Resumindo, uma vez esgotada
a autonomia de corda habitualmente suficiente
para pouco mais de dois dias, o sistema
requer por parte do utilizador uma sequência de
acerto que, frequentemente, o levava à presença
de um relojoeiro.
A solução para este problema levou alguns fabricantes
a adoptar um sistema extremamente simples
para o utilizador (apesar de complexo em termos mecânicos),
que requeria apenas o rodar da coroa, num sentido ou noutro, de
forma a repor o dia, mês e ano na sua sequência devida. Mas se,
por um lado, o acerto abandonava o estatuto de verdadeiro quebra
cabeças, a autonomia, apesar de prolongada em alguns casos para
quase uma semana, mantinha-se como um factor de incómodo.
TWIN BEAT
Até agora, a presença de dois balanços num único movimento
representava uma de três soluções: a incorporação do conceito de
ressonância, uma superior cronometria proporcionada pela conexão
via diferencial de dois órgãos reguladores, ou a separação de
uma função de cronógrafo potenciada no seu grau de fracção de
leitura de tempos parciais por via de um balanço a oscilar a uma
muito alta frequência.
Desde Janeiro de 2019 que a Vacheron Constantin decidiu introduzir
um quarto e novo conceito, que recorre à diferenciação de
frequências em dois órgãos reguladores separados para obter um
efeito completamente distinto de todos os outros: uma autonomia
ampliada para além do que se pensava ser possível com um
tambor de arquitectura convencional, o que se adequa exemplarmente
ao tipo de utilização a que habitualmente um calendário
perpétuo é sujeito.
50
O notável Vacheron Constantin Traditionelle
Twin Beat QP, apresentado ao mundo durante
o último Salão de Alta Relojoaria de Genebra,
incorpora efectivamente dois órgãos reguladores,
mas que, neste caso, permitem a alternância,
por decisão do utilizador, entre um balanço
a oscilar a uma frequência elevada de 5 Hz
(36.000 aph), e um segundo balanço a oscilar
a uma frequência de apenas 1,2 Hz (8.640 aph).
ACTIVO E STANDBY
A selecção do modo “Activo” engata o órgão
regulador à esquerda do movimento, garantindo
uma autonomia suficiente para 4 dias ou 96
horas de oscilação contínua. O modo “Standby”
faz pender o elemento selector para o órgão
regulador da direita, que passa a garantir uma
autonomia inaudita de pelo menos 65 dias completos,
ou seja, 1560 horas de funcionamento
ininterrupto. A performance de ambas as autonomias
é monitorizada através da indicação de
Reserva de Marcha de dupla escala localizada às
12 horas. E aqui, o intuito da Vacheron Constantin
ao lançar o calibre 3610 QP torna-se bastante claro, com o sistema
“Twin Beat®” a adaptar-se na perfeição à utilização que é dada ao
relógio.
Quando usado de forma activa no pulso, a opção pela frequência
de 5 Hz garante uma grande resiliência às mudanças de posição,
o que acaba por se traduzir numa cronometria de excelência. Uma
vez retirado do pulso, para um repouso prolongado, a selecção
da baixa frequência de 1,2 Hz (necessariamente associada a uma
posição horizontal) permite “esquecermo-nos” do magnifico Traditionelle
Twin Beat QP durante mais de dois meses. E ao fim
deste longo período iremos ter a garantia de encontrar o modelo
a funcionar e com todas as indicações associadas ao calendário
perpétuo a representar o seu devido e correcto valor.
É um facto que o conceito e a solução apresentada pela Vacheron
Constantin resolve um inconveniente há muito associado aos
calendários perpétuos. Mas a manufactura de Plan-les-Ouates não
se ficou apenas por uma solução mecânica algo exótica, estendendo
os seus créditos para campos verdadeiramente desafiantes
do ponto de vista da engenharia relojoeira. Como se não fosse já
um desafio a introdução de um conceito inexplorado, a Vacheron
Constantin atreve-se ainda a dotar o calibre 3610 QP com medidas
verdadeiramente chocantes para este nível de complexidade:
apenas 6 mm de espessura e 32 mm de diâmetro concentram a
presença de 480 componentes. Medidas cuja caixa “Traditionnelle”
eleva para 12,3 mm de altura e 41 mm de diâmetro.
Se a estes números associarmos uma estética sedutora, cuja transparência,
tanto pela frente como pelo verso do modelo, destacam
a beleza dos argumentos mecânicos de elevada complexidade
desta criação, então restarão poucas dúvidas de que a Vacheron
Constantin se mantém ainda, e ao fim de 264 anos, como um dos
pilares da Alta Relojoaria contemporânea.
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51
NOVIDADES
TENDÊNCIAS
Em 2019, a colecção Seamaster Diver 300M – renovada
o ano passado – recebe uma nova linha de cronógrafos.
Disponível em seis versões, todas com caixas de 44 mm
em materiais que vão do aço ao ouro Sedna, o novo
Seamaster Diver 300M Cronógrafo distingue-se ao exibir
apenas dois contadores no mostrador de cerâmica,
abrindo espaço para a janela de data, às 6h. Os novos
modelos estão equipados com o calibre automático
Master Chronometer 9900, certificado pelo METAS.
OMEGA
Seamaster Diver 300M Cronógrafo
Escolhas
DE INVERNO
Agora que o tempo frio e cinzento começa a instalar-se,
nada melhor do que conhecer as novidades relojoeiras que
prometem aquecer pulsos e corações nos dias de Inverno.
Por Marina Oliveira
JAQUET DROZ
Grande Seconde Chronograph
A mais emblemática colecção da Jaquet Droz – Grande
Seconde – recebe, em 2019, uma nova complicação. Equipado
com um movimento exclusivo, o novo modelo apresenta um
cronógrafo monobotão. O Grande Seconde Cronógrafo está
disponível numa edição inaugural limitada e três versões não
limitadas. A edição limitada em ouro vermelho exibe um
mostrador em esmalte Grand Feu, com numerais em esmalte
Petit Feu. Com 40 horas de reserva de marcha, o novo calibre
automático 25M5R disponibiliza um cronógrafo com roda de
colunas e uma data retrógrada.
52
BLANCPAIN
Fifty Fathoms Automático
O icónico Fifty Fathoms, da Blancpain, surge, em 2019, com
uma caixa de titânio, material que, devido à sua leveza e
resistência, permitiu aumentar o diâmetro do relógio para
45 mm. Estanque até 300 metros, o novo Fifty Fathoms
Automático apresenta uma luneta rotativa unidireccional
com uma inserção em safira preta. Para aumentar a
visibilidade, os marcadores da luneta, os numerais e índices,
assim como os ponteiros, são luminescentes. Visível através
do fundo da caixa está o calibre automático Blancpain 1315,
com cinco dias de reserva de marcha.
A Breitling revisita o icónico Navitimer, mais precisamente a ref.
806, lançada em 1959, e apresenta um novo modelo de edição
limitada: o Navitimer ref. 806 Reedição 1959. O novo modelo
ostenta uma caixa de 40,9 mm em aço e, honrando o original,
um vidro acrílico convexo – plexiglas – e uma pulseira de pele
preta de inspiração vintage. As únicas concessões do
Navitimer Ref. 806 Reedição 1959 à modernidade são a
resistência à água, aumentada para 30 metros, e o
revestimento superluminova de cor vintage. Também o
“coração” do novo modelo foi actualizado para um novo
calibre manual, certificado pelo COSC.
BREITLING
Navitimer ref. 806 Reedição 1959
HUBLOT
Classic Fusion All Black
Utilizando um mix de materiais e diferentes acabamentos
e texturas, o Hublot Classic Fusion All Black destaca-se
pelo look em preto integral, desde a caixa de 45 mm em
cerâmica, aos botões e coroa, passando pelo mostrador
lacado e pelo bracelete de borracha. No coração deste
modelo bate o movimento automático de manufactura,
calibre HUB1112, com 42 horas de reserva de marcha.
53
NOVIDADES
TENDÊNCIAS
Em 2019, a Bulgari revela uma versão em cerâmica
preta do Octo Finissimo Automático. Este material
veste a caixa de 40 mm do novo modelo, assim
como a coroa, o mostrador e o bracelete.
Apresentado em preto integral, o Octo Finissimo
Automático em cerâmica está equipado com o
movimento ultrafino, calibre BLV 138, com micro-
-rotor em platina. Este pode ser admirado através do
fundo da caixa em vidro de safira.
BULGARI
Octo Finissimo Automático
VACHERON CONSTANTIN
Overseas Turbilhão
Em 2019, o desportivo de luxo da Vacheron Constantin eleva
ainda mais o seu estatuto ao incluir, pela primeira vez na
história da colecção Overseas, um turbilhão automático.
Mantendo o espírito desportivo, o novo Overseas Turbilhão
apresenta-se numa caixa extraplana em aço, com 42,5 mm
e apenas 10,1 mm de espessura. Lá dentro, bate o calibre
automático ultrafino 2160, com rotor periférico em ouro
e 80 horas de reserva de marcha, visível através
do fundo da caixa em vidro de safira.
Estanque até 300 metros, com uma caixa de 47 mm em
titânio escovado, equipada com uma luneta
unidireccional em cerâmica, o novo Submersible Chrono
Guillaume Néry Edition PAM 982 exibe um mostrador
cinzento granulado (a lembrar a pele de um tubarão).
Perfeitamente adaptado para todas as actividades
aquáticas, incluindo mergulho livre, o desporto de
Guillaume Néry, o novo Panerai é movido pelo calibre
automático P.9100, cronógrafo flyback, com dois
tambores de corda e três dias de reserva de marcha.
PANERAI
Submersible Chrono
Guillaume Néry Edition PAM 982
54
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NOVIDADES
SWATCH
SWATCH
FLYMAGIC
A SWATCH ACABA DE APRESENTAR
A NOVA COLECÇÃO FLYMAGIC.
UMA EDIÇÃO LIMITADA DE MODELOS
AUTOMÁTICOS EQUIPADOS COM
A NOVA ESPIRAL ANTIMAGNÉTICA
NIVACHRON, CUJO MOVIMENTO
– INVERTIDO – É VISÍVEL
NO MOSTRADOR.
Por Marina Oliveira
Da mesma forma que revolucionou o mercado
da relojoaria nos anos 80, contribuindo
para o “salvamento” da relojoaria
mecânica, a Swatch volta a “agitar” o mercado,
desta feita assumindo um papel
preponderante na luta contra os efeitos
adversos do magnetismo no mecanismo
e precisão do relógio. A marca foi a escolhida pelo
Grupo Swatch para estrear a nova espiral antimagnética
Nivachron, uma liga de compensação
paramagnética, feita de uma base de titânio,
desenvolvida pelo grupo em colaboração com a
Audemars Piguet.).
A nova liga Nivachron significa um verdadeiro
avanço na eterna luta relojoeira contra o magnetismo:
optimizando a resistência do relógio a
campos magnéticos, aumenta a regularidade do
oscilador e, consequentemente, a precisão. De
facto, os componentes internos de um relógio
podem ser magnetizados, em particular a espiral,
cujas extremidades colam quando isso acontece.
E, hoje em dia, os campos magnéticos estão em
toda a parte: fechos com íman, computadores,
telemóveis, electrodomésticos…
Para o Grupo Swatch, a introdução de espirais
Nivachron permitirá uma redução considerável
na influência do efeito residual de um campo
magnético no funcionamento de um relógio,
uma redução de 10 a 20, dependendo do calibre.
O lançamento da espiral Nivachron com a Swatch é, assim, o primeiro
passo para o Grupo. No futuro, todos os relógios mecânicos
produzidos pelas marcas do Grupo Swatch serão equipados com
propriedades antimagnéticas, com espirais em silício ou Nivachron
(ambas as invenções patenteadas).
COLECÇÃO FLYMAGIC
A nova colecção Flymagic, da Swatch, foi a seleccionada para
integrar a nova espiral antimagnética Nivachron. No coração dos
novos modelos está uma evolução do Sistem51, um movimento
totalmente produzido por máquinas, feito a partir de apenas 51
peças unidas por um único parafuso. Ao contrário do calibre Sistem51
regular, esta versão que equipa o Flymagic possui 15 componentes
adicionais.
Os novos relógios possuem um movimento automático invertido,
visível através do mostrador, com pequenos segundos que rodam
no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio e, claro, apresentam
a nova espiral antimagnética Nivachron. Com 90 horas de
reserva de marcha, os Swatch Flymagic exibem um rotor bidireccional
transparente, apenas com metade da parte exterior colorida.
Disponível com uma caixa de 45 mm, em aço ou aço com tratamento
PVD, o novo Flymagic apresenta-se em três versões (cores)
de edição limitada a 500 peças cada. Em Portugal, estão disponíveis
sete modelos de cada versão, em exclusivo na Boutique dos
Relógios Plus Art, na Avenida da Liberdade.
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56
SCAPE
Motores
58.Potência e Velocidade
62.Eventos de Luxo
Evasão
66.Porto
Espaços de Referência
70.Boutique dos Relógios Plus Aliados
Evasão
74.Le Monumental Palace Hotel
76.Mashpi Lodge
Tendências
80.Sapatos para o trabalho
84.Tendências 2019
86.Creed Aventus Cologne
Tecnologia
88.Consexto
Tendências
91.Um Relógio com
Decoração
92.Casa do Passadiço
Real Estate
94.Amoreiras Eden
Entrevista
96.Frederico Valsassina
MOTORES
POTÊNCIA E VELOCIDADE
KOENIGSEGG
Jesko
FOCO NA
PERFORMANCE
POTÊNCIA. ACELERAÇÃO.
VELOCIDADE MÁXIMA. DOMÍNIO
EM CURVA. ADRENALINA. PARA
ALGUNS ESTES CONTINUAM A
SER OS PRINCIPAIS ARGUMENTOS
QUE UM AUTOMÓVEL PODE TER.
E, PARA LHES DAR RESPOSTA, HÁ
MARCAS QUE REGRESSAM AOS
BÁSICOS, OFERECENDO MÁQUINAS
DE SONHO AO MAIS EXIGENTE
DOS CONDUTORES. AQUI, A
PERFORMANCE E A EMOÇÃO
ESTÃO EM PRIMEIRO LUGAR.
Por Andreia Amaral
Na senda da modernidade, a indústria automóvel
tem multiplicado esforços no sentido de dar
resposta ao que é considerado o consumidor-
-tipo da actualidade. De facto, para muitos, estar
ligado em permanência ao mundo digital, através
de um sem-número de aplicações que coloca
tudo ao dispor na ponta dos dedos, ou fazer
parte do, evidentemente relevante, movimento verde, são
prioridades. Mas, para os mais puristas, e quando falamos
de superdesportivos, o que realmente importa é a performance.
Centrados no essencial, não são esquecidos
pelas mais exclusivas marcas, que, com séries limitadas,
continuam a apontar à potência e à velocidade. E, no
regresso aos básicos, há propostas de cortar a respiração.
Um bom exemplo desta linhagem é o Koenigsegg Jesko,
o sucessor do mítico Agera RS, detentor de cinco recordes
mundiais de velocidade. O modelo, que recebeu o
nome do pai do fundador da marca (Christian Von Koenigsegg),
nasceu com o objectivo de superar os 482 km/h.
58
BUGATTI
Centodieci
Para concretizar essa missão, tem ao seu
dispor um redesenhado V8 twin turbo de
5,0 litros. Colocado em posição central na
traseira, debita 1298 cv com gasolina ou uns
estonteantes 1623 cv se receber E85 (85%
etanol e 15% gasolina). Entre as 2700 rpm
e as 6170 rpm, o bloco disponibiliza 1000
Nm, mas o binário máximo de 1500 Nm é
atingido às 5100 rpm. E porque cada fracção
de segundo faz a diferença, a Koenigsegg
desenvolveu uma nova transmissão.
Designada Light Speed Transmission (LST),
trata-se de uma caixa de nove velocidades
multi-embraiagem que recorre à tecnologia
Ultimate Power On Demand (UPOD) para,
em função da velocidade e do regime do
motor, aferir qual a melhor relação, mesmo
que isso implique passar directamente de
uma 7ª para uma 3ª!
Se o que está à vista deixa desde logo evidente
o carácter agressivo, o que o Jesko
esconde reitera que não está para brincadeiras.
Com uma estrutura monocoque
em carbono, recorre à Triplex Suspension
da Koenigsegg, que, neste caso, coloca
um amortecedor em posição horizontal
em ambos os eixos para manter a estabilidade
e distância ao solo, ou não chegasse o Jesko a produzir uma
força descendente de 1400 kg, praticamente o seu peso (1420 kg).
O modelo será limitado a 125 unidades e, ao que consta, pelo menos
uma virá para Portugal, para as mãos da piloto Carina Lima.
Ainda mais limitada será a produção do novo Bugatti Centodieci: dez
unidades com um preço inicial de oito milhões de euros. É a homenagem
das homenagens, uma vez que presta tributo ao Bugatti EB 110,
modelo lançado em 1991 em louvor dos 110 anos do nascimento de
Ettore Bugatti, fundador da marca. Em termos de design, e embora
reinterprete alguns elementos do EB100, o Centodieci é um modelo
totalmente novo. Já no que diz respeito à mecânica, vai buscar muitas
das suas soluções ao Chiron. É o caso do motor W16 de 8,0 litros com
quatro turbocompressores, visível através de um painel de vidro na
traseira, mas que aqui debita mais 100 cv. O propulsor foi afinado para
que o Centodieci tenha ao seus dispor um total de 1600 cv às 7000
rpm, uma potência que passa para o asfalto por via de um sistema de
tracção integral e de uma caixa DSG de sete velocidades.
Com um rácio peso/potência de 1,13 kg/cv, alcançado através de
um amplo recurso à fibra de carbono na estrutura, o Bugatti Centodieci
anuncia performances avassaladoras e um comportamento
dinâmico ainda mais apurado. O exercício dos 0 aos 100 km/h
é cumprido em 2,4 segundos, necessita de apenas 6,1 segundos para
chegar aos 200 km/h e, em 13,1 segundos, alcança os 300 km/h.
Atingir a velocidade máxima será, assim, um objectivo cumprido em
questão de segundos, até porque a Bugatti a limitou electronicamente
aos 380 km/h.
59
MOTORES
POTÊNCIA E VELOCIDADE
PAGANI
HUAYRA ROADSTER BC
Igualmente conhecida pelos recordes estabelecidos, como o da
volta mais rápida no famoso circuito de Nürburgring – com o seu
Zonda R, completou o percurso em 6:47.48 –, a italiana Pagani
acaba de revelar o Huayra Roadster BC. O modelo foi, na verdade,
antecipado por uma participação no jogo CSR Racing 2, mas, para
deleite dos amantes de superdesportivos, avançou mesmo para
produção com uma edição limitada a 40 unidades, cada uma
delas com um preço base sem impostos de três milhões de euros.
Baseado nas já conhecidas versões coupé e cabrio do Huayra, o
Roadster BC, cuja sigla homenageia o primeiro cliente da marca,
Benny Caiola, é um automóvel ainda mais apurado do que os seus
irmãos. E se em termos estéticos isso pode ser discutível, embora
seja consensual que é senhor de uma maior elegância, em termos
de performances não restam dúvidas. Graças a uma versão mais
evoluída do chassis tubular em carbono e titânio, tornou-se mais
leve 30 kg do que o roadster original (pesa um total de 1250 kg)
e ganhou uma maior resistência. No centro da acção tem o V12
biturbo de origem Mercedes-AMG dos irmãos, que, no entanto,
foi totalmente revisto, ao ponto de até os turbos terem sido redesenhados.
As alterações fizeram a potência subir dos 750 cv para
os 802 cv, enquanto o binário máximo passou dos 1000 Nm para
os 1050 Nm. O motor, que deverá equipar também os futuros
modelos da marca, aparece associado a uma caixa automática
Xtrac de sete velocidades e dupla embraiagem e a um sistema
de tracção traseira. Apesar de o fabricante não ter anunciado os
dados das performances, o que foi divulgado deixa antecipar um
poder avassalador. De acordo com a Pagani, o Huayra Roadster
BC gera até 1,9 G de aceleração longitudinal contínua, 2,2 G de
travagem e cria uma força descendente de 500
kg a 280 km/h!
Performances incríveis, mas muito mais acessíveis,
pelo menos na medida em que a produção
não está limitada, são as do novíssimo Corvette
Stingray. O modelo começará a ser vendido
na Europa no início de 2020 e as expectativas
são elevadas, ou não tivesse a Chevrolet anunciado
que o Stingray atingiu uma velocidade
máxima de 312 km/h na pista de testes alemã
de Papenburg. Disruptivo, o novo Stingray
altera aquela que sempre foi a arquitectura do
Corvette e estreia no modelo uma configuração
de motor central traseira. A mudança faz-
-se sentir de imediato na carroçaria, mais distante
da dos antecessores, mas também nas
dimensões. Tornou-se mais comprido (4,63 m),
mais largo (1,93 m) e mais pesado (1527 kg).
Contudo, apresenta uma melhor distribuição
do peso e um centro de gravidade mais
baixa. Estas características, aliadas ao sistema
Magnetic Ride Control, que ajusta automaticamente
os amortecedores às necessidades, e a
uma gestão inteligente da tracção, traduzem-se
num comportamento dinâmico mais assertivo.
No modelo base, surge com um V8 de 6,2 litros
que disponibiliza 495 cv e um binário máximo
60
CHEVROLET
Corvette Stingray
FERRARI
F8 SPIDER
de 637 Nm. O bloco está acoplado a uma caixa
automática de dupla embraiagem e de oito velocidades,
mantendo a transmissão da força às
rodas traseiras. É o suficiente para disparar dos
zero aos 100 km/h em menos de três segundos,
quando equipado com o ‘pack’ de performance
Z51, capaz de gerar até 181 kg de força descendente
em curva. A Chevrolet diz que é o Corvette
de base mais rápido de sempre, mas há rumores
de que este bloco possa surgir numa versão
híper-vitaminada.
Quem não esperou para mostrar os seus trunfos
foi a Ferrari, que apresentou não um, mas dois
modelos, no famoso evento Universo Ferrari,
em Maranello, Itália. São ambos descapotáveis
e, de acordo com a Ferrari, um deles é o descapotável
produzido em série mais potente do
mundo. O título vai para o 812 GTS, baseado no
812 Superfast. 50 anos depois do lançamento
do 365 GTS4, a Ferrari volta a usar um V12 num
cabrio em série. O bloco de 6,5 litros disponibiliza
800 cv de potência às 8500 rpm e 719 Nm de
binário máximo às 7000 rpm, aparecendo associado
à conhecida caixa automática F1 de dupla
embraiagem, que foi afinada. Apesar de ter um
peso superior ao Superfast em 75 kg, devido à
introdução da capota rígida com mecanismo
retráctil e ao reforço do chassis, o Ferrari 812 GTS atinge a mesma
velocidade máxima: 340 km/h. A aceleração dos zero aos 100
km/h faz-se em menos de três segundos e necessita de apenas
8,3 segundos para atingir os 200 km/h. No capítulo dinâmico,
sistemas como o Side Slip Control, que controla o deslizamento
lateral, o Passo Corto Virtuale 2.0, e o EPS ajudam a dominar a
potência e a tirar o maior proveito dela em estrada.
Os sistemas electrónicos de última geração estão também presentes
no Ferrari F8 Spider, a outra novidade revelada em Maranello.
O modelo deriva do F8 Tributo, sucessor do 488 GTB, e as prestações
são igualmente impressionantes. Equipado com o mesmo
bloco, que debita 720 cv de potência, o Ferrari F8 Spider atinge
os 100 km/h em 2,9 segundos e os 200 km/h em 8,2 segundos. A
velocidade máxima mantém-se nos 340 km/h do coupé.
Já sabe qual quer?
FERRARI
812 GTS
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61
MOTORES
EVENTOS DE LUXO
© Stephane Abrantes
GT CIRCLE
Clube privado e exclusivo
para os proprietários de superdesportivos
CÍRCULO
EXCLUSIVO
OS ENCONTROS DE PROPRIETÁRIOS DE AUTOMÓVEIS
SUPERDESPORTIVOS TÊM GANHADO EXPRESSÃO
POR TODO O MUNDO E TORNARAM-SE, INCLUSIVE,
PALCO PARA APRESENTAÇÃO DE ALGUNS MODELOS
EXCLUSIVOS. SE ANTES ERA PRECISO VIAJAR
ALÉM-FRONTEIRAS PARA PARTICIPAR, AGORA
BASTA PERCORRER ALGUNS QUILÓMETROS…
E TER UM CARRO DE SONHO!
Por Andreia Amaral
Unidos pela paixão pelos
automóveis superdesportivos
e por um estilo de vida
em que o requinte e a exclusividade
imperam, há grupos
de pessoas que se juntam
em encontros de sonho
para muitos. Enquanto passam, os
outros olham, quase em descrença
com tantos carros míticos reunidos
diante si. Ali, dá-se oportunidade
para a partilha de impressões em
relação às maiores máquinas, fazem-
-se passeios temáticos pelas mais
impressionantes estradas, testam-se
limites em autódromos, conversa-se,
mas, acima de tudo, fazem-se amigos
com interesses e visões comuns
sobre os prazeres da vida. E, assim,
mais do que uma paixão, os superdesportivos
tornam-se um elo social.
62
É deste modo que António Pombo vê as mais belas
máquinas produzidas pela indústria automóvel, e foi por
isso que trouxe para Portugal dois conceitos exclusivos de
encontros a elas associados. Também ele um apaixonado,
desde criança, pelos superdesportivos, fundou, em 2016,
a SquareSummary, uma empresa dedicada às áreas de
consultoria de gestão e gestão e organização de eventos.
Como não poderia deixar de ser, os supercarros deram o
mote para a projecção e, logo no ano de arranque, António
Pombo criou a marca Cars & Coffee, para desenvolver a
organização dos seus próprios eventos com a temática
dos carros superdesportivos. Um ano depois, surgia o GT
Circle, um clube privado e exclusivo para os proprietários
de superdesportivos. Ferrari, Porsche, Lamborghini, Aston
Martin, McLaren ou Mercedes AMG são apenas algumas
das marcas representadas entre os mais de 430 proprietários
que se já renderam aos dois conceitos.
Através do Cars & Coffee organizam-se eventos que reúnem
uma grande quantidade de carros superdesportivos
e desportivos de luxo, modernos e clássicos, e os seus
proprietários, para um dia dedicado a esta temática. O
conceito é semelhante aos encontros que começaram a
despontar em 2006 em Los Angeles, para rapidamente
se disseminarem pelos Estados Unidos da América e
por todo o mundo. No entanto, receberam uma abordagem
diferenciada, promovendo ainda mais o convívio e
o networking, através de um programa cuidadosamente
pensado.
“Com as duas edições anuais, Norte e Centro, o evento de
lifestyle foi crescendo em notoriedade e ganhando a confiança
dos proprietários destes carros, que, apesar das
suas ocupadas agendas, fazem o possível para estarem
nestes eventos, onde encontram amigos e outros participantes
que já conhecem de edições anteriores”, explica
CARS & COFFEE
Eventos que reúnem carros desportivos de luxo,
modernos e clássicos, e os seus proprietários
© Tiago Ferreira
63
MOTORES
EVENTOS DE LUXO
“
NESTES ENCONTROS,
MAIS DO QUE UMA PAIXÃO,
OS SUPERDESPORTIVOS
TORNAM-SE UM ELO SOCIAL
”
©66 Stephane Abrantes
© Tiago Ferreira
CARS & COFFEE
GT CIRCLE
António Pombo, enquanto identifica os propulsores do
sucesso: “Além do motivo principal que reúne este exclusivo
grupo – o interesse pelos carros superdesportivos –,
a parte gastronómica, cultural e o próprio networking são
motivos de interesse para os participantes.”
Proporcionar toda uma experiência é precisamente o
objectivo do GT Circle, que eleva ainda mais a fasquia das
suas iniciativas. O clube privado, para coleccionadores,
apaixonados por carros desportivos e pessoas que não
dispensam um estilo de vida requintado, organiza eventos
ao longo do ano com diferentes formatos: desde eventos
de meio dia, algumas vezes organizados com parceiros
como a Boutique dos Relógios Plus, a eventos em autódromos,
com acesso à pista, até às tours. Estas últimas
dividem-se nos Weekend, de dois dias, e nos Rally, de
cinco dias, têm programas que contemplam hotéis de
luxo, experiências gastronómicas de excelência, estradas
cuidadosamente escolhidas entre checkpoints, mas também
uma componente cultural.
“Enquanto a primeira marca se cinge ao território português,
o clube organiza eventos em Portugal e no estrangeiro,
com uma visita em 2018 ao Geneva International
Motor Show, sem carros, e com o seu Rally 2017 a ser realizado
entre Portugal e Espanha”, afirma António Pombo
sobre as diferenças entre ambos os conceitos. Outra é
que a entrada no GT Circle, sendo este um clube, depende
normalmente de indicação por parte de outro membro
do clube ou da análise de uma candidatura, enquanto
no Cars & Coffee a participação nos eventos depende
da aceitação de determinado veículo pela organização.
Em qualquer dos casos, motivos de interesse certamente
não faltarão.
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64
Em exclusivo no
LISBOA: Avenida da Liberdade, 204, r/c | PORTO: Avenida da Boavista, 3523, Edifício Aviz | www.rosaeteixeira.pt
EVASÃO
PORTO
UM FIM-DE-SEMANA
INVICTO
VALE SEMPRE A PENA REGRESSAR
AO PORTO. A CIDADE ESTÁ CADA VEZ
MAIS BONITA E SURPREENDENTE,
E É FÁCIL ARRANJAR UMA BOA
DESCULPA PARA IR LÁ PASSAR UM
FIM-DE-SEMANA. SEJAM EXPOSIÇÕES,
NOVOS RESTAURANTES, HOTÉIS, OU
NOVAS BOUTIQUES…
Por Bruno Lobo
Há que aproveitar ao máximo tudo o que a
cidade tem para oferecer, e se não vai ao
Porto há muito tempo ou é a primeira vez
dos seus filhos, por exemplo, não deixe
de (re)visitar as maiores atracções, como
a Torre dos Clérigos, que pode subir até
cima, haja fôlego para os 225 degraus.
Ou a Livraria Lello, que os fãs de Harry Potter não
vão deixar passar em branco, ou ainda a bonita
Praça Lisboa, mesmo em frente, onde poderá
sentar-se na esplanada do Base, entre as mais
concorridas da cidade.
Da mesma forma, se nunca foi, passe pela Estação
de São Bento para admirar os 20 mil azulejos
de Jorge Colaço, com cenas marcantes da
66
FUNDAÇÃO DE
SERRALVES
TORRE DOS CLÉRIGOS
história de Portugal e dos transportes, e já agora
pela frenética Rua das Flores, onde pode dar um
saltinho à flagship store da Claus Porto e sair de lá
com uma mão-cheia de sabonetes embrulhados
à mão. Ali perto, também, na Rua do Almada, fica
a não menos histórica (e mais doce) flagship da
Arcádia. Que está neste momento em obras de
renovação, mas quando reabrir (ainda este ano)
terá um atelier aberto ao público onde poderá
acompanhar um mestre artesão a fabricar os chocolates
preferidos do país.
O Palácio da Bolsa, um imenso edifício neoclássico
construído no início do século XX, é outro dos
monumentos mais visitados do Porto. Tem como
ponto alto o exótico e faustoso Salão Árabe, palco
de jantares, conferências e concertos, e merece
uma visita pelo menos uma vez na vida.
A Fundação de Serralves, por sua vez, é um lugar
para voltar muitas vezes. Dos 18 hectares de jardins
ao museu propriamente dito, tem sempre muito para ver e
fazer. E é claro que também não pode falhar uma ida a Gaia para
visitar uma das caves onde se fez a história do Vinho do Porto
(a Taylors ou a Real Companhia Velha oferecem, neste capítulo,
experiências memoráveis), deixando tempo para beber um copo
num bar-miradouro como o Terrace Lounge 360°, com uma deslumbrante
vista panorâmica sobre o Porto.
Não deixe ainda de passar pelo Bairro das Artes, quarteirão repleto
de galerias, ateliers, cafés e lojas de autor. É o caso da Banema, uma
concept store para quem gosta de arquitectura, design e coisas
bonitas em geral, já que neste espaço – 300 m 2 de uma antiga
padaria – vai encontrar uma curadoria exclusiva de marcas e mobiliário,
iluminação, decoração e lifestyle. Para adeptos do vintage,
outra boa ideia é ir até à animada Rua da Cedofeita para continuar
uma sessão de shopping, onde não pode perder a loja da famosa
pasta medicinal Couto, empresa que celebrou 100 anos com a abertura
do primeiro espaço comercial em nome próprio do país.
67
EVASÃO
PORTO
TAPISCO
Restaurante
CASARIO
Restaurante
Em matéria de restaurantes, além dos clássicos como o Cafeína,
uma instituição local (hoje parte do grupo de José Avillez), há muito
por onde escolher. Na verdade, do Tapisco de Henrique Sá Pessoa
aos imperdíveis Casario (de Miguel Castro e Silva) e Almeja, passando
pelos estrela Michelin de Pedro Lemos e Casa de Chá da Boa
Nova de Rui Paula, nunca vai sentir-se defraudado, mas sim com
vontade de voltar. Guarde estas dicas para o jantar, já que para o
almoço também há muito por onde escolher: do Cozinha Cabral
ao Mondo Deli, passando pelo Digby (o restaurante do Hotel Torel
Avangarde, que presta homenagem a Sir Kenelm Digby, diplomata
inglês considerado o pai da garrafa de vinho), e que tem o que é
considerado um dos melhores brunches do Porto.
ALMEJA
Restaurante
A escolha certa de um hotel pode ditar o sucesso de uma viagem,
e este Torel Avangarde já foi considerado “o melhor novo hotel” e
também o melhor “Luxury Art Hotel” da Europa,
até porque a arte faz mesmo parte do seu ADN.
Cada um dos 47 quartos presta homenagem a
figuras das artes plásticas, música, moda ou literatura,
de Amadeo de Souza-Cardoso a Picasso,
passando por Frida Kahlo, Coco Chanel ou Charles
& Ray Eames. Encontramos várias peças
de artistas portugueses na entrada e espaços
comuns, como é caso da “Sala das Flores”, o
espaço mais “instagramado” do hotel, um original
jardim de inverno, com as paredes e o teto
totalmente forrados a flores. O local ideal para se
sentar a beber um vinho ou fazer uma sessão de
fotografia.
O Torel Avangarde faz parte de uma pequena
cadeia de hotéis boutique em expansão – o
primeiro foi o Torel Palace, em Lisboa, e o mais
recente o Torel 1884, um elegante palacete na
Baixa portuense, que pode ser outra excelente
alternativa (está para breve a abertura do Torel
Palace Porto, num dos mais deslumbrantes palacetes
da cidade).
Felizmente, o sucesso do Porto (e de Portugal)
como destino turístico trouxe consigo uma revolução
no mundo da hotelaria, pelo que é cada
vez mais fácil encontrar hotéis bonitos, bem localizados
e com bom serviço. É o caso também do
68
DIGBY
Restaurante
INFANTE SAGRES
Hotel
TOREL AVANGARDE
Hotel
THE YEATMAN
Hotel
Le Monumental, em plena avenida dos Aliados,
num edifício majestoso onde, nos anos 1930, funcionava
o histórico Café Monumental. Propriedade
de uma cadeia francesa, oferece ainda o
único Nuxe Spa do país.
Ou então que tal ficar hospedado na mais recente
unidade dos Pestana? O grupo português tem
alguns hotéis emblemáticos na cidade do Porto,
mas mais nenhum oferece a possibilidade de
tomar o pequeno almoço num café do rés-do-
-chão que, por acaso, se chama Brasileira. Ali bem
perto, em pleno coração da Invicta, encontramos
ainda o InterContinental Palácio das Cardosas, e
a vista que oferece, sem Douro, mas para a Praça dos Aliados e
Câmara Municipal, é qualquer coisa...
Já a vista do The Yeatman, de Gaia para o Porto, não podia ter sido
mais elogiada (e fotografada), mas o hotel oferece ainda um serviço
de excepção, um dos melhores restaurantes e garrafeiras do país e
da europa e um SPA Caudalie. Por último, mas não menos importante,
o mais antigo hotel de luxo do Porto, onde já pernoitaram
figuras de Estado, membros da realeza, reis e rainhas dos palcos, e
até líderes religiosos como o Dalai Lama: o Infante Sagres acabou
de ser totalmente remodelado e é mais um ponto de partida perfeito
para explorar a cidade.
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ESPAÇOS DE REFERÊNCIA
BOUTIQUE DOS RELÓGIOS PLUS ALIADOS
O FUTURO
COMEÇA EM BREVE
DEPOIS DE DUAS LOJAS DE REFERÊNCIA
NA AVENIDA DA LIBERDADE, EM LISBOA,
QUE PRIMAM POR APRESENTAR CONCEITOS
DIFERENCIADOS, COMO UM ESPAÇO
PORTUGUÊS OU UM ELOGIO DA ARTE,
ONDE SE DESTACA UMA PEÇA DE JOANA
VASCONCELOS, A BOUTIQUE DOS RELÓGIOS
PLUS RUMA AO PORTO PARA VOLTAR A
SURPREENDER, AGORA COM UM CONCEITO
QUE APELIDA DE “STORE OF THE FUTURE”.
Por Marina Oliveira
Antiga morada do edifício do jornal
“O Comércio do Porto”, construído
em 1930, com assinatura dos
arquitectos Rogério de Azevedo
e Baltazar de Castro, o n.º 107 da
Avenida dos Aliados e a sua imponente
fachada preparam-se para
receber a primeira Boutique dos Relógios
Plus localizada fora de um centro comercial
da cidade invicta.
70
Serão cerca de 400 metros quadrados, divididos
em dois pisos, de um espaço dedicado à
alta relojoaria e joalharia de luxo que promete
surpreender pela arquitectura, conceito e exclusividade.
Embora ainda não tenham sido revelados
muitos pormenores, a expectativa é grande.
Afinal, as duas últimas lojas da Boutique dos
Relógios Plus, localizadas na artéria de luxo da
capital – a Avenida da Liberdade –, colocaram a
fasquia bem alta.
De facto, estes dois espaços em Lisboa impuseram-se
como uma referência, revolucionando
o sector, através de uma aliança entre tradição,
modernidade, inovação, luxo e portugalidade.
O primeiro, no n.º 129 da Avenida da Liberdade,
abriu portas, com pompa e circunstância, no final
de 2012. Aqui, alta relojoaria e joalharia têm um
espaço de eleição para todos os que procuram
peças originais, sofisticadas e exclusivas, surpreendendo
ainda pela oferta de acessórios de
luxo únicos, assim como pela inclusão de uma
zona totalmente dedicada aos produtos nacionais
de topo: o Espaço Português, uma sala decorada
com azulejos pintados à mão que ilustram alguns
dos acontecimentos ou locais mais importantes e
marcantes da História do nosso país.
Já a Boutique dos Relógios Plus Art, do outro lado da Avenida da
Liberdade, nasceu em 2015. Muito mais do que uma loja dedicada
à comercialização de peças do tempo, jóias e outros acessórios
de luxo, este espaço assumiu-se como uma concept store, onde
obras de arte convivem abertamente com artigos de topo. Aqui,
os clientes são convidados a viajar pelo universo das obras-primas
dos mais variados campos artísticos, com o início da jornada a
ser assinalado por um imponente lustre da conceituada artista
portuguesa Joana Vasconcelos.
O início de 2020 promete agora ficar marcado pela abertura de
uma nova loja e conceito, com chancela Boutique dos Relógios
Plus. Bem no centro da artéria de luxo por excelência da cidade do
Porto está a nascer um novo espaço, apelidado pelos responsáveis
do Grupo como “Store of the Future”. Com um conceito diferenciado,
totalmente focado no Lifestyle, a nova loja dos Aliados
promete oferecer – além das habituais marcas de alta relojoaria
e joalharia de luxo e do serviço diferenciado e premium –, sobretudo,
experiências inolvidáveis que conquistarão em absoluto os
clientes e turistas da Invicta.
71
ESPAÇOS DE REFERÊNCIA
BOUTIQUE DOS RELÓGIOS PLUS ALIADOS
© Le Monumental Palace Hotel
AVENIDA DOS ALIADOS
Encimada pelo edifício da Câmara
Municipal do Porto, a Avenida dos
Aliados é a mais importante avenida
da cidade, sendo o local, por excelência,
onde os portuenses se reúnem
para celebrar momentos especiais. Traçada
no início do século XIX pelo inglês
Barry Parker, e edificada pelo arquitecto
Marques da Silva, a sua construção,
e nome, são uma homenagem aos
países aliados da I Guerra Mundial.
Situada na baixa portuense e caracterizada
por edifícios de arquitectura
Art Nouveau e Art Deco, a Avenida
dos Aliados foi completamente renovada
em 2006, transformando-se num
espaço moderno e ainda mais cosmopolita,
virado para as pessoas e para os
acontecimentos da cidade. Actualmente,
ganhou o estatuto da mais elegante e
exclusiva área de compras da Invicta.
Pioneira, a Boutique dos Relógios Plus
é uma das primeiras chancelas de luxo
a instalar-se nos Aliados, paredes meias
com hotéis de cinco estrelas, empreendimentos
residenciais de topo e locais
históricos, como o café Guarany. Confirmadas
para enriquecer a oferta de luxo
desta artéria estão já a Tod’s e a Burberry
e, certamente, outras insígnias de renome
se seguirão, consolidando esta avenida
portuense como o destino de eleição
para as marcas Premium e Luxury.
72
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EVASÃO
LE MONUMENTAL PALACE HOTEL
LE MONUMENTAL
PALACE HOTEL
HISTORICAMENTE LUXUOSO
ABRE AS SUAS PORTAS PARA
A AVENIDA DOS ALIADOS,
ONDE A VISTA NOS DEIXA
SEM FÔLEGO, E RECUPERA
O ESPLENDOR DE OUTROS
TEMPOS, QUANDO ALI SE
OUVIAM ORQUESTRAS E O
TILINTAR DOS CÁLICES QUE
INTERROMPIAM AS CONVERSAS
ERUDITAS, NO MAIS
PRESTIGIADO CAFÉ À ÉPOCA,
O MÍTICO CAFÉ MONUMENTAL.
Por Companhia das Cores
Data de 1923 um dos edifícios mais emblemáticos
do Porto, projectado pelo arquitecto italiano
Michelangelo Soá. O mesmo onde hoje a cadeia
francesa Maison Albar Hotels – propriedade do
Grupo Paris Inn – vê erguida a sua primeira unidade
hoteleira em Portugal –, o Le Monumental
Palace Hotel.
A fachada gótica, o corrimão da escadaria e a grandiosidade
do pé direito ainda guardam memórias do passado
glamoroso do Café Monumental e integram harmoniosamente
a decoração da dupla Oitoemponto. Artur Miranda
e Jacques Bec conseguiram através, dos grandiosos espelhos,
dos candeeiros exuberantes, dos mármores portugueses
ou das alcatifas com desenhos singulares, recriar
os ambientes Art Déco e Art Nouveau, estilos icónicos dos
anos 30 do século XX.
74
Avenida dos Aliados, 151 – 4000-067 Porto
www.maison-albar-hotels-porto-monumental.com
Depois de três anos da reabilitação desenvolvida
pela Mystic Invest, o Le Monumental Palace Hotel
é hoje reconhecido por um conceito singular que
combina a magnificência arquitectónica e a história
da cidade com o requinte e estilo francês,
numa interpretação contemporânea que nos oferece
experiências “monumentais”.
MAJESTOSO, O HOTEL
A monumentalidade deste hotel de cinco estrelas
não se fica apenas pelo nome. Os corredores
que fazem lembrar as carruagens do Expresso do
Oriente, os materiais nobres, a luminosidade natural
e a elegância do estilo francês que ornamentam
os 76 quartos e as 13 suites comprovam-no. E, por
instantes, só queremos esquecer o mundo exterior.
MAGNIFICENTE,
A VIAGEM SENSORIAL
No Le Monumental Nuxe Spa, o único da marca
no país, os tons hipnotizantes da piscina interior,
o ambiente sofisticado e acolhedor, os aromas
dos tratamentos exclusivos de autor, a sauna ou
o banho turco, arrebatam-nos e devolvem-nos a
serenidade.
MAGNÍFICOS, OS SABORES
Os aromas da cozinha moderna e sofisticada do Palácio abrem-nos
o apetite. Seguimo-los. E a nossa monumental jornada gastronómica
depende agora de uma decisão que se revela difícil.
No Bar Américain a carta atrai-nos de imediato. Cocktails, uma
selecção dos melhores vinhos do Porto e, para partilhar, alguns
petiscos. Uma boa opção, pensamos.
O Café Monumental deixa-nos ainda mais indecisos. O nome e a
sumptuosidade de outrora cruzam-se com o espírito parisiense,
nesta brasserie que tem para nos oferecer iguarias tradicionais da
cozinha francesa. Foie gras, aves, patisserie e, para terminar, a visita
do clássico carrinho de sobremesas.
É, contudo, a reinterpretação da tradição francesa e a homenagem
aos produtos portugueses, pelas mãos do já estrelado Chef gaulês
Julien Montbabut, que hoje leva a melhor. As propostas gastronómicas
de alta cozinha moderna que nos apresenta levam-nos
numa viagem deliciosa pelo savoir-faire francês e pela riqueza do
património culinário português, num cenário moderno e elegante,
íntimo e exclusivo.
O sorriso que nos invade o rosto não deixa espaço para dúvidas.
A calma habita-nos a alma e a felicidade deixa-nos o corpo leve.
Fechamos os olhos, revemos o dia de hoje e construímos os planos
para amanhã.
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75
EVASÃO
MASHPI LODGE
MASHPI LODGE
O BEIJA-FLOR
MAIS DO QUE UM HOTEL, O
MASHPI LODGE É UM REFÚGIO
NA FLORESTA, ONDE É POSSÍVEL
AVISTAR ESPÉCIES QUE NÃO
EXISTEM EM NENHUM OUTRO
LOCAL DO PLANETA. UM LUGAR
MÁGICO E ESPECIAL, QUE TEMOS A
OBRIGAÇÃO DE PRESERVAR.
Por Catarina Palma
Aviagem até ao Mashpi Lodge começa em Quito,
capital do Equador, e a mais bela cidade colonial
da América do Sul. Encravada entre as montanhas
dos Andes e cercada por vulcões (quase uma centena,
estando mais de 20 activos), é o melhor ponto
de partida para descobrir a paisagem natural deste
pequeno país, inesperadamente bela e selvagem.
Bastam alguns minutos de viagem para perceber como o
cenário que nos envolve pode mudar abruptamente, como
que por magia. A estrada passa ao lado do “Mitad del
Mundo”, que marca a linha equatorial, seguindo o curso do
Rio Blanco. Depois de passar a cidade de Nanegalito, para
noroeste, a estrada torna-se sinuosa, passando pelo sítio
arqueológico de Tulipe e várias comunidades agrícolas.
76
Embrenhamo-nos então num verde que se adensa ao ponto de
não vislumbrarmos mais do que uma inesgotável palete de verde.
Quatro horas de viagem separam-nos do Masphi Lodge,
um refúgio na floresta com capacidade para apenas
47 pessoas. Situado no coração da Reserva da Biosfera Choco
Andina – que se estende por 286 mil hectares, cerca de 2% do que
terá sido a mata original –, este hotel ecológico é um lugar inesperado.
Faz parte da colecção de Unique Lodges of the World da
National Geographic, uma espécie de “selo de qualidade” atribuído
a alojamentos que se dedicam à protecção do ambiente.
Mesmo tratando-se de um monólito moderno de
aço reciclado, madeira tropical e vidro, é quase
impossível encontrá-lo entre as copas das árvores
e neblina da floresta. Utilizando as mais recentes
técnicas de construção sustentável, o Masphi
Lodge é o projecto de vida de Roque Sevilla,
um ambientalista apaixonado, empresário de
sucesso, ex-prefeito da cidade de Quito e presidente
da Metropolitan Touring (um dos principais
operadores de turismo do Equador), que decidiu
comprar vários hectares de floresta com o objectivo
único de contribuir para a sua preservação.
Para tal associou-se a vários biólogos e cientistas
que aqui trabalham e estudam várias centenas de
espécies de plantas, borboletas, mamíferos, repteis
e peixes, e ainda 400 espécies de pássaros
– 36 delas endémicas. São eles, a par de membros
da comunidade, os guias das várias expedições
diárias organizadas para os hóspedes do Masphi.
Surpreendentemente contemporâneo e com
design e decoração minimais, é um verdadeiro
casulo no meio da natureza em estado puro,
oferecendo quartos com janelas panorâmicas
em vidro do chão ao tecto, para que possa estar
em contacto permanente com o que se passa
77
EVASÃO
MASHPI LODGE
no exterior, e nunca pretendendo competir com
a sua beleza luxuriante. A ideia é quase simular
uma cápsula de cristal, a partir da qual poderá
observar a vida na floresta, mesmo no conforto
da sua cama.
Com um telhado estilo pérgula e mesas ao ar livre,
o terraço é o local certo para começar o dia e
relaxar ao som da floresta. Aqui ou na sala de pé
direito altíssimo, as refeições são uma descoberta
da gastronomia das diversas regiões do Equador,
onde nunca faltam deliciosos ceviches, e ingredientes
locais muito frescos, acompanhados por
sumos naturais, vinhos ou cocktails exóticos.
De resto, os dias começam sempre muito cedo e
incluem caminhadas (diurnas e nocturnas, com
direito a observação de todo o género de bichos, incluindo cobras
e tarântulas!), mergulhos em cachoeiras e aventuras passadas no
teleférico Dragonfly, a céu aberto, terminando o dia a subir à Torre
de Observação para contemplar a reserva e o pôr-do-sol. Em alternativa,
poderá partir à descoberta das mais belas e raras orquídeas
do mundo, procurar os refúgios secretos dos beija-flores, esses
seres minúsculos e incrivelmente ágeis, muito difíceis de ver, mas
que por aqui parecem estar em toda a parte, assistir a palestras no
Life Center e ainda arriscar uma divertida travessia a 200 metros
de altura numa original Sky Bike.
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78
AVENIDA • AMOREIRAS • CASCAIS
DIOR
CELINE • ETRO
CORNERS AV. DA LIBERDADE
ALICE + OLIVIA • BARBARA BUI • CHIARA FERRAGNI • CORNELIANI • DOROTHEE SCHUMACHER • DSQUARED2 • EMILIO PUCCI • ERDEM
GIVENCHY • HOGAN • ISABEL MARANT ÉTOILE • J BRAND • LANVIN • MALÌPARMI • MARC JACOBS • MISSONI • OFF-WHITE
SALVATORE FERRAGAMO • SELF-PORTRAIT • SONIA RYKIEL • STELLA MCCARTNEY • TEMPERLEY LONDON • TORY BURCH • ZIMMERMANN
ESTÉE LAUDER • HERMÈS • LA MER • LA PRAIRIE • SHISEIDO • TOM FORD
Lisboa Av. da Liberdade, 254 • Amoreiras Shopping Center Lj. 2001/2002 | Cascais Av. Valbom, 4
www.lojadasmeias.pt
TENDÊNCIAS
SAPATOS PARA O TRABALHO
THESE SHOES
ARE MADE
LOJA DAS MEIAS
FOR
WORKING
É SEMPRE MELHOR COMEÇAR
POR BAIXO. FAÇA UM UPGRADE
AOS SEUS SAPATOS E SUBA UM
ANDAR NA ESCADA DO SUCESSO.
PROFISSIONAL E NÃO SÓ…
Por Bruno Lobo
As mulheres têm toneladas de sapatos, os
homens nem por isso, o que não significa
que devam dar pouca atenção aos que
têm. Pelo contrário, cada espécimen, precisamente
por ser raro, merece mais atenção,
e cada nova aquisição deve ser encarada
como um investimento, até porque se comprar
um bom par, e o tratar com esmero, este pode
durar anos e anos com um ar impecável.
80
É PARA OS SAPATOS QUE ELAS
OLHAM MAIS
Como se costuma dizer, não há segundas hipóteses
para criar uma boa primeira impressão. A
roupa, os olhos ou o sorriso são factores determinantes,
mas o nosso olhar também é irremediavelmente
atraído para o chão, mesmo que
inconscientemente.
Existem inúmeros ensaios sobre o assunto,
incluindo, na internet, um grupo de estudo
que conseguiu identificar correctamente os
factores socioeconómicos (e até preferências
políticas) observando unicamente as fotografias
dos sapatos uns dos outros. Assim, andar
com sapatos gastos e malcuidados, passa uma
mensagem de descuido. Usar ténis, com um
fato, mostra que faz as escolhas erradas. Sim,
os tempos estão muito mais descontraídos no
guarda roupa, mas ainda assim não faz sentido
levar os Nikes da maratona para o emprego.
Até porque é um erro pensar-se que os sapatos
mais elegantes não podem ser perfeitamente
confortáveis. Não ao ponto de correr uma
maratona, admitimos, mas para chegar ao fim
do dia com os pés descansados.
QUATRO CASAMENTOS E UM FUNERAL
Ao longo da vida vamos passar por inúmeras situações onde
queremos estar no nosso melhor. Pode ser um casamento ou
um funeral, uma peça de teatro, uma entrevista, um jantar de
negócios com clientes ou um jantar romântico. A questão é
que um par de sapatos apenas nunca será suficiente. Podem
não ser tantos como no caso das senhoras, mas vamos precisar
de alguma variedade e será muito mais simples de escolher
se conhecermos um pouco melhor os diferentes tipos de
sapatos que existem.
CARLOS SANTOS
Rosa & Teixeira
OXFORD
Os Oxford são os mais clássicos dos sapatos
formais e, provavelmente, os mais
necessários também, porque a sua silhueta
elegante combina muito bem com tudo,
desde um fato até um traje mais formal,
como um smoking, para quando a ocasião
surgir. Por isso, se optar por um par apenas,
escolha a opção em pele preta, que
permite essa versatilidade, embora existam
em todas as tonalidades e tipos de
peles.
Os Oxford começaram por ser em bota,
mas os alunos da conhecida universidade
– daí o nome – preferiam usá-los na versão
sapato, e foi assim que se popularizou.
LUIS ONOFRE
81
TENDÊNCIAS
SAPATOS PARA O TRABALHO
LOJA DAS MEIAS
PRIVATE LABEL
DERBY
O “outro” sapato clássico. Por vezes confundidos com os
Oxford, pela sua forma muito semelhante, mas a grande
diferença é que os Oxford têm as abas costuradas e nos
Derbies estão soltas, ganhando assim um ar mais informal.
Continuam perfeitos para usar com um fato, piores
com smoking, e melhores com um look mais casual. Jeans
incluídos.
Os Derbies também começaram por ser botas, no caso,
de caça, mas no início do século passado perderam o
cano e ganharam um estatuto mais urbano. Por causa
das abas menos presas, serão também mais confortáveis
para quem tem o peito dos pés mais altos e, pela sua
versatilidade com estilos mais informais, torna-se mais
fácil optar por diferentes cores.
LOJA DAS MEIAS
BROGUE
Não são bem um estilo de sapato,
antes uma decoração, que consiste
num padrão de pequenos pontos
perfurados na pele. Geralmente
aplicada aos Oxford e aos Derbies.
Quem inventou estes pequenos
“furos” foram os camponeses, para
libertar melhor a água (e a lama,
presume-se) nos campos, mas hoje
o buraco já não perfura a pele e tem
uma função meramente estética.
LOJA DAS MEIAS
PRIVATE LABEL
LOJA DAS MEIAS
82
LOAFER
Outro tipo de sapato slipon, sem atacadores, que acaba por
funcionar bem com um fato, conferindo um toque um pouco
mais descontraído ao traje – e, por maioria de razão, funciona
bem também em modo mais casual. O design vem dos
mocassins índios, mas o loafer original foi criado como um
chinelo de casa para o rei George VI (pai da rainha Isabel II),
só que teve mais sucesso do lado de lá do Atlântico do que
deste. Nos anos 60, os empresários americanos começaram
a usar loafers com fatos e, pouco depois, a Gucci criava o
seu icónico modelo, com o rebite estribo de cavalo, popularizando
então o sapato dos dois lados do oceano.
GUCCI
SALVATORE FERRAGAMO
Rosa & Teixeira
MONK
Ganharam esse nome por causa
dos monges que os usavam em
alternativa às sandálias tradicionais,
sobretudo nos meses mais
frios. Podem ter uma ou duas fivelas,
e são hoje sobretudo usados
como um pequeno toque extra de
vaidade, pois aquelas fivelas são
mesmo um ponto focal. De resto,
cumprem uma função muito
semelhante aos Derbies, perfeitos
para conjugar com fato ou look
mais smart casual.
CARLOS SANTOS
Rosa & Teixeira
CHELSEA BOOTS
E porque não? A maioria dos modelos clássicos
de sapatos começaram mesmo por ser botas, e
nada o impede de as usar com um fato, sobretudo
no Inverno, onde a protecção extra é bem
vida. De cano baixo, obviamente. Não podem ter
um ar demasiado desportivo, e a ponta deve ser
obrigatoriamente curva, nada de botas quadradas
à frente ou bicudas - regras aliás, muito válidas
também para os sapatos.
As Chelsea Boots, popularizadas nos anos 1960
pelos Beatles, são um bom exemplo: confortáveis,
fáceis de calçar (são slip on), mas com um look elegante
e esguio, perfeito para usar com fato ou com
uns chinos.
MIGUEL VIEIRA
LOUIS VUITTON
83
NOVIDADES TENDÊNCIAS 2019
ENFRENTAR O FRIO
COM ESTILO
ROSA&TEIXEIRA
VACHERON CONSTANTIN
FIFTYSIX AUTOMÁTICO
PANERAI
LUMINOR MARINA
IWC
PORTOFINO CRONÓGRAFO
SALVATORE
FERRAGAMO
BREGUET
84
ROSA&TEIXEIRA
BREITLING
NAVITIMER 1 AUTOMÁTICO
BLANCPAIN
FIFTY FATHOMS AUTOMÁTICO
GREUBEL FORSEY
GMT
CANALI
Rosa & Teixeira
85
TENDÊNCIAS
CREED AVENTUS COLOGNE
Contraparte
REBELDE
ERWIN CREED, A 7.ª GERAÇÃO
DA RECONHECIDA FAMÍLIA
DE PERFUMISTAS, ESTEVE EM
PORTUGAL PARA APRESENTAR
A MAIS RECENTE NOVIDADE
DA MARCA. O NOVO CREED
AVENTUS COLOGNE INSPIRA-SE
NO PERFUME MAIS ICÓNICO DA
MAISON E COMPLETA O TRIO
DE FRAGRÂNCIAS COM
CHANCELA AVENTUS.
Por Marina Oliveira
ACreed acaba de apresentar uma nova
fragrância universal, baseada no perfume
mais icónico da Maison, Aventus. Urbano,
moderno, vigoroso e inovador, o novo
Aventus Cologne é a versão fresca amadeirada
que completa o trio de fragrâncias
com chancela Aventus, juntando-se
ao best-seller masculino e à versão feminina.
Erwin Creed esteve em Portugal para a apresentação
desta novidade, num evento que reuniu
jornalistas e clientes na Boutique dos Relógios
Plus Art, na Avenida da Liberdade, ponto de
venda exclusivo da marca no nosso país. A Turbilhão
marcou presença neste lançamento e teve
oportunidade de, durante uma conversa com
Erwin Creed, descobrir um pouco mais acerca
desta fragrância.
Aventus Cologne é a contraparte rebelde do mítico
perfume criado em 2010 e que rapidamente se tornou
a fragrância masculina de luxo número um da
Creed. Embora inspirada no Aventus, a nova colónia
proporciona uma experiência olfactiva inteiramente
própria. De acordo com Erwin Creed, para a elaboração
da nova fragrância, a marca “utilizou algumas
das mesmas famílias de ingredientes usadas no
Aventus, misturadas com outros ingredientes novos
e mais refrescantes”.
Assim, embora o Aventus Cologne seja um Eau de
Parfum em potência, exala uma fragrância muito
mais leve e refrescante, através da utilização de
86
vetiver e pimenta rosa, unidos a diferentes concentrações dos
ingredientes usados no Aventus clássico. “Como uma colónia tradicional,
Aventus Cologne é fresco, mas mais intenso e duradouro,
com uma concentração de Eau de Parfum”, explica Erwin Creed.
A nova fragrância vive na categoria fresca amadeirada. Abre com
gengibre, tangerina e pimenta rosa, as notas de coração incluem
patchouli, sândalo indiano e vetiver, enquanto as notas base encerram
styrax, bétula, musk e fava da Índia.
Sobre o tempo que levou a criar o novo perfume, Erwin Creed é
peremptório em afirmar “mais de um ano”, e acrescenta: “estava
quase pronto no Verão do ano passado, mas o meu pai sentiu que
eram necessárias algumas modificações de última hora na fórmula
e, como nunca lançaríamos algo com o qual não estivéssemos
totalmente felizes, fizemos as alterações necessárias e aguardámos
até ao momento certo para o lançamento”.
Contemporânea, expressiva e jovial, Aventus
Cologne, a mais recente criação da Creed, apela
a indivíduos que não seguem o status quo, que
se assumem como definidores de tendências e
não apenas seguidores.
DESCUBRA MAIS EM:
www.turbilhao.pt
87
TECNOLOGIA
CONSEXTO
CONSEXTO
CRIADORES DE SOLUÇÕES EXCLUSIVAS
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA HAVIA DE
APROXIMAR ARQUITECTURA, DESIGN DE
PRODUTO E TECNOLOGIA. TRÊS TERRITÓRIOS
QUE SE FUNDEM, DESDE HÁ DEZ ANOS, PELAS
MÃOS DA CONSEXTO, PARA OFERECER UM
CONJUNTO PREMIUM E “FORA DA CAIXA” DE
SERVIÇOS DE CONCIERGE RESIDENCIAL TAIS
COMO HOME THEATRES, DREAM GARAGES
E VAULT ROOMS ENTRE OUTROS. SOLUÇÕES
COM UM ENORME POTENCIAL QUE PODEM SER
EXPERIENCIADOS NO NOVO SHOWROOM DA
MARCA EM CASCAIS – UM ESPAÇO
CRIADO PARA CELEBRAR ESTA
DÉCADA DE ACTIVIDADE.
Por Companhia das Cores
Em 2009, era fundada no Porto a
Consexto. Uma empresa certificada
com projecção internacional, que
se distingue pela excelência e qualidade
dos serviços que compõem a
sua oferta “à medida” nas áreas residenciais
de Home Theatre, Dream
Garage e Vault Rooms. Uma marca que
reúne a manufactura e design nacional
com marcas de tecnologia internacional
de referência, também elas pioneiras nos
seus segmentos, tais como Barco, JBL
Synthesis, Kaleidescape, Control4, Steinway
Lyngdorf ou Bang & Olufsen.
88
Procurada por arquitectos, designers e particulares,
a Consexto assume a “linha da frente”,
enquanto parceiro preferencial na hora de gerir
os seus projectos, aos quais a marca oferece
um exaustivo trabalho de consultoria, desenvolvimento
e customização e um acompanhamento
rigoroso ao longo de todos os processos.
Para além da “expertise” e do know-how que
detêm, o facto de trabalharem num ambiente
multidisciplinar, com uma equipa apaixonada e
livre permitiu-lhes abrir o leque da criatividade
com foco constante no futuro, na inovação e
no progresso.
Cada projecto é uma exploração única da
curiosidade e experimentação cimentado por
clientes que fazem, só por si, a identidade da
Consexto.
Ao longo dos seus dez anos de história, foram já
muitos os prémios que distinguiram a constante
aposta da Consexto no design, na qualidade e
no desenvolvimento de todas as soluções “dentro
de portas”. O showroom Consexto Lab no
Porto, por exemplo, viu o seu espaço conquistar
a menção de Melhor Instalação Comercial EMEA
2012 e o Closet House, o Prémio Archdaily Building
Of The Year 2010. E agora, para celebrar
uma década de muitas outras conquistas, chega-nos à Marina
de Cascais um novo showroom. Um “ponto de contacto” com
clientes e parceiros, que ganha forma numa das regiões onde
surgem, em maior número, os projectos da Consexto, motivo
pelo qual este showroom abre as suas portas numa location tão
especial e com objectivos tão promissores...
Aqui, num espaço assumidamente residencial e cuidadosamente
elaborado, os visitantes imergem num cenário de experiências
que une o melhor da imagem, do som e da tecnologia em diversos
ambientes, constituindo uma montra das potencialidades do
seu serviço, inteiramente desenvolvido em Portugal.
89
TECNOLOGIA
CONSEXTO
Entre e deixe-se levar pelas colunas de
som e televisão completamente imperceptíveis
num ambiente invisível, com um
armário com rotor de relógios oculto. Ou
pela tela “levitante” de grandes dimensões
numa sala de estar com um projector
de elevada definição. Ou pelo ambiente
dedicado ao melhor que a icónica marca
dinamarquesa Bang & Olufsen tem para
oferecer. Ou ainda, expoente máximo do
serviço da Consexto, pela completa e original
sala de Home Cinema, onde a experiência
de som e imagem, se funde num
trajecto de padrões geométricos e texturizados,
de brancos e pretos, de um impar
bar retráctil e poltronas mecanizadas da
Poltrona Frau completando esta intensa
viagem sensorial.
A Consexto não perde o futuro de vista
e, para além dos sistemas de segurança e
de ocultação de bens de luxo, a sua mais
recente aposta passa pelas garagens para
carros de luxo, transformando um espaço
da casa, por norma esquecido, no centro
das atenções.
Um deleite para os apaixonados do mundo
automóvel e um novo desafio para a Consexto,
que deixa claros os seus objectivos:
desenvolver projectos cada vez mais
inovadores e continuar a surpreender os
clientes de luxo que é, por si só, o maior
desafio de todos!
Temporary Gallery:
Marina de Cascais, L1 | T. 211 370 269
Sede: Av. da Boavista 3769, 4100-139 Porto
T. 222 022 106
www.consexto.com
90
UM RELÓGIO COM
TENDÊNCIAS
AUDEMARS PIGUET
Royal Oak Offshore Cronógrafo
TIME TO EXPRESS YOURSELF
A elegância e o bom gosto emergem a cada
novo segundo, a cada movimento ritmado dos
ponteiros. Sobressaem, dia após dia, na moldura
octogonal, onde estética, excelência e sofisticação
surgem combinadas para uma experiência
de luxo.
ROSA&TEIXEIRA
ANIL ARJANDAS
HOGAN
BREGUET
Tradition
91
DECORAÇÃO
CASA DO PASSADIÇO
Casa do
Passadiço
O PRESTÍGIO DO DESIGN
DE INTERIORES TEM UMA
NOVA “MONTRA”... EM LISBOA
FOI SOB UMA SENSUAL PALETE DE TONS ROSA E A ACONCHEGANTE
LUZ DAS VELAS QUE SE INAUGUROU COM TODA A VEEMÊNCIA
A PRIMEIRA BOUTIQUE DA CASA DO PASSADIÇO EM LISBOA.
UM EVENTO QUE CELEBROU O COMEÇO DE UM NOVO CAPÍTULO
NA HISTÓRIA DESTA EMPRESA FAMILIAR, QUE É JÁ
UMA REFERÊNCIA NA ARQUITECTURA DE INTERIORES.
Por Companhia das Cores
92
Da magnífica mansão do século XVIII em
Braga, onde tudo começou em 1992,
pelas mãos de Catarina Rosas, a Casa do
Passadiço partiu mundo fora e, hoje, os
seus projectos de decoração de interiores
sofisticados, intemporais, marcantes
e cheios de vida, podem ser contemplados
em algumas das mais importantes cidades
do globo. É assim, por exemplo, em Florença,
no majestoso Palazzo Corsini, que acolhe a boutique
e a sede da conceituada marca italiana
Aquazzura, ou nas muitas lojas que este cliente
de longa data tem espalhadas por Itália, Dubai.
Brasil, Estados Unidos ou Inglaterra.
Depois de conquistarem o mundo, Catarina Rosas
e as suas filhas Catarina e Cláudia Soares Pereira
– a “nova geração” da Casa do Passadiço – passam
também a estar na prestigiada Avenida da Liberdade,
no primeiro showroom e boutique da marca
em Lisboa. Um espaço que se assume como uma
“montra” para o trabalho das designers de interiores,
cujas criações têm na sua essência a elegância e o
cruzamento entre história e a contemporaneidade.
Para assinalar a abertura da boutique, o Palácio
Nacional da Ajuda vestiu-se a rigor para um jantar
de gala que reuniu amigos, família e os mais distintos
clientes da Casa do Passadiço, numa noite onde se
comemorou o início de mais uma estória que promete
ser inesquecível.
www.casadopassadico.com
Av. da Liberdade 166, 1250-146 Lisboa
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REAL ESTATE
AMOREIRAS EDEN
ENVOLVÊNCIA
COM A NATUREZA
NO CENTRO DA CAPITAL
NASCIDO NUMA DAS
REGIÕES RESIDENCIAIS
MAIS PRESTIGIADAS DA
CAPITAL, O PROJECTO
AMOREIRAS EDEN CONSISTE
NUMA INTERVENÇÃO
COMPLETA DE UM ANTIGO
EDIFÍCIO, RESULTANDO NUM
EMPREENDIMENTO COM
QUATRO PISOS E
30 APARTAMENTOS.
Obairro das Amoreiras situa-se no coração de Lisboa
e é uma das regiões residenciais mais prestigiadas
da capital portuguesa. Tem uma grande
tradição de comércio, sendo especialmente
conhecido pelo Amoreiras Shopping Center, o
primeiro centro comercial a nascer em Lisboa.
Considerado um dos bairros da cidade com
melhor qualidade de vida, conta com uma grande oferta
de espaços gastronómicos, supermercados, escolas
94
nacionais e internacionais, e ainda
uma vasta oferta de transportes.
O projecto Amoreiras Eden renasce
nesta distinta localização, consistindo
numa intervenção completa
do antigo edifício, que resulta num
empreendimento com quatro pisos
e 30 apartamentos, com estacionamento
privativo. As unidades estão
distribuídas nas seguintes tipologias:
T1 com áreas entre os 48 e 89 m 2 ,
T2 entre os 79 e 119 m 2 , T3 entre os
122 e 152 m 2 e entre os 176 e 217 m 2 .
Os apartamentos contemplam acabamentos
como pavimentos em madeira
com isolamento acústico, cerâmicas
Porcenalosa nas instalações
sanitárias e cozinha, bem como climatização
com aquecimento e arrefecimento.
A arquitectura, por sua vez,
será da responsabilidade do arquitecto
Miguel Saraiva, fundador e CEO
do atelier Saraiva e Associados.
No Amoreiras Eden privilegia-se a ligação aos elementos
naturais através de varandas, terraços privativos e
também jardins nos espaços comuns. Alguns dos apartamentos
beneficiarão de vistas sobre a cidade. O Jardim
das Amoreiras, a poucos minutos a pé, é um dos
jardins mais antigos da capital portuguesa e oferece uma
área de seis mil metros quadrados, sendo delimitado em
parte pelo Aqueduto das Águas Livres. Este jardim foi
idealizado pelo Marquês de Pombal, que nele plantou a
primeira amoreira, em 1711. Envolva-se com a Natureza,
sem sair do centro da cidade.
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ENTREVISTA
FREDERICO VALSASSINA
“NÃO É O SÍTIO
QUE FAZ A
ARQUITECTURA,
É A ARQUITECTURA
QUE FAZ O SÍTIO.”
© Pedro Bettencourt
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RODEADO DE ARQUITECTOS DESDE QUE SE CONHECE, FREDERICO VALSASSINA
HAVERIA DE CRUZAR-SE “NATURALMENTE” COM PLANTAS DE EDIFICAÇÃO
E DESENHOS TÉCNICOS. ACTUALMENTE ASSINA PROJECTOS DE REFERÊNCIA,
DE DIFERENTES ESCALAS, EM ÁREAS TÃO DIVERSAS
COMO A REABILITAÇÃO, EQUIPAMENTOS OU TURISMO.
Por Companhia das Cores
A arquitectura esteve sempre muito presente na sua
vida. Mas de que forma surge a paixão por esta área
multidisciplinar?
Eu nasci numa família de arquitectos! O meu avô materno,
a quem estive sempre muito ligado sentimentalmente,
era o Arquitecto Raúl Tojal, e grande parte dos seus amigos,
como Keil do Amaral, Adelino Nunes, Faria da Costa
e Jorge Segurado, também eram arquitectos. Vivíamos
em Colares, no Bairro dos Arquitectos, construído por
eles. Portanto desde tenra idade que ouvia falar sobre
arquitectura. No fundo, a minha paixão pela arquitectura
advém de uma consequência natural da minha maneira
de ser e do enquadramento socioeconómico que a minha
família do lado materno apresentava.
E como nos apresentaria o seu percurso profissional?
Sem rodeios, posso dizer que o meu percurso de arquitecto
foi feito de oportunidades que foram surgindo de
uma forma natural. Quando finalizei o curso dos liceus
entrei para o curso de Pintura/Escultura da Escola Superior
de Belas Artes em Lisboa, transferindo-me, uns anos
depois, para o curso de Arquitectura, que termino em
Julho de 1979. Já licenciado, colaboro com vários ateliers,
e crio o meu próprio gabinete nos finais dos anos 80.
Assume que a abertura e a proximidade dos seus projectos
à comunidade e ao passante são um factor essencial
e transversal a todos os espaços que projecta. De que
forma esta abordagem influencia a sua arquitectura?
Não concebo “fazer” arquitectura isolada da realidade.
Esta disciplina é, e será sempre, para ser vista, utilizada
e julgada pela comunidade onde se insere. Quanto mais
integrada, melhor responde ao meio onde está incorporada,
qualquer que seja a sua dimensão.
Qual é, então, o papel que atribui à arquitectura
enquanto elemento de valorização dos espaços e das
experiências que proporcionam?
Considero que não é o sítio que faz a arquitectura, mas
sim a arquitectura que faz o sítio. O seu enquadramento
ligado à poética do sítio e a necessidade da fácil apreensão
dos novos espaços pelos seus utilizadores serão
garantes de um bem-estar geral.
E, relativamente ao universo do enoturismo, de que
forma a arquitectura pode aportar valor a estes projectos?
No caso do enoturismo, é essencial perceber e estudar o
processo de produção e cruzar a funcionalidade com a
qualidade dos espaços onde se insere.
No caso concreto da Adega Herdade do Freixo (2016),
situada no Redondo, vencedora do Prémio Construir
2017, da Menção Honrosa Premis FAD 2017, e ainda galardoada
pela Archdaily como Building of The Year 2018, na
categoria de Industrial Architecture, o que era importante
perceber antes de se avançar para o projecto?
A Herdade do Freixo apresenta-se como uma paisagem
tipicamente alentejana, ondulante, diversificada e
com interessantes pontos de vista sobre a envolvente.
Pontuada por aglomerados de zambujeiros, oliveiras e
azinheiras, concentra ainda numa das suas elevações
um Monte, identificado por construções tipicamente
rurais que o definem. A morfologia do terreno existente
foi, assim, determinante para a definição do projecto,
tornando-se imperativo mantê-la inalterada, ainda que
sujeita a uma intervenção com este volume de construção.
Toda e qualquer intervenção não poderia pôr nunca
em causa o equilíbrio encontrado no local.
97
ENTREVISTA
FREDERICO VALSASSINA
© FG + SG
© FG + SG
HERDADE DO FREIXO
De que forma se conseguiu respeitar esse equilíbrio?
A Adega surge na continuidade da paisagem, fundindo-
-se com toda aquela extensão. O cruzamento funcional,
a relação interior/exterior e natural/artificial denunciam
a existência de um pressuposto interior, com o qual não
temos contacto visual imediato. Surge como um acidente
artificial, cujo anonimato se vai perdendo à medida que se
percorre, permitindo circuitos diferenciados que se cruzam
no cerne da intervenção, o pátio central, elemento
aglutinador de todas as circulações. Apostou-se numa
transição fluida e sequencial dos espaços que se pretende
que comuniquem física e visualmente. Estes sucedem-se,
proporcionando, à semelhança do que acontece na topografia
da herdade, vistas sobrepostas, diversificadas, que
indiciam que existe mais para além do que está directamente
ao nosso alcance. A linguagem depurada das formas
arquitectónicas tira assim partido do efeito cénico
do edificado, cativando o visitante e convencendo-o a
percorrer a totalidade dos espaços, de modo a perceber-
-se o todo e entender a hierarquização funcional entre
eles, distinguindo e individualizando cada uma das zonas
industriais e sociais que o compõem.
E no que respeita à funcionalidade do espaço?
Na produção, a opção de enterrar a Adega, projectando-
-a em vários pisos a mais de 40 metros de profundidade,
permitiu que se utilizasse a força gravítica no processo de
vinificação, respeitando assim as massas vínicas e utilizando
as mais avançadas e inovadoras técnicas de enologia. Foi
ainda possível, por este motivo, criar as melhores condições
térmicas para a conservação dos vinhos, dada a redução
da amplitude térmica e aos valores baixos de temperatura.
Falando agora de reabilitação, área na qual o seu nome
é uma referência incontornável, como vê a reabilitação
urbana enquanto forma de prolongar o tempo e de tornar
as cidades apetecíveis para as novas gerações?
A manutenção de edifícios cria não só um espaço de
memória, mas um respeito pela história e desenvolvimento
das cidades, assumindo-se como projectos muito
desafiantes. Aliás, o desafio da reabilitação é inesgotável,
pois cada edifício é sempre um caso único, não repetível,
e as dificuldades que nos apresentam pouco têm que ver
com a escala e complexidade do projecto.
Há algum projecto que destaque nesta vertente?
Sem dúvida as reabilitações do quarteirão da Avenida da
Liberdade com a Rua Rosa Araújo e o edifício da Avenida
da República nº 37, que foi considerado a melhor reabilitação
do ano de 2017. Estas duas reabilitações, para
além do respeito pela memória das pré-existências e do
local, conseguiram criar “um habitar” consentâneo com a
presente época.
Quais os grandes nomes da arquitectura que serão
sempre uma referência para si?
Num universo mais distante, é inquestionável a influência
que teve o trabalho de Mies Van de Rohe. Num universo
próximo, sou um apaixonado pela arquitectura de Siza
Vieira.
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98
LAMOUR
Tema de capa
100.Entrevista Daniela Ruah
Tempo no Feminino
106.Cartier
107.Breguet
108.Omega
109.Bulgari
110.Hublot
111.Audemars Piguet
112.Harry Winston
Jóias
114.de Grisogono
115.Bulgari
116.Suzanne Kalan
118.Djula
119.Piaget
120.Bridal
122.Tirisi
123.Graff
Evasão
124.Sayanna Wellness by Myriad
Tendências
126.Moda
130.Um Relógio com
ENTREVISTA
DANIELA RUAH
“O TEMPO TEM O SEU
PRÓPRIO FEITIO”
Camisola Milk Cashmere, na Stivali. Relógio Cartier Santos Esqueleto, Anel Djula, Anel e Aliança Graff, na Boutique dos Relógios Plus
100
OS PRIMEIROS PASSOS NA REPRESENTAÇÃO FORAM DADOS
EM TERRAS LUSAS, MAS A GRANDE AVENTURA ESTAVA APENAS
A COMEÇAR. ACTUALMENTE A VIVER NOS EUA, DANIELA RUAH
POSSUI UMA CARREIRA DE SUCESSO E É AMPLAMENTE CONHECIDA
DO PÚBLICO INTERNACIONAL PELO PAPEL NA SÉRIE
NORTE-AMERICANA NCIS: LOS ANGELES. A ACTRIZ
LUSO-AMERICANA É O ROSTO DESTA EDIÇÃO DA TURBILHÃO
E FALA-NOS SOBRE A SUA CARREIRA, FAMÍLIA E SOBRE
A FORMA COMO GERE O SEU TEMPO.
Por Marina Oliveira
Fotografia Miguêl Angelo, assistido por Virgílio Ferreira Styling Gabriela Pinheiro, assistida por Ana Catarina Rocha
Make Up Joana Moreira, com produtos Chanel Hair Miguel Viana
Desde que foi viver para os Estados Unidos
da América, em 2007, tornou-se conhecida do
público americano, apaixonou-se, casou, teve
dois filhos... Neste momento, há mais coisas
que a ligam a Portugal ou aos EUA?
Os países não competem na minha cabeça nem
no meu coração. Tenho uma ligação familiar aos
dois lugares, já que cresci em Portugal e tenho
família muito chegada ainda no nosso país. Por
outro lado, tive os meus filhos e estou a educá-
-los nos EUA, por isso também sinto uma grande
conexão com a América do Norte. É também
uma questão de sobrevivência: se não nos adaptarmos
ao sítio onde vivemos, nunca seremos
felizes. Tenho demasiadas coisas positivas e
bonitas que me mantêm ligada ao dois países
para poder escolher entre um ou o outro.
Em que aspectos somos realmente diferentes
dos norte-americanos?
É difícil comparar os dois povos. Digo isto porque
os EUA têm um população de 330 milhões
de pessoas, dos quais grande parte tem origens
estrangeiras, logo é difícil falar dos americanos
como uma só entidade e não como uma mescla
de hábitos culturais. No entanto, a política
americana é muito diferente da portuguesa, e
isso influencia a forma de pensar de um povo
e de outro.
Costuma partilhar alguns dos costumes portugueses
com os seus amigos americanos?
Às vezes, acham piada aprender palavras portuguesas.
Se pudesse levar um pedaço de Portugal para
os EUA, o que levaria?
Os meus pais!
De que sente mais falta de Portugal?
Sinto falta das sardinhas assadas no Verão, das
nossas praias, dos meus amigos de infância, dos
meus cantinhos habituais…
Como gere a saudade, esse sentimento tão
português?
Sinceramente, já estou habituada ao sentimento
de saudade, por isso faz parte do meu estado
normal.
Que valores portugueses faz questão de transmitir
aos seus filhos?
Os valores mais importantes não têm nacionalidade.
A integridade, a bondade, a compaixão, o
respeito pelo próximo, a ambição, reconhecer o
que é certo ou errado, etc. É claro que transmito
a nossa cultura aos meus filhos, como a língua
portuguesa ou um gosto ecléctico na cozinha.
101
ENTREVISTA
DANIELA RUAH
Tank top El Corte Inglês, Calças de Ganga Tommy Hilfiger. Relógio Omega Seamaster.
Anéis, Colar e Pulseiras Piaget Possession, na Boutique dos Relógios Plus
A série NCIS: Los Angeles é um enorme sucesso.
Depois dela, gostaria de se manter na televisão
ou dedicar-se mais ao cinema e/ou teatro?
Gosto muito dos três meios, por isso não tenho
preferência. O mais importante para mim é aceitar
papéis que me preencham criativamente e
que me permitam pôr comida na mesa. Tudo
tem um fim, por isso aprecio qualquer trabalho
positivo que me venha parar às mãos.
Que outros projectos profissionais tem actualmente
“na calha”?
Tenho alguns! Mas ainda é cedo para os revelar.
Pode falar-nos um pouco mais sobre a mini-
-série A Espia?
A Espia é uma mini-série de oito episódios realizada
por Jorge Paixão da Costa e produzida pela
Ukbar Filmes, que irá passar na RTP1. O enredo
decorre nos anos 40, durante a Segunda Grande
Guerra, e acompanha a história de espiões dos
países Aliados e Nazis. Uns agem por ganância,
outros pelos valores, e outros são agentes duplos.
No entanto, todos têm algo em comum: a luta
pela sobrevivência.
O que representa para si trabalhar em Portugal?
Participar na série a Espia foi particularmente
especial, porque foi a primeira vez em 12 anos
que representei uma personagem portuguesa.
Além disso, estive ao lado de Maria João Bastos,
Diogo Morgado, Marco d’Almeida, João Capelo,
entre outros actores e actrizes por quem me
apaixonei e com quem adorava trabalhar outra
vez. Tenho também de dizer que a equipa técnica
se esmerou todos os dias e muitas noites!
Entre os muitos papéis que desempenha diariamente,
tanto na vida profissional como pessoal,
como consegue gerir o seu tempo?
A gestão do tempo tem a ver com priorizar o
mais importante. Felizmente, ao fim de 11 anos
na mesma série, o horário de trabalho já se torna
previsível, por isso consigo planear a vida pes-
102
“
A GESTÃO DO
TEMPO TEM A VER
COM PRIORIZAR O
MAIS IMPORTANTE
”
Polo Fred Perry, Calças Elisabetta Franchi. Relógio Roger Dubuis Excalibur Esqueleto,
na Boutique dos Relógios Plus
103
ENTREVISTA
DANIELA RUAH
De que forma a maternidade veio dar um novo
sentido à definição de tempo na sua vida?
O tempo tem o seu próprio feitio, e parece que
vai mudando de ritmo só para chatear. Quando
engravidei, o tempo parecia que não andava.
Queria ter barriga, saber como seria o parto, ver
a cara do bebé… E parecia que o dia nunca mais
chegava. Agora que os meus filhotes têm 5 e 3
anos, o tempo acelerou, e já vejo vestígios de
adolescência!
Vive em contra-relógio ou consegue saborear
cada momento?
Vivo nos dois. Há dias em que precisaria de
uma 25ª hora para tratar de responsabilidades e
outras ambições… Por outro lado, paro frequentemente
para reconhecer o bom que tenho na
vida: filhos saudáveis, um marido que adoro, uma
família que me apoia incondicionalmente e trabalhar
naquilo que mais adoro fazer.
Camisa e Calças de Ganga YSL, na Stivali.
Relógio Breguet Marine Equação do Tempo, Brincos Djula Indian
Summer, Anel e Pulseira de Grisogono Toi & Moi,
na Boutique dos Relógios Plus
soal com mais facilidade. Gostava de fazer tudo e
estar em todo o lado ao mesmo tempo, mas não
posso. Por isso aprendi a delegar a responsabilidade.
Participamos no dia-a-dia dos nossos filhos
o mais possível; nas alturas em que não podemos,
temos uma babysitter que nos ajuda, e, claro, as
visitas frequentes dos avós!
Imagine que tinha o poder de controlar o
tempo. Faria uma viagem ao passado ou ao
futuro?
Faria uma viagem ao passado. Voltaria aos tempos
em que nos juntávamos todos em casa
dos meus avós, antes do peso da responsabilidade
adulta me ter tocado, antes dos primos
se terem espalhado pelo mundo e afastado um
pouco devido á mudança natural de prioridades.
Gostava de ouvir o barulho que se fazia á mesa
outra vez, provar os cozinhados tradicionais de
uma avó ou sentar-me ao colo da outra, a fazer
palavras cruzadas e tentativas falhadas de tricot.
Gostava de voltar atrás para saborear todos os
momentos que fizeram de mim a mulher e mãe
que sou.
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104
Allegra
Avenida da Liberdade, 194 C | Lisboa | Tel. 21 073 0530 | www.boutiquedosrelogios.pt
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TEMPO NO FEMININO
CARTIER
MÁGICA
REVELAÇÃO
UM RELÓGIO MÁGICO NO SENTIDO QUASE LITERAL,
O CARTIER RÉVÉLATION D’UNE PANTHÈRE EXIBE
UMA PANTERA NO MOSTRADOR, ATRAVÉS
DE UMA TÉCNICA DIGNA DE DAVID COPERFIELD.
Por Marina Oliveira
U
ma peça do tempo cujo mostrador
revela um verdadeiro
momento de magia. Assim é o
Révélation d’une Panthère, um
modelo que coloca em destaque
toda a mestria relojoeira
e joalheira da Cartier. De facto,
quando colocado na vertical, este relógio
revela mais de 900 esferas de ouro, que
deslizam pelo mostrador para criar e revelar
uma pantera que parece flutuar sobre
a própria face do modelo.
Disponível numa caixa de 37 mm em ouro
rosa com uma luneta engastada de diamantes,
que emoldura um mostrador disponível
em três cores diferentes (vermelho,
verde – ambos limitados a 100 peças
cada – e preto), o Révélation d’une Panthère
é movido pelo calibre manual 430.
Destaque ainda para o modelo de alta
joalharia, onde os diamantes assumem o
papel principal, substituindo as esferas de
ouro e polvilhando integralmente a caixa
de ouro branco, a luneta e o bracelete.
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106
BREGUET
TEMPO NO FEMININO
Manto
VERMELHO
EM 2019, O ICÓNICO REINE DE NAPLES,
DA BREGUET, VESTE-SE DE VERMELHO.
UM TOQUE DE COR PARA UM MODELO
REFINADO, DE ORIGENS REAIS.
Por Marina Oliveira
S
ímbolo de refinamento feminino, o Breguet Reine de
Naples nasceu com sangue real. Criado por Abraham-Louis
Breguet para a irmã de Napoleão Bonaparte,
Carolina, Rainha de Nápoles, este modelo icónico
granjeou grande sucesso e é, ainda hoje, um
dos bestsellers da Breguet, revisitado pela Maison
em diversas declinações.
Em 2019, o foco do Reine de Naples 8918 vai para a cor –
vermelha –, que realça a caixa ovóide de 36,5 × 28,45 mm
em ouro branco. A luneta e a flange do mostrador exibem
117 diamantes, enquanto a coroa surge engastada com um
cabochão de rubi. Na face do novo modelo, os numerais Breguet
árabes vestem-se também de vermelho e adicionam um
toque de cor à escala das horas em madrepérola branca, que
culmina com um diamante pêra às 6h. No centro do mostrador,
destaque para o ouro branco gravado com um padrão
guilhoché clou de Paris.
O fundo da caixa em vidro de safira revela o movimento
automático de manufactura, calibre 537/3, com 45 horas
de reserva de marcha. O toque final de refinamento é dado
pela correia vermelha em pele de crocodilo, cujo fecho exibe
26 diamantes.
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107
TEMPO NO FEMININO
OMEGA
O CÉU COMO LIMITE
REFORMULADA RECENTEMENTE, A COLECÇÃO
OMEGA CONSTELLATION MANHATTAN ENGLOBA
UMA VARIEDADE DE MODELOS, NASCIDOS DE DIVERSOS
TAMANHOS E COMBINAÇÕES DE MATERIAIS. NESTA
PÁGINA, DESTACAMOS O RELÓGIO CUJO MOSTRADOR
EM AVENTURINA NOS REMETE PARA O CÉU ESTRELADO.
A
Omega revisitou e actualizou recentemente
o Constellation Manhattan, mantendo, no
essencial, as características base do relógio,
mas conferindo-lhes um look mais moderno
e leve. Assim, a luneta – engastada com diamantes
ou com numerais romanos – é agora
mais fina, para outorgar uma maior amplitude
ao mostrador, e as “garras” foram reduzidas e integradas
de forma mais suave na caixa. O design da
coroa foi também reformulado, com cada um dos
entalhes a assumir a forma de uma pequena meia-
-lua, de forma a ecoar as facetas da caixa. Além
disso, o fecho da pulseira disponibiliza um alargamento
ajustável, que permite aumentar o tamanho
da mesma em cerca de 2 mm, por forma a colmatar
as flutuações no diâmetro do pulso ao longo do dia.
Finalmente, os ponteiros foram actualizados e assumem
a forma de uma folha esqueletizada, e alguns
modelos possuem índices inspirados no horizonte
de Manhattan, com destaque para as facetas triangulares
da Freedom Tower, enquanto outros possuem
diamantes redondos como índices.
Disponível em vários tamanhos e combinações de
materiais, aqui destacamos o Omega Constellation
Manhattan com mostrador em aventurina e marcadores
das horas em diamante. Com uma caixa de 29
mm, em aço e ouro Sedna – materiais que se estendem
ao bracelete -, este modelo está equipado com
um movimento automático, calibre 8700, certificado
pelo METAS e visível através do fundo transparente.
Por Marina Oliveira
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108
BULGARI
TEMPO NO FEMININO
Born to be…
GOLD
PRODUZIDO EXCLUSIVAMENTE
EM OURO, O NOVO BULGARI
SERPENTI SEDUTTORI CONFERE
AO TEMPO UM CARÁCTER
PRECIOSO. UMA PRECIOSIDADE
QUE ATINGE PATAMARES AINDA
MAIS ELEVADOS NAS VERSÕES
EM PAVÉ DE DIAMANTES.
Por Marina Oliveira
A
actual reinterpretação do Bulgari Serpenti – que ganhou
o rótulo de Seduttori - abre um novo capítulo na história
deste relógio de culto ultra feminino. Produzido exclusivamente
em ouro – rosa, branco ou amarelo –, outorga ao
tempo uma identidade preciosa. Isto é particularmente
verdade nas versões requintadas em pavé, com 166 diamantes
redondos de corte brilhante com engaste neve.
Com uma aura inconfundível de poder e sensualidade, os novos
Serpenti Seduttori apresentam-se com um novo design, que preserva
a icónica caixa em forma de gota – estética que advém do
modelo Serpenti Tubogas –, coroada por diamantes. Mais fino do
que nunca, o Serpenti Seduttori surge acompanhado por uma
nova pulseira flexível com um motivo hexagonal estilizado, inspirada
nos relógios Serpenti originais. O toque final é dado pela
coroa, que encerra uma rubelite, em homenagem ao ADN joalheiro
da Bulgari.
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109
TEMPO NO FEMININO
HUBLOT
OUSADIA
EM SETE TONS
SETE SÃO AS CORES DO ARCO-ÍRIS. E SETE SÃO
TAMBÉM AS TONALIDADES DAS PEDRAS PRECIOSAS
QUE VESTEM O NOVO HUBLOT BIG BANG UNICO
RAINBOW KING GOLD, TRANSFORMANDO-O NUMA
PEÇA REPLETA DE OUSADIA E MUITO GLAMOUR.
Por Marina Oliveira
V
ermelho, fúchsia, violeta, azul, verde, amarelo
e laranja são as sete cores seleccionadas pela
Hublot para transformar o novo Big Bang
Unico Rainbow King Gold num verdadeiro
arco-íris relojoeiro e joalheiro. Para tal, foram
escolhidas 436 pedras coloridas, onde se
incluem oito gemas: rubis, safiras rosa, ametistas,
safiras azuis, topázios azuis, tsavoritas, safiras
amarelas e safiras laranja.
Com 45 mm, a caixa em King Gold surge engastada
com um total de 176 gemas coloridas, enquanto
a luneta recebe 48 pedras preciosas com corte
baguete. Já o mostrador esqueletizado, veste-se
com 212 gemas. Para transformar o novo Big Bang
Unico Rainbow King Gold num verdadeiro arco-íris,
a Hublot equipa-o com uma correia em pele de crocodilo
e borracha natural, concebida com um efeito
gradiente multicolor, a condizer com todas as pedras
preciosas do relógio.
A dar vida ao novo modelo está o movimento cronógrafo
de manufactura UNICO HUB1242. Este calibre
automático apresenta um cronógrafo flyback com
mecanismo de roda de colunas e providencia uma
reserva de marcha de 72 horas
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110
AUDEMARS PIGUET
TEMPO NO FEMININO
OURO
COM BRILHO
DE DIAMANTE
QUANDO O OURO ASSUME UM BRILHO QUE
FAZ LEMBRAR UM DIAMANTE, NÃO É MAGIA.
TRATA-SE DE UMA TÉCNICA JOALHEIRA
FLORENTINA, AMPLAMENTE UTILIZADA
NOS ROYAL OAK FROSTED GOLD
DA AUDEMARS PIGUET.
Por Marina Oliveira
C
riado para celebrar o 40º aniversário do primeiro Royal
Oak feminino, projectado por Jacqueline Dimier em 1976,
o Audemars Piguet Royal Oak Frosted Gold resulta de
uma parceria com a criadora de jóias Carolina Bucci. Bucci
é conhecida pelas suas peças de joalharia ousadas que,
muitas vezes, possuem um acabamento “martelado”. E foi
este tipo de acabamento – realizado através de um processo
denominado técnica florentina, que confere uma aparência
brilhante, tipo diamante, e áspera ao toque – que foi transposto
para o Royal Oak Frosted Gold.
A técnica foi aplicada à superfície de todo o relógio, incluindo a
caixa, cada elo da pulseira e à luneta. Excepção feita para a parte
interna do bracelete, o logotipo “AP” no fecho, o fundo da caixa,
os cantos da luneta e dos elos da pulseira. Nestes casos, o acabamento
é polido, o que torna as superfícies “marteladas” ainda
mais dramáticas.
Disponível em ouro rosa ou branco e em dois tamanhos – 33 mm
(quartzo) e 37 mm (automático) –, o Royal Oak Frosted Gold apresenta
o icónico motivo Grande Tapisserie no mostrador, com índices
aplicados finos e alongados e uma indicação de data, às 3h.
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111
TEMPO NO FEMININO
HARRY WINSTON
JÓIAS
NO PULSO
PEÇAS DO TEMPO DE EXCEPÇÃO,
QUE ALIAM MAGISTRALMENTE
A JOALHARIA E A RELOJOARIA,
ESTES EXEMPLARES DA HARRY
WINSTON DESTACAM-SE PELA
SUBLIME UTILIZAÇÃO
DOS DIAMANTES E DAS
PEDRAS PRECIOSAS.
Por Marina Oliveira
HARRY WINSTON
Avenue Diamonds Drop
C
om grande tradição no
universo da joalharia, a
Harry Winston estreou-
-se na medição do tempo
com pompa e circunstância,
em 2001, com o lançamento
do Opus. Adquirida
em 2013 pelo Grupo Swatch, a
marca aumentou nos últimos anos
a sua oferta cronométrica e estabeleceu-se
definitivamente no mundo
da alta relojoaria. Hoje, a marca oferece
peças do tempo de excepção,
algumas delas combinando os dois
ofícios que lhe são caros: a joalharia
e a relojoaria. Este é o caso dos quatro modelos
que figuram nestas páginas e que têm nas
pedras preciosas o denominador comum.
O primeiro exemplo é o Midnight Moon Phase Diamond
Drops, cujo design do mostrador celebra
o brilho e cintilação dos melhores diamantes do
mundo. A face azul é sublinhada por uma cascata
de brilhantes com engaste “neve” e o equilíbrio
e harmonia de toda a peça são conferidos pela
luneta e asas engastadas com diamantes, bem
como pelas fases da Lua, no centro do mostrador.
O toque final neste relógio com 305 diamantes é
dado pela caixa de 39 mm em ouro branco e pelo
bracelete azul em pele de crocodilo.
A chuva de diamantes continua no Avenue Dia-
112
HARRY WINSTON
Premier Lotus
HARRY WINSTON
Premier Winston Candy
HARRY WINSTON
Midnight Diamonds Drop
mond Drops, desta feita numa caixa rectangular em
ouro rosa, engastada na luneta e asas, cujo mostrador
castanho recebe uma cascata de brilhantes com
engaste “neve”.
Os melhores amigos da mulher continuam em destaque
numa das mais recentes obras-primas da Harry
Winston. Trata-se do Premier Lotus Automático. Com
uma caixa de 31 mm, o novo modelo apresenta uma
escultura floral dinâmica que se ergue das águas
perladas do mostrador. Aqui, as majestosas pétalas
da flor de lótus surpreendem pela cor, luz, volume e,
claro, pelo fulgor dos diamantes.
Finalmente, no Premier Winston Candy, os diamantes
unem-se às pedras preciosas coloridas, para dar
vida a uma peça do tempo automática que remete
para as memórias de infância e para a alegria
e cor de uma loja de doces. Aqui, turmalinas
azuis, tsavoritas verdes, espessartitas laranja,
safiras azuis claras e escuras, espinelas vermelhas
e safiras rosa, cortadas em três tamanhos
diferentes e com engaste neve, brilham no mostrador,
que lembra um conjunto de guloseimas à
espera de ser saboreado. A emoldurar esta montra
de doces está uma caixa de ouro branco com
31 mm, que protege um movimento automático
de manufactura.
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113
JÓIAS
DE GRISOGONO
Divertida
ESPIRAL
Acolecção Allegra, da de Grisogono,
caracteriza-se por uma
espiral divertida de elos em ouro
simples ou abrilhantados por
diamantes ou pedras preciosas.
Tratam-se de peças de joalharia,
cujos redemoinhos espontâneos
de luz e brilho conferem um glamour
precioso a ocasiões festivas ou complementam
a elegância do quotidiano.
DE GRISOGONO
Anel Allegra, em ouro rosa
e diamantes
DE GRISOGONO
Bracelete Allegra, em ouro rosa
e diamantes
Xxxxxxxxxxx
114
BULGARI
JÓIAS
BULGARI
Bulgari, colar em ouro rosa,
diamantes e cornalina
CLASSE CONTEMPORÂNEA
BULGARI
Bulgari, pulseiras em ouro rosa, diamantes e cornalina
Nascida da herança romana da Bulgari para uma
elegante fusão de cultura e modernidade, a
colecção Bvlgari Bvlgari é uma afirmação efervescente
e contemporânea de classe. O duplo
logo de marca registada foi inicialmente inspirado
nas inscrições curvas das moedas antigas,
enquanto hoje evoluiu para interpretações divertidas.
Em sintonia com o espirito dinâmico da colecção,
este colar e pulseiras apresentam-se em ouro rosa, diamantes
e cornalina.
115
JÓIAS
SUZANNE KALAN
SUZANNE KALAN
Braceletes Rainbow Fireworks em
ouro rosa, diamantes e pedras
preciosas coloridas
OVER
J
óias únicas e inovadoras são a imagem de marca de
Suzanne Kalan. Concebidas em ouro, as peças recebem
pedras preciosas coloridas de corte personalizado, às
quais se juntam diamantes. A colecção assinatura da
marca – Fireworks – destaca-se pelo design vanguardista,
que casa o caos de diamantes baguette colocados
de forma “aleatória” com gemas coloridas.
THE RAINBOW
SUZANNE KALAN
Anel Rainbow Fireworks em ouro rosa,
diamantes e pedras preciosas coloridas
116
JÓIAS
DJULA
Conto
de FADAS
Construa o seu próprio mundo de
sonho com a colecção Fairy Tale, da
Djula. Peças onde a assinatura gráfica
da casa joalheira se transforma
em jóias de ouro, pontuadas por diamantes.
Seja através de um design
intricado, onde aros interligados exibem
grupos de diamantes no caminho onde
se cruzam, seja através de um círculo perfeito
onde repousam estas gemas, a linha Fairy Tale
promete iluminar todos os contos de fadas.
DJULA
Colar Fairy Tale em ouro rosa
e diamantes
Xxxxxxxxxxx
DJULA
Anel Fairy Tale em ouro rosa
e diamantes
118
PIAGET
JÓIAS
PIAGET
Bracelete Possession
em ouro rosa e diamantes
AO RITMO DOS
PIAGET
Pendente Possession
em ouro rosa e diamantes
DIAMANTES
Na linha Piaget Possession, cada jóia
representa uma fonte inesgotável
de prazer que gira ao ritmo de cada
mulher. Um jogo entre bandas móveis,
ouro e diamantes que revela o poder
inabalável do universo feminino. Sempre
brilhantes e em constante movimento,
as bandas móveis que encimam anéis e
braceletes ou abraçam pendentes iluminam o
quotidiano com surpreendente sofisticação.
PIAGET
Anel Possession
em ouro rosa e diamantes
119
JÓIAS
BRIDAL
SUR
MESURE
A
escolha do anel de noivado e das alianças representa um
dos momentos mais importantes na preparação de um
casamento. A pensar neste instante de celebração do
amor, a Boutique dos Relógios Plus disponibiliza um serviço
sur mesure de joalharia, que possibilita aos noivos a escolha
do anel que melhor se adapta ao estilo, personalidade e
história de cada um. Porque, afinal, o “e foram felizes para
sempre” é construído, também ele, à medida.
120
As jóias Tirisi são produzidas em ouro de 18K com diamantes de alta qualidade e pedras semipreciosas lapidadas à mão.
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JÓIAS
TIRISI
Ode ao romantismo
TIRISI
Colar Venice em ouro rosa
e diamantes de corte brilhante
Xxxxxxxxxxx
TIRISI
Anel Venice em ouro rosa e
diamantes de corte brilhante
Reconhecida pelos designs
inspirados em algumas
das mais icónicas cidades
do mundo, a Tirisi apresenta
peças de joalharia,
nas quais o ouro se cruza
com diamantes de corte
brilhante. Aqui, Veneza e os seus
icónicos canais e gôndolas servem
de motor para a criação de jóias de
linhas puras e elegantes, levemente
onduladas, como as águas da
cidade romântica por excelência.
122
GRAFF
JÓIAS
GRAFF
Brincos Cluster em ouro rosa
e diamantes
FLORES
PRECIOSAS
GRAFF
Colar Cluster em ouro rosa
e diamantes
Há mais de meio século que a Graff opera no pináculo
da indústria joalheira, descobrindo e moldando
diamantes de brilho e raridade, transformando as
maravilhas escondidas da terra em peças de joalharia
deslumbrantes, que movem o coração e
mexem com a alma. É o caso deste conjunto da
linha Cluster, onde, sob uma moldura de ouro rosa,
os diamantes se agrupam para dar vida a pequenas flores
preciosas.
GRAFF
Anel Cluster em ouro rosa
e diamantes
123
EVASÃO
BEM-ESTAR
SIMBIOSE PERFEITA
ENTRE CORPO E MENTE
A VIAGEM DA TURBILHÃO PELOS
MELHORES SPAS DISPONÍVEIS
EM PORTUGAL CONTINUA,
DESTA FEITA NO SAYANNA
WELLNESS BY MYRIAD. COM
UMA PAISAGEM DE CORTAR
A RESPIRAÇÃO, AQUI, QUASE
NO TOPO DA ANTIGA TORRE
VASCO DA GAMA, PERFILA-SE
O ESPAÇO PERFEITO PARA
DESCANSAR CORPO E MENTE.
Por Marina Oliveira
Nunca a frase do poeta romano Juvenal – Mens
sana in corpore sano (“mente sã num corpo
são”) – fez tanto sentido como nesta viagem
de bem-estar proporcionada pelo Spa Sayanna
Wellness by Myriad. Tudo, desde a localização,
à paisagem, passando, claro, pela qualidade
dos tratamentos e massagens oferecidos, assim
como pelos pequenos detalhes, contribui para uma sensação
de simbiose perfeita entre corpo e mente.
Ao chegar, somos recebidos pelo Tejo, mesmo ali ao lado.
E o universo de relaxamento, proporcionado pelas águas
calmas do rio, sobe, literalmente, de nível, quando iniciamos
a jornada rumo ao Spa. É que o Sayanna Wellness
ocupa o 23.º andar do hotel Myriad by Sana e, aí, a paisagem
é verdadeiramente arrebatadora. As enormes pare-
124
des de vidro junto à piscina interior, à sauna e nas salas de
tratamento oferecem uma vista panorâmica sobre o Tejo,
a ponte Vasco da Gama e a outra margem. E a sensação
de bem-estar emocional instala-se definitivamente.
Entretanto, aproveite para descansar numa das quatro
cadeiras de massagem ou duas camas de hidromassagem
submersas, enquanto beberica um chá gelado
e aprecia a vista. Depois, é escolher entre a miríade de
massagens e tratamentos disponíveis, todos antecedidos
por um ritual de pés, onde a terapeuta os massaja com
a ajuda de um esfoliante com pétalas de rosa, rodelas de
lima e de limão.
Se pretender um momento mais romântico, opte por um
tratamento a dois na Suite Spa Vip, onde poderá usufruir
de serviços exclusivos e de assinatura. Independente-
mente da sua escolha e horário de marcação, terá acesso
total ao Spa nesse dia, entre as 9h e as 22h, desfrutando
da piscina, do duche bi-térmico, do banho turco, da sauna
e do ginásio equipado com Technogym.
No Spa Sayanna Wellness by Myriad tudo está pensado
ao mais ínfimo pormenor, de modo a poder proporcionar
momentos de relaxamento únicos com vista sobre o
Tejo, que prometem ajudar na revitalização do corpo e
da mente.
Cais das Naus, Lote 2.21.01
Parque das Nações – Lisboa
www.myriad.pt/pt/sayanna-wellness
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125
TENDÊNCIAS
MODA
LOOK TOTAL DIOR
LOJA DAS MEIAS - AVENIDA
BEING
GRACEFUL
CARTIER
LA PANTHÈRE
PRADA
GUCCI
SALVATORE FERRAGAMO
Loja das Meias
Padrões subtis que deixam a sua marca e pormenores elegantes que os complementam…
Combinações delicadas, doces e femininas, que exaltam a beleza de ser mulher.
127
TENDÊNCIAS
MODA
LOOK TOTAL CELINE BY HEDI SLIMANE
LOJA DAS MEIAS - AVENIDA
FEARLESS
ATTITUDE
OFF-WHITE
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BULGARI
SERPENTI SEDUTTORI
ISABEL MARANT
FENDI
Detalhes ousados revelam mentes destemidas, distinguem personalidades aguerridas
e evidenciam a verdadeira identidade de quem arrisca ser quem é.
129
TENDÊNCIAS
UM RELÓGIO COM
PIAGET
POSSESSION
KEEPING THE CLASS THROUGH TIME
Subtil e elegante. Um jogo estético de cores
sóbrias. Uma conjugação harmoniosa onde a
pele de jacaré e os diamantes fazem do tempo...
um luxo.
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