11.03.2020 Views

TURBILHAO 17

Revista Turbilhão Outono/Inverno 19/20

Revista Turbilhão Outono/Inverno 19/20

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A ARTE DE VIVER O TEMPO

5 607727 100966

00017

17 | Outono-Inverno 19 ’20 | Semestral | PVP Portugal 8€ Angola 5000 Akz

ALTA RELOJOARIA

BACK

TO BASICS

ESCAPE

CIDADE

INVICTA

GLAMOUR

DANIELA

RUAH




COLLECTION

Fifty Fathoms

©Photograph: Laurent Ballesta/Gombessa Project

Art Avenida 194C, 210 730 530 ∙ Av. da Liberdade 129, 213 430 076

Centro Colombo, 217 122 595 ∙ Amoreiras Shopping Center, 213 827 440

NorteShopping, 229 559 720



TO BREAK THE RULES,

YOU MUST FIRST MASTER

THEM.*

LISBOA: AVENIDA DA LIBERDADE +351 213 430 076


*PARA QUEBRAR AS REGRAS, PRIMEIRO É PRECISO DOMINÁ-LAS. | AUDEMARS PIGUET®




016 076

122

12.EDITORIAL

ALTA RELOJOARIA

16.Tema de Capa

22.Peças Emblemáticas

26.História

30.Design

34.Tendências

36.História

38.Peças de Excepção

42.Manufactura

46.Entrevista

50.Novidades

ESCAPE

58.Motores

66.Evasão

70.Espaços de Referência

74.Evasão

80.Tendências

88.Tecnologia

91.Tendências

92.Decoração

94.Real Estate

96.Entrevista

GLAMOUR

100.Entrevista

106.Tempo no Feminino

114.Jóias

124.Evasão

126.Moda

130.Tendências

Capa: Camisa Sacai, na Stivali.

Relógio Audemars Piguet Royal Oak Anéis e Colar Djula Graphic, na Boutique dos Relógios Plus.

ASSINATURAS

A ARTE DE VIVER O TEMPO

Assine a TURBILHÃO e receba a revista com toda a comodidade em sua casa

Portugal 16 Euros | Angola 10.000 Akz por 2 números

Portugal 32 Euros | Angola 20.000 Akz por 4 números

Companhia das Cores – Design e Comunicação Empresarial, Lda. | Rua Sampaio e Pina, n.º 58, 2.º Dto., 1070-250 Lisboa

T. (+351) 213 825 610 | marketing@companhiadascores.pt

10


IWC SPITFIRE.

O SONHO QUE LEVANTA VOO

Relógio Aviador Cronógrafo Spitfire.

Ref. 3879: Se lê I-W-C como «India, Whiskey,

Charlie», provavelmente, tem querosene a correr

nas veias. E precisa de um relógio que foi

desenvolvido especificamente para o cockpit. O

design do Relógio Aviador Cronógrafo Spitfire

foi inspirado no dos relógios que reproduzem os

instrumentos de um cockpit, como o Mark 11.

O nosso primeiro Cronógrafo Aviador, com um

diâmetro reduzido de 41 mm, é acionado pelo

calibre de manufatura IWC 69380. Por outro

lado, a caixa de bronze, o mostrador verde

azeitona e a bracelete castanha de pele

recordam-nos o espírito de uma época em que

voar ainda era privilégio de apenas alguns

sortudos destemidos.

Movimento de cronógrafo mecânico ∙ Corda automática ∙

Calibre manufaturado IWC 69380 ∙ Reserva de marcha 46

horas ∙ Indicação da data e dos dias da semana ∙ Função

de paragem das horas, minutos e segundos ∙ Pequeno

ponteiro dos segundos ∙ Caixa interior em ferro macio

para isolamento contra campos magnéticos ∙ Coroa de

rosca ∙ Vidro safira, bombeado, antirreflexo de ambos os

lados ∙ Fixação segura do vidro em caso de

despressurização ∙ Gravura no fundo de um Spitfire ∙

Resistente à água 6 bar ∙ Diâmetro 41 mm

Amoreiras Shopping Center, 213 827 440 · NorteShopping, 229 559 720 · CascaiShopping, 214 607 060 · Centro Colombo, 217 122 595 · Av. da Liberdade, 129, 213 430 076


EDITORIAL

PROPRIEDADE E EDIÇÃO

Tempus Distribuição, S.A.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Salomão Kolinski, Cristina Kolinski

e David Kolinski

Directora: Marina Oliveira

moliveira@turbilhao.pt

Redacção: Marina Oliveira

e Companhia das Cores

Colaboradores: Andreia Amaral, Bruno Lobo, Carlos

Torres, Catarina Palma e Fernando Correia de Oliveira.

PELA SIMPLICIDADE

Nas palavras de Leonardo Da Vinci, “a simplicidade é

a máxima sofisticação”. Hoje, precisamente quando se

cumprem 500 anos sobre a morte do génio da Renascença,

esta frase faz mais sentido do que nunca.

De facto, depois de muitos anos de ostentação, excesso e

euforia, o mote é, agora, para abrandar, simplificar, regressar

às origens. Vivemos numa época em que se procura

a legitimidade, não apenas técnica e estética, mas também

ambiental, histórica e cultural; numa sociedade que

anseia por um regresso à simplicidade.

Uma tendência transversal a todos os mercados, onde

se inclui a alta relojoaria. Nos últimos anos, as marcas do

sector foram abandonando euforias do passado, onde a

regra parecia ser apostar em relógios enormes, de design

vanguardista e repletos de complicações e indicações

que, de certa forma, desvirtuavam a máxima função das

peças do tempo: indicar as horas. No seu lugar, nasceram

modelos mais discretos, cuja simplicidade serve de

fachada estética para a complexidade técnica, e relógios

que trazem para a actualidade as velhas glórias da época

de ouro da relojoaria.

São sobre esta temática muitos dos artigos que preenchem

as próximas páginas, numa espécie de regresso às

origens, sempre com os olhos postos no futuro.

MARINA OLIVEIRA

Directora

DESIGN, CONCEPÇÃO GRÁFICA

E PRODUÇÃO

Companhia das Cores – Design

e Comunicação Empresarial, Lda.

Rua Sampaio e Pina, n.º 58, 2.º Dt.º

1070-250 Lisboa

Tel.: (+351) 213 825 610

design@companhiadascores.pt

PAGINAÇÃO

Ana Gil e Sofia Dias

DIRECÇÃO COMERCIAL E PUBLICIDADE

Companhia das Cores - Design

e Comunicação Empresarial, Lda.

Tel.: (+351) 213 825 610

marketing@companhiadascores.pt

ADMINISTRAÇÃO, EDIÇÃO E REDACÇÃO

Tempus Distribuição, S.A.

Avenida Infante D. Henrique, lote 1679, R/c Dt.º – clj.,

1950-420 Lisboa, com o Capital Social de 50.300 euros,

registada no Registo Comercial de Lisboa,

NIPC 503939803 | Tel.: (+351) 218 310 100

Publicação inscrita na Entidade Reguladora

para a Comunicação Social sob o n.º 126114.

Todos os direitos reservados.

Qualquer reprodução ou cópia do conteúdo sem

autorização do autor será punida por lei.

Depósito Legal n.º 335157/11

ISSN 2182-3987

IMPRESSÃO

Lidergraf, Artes Gráficas, S.A.

Rua do Galhano n.º 15,

4480-086 Vila do Conde

Tel.: (+351) 25 210 33 00

lidergraf@lidergraf.pt

DISTRIBUIÇÃO

VASP, Distribuidora de Publicações, Lda.

MLP – Quinta do Grajal, Venda Seca

2739-511 Agualva - Cacém

Tel.: (+351) 214 337 000 | geral@vasp.pt

ESTATUTO EDITORIAL

Disponível em www.turbilhao.pt

Periodicidade Semestral

Tiragem 12.000 exemplares

12


Tema de Capa

16.Back to Basics

Peças Emblemáticas

22.Blancpain

23.Breguet

24.Breitling

25.Panerai

História

26.Speedmaster e o espaço

Design

30.Gerald Genta

LTA RELOJOARIA

Tendências

34.Pre-Owned

História

36.Chanel J12

Peças de Excepção

38.Blancpain e Vacheron Constantin

39.Breguet e Panerai

40.Harry Winston e Roger Dubuis

41.Jaquet Droz e Omega

Manufactura

42.HYT

Entrevista

46.Grégory Dourde

Novidades

50.Vacheron Constantin

52.Tendências

56.Swatch




TEMA DE CAPA

BACK TO BASICS

BACK

TO

BASICS

APÓS ANOS DE EXCESSO E EUFORIA,

A ORDEM É PARA ABRANDAR,

APRECIAR, REGRESSAR ÀS ORIGENS.

UMA TENDÊNCIA QUE NÃO SE LIMITA

À INDUSTRIA RELOJOEIRA, MAS QUE

SE ESTENDE A TODOS OS MERCADOS,

NUMA ÉPOCA EM QUE SE PROCURA A

LEGITIMIDADE, NÃO APENAS ESTÉTICA

E TÉCNICA, MAS TAMBÉM AMBIENTAL,

HISTÓRICA E CULTURAL. O DESEJO DE

EXCESSO ACABOU, DANDO LUGAR A

UM REGRESSO À SIMPLICIDADE.

Por Marina Oliveira

Nos últimos anos, um pouco

por todos os mercados, temos

vindo a assistir a uma espécie

de regresso às origens. Uma tendência

forte que tem levado os

consumidores a procurar produtos

e experiências autênticos e

diferenciados, que lhes permitam expressar

a sua individualidade, reavaliando os

hábitos de consumo, passando do materialismo

aberto à simplicidade, autenticidade

e individualidade, e começando a

valorizar mais a qualidade e ofertas únicas.

16


De acordo com o relatório da Euromonitor

International para os hábitos de consumo em

2019, os consumidores irão favorecer produtos

posicionados como simplificados, de volta ao

básico e de melhor qualidade. Desde o desejo

por viagens genuínas, como uma alternativa

às férias organizadas, com foco no local e na

autenticidade, bem como no ecoturismo, a

bebidas de fabrico artesanal, passando por

produtos alimentares biológicos, esta mudança

nos valores dos consumidores favorece um

regresso às origens e simplicidade em praticamente

todos os sectores da sociedade.

E a Alta Relojoaria não fica imune a esta tendência.

Depois de anos de excesso e euforia,

testemunhamos um regresso a uma maior

moderação, tanto em termos técnicos como

estéticos. Longe vão os dias em que nas montras

pululavam relógios enormes, com designs

vanguardistas e repletos de complicações,

cujas indicações se sobrepunham, dificultando

sobremaneira a legibilidade da passagem do

tempo. Queremos com isto dizer que as complicações

morreram e que, agora, teremos apenas

CARTIER

Santos Dumond

CARTIER

Panthère

17


TEMA DE CAPA

BACK TO BASICS

BREGUET

Classique Segundos

Descentrados

VACHERON CONSTANTIN

Patrimony

GLASHÜTTE ORIGINAL

Senator Sixties

Edição Anual

CARTIER

Santos Dumond

modelos com horas, minutos e segundos? Claro que não. Os relógios

com complicações continuam e continuarão a existir. A forma como

estas são exibidas é que tem vindo a sofrer alterações, sendo muito

mais sóbria e clean.

Trata-se, no fundo, de uma espécie de tendência “neoclássica”,

baseada em designs muito mais discretos e, sobretudo, muito mais

finos, que tem vindo a ganhar popularidade há alguns anos e que tem

levado as marcas de alta relojoaria a apresentar modelos pautados

pela simplicidade, pureza das linhas e uma escolha restrita de materiais.

Será, provavelmente, mais do que uma necessidade de naturalidade,

uma procura pelo equilíbrio perfeito, onde a simplicidade é mais

uma fachada estética que oculta complexidades técnicas.

Exemplos práticos não faltam nas colecções das mais conceituadas

marcas. É o caso do Breguet Classique Segundos Descentrados, cujo

mostrador em esmalte branco eleva a pureza do design a um patamar

máximo de sofisticação; ou do Vacheron Constantin Patrimony, cuja

face sóbria e simples lhe empresta uma elegância intemporal. Mais

ousado, pelas cores que veste, também o Glashütte Original Sixties

Edição Anual mantém o mostrador clean, apostando numa sobriedade

vintage em tons quentes. E, claro, os clássicos Santos Dumond

da Cartier e o Royal Oak da Audemars Piguet, dois exemplos de simplicidade

com um toque desportivo.

AUDEMARS PIGUET

Royal Oak Offshore Cronógrafo

18


BLANCPAIN

Blancpain Fifty Fathoms

Barakuda Re-Edição

OMEGA

Speedmaster Professional

Moonwatch

INSPIRAÇÃO VINTAGE

Este regresso às origens traz também consigo um outro retorno,

desta feita às velhas glórias da época de ouro da relojoaria. Os

produtos heróicos dessa época – aproximadamente dos anos quarenta

até aos anos setenta (ou seja, pós-industrialização e antes da

crise de quartzo) – estão a ser re-imaginados e, em alguns casos,

recriados ipsis verbis para uma nova geração apaixonada por um

óptimo design com um toque vintage.

Também nesta categoria não faltam exemplares dignos de registo.

Atentemos, por exemplo, no ícone dos ícones, o Speedmaster

Professional Moonwatch, o relógio da Lua, cujo design sofreu poucas

alterações ao longo dos anos, e um modelo frequentemente

revisitado pela Omega, que se mantém intemporal até hoje. Ou o

Fifty Fathoms da Blancpain, que, em 2019, recebe uma reedição

de um modelo dos finais dos anos 60, o Barakuda.

AUDEMARS PIGUET

Royal Oak

19


TEMA DE CAPA

BACK TO BASICS

A SIMPLICIDADE É

A MÁXIMA SOFISTICAÇÃO

LEONARDO DA VINCI

IWC

Pilot Spitfire Cronógrafo

Também a Breitling mergulhou nos arquivos históricos

da marca para recuperar e reeditar a linha Premier, uma

colecção de relógios para o quotidiano, originalmente

lançada nos anos 40. Já a IWC dedica 2019 à família Pilot.

Um ícone entre as históricas colecções da marca desde

meados da década de 1930, a linha Pilot desenvolveu-se

em paralelo com a aviação, inspirada pelas necessidades

de precisão e legibilidade dos pilotos, e mantém-se até

hoje como um dos pilares da IWC.

Sejam modelos de inspiração vintage ou peças sóbrias e

elegantes per se, a verdade é que o tempo dos “excessos”

relojoeiros parece ter ficado para trás, dando lugar a um

regresso às origens, onde – como afirmou Leonardo Da

Vinci – “a simplicidade é a máxima sofisticação”.

BREITLING

Premier B01 Cronógrafo

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

20


O esquadrão de Cinema Breitling

Charlize Theron

Brad Pitt

Adam Driver

AR

TERRA

NAVITIMER 8

MAR

#SQUADONAMISSION

ESPAÇO BREITLING

Avenida da Liberdade, 129


PEÇAS EMBLEMÁTICAS

BLANCPAIN

BLANCPAIN

AIR COMMAND

CRONÓGRAFO

FLYBACK

Por Marina Oliveira

A

Blancpain revisita um dos mais raros cronógrafos

dos anos 50, com uma edição limitada

do Air Command, uma peça inspirada

num protótipo produzido para o Ministério

da Defesa francês, que solicitou, na época,

um modelo de piloto com mostrador preto,

marcadores das horas e ponteiros luminosos

e movimento cronógrafo flyback de alta precisão.

Limitado a 500 exemplares, o novo Blancpain Air

Command Cronógrafo Flyback reproduz fielmente

o design do seu raro antecessor, apresentando uma

luneta rotativa de contagem regressiva (agora com

inserções de cerâmica preta), numerais, marcadores

e ponteiros revestidos com Super-LumiNova do tipo

“rádio antigo”, que replica o tom alaranjado do original,

mostrador preto com escala taquimétrica e indicações

de cronógrafo, e vidro de safira tipo-caixa.

A caixa de 42,5 mm em aço do novo modelo de inspiração

militar encerra o calibre automático F388B, com

cronógrafo flyback de embraiagem vertical e rotor de

ouro em forma de hélice. O toque vintage final é dado

pela correia patinada em pele de bezerro.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Movimento_ Automático, calibre de

manufactura F388B, cronógrafo flyback

com roda de coluna, rotor de ouro em forma

de hélice, frequência 5Hz, 50 horas

de reserva de marcha.

Caixa_ Aço, 42,50 mm, luneta unidireccional

com inserções de cerâmica e marcadores

Super-LumiNova, fundo em vidro de safira,

estanque até 30 metros.

Mostrador_ Preto com decoração raio-de-

-sol, numerais árabes e ponteiros revestidos

a Super-LumiNova, indicações de horas,

minutos, escala taquimétrica e cronógrafo

(contadores de 30 minutos e 12 horas).

Bracelete_ Pele de bezerro castanha.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

22


BREGUET

PEÇAS EMBLEMÁTICAS

Breguet

CLASSIQUE

5177

Por Marina Oliveira

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Movimento_ Automático, calibre 777Q,

escape e mola do balanço em silício,

28.800 alt/h, 55 horas de reserva de marcha.

Caixa_ Ouro branco, 38 mm, fundo em

vidro de safira, estanque até 30 metros.

Mostrador_ Azul esmaltado, ponteiros em

aço revestido a ródio, numerais e inscrições

prateados, assinatura secreta às 6h,

indicações de horas, minutos,

segundos e data.

Bracelete_ Pele de crocodilo azul-escura,

com fecho de báscula em ouro.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

A

Breguet apresenta o novo Classique 5177

Esmalte Grand Feu, um modelo automático

ao mais puro estilo Breguet – simplicidade

elegante e refinada –, mas cujo mostrador

azul profundo esmaltado adiciona um toque

distinto. De facto, no novo Classique, o azul

assinatura da marca é transposto para o mostrador,

que ecoa a cor obtida durante o azulamento

dos ponteiros Breguet.

Para garantir uma perfeita legibilidade, os numerais

e outras inscrições no mostrador, incluindo a data

emoldurada por uma janela trapezoidal, são prateados.

Já a assinatura secreta da marca aparece

discretamente às 6h, enquanto os ponteiros em aço

revestido a ródio, com a clássica ponta circular oca,

indicam a passagem das horas.

Apresentado numa caixa de 38 mm em ouro branco,

o Classique 5177 Esmalte Grand Feu é movido pelo

calibre automático 777Q – visível através do fundo

da caixa em vidro de safira – e complementado por

uma correia azul-escura em pele de crocodilo.

23


PEÇAS EMBLEMÁTICAS

BREITLING

Breitling

PREMIER B01

CRONÓGRAFO 42

NORTON EDITION

Por Marina Oliveira

E

m 2019, a Breitling celebra a parceria com

a marca de motos britânica Norton, com a

introdução do Breitling Premier B01 Cronógrafo

42 Norton Edition. Apresentado em

2018, o Breitling Premier B01 Cronógrafo 42

é o porta-estandarte da nova colecção de

relógios Premier. O layout do mostrador, com

os dois contadores do cronógrafo, apresenta reminiscências

vintage. Inspiração que ganha força nesta

edição dedicada à Norton Motorcycles.

A distinguir esta edição especial do modelo “normal”

está a presença de numerais árabes em todo o

mostrador, o logótipo “Norton” gravado numa placa

na lateral da caixa, e uma moto e logótipo Norton,

impressos no fundo transparente do relógio. Fundo

esse que permite admirar o movimento de manufactura

Calibre 01, com 70 horas de reserva de marcha,

escolhido para alimentar este modelo.

Os números e ponteiros dourados contrastam com o

mostrador preto e alinham-se com a correia de pele

castanha, embora o relógio também esteja disponível

com uma pulseira em aço.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Movimento_ Cronógrafo automático,

calibre de manufactura Breitling 01,

28.800 alternâncias/hora, 70 horas

de reserva de marcha.

Caixa_ Aço, 42 mm, logótipo Norton gravado

numa placa lateral, fundo aparafusado

em vidro de safira com moto e logótipo

Norton impressos, estanque até 100 metros.

Mostrador_ Preto, numerais árabes

e ponteiros dourados, indicações de horas,

minutos, cronógrafo (contadores de ¼

segundo e 30 minutos), escala taquimétrica

e data.

Bracelete_ Pele castanha ou aço.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

24


PANERAI

PEÇAS EMBLEMÁTICAS

PANERAI

RADIOMIR PAM 931

CALIFORNIA

DIAL

Por Marina Oliveira

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Movimento_ Manual, calibre de manufactura

P.3000, balanço em Glucydur®, 21.600

alternâncias/hora, dois tambores de corda,

três dias de reserva de marcha.

Caixa_ Aço, 47 mm, fundo em vidro de safira.

Mostrador_ Castanho fumado, numerais

árabes e romanos, índices em forma de barra

e ponteiros azuis (todos luminescentes),

escala dos minutos ao estilo caminhos-

-de-ferro, indicações de horas e minutos.

Bracelete_ Pele castanha.

A

Panerai revisita o primeiro

modelo protótipo produzido

pela marca, em 1936, a pedido

da Marinha Real Italiana, que,

nas vésperas da II Guerra Mundial,

requisitou um relógio de

mergulho luminescente. Nascia

assim o primeiro Radiomir da história,

que se destacava pelo mostrador apelidado

de “California”, com alternância

entre números romanos e árabes, marcadores

tipo barra e escala de minutos

ao estilo caminhos-de-ferro.

O novo Radiomir PAM 931 California

Dial, inspirado no modelo de 1936, destaca-se

do seu antecessor ao apresentar

um mostrador California em castanho

fumado, uma cor nunca antes

utilizada nesta colecção, mantendo

a cor dos ponteiros e o design “alternado”

dos numerais e índices. Disponível

numa caixa de 47 mm em aço,

o novo modelo é movido pelo calibre

manual de manufactura P.3000, com

dois tambores de corda e três dias de

reserva de marcha. Este Radiomir California

faz-se acompanhar por uma correia

em pele castanha e está limitado a

1000 exemplares.

25


HISTÓRIA

SPEEDMASTER E O ESPAÇO

A LUA

E MAIS ALÉM…

TELEVISIONADO EM DIRECTO PARA 33 PAÍSES, INCLUINDO PORTUGAL,

E VISTO AO VIVO POR MAIS DE UM MILHÃO DE PESSOAS, QUE SE JUNTOU,

A 16 DE JULHO DE 1969, NO KENNEDY SPACE CENTER, O LANÇAMENTO

DO FOGUETÃO SATURNO V, COM A SUA NAVE APOLLO 11, FOI O INÍCIO

DA PRIMEIRA VIAGEM TRIPULADA À LUA. A BORDO, OS ASTRONAUTAS

NEIL ARMSTRONG, MICHAEL COLLINS E EDWIN “BUZZ” ALDRIN

ESTAVAM OFICIALMENTE EQUIPADOS COM RELÓGIOS DE PULSO

OMEGA SPEEDMASTER, CRONÓGRAFOS DE CARGA MANUAL.

Por Fernando Correia de Oliveira

26


A

viagem foi um êxito. Cinco dias

depois, a 21 de Julho (já dia 22

em Lisboa), Neil Armstrong pisou

solo lunar e a Humanidade deu

um passo de gigante. Uma das

edições do Omega Speedmaster

comemorativas do meio século

da ida à Lua é a Apollo 11 50th Anniversary

Limited Edition, de que se vão produzir

apenas 6969 relógios.

Seguindo na senda do pioneirismo que

norteia a Omega, um material especial,

o ouro Moonshine, de 18k, aparece na

peça. Esta liga exclusiva da marca, em

processo de ser patenteada, tem uma

cor ligeiramente mais pálida que o ouro

amarelo, oferecendo mais resistência à

passagem do tempo.

A caixa, de 42mm, de aço, tem luneta

de cerâmica negra polida, tem um aro

de ouro Moonshine e inserções de

Ceragold (outro material exclusivo da

Omega) na escala taquimétrica. Já o

mostrador possui duas zonas distintas:

no centro, superfície cinzenta envernizada,

e minuteria negra. Os índices são

de ouro Moonshine, enquanto o logótipo da Omega

e os ponteiros têm aspecto vintage. Apenas o ponteiro

central dos segundos do cronógrafo é revestido a PVD

ouro Moonshine.

Armstrong tinha-se esquecido do seu Omega a bordo do

módulo lunar. Mas o seu companheiro Buzz Aldrin usava

um no pulso quando desceu as escadas do Eagle, precisamente

às 03:15:16 UTC, tocando também ele solo lunar.

E o Omega foi o primeiro – e até hoje, único – relógio a

ter estado na Lua. Tendo mesmo lá voltado em todas as

alunagens que se seguiram. Isso incluiu as missões Apollo

12, Apollo 14, Apollo 15, Apollo 16 e Apollo 17. Até hoje,

apenas 12 homens pisaram solo lunar, todos eles com um

Speedmaster no braço, no exterior do fato espacial.

O Speedmaster Apollo 11 50th Anniversary Limited Edition

possui, às 9 horas, no submostrador dos segundos,

a imagem de Buzz gravada numa placa de ouro

Moonshine. Diferente dos outros índices, o das 11 horas

ostenta estes algarismos, em Moonshine, num tributo à

missão Apollo 11.

No verso da caixa, a imagem de uma pegada de astronauta,

gravada a laser numa placa revestida a preto e a

imitar a textura do solo lunar. Ainda no verso, "THAT’S

ONE SMALL STEP FOR A MAN, ONE GIANT LEAP FOR

MANKIND", a lendária frase de Neil Armstrong, é recordada,

a letras de ouro Moonshine. Cada relógio será

27


HISTÓRIA

SPEEDMASTER E O ESPAÇO

numerado, de 1 a 6969, acompanhando a frase APOLLO

11, 50th ANNIVERSARY e LIMITED EDITION. Outras referências

no verso da caixa são NAIAD LOCK, Cal. 3861 e

CO-AXIAL MASTER CHRONOMETER.

No interior, o Speedmaster Apollo 11 50th Anniversary

tem um novo calibre de carga manual (OMEGA Co-Axial

Master Chronometer Calibre 3861), cronógrafo, tão fiel

quanto possível ao que Buzz tinha no pulso, o 1861. Mas

com todas as novidades tecnológicas Omega introduzidas

nos últimos anos: escape co-axial, paragem de

segundos para acerto fino e certificação Master Chronometer

(a mais exigente na indústria, respeitante a

precisão, comportamento cronométrico e resistência a

campos magnéticos até 15.000 gauss).

O Omega Speedmaster Apollo 11 50th Anniversary Limited

Edition é apresentado com bracelete de aço polido e

escovado, com aspecto vintage, inspirado na 4ª geração

do Speedmaster. O relógio vem num estojo ao estilo da

NASA, com um bracelete suplementar de Velcro® e dois

“patches” de tecido (50th anniversary/Apollo 11), duas

placas gravadas (coordenadas do local da alunagem/

sítio da alunagem e tempo). Mas o mais espectacular

será o modelo à escala do módulo lunar, onde o relógio

assenta.

SPEEDMASTER, UMA HISTÓRIA ÚNICA

É, talvez, o cronógrafo mais famoso do mundo. Desde

logo, é o único relógio que se pode gabar de ter estado

na Lua. O primeiro Omega Speedmaster foi produzido em

1957. A estética do mostrador era inspirada nos tabliers

dos carros italianos da altura, com o branco e negro a

funcionarem em contraste, para maior visibilidade. O

primeiro modelo vinha equipado com um movimento

Omega 321, também conhecido por Lémania. O nome

“Speedmaster” derivava do taquímetro, a escala de medição

de velocidade a partir de uma dada distância, que

aparecia na luneta, a primeira vez que tal acontecia num

relógio de pulso.

O primeiro Omega Speedmaster a atingir o espaço saiu

da linha de produção em 1961 e foi usado pelo astronauta

norte-americano Walter Schirra, de origem suíça. Ele tinha

comprado o relógio para seu uso pessoal e levou-o ,em

28


Outubro de 1962, para a missão “Sigma 7”, do programa

Mercury. Schirra completou seis órbitas terrestres.

Por essa altura, a NASA começou a procurar um relógio

de pulso “à prova do espaço”, com a função de cronógrafo,

e comprou num retalhista perto de Houston dez

modelos de marcas diferentes. Em 1964, vários desses

cronógrafos tinham sido eliminados e a NASA pediu às

seis marcas que ficaram que fornecessem cada uma dez

novos relógios para uma série de derradeiros e extraordinariamente

exigentes testes – gravidade variável, exposição

a temperaturas extremas, vazio, humidade intensa,

corrosão, choque, aceleração, pressão, vibração e ruído.

O Omega Speedmaster foi o único relógio a sobreviver

aos testes da NASA e, a 1 de Março de 1965, foi declarado

“qualificado para voo da NASA para todas as missões

espaciais tripuladas”. Virgil “Gus” Grisson e John Young,

a tripulação do Gemini 3, a primeira missão tripulada

Gemini, já levavam no pulso Speedmasters. Nesse mesmo

ano, na missão Gemini 4, um Omega Speedmaster Professional

acompanhava Edward White no primeiro passeio

norte-americano no espaço. O termo “Professional”

foi acrescentado ao mostrador do Speedmaster em 1965,

como referência aos profissionais da NASA, para quem o

modelo se tinha tornado o relógio eleito.

Uma das histórias mais dramáticas envolvendo um Speedmaster

e a missão espacial norte-americana ocorreu a

13 de Abril de 1970. Durante a missão Apollo 13, uma

explosão danificou a principal fonte de energia, obrigando

os astronautas a desligarem todos os instrumentos

eléctricos, com excepção do rádio, para conservarem

energia para as manobras necessárias ao regresso

da sua cápsula à Terra. A precisão era o elemento-chave

no accionar no momento preciso os foguetes suplementares,

para correcção da sua trajectória, e a tripulação

confiou nos seus Omega Speedmaster Professionals para

iniciar e parar por 14 segundos precisos o queimar dos

foguetes, permitindo-lhes fazer regressar a nave espacial

avariada à Terra. “Houston, we have a problem”, a célebre

frase dita a partir do espaço, teve afinal um desenlace

feliz, também graças à fiabilidade de um relógio ao qual

a NASA, em reconhecimento, galardoou com o célebre

Snoopy Award.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

29


DESIGN

GERALD GENTA

MESTRE DO DESIGN

RESPONSÁVEL PELO DESIGN DE ALGUNS DOS MODELOS MAIS ICÓNICOS

DA HISTÓRIA RECENTE DA RELOJOARIA, GERALD GENTA FOI UM VERDADEIRO

MESTRE NA SUA ÁREA E DISPENSA APRESENTAÇÕES. NO ANO EM QUE

SE CELEBRAM 50 ANOS DA FUNDAÇÃO DA MARCA HOMÓNIMA DO DESIGNER

RELOJOEIRO, A BULGARI LANÇA UM RELÓGIO DE EDIÇÃO ESPECIAL

COMEMORATIVO DA EFEMÉRIDE E A TURBILHÃO RECORDA ALGUNS DOS

MODELOS LENDÁRIOS, CUJO DESIGN POSSUI A ASSINATURA GERALD GENTA.

Por Marina Oliveira

30


Durante a sua longa e frutífera

carreira, Gerald Genta desenhou

alguns dos modelos

mais icónicos do mundo da

relojoaria, trabalhando com

marcas como a Omega,

Audemars Piguet, IWC, Bulgari

e até Cartier, acabando por criar

uma marca homónima independente,

hoje absorvida pela Bulgari.

O mestre do design revolucionou a

indústria e foi o grande responsável

pelo nascimento de uma das categorias

relojoeiras mais bem-sucedidas

da actualidade: a do relógio desportivo

de luxo.

Mas comecemos pelo princípio. A

primeira marca a oferecer um contrato

a Gerald Genta foi a Omega.

Em 1959, o então Director Criativo da

marca de Bienne, Pierre Moinat, ofereceu

ao designer a oportunidade de

trabalhar em exclusivo com os fornecedores

de mostradores, caixas

e braceletes da Omega. Na época,

os modelos mais famosos em que

Genta trabalhou, entre o final dos

anos 50 e início dos 60, foram o Seamaster

e o Constellation.

seguinte. Inspirando-se nos escafandros

dos mergulhadores, com os

parafusos visíveis, Genta trabalhou

durante toda a noite, transferindo a

forma octogonal dos capacetes de

mergulho para o design desta peça,

mantendo os parafusos na luneta.

Nascia assim o icónico Royal Oak da

Audemars Piguet.

“Primeiro estranha-se e depois entranha-se”,

diz a sabedoria popular. E

com o Royal Oak foi precisamente o

que aconteceu. Quando foi lançado,

o modelo rompia com todos os cânones

relojoeiros estabelecidos, apresentando

um design fora do comum

e sendo o primeiro relógio desportivo

de luxo a ser produzido em aço. A

aceitação não foi imediata, mas viria

a acontecer. E com tal sucesso que o

Royal Oak se mantém, até hoje, como

uma das peças mais emblemáticas e

bem-sucedidas da Audemars Piguet,

cujos elementos de design se mantiveram

inalterados, mesmo nas mais

recentes encarnações, incluindo o

Royal Oak Offshore, introduzido em

1993, e o Royal Oak Offshore Diver,

apresentado em 2013. Um modelo

revolucionário, que transformou, pela

primeira vez na história da relojoaria

moderna, o aço num metal precioso,

com assinatura do mestre do design.

As mais lendárias criações Gerald

Genta parecem ter nascido em sinapses

súbitas. É que, se o Royal Oak foi

o resultado de apenas uma noite, o

que dizer do Patek Philippe Nautilus,

elaborado em apenas cinco minutos?

Durante a Feira de Basileia de 1974,

enquanto almoçava, observou um

grupo de pessoas da Patek Philippe

numa mesa próxima e a inspiração

surgiu. Em cinco minutos, num guardanapo,

nascia o design do Nautilus,

com a sua caixa em forma de vigia

de navio. Este modelo, lançado em

1976, foi também um dos relógios que

tornaram o aço um material aceitável

em alta relojoaria.

No mesmo ano em que foi apresentado

o Nautilus, outro relógio com

assinatura Gerald Genta tornou-se

famoso pelo design icónico. Genta

foi convidado a modernizar o IWC

Ingenieur já existente e o resultado foi

o Ingenieur SL de 1976, um modelo

desportivo, em aço, com pulseira

OS DESPORTIVOS

Contudo, de entre os muitos designs

criados por Gerald Genta, houve dois

que se destacaram e, provavelmente,

definiram a sua reputação entre

coleccionadores e apaixonados pela

relojoaria. O primeiro, e talvez um dos

mais emblemáticos da história do

sector, nasceu de uma noite particularmente

produtiva. Em 1969, um dia

ao final da tarde, o designer recebeu

um telefonema do Director Geral da

Audemars Piguet, Georges Golay,

com um pedido especial e urgente.

A marca de alta relojoaria precisava

do design para um relógio desportivo

e necessitava dele para a manhã

AUDEMARS PIGUET

Royal Oak de Gerald Genta

AUDEMARS PIGUET

Royal Oak da colecção actual

31


DESIGN

GERALD GENTA

GERALD GENTA

Edição 50.º Aniversário

BULGARI

Roma de 1977

projectado por Gerald Genta

BULGARI

Bulgari Bulgari

da colecção actual

integrada, à semelhança das anteriores

criações do designer. O novo IWC

apresentava ainda a adição de cinco

parafusos visíveis na luneta. Embora o

design do Ingenieur tenha evoluído nas

décadas seguintes, a mão de Gerald

Genta continua visível, mesmo nas versões

mais modernas do modelo.

OS CLÁSSICOS

Depois de ter desenhado os três

relógios desportivos icónicos acima

mencionados, Genta continuou para

dar vida a outros designs lendários,

mas não tão desportivos. Em 1977, a

Bulgari introduziu o modelo Bulgari

Bulgari (na época Bulgari Roma), projectado

pelo designer. Este relógio já

existia na colecção da marca desde

1957, pelo que Gerald Genta “apenas”

actualizou o design, que se inspirava

nas antigas moedas romanas. Com

base nessa inspiração, Genta adicionou

a característica que define a

colecção até hoje - a dupla inscrição

na luneta – e que influenciaria outras

colecções da marca.

Outro relógio onde o designer imprimiu

o seu cunho foi o Pasha de Cartier.

Louis Cartier criou o primeiro

Pasha em 1932, para o Sultão de Marraquexe,

e, em 1985, Gerald Genta foi

convidado a actualizar o design do

modelo. Ainda hoje, a actualização

desenvolvida pelo mestre designer é

amplamente celebrada como a responsável

por trazer o Pasha para os

tempos modernos, sem perder a sua

personalidade.

Ao longo dos anos, Genta também

continuou a desenhar relógios para

a sua própria marca, criada em 1969.

E se, enquanto designer das grandes

marcas de alta relojoaria, o génio

poderia ser algo contido, a verdade

é que as criações para a sua própria

marca eram bem mais extravagantes.

Desde os modelos de horas saltantes

com figuras da Disney, que eram a sua

assinatura, a elaboradas repetições de

minutos, Gerald Genta fez de tudo.

Em 1998, vendeu a marca homónima

ao grupo The Hour Glass e,

dois anos depois, esta – juntamente

com a “irmã”, Daniel Roth - foi adquirida

pela Bulgari, que, mais tarde, as

integrou na sua própria marca. Esta

aquisição foi fundamental para lançar

as bases para o desenvolvimento

da bem-sucedida colecção Octo e

da impressionante série de recordes

mundiais em relojoaria. Parte do ADN

de Gerald Genta continua, assim, vivo

dentro da linha Octo, lado a lado, com

a icónica Bulgari Bulgari.

Em 2019, a Bulgari celebra o legado

de Gerald Genta e apresenta um

relógio de edição limitada, comemorativo

do 50.º aniversário da marca

homónima. A nova peça é uma versão

moderna de uma das criações

icónicas do designer: o Arena Bi-

-Retro, apresentado no final dos anos

90 e uma ilustração da capacidade

de Genta de reinventar a leitura do

tempo. O mostrador azul lacado do

novo modelo ostenta o logotipo original

de Gerald Genta e é emoldurado

por uma caixa de 41 mm, fabricada

com o mais nobre de todos os metais,

a platina. No coração, um movimento

com horas saltantes e minutos e data

retrógrados, que ilustra a genialidade

do mestre do design.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

32


• CERTIFIED PRE-OWNED WATCHES •

FAÇA TRADE IN

DO SEU RELÓGIO

POR UM NOVO

Visite o PRE-OWNED LOUNGE e conheça o nosso serviço

Trade In Watches onde temos à sua disposição um especialista para avaliar

o seu relógio antigo antes de o trocar por aquele que tanto deseja.

ESCOLHA O SEU

NOVO RELÓGIO

ENTREGUE O SEU

RELÓGIO ACTUAL

RECEBA UMA

PROPOSTA

BOUTIQUE DOS RELÓGIOS

TRADE IN PRE-OWNED LOUNGE

BOUTIQUE DOS RELÓGIOS PLUS ART

Av. da Liberdade 194C • (+351) 210 730 530

BOUTIQUE DOS RELÓGIOS PLUS


TENDÊNCIAS

PRE-OWNED

UM MERCADO

EM CRESCIMENTO

OUTRORA RELEGADO PARA LOJAS

DE PENHORES OU LEILOEIRAS

ULTRA-EXCLUSIVAS, O MERCADO

DE RELÓGIOS DE LUXO PRE-OWNED

TRANSFORMOU-SE DRASTICAMENTE

NOS ÚLTIMOS ANOS E ESTÁ, HOJE,

EM GRANDE EXPANSÃO. VISIONÁRIA

NESTA MATÉRIA, A BOUTIQUE DOS

RELÓGIOS PLUS ACABA DE APRESENTAR

DOIS SERVIÇOS EXCLUSIVOS QUE PERMITEM

AO CLIENTE ENTREGAR UM RELÓGIO

ANTIGO E COMPRAR UM NOVO,

OU APOSTAR NA AQUISIÇÃO DE UM

MODELO PRE-OWNED CERTIFICADO.

Por Marina Oliveira

Optar por usar relógios pre-owned deixou,

há muito, de ser motivo de embaraço.

Ao invés, os amantes de relojoaria ostentam

orgulhosamente os seus modelos

vintage – muitas vezes descontinuados

e/ou difíceis de encontrar –, ou aquela

peça especial que lhes permitiu poupar

uma boa quantia de dinheiro.

Embora ainda não existam números concretos, as

estimativas da dimensão e crescimento do mercado

de relógios de luxo pre-owned são impressionantes.

No Relatório de Tendências de 2018,

publicado pela Fundação de Alta Relojoaria, a

consultora financeira Kepler Cheuvreux estima

que o mercado global de relógios em segunda

mão (incluindo as vendas das leiloeiras) valha

mais de 4,5 bilhões de euros. A Kepler Cheuvreux

acrescenta ainda que o crescimento do mercado

pre-owned superou o dos relógios novos desde

2013, e que continua a crescer cerca de 5% ao

ano. O mesmo relatório projecta que as vendas

de peças do tempo usadas serão iguais ou superarão

as vendas de novas dentro de cinco anos.

O crescimento exponencial deste mercado de relógios de luxo pre-

-owned não passa indiferente aos players do sector, que começam

a desenvolver as suas próprias estratégias para penetrar nesta área

de negócio. Portugal não é excepção, e a Boutique dos Relógios

Plus, numa aposta que demonstra o pioneirismo a que nos tem

habituado, acaba de apresentar dois novos serviços exclusivos que

possibilitam a todos os clientes comprar o relógio que tanto desejam

ou actualizar a colecção.

TRADE IN SERVICE

TROQUE O SEU RELÓGIO POR UM NOVO

A área de Trade In Watches, presente em qualquer uma

das Boutiques dos Relógios Plus, permite ao cliente

entregar o relógio que pretende substituir. Este será avaliado

por um especialista e ser-lhe-á atribuído um valor,

que deverá ser utilizado na compra de um relógio e/ou

jóia novos. Assim, ao mesmo tempo que tem a possibilidade

de entregar aquele relógio que já não usa ou que já

não pretende manter na colecção, o cliente pode adquirir

aquele modelo especial que tanto procura.

34


PRE-OWNED SERVICE

Por Jorge Assis

PRE-OWNED LOUNGE

A Boutique dos Relógios Plus passa a disponibilizar o serviço Pre-

-owned Watches, com o qual o cliente poderá seleccionar de entre

uma panóplia de modelos pre-owned. Estes são modelos de conceituadas

marcas, devidamente certificados. Este serviço possui

um private lounge dedicado na Boutique dos Relógios Plus Art, na

Avenida da Liberdade 194.

OMEGA SPEEDMASTER

TRANSITIONAL, 1969

Movimento: Cronógrafo manual,

calibre 861 | Caixa: Aço, 42 mm |

Bracelete: Pele

PATEK PHILIPPE TIFFANY DIAL

Movimento: Automático com

data, calibre 324 S C

Caixa: Ouro rosa, 38 mm, fundo em

vidro de safira | Bracelete: Pele

MODELOS EM DESTAQUE

ROLEX OYSTER GMT

MASTER PEPSI DIAL

Movimento: Automático com data,

calibre 3075 | Caixa: Aço com luneta

bidireccional “Pepsi” (vermelha

e azul), 40 mm | Bracelete: Aço

BREITLING CADETTE, ANOS 50

Movimento: Cronógrafo manual |

Caixa: Ouro, 37 mm |

Bracelete: Pele

Depois de 20 anos a negociar relógios

pre-owned um pouco por todo

o mundo, percebi que o mercado

dos destes relógios sempre foi pouco

reconhecido pela indústria, onde

sempre vi um leque elevado de oportunidades,

não só para os retalhistas

como para as próprias marcas,

O novo serviço Pre-Owned que oferecemos

na Boutique dos Relógios

Plus vem consolidar uma necessidade

já existente, ao mesmo tempo

que inova ao apresentar um serviço

que irá permitir uma maior facilidade

de troca dos relógios que os clientes

já não usem ou, simplesmente, queiram

substituir.

Este novo serviço e espaço vem

responder à necessidade contemporânea

dos clientes e apaixonados

por relojoaria. Necessidade esta que

tem vindo a crescer desde os anos

80 e que, nos últimos anos, sofreu

uma explosão, com alguns modelos

a serem vendidos por centenas de

milhares de euros.

Além deste novo serviço, quisemos

criar um espaço personalizado

na Avenida da Liberdade 194C: um

espaço exclusivo, calmo e confortável

no segundo andar da nossa Boutique

dos Relógios Plus Art, onde

pode usufruir deste nosso serviço

enquanto bebe um café.

35


HISTÓRIA

CHANEL J12

SUBTIL

TRANSFORMAÇÃO

DE UM ÍCONE

NAS VÉSPERAS DE COMPLETAR 20 ANOS, O J12 DA CHANEL RENOVA-SE,

SEM NUNCA ALTERAR A IDENTIDADE QUE O LEVOU AO SUCESSO. AFINAL,

UM ÍCONE NÃO MUDA. APENAS SE ADAPTA AO TEMPO QUE PASSA.

Por Marina Oliveira

36


I

nspirado na nobreza das silhuetas

dos veleiros da America’s Cup, o primeiro

J12 viu a luz do dia pela mão de

Jacques Helleu, director artístico da

Chanel, em 2000. Vestido de cerâmica

preta, o novo relógio da Maison

veio revolucionar os códigos relojoeiros

pré-estabelecidos, apresentando-se

como um modelo desportivo unissexo,

resistente à água até 200 metros e incrivelmente

sólido, graças à utilização de

cerâmica de alta tecnologia.

Três anos após o seu lançamento, regressou

às luzes da ribalta, nessa altura em

branco integral. Desde então, inúmeras

variações técnicas e joalheiras se seguiram,

desde o J12 Turbilhão (2005), ao J12

Calibre 3125, equipado com um movimento

automático da Audemars Piguet

personalizado exclusivamente para a

Chanel (2008), passando pelo J12 Misterioso

Retrógrado de 2010.

Agora, nas vésperas do 20º aniversário,

Arnaud Chastaingt, directora do Estúdio

de Criação Relojoeira da Chanel, oferece

ao J12 uma renovação, mantendo

intocável a identidade que deu origem ao seu sucesso.

Esteticamente falando, o novo J12 parece exactamente

o mesmo, com ligeiras actualizações. Disponível numa

caixa de 38 mm, em cerâmica preta ou branca, o modelo

de 2019 apresenta mostradores lacados a condizer com

o material da caixa.

Para aumentar a abertura do mostrador, a luneta foi refinada,

enquanto a tipografia dos numerais árabes e índices

foi redesenhada. Aplicados no mostrador, são agora em

cerâmica. A largura da coroa foi reduzida e o cabochão

de cerâmica levemente achatado. A espessura da caixa

aumentou suavemente, mas a silhueta do J12 permanece

fluida. Finalmente, a pulseira de cerâmica foi subtilmente

restruturada, apresentando-se com elos mais longos.

Mas a grande mudança reside no novo movimento automático,

calibre 12.1, com 70 horas de reserva de marcha e

certificado pelo COSC, visível através do fundo da caixa

em vidro de safira. Projectado e desenvolvido exclusivamente

para a Chanel pela KENISSI, o novo coração do

J12 apresenta uma massa oscilante em tungsténio, cujo

design é o de um círculo perfeito, uma das assinaturas

gráficas da Alta Relojoaria da Maison.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

37


PEÇAS DE EXCEPÇÃO

BLANCPAIN E VACHERON CONSTANTIN

Dress

Equilibrando intemporalidade e elegância, a Blancpain foca-se na

sua herança com o novo Villeret Extraplano. O novo modelo concentra-se

no básico e essencial, exibindo apenas horas e minutos e

indo ao encontro do design simples e sóbrio que caracteriza a colecção

Villeret.

Disponível numa caixa de 40 mm – e apenas 7,39 mm de espessura

– em ouro vermelho ou aço, o Blancpain Villeret Extraplano é movido

pelo calibre manual 11A4B, com dois tambores de corda e 95 horas

de reserva de marcha, cujo indicador é visível através do fundo em

vidro de safira.

WATCHES

ELEGÂNCIA

INTEMPORAL

REFINADA

DISTINÇÃO

A linha Patrimony representa a quintessência da elegância dentro

da oferta relojoeira da Vacheron Constantin. Em 2019, esta colecção

veste-se de ouro rosa e mostradores azul profundo para um

toque de modernidade. Aqui destacamos o novo Patrimony Dia

Data Retrógrados, um modelo ao qual a nova combinação de cores

aporta distinção.

O mostrador azul profundo com efeito raio-de-sol – emoldurado por

uma caixa de 42,5 mm em ouro rosa – recebe o ballet dos ponteiros

em ouro, com especial destaque para os dois mecanismos retrógrados

exibidos em semicírculos e que indicam os dias e a data. Esta

aparência simples e elegante é possível graças ao complexo calibre

automático 2460 R31R7/2 que bate no coração desta peça do tempo.

Certificado pelo Selo de Genebra, este Patrimony completa-se com

uma correia em pele de crocodilo no tom do mostrador.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

38


BREGUET E PANERAI

PEÇAS DE EXCEPÇÃO

Arte

RELOJOEIRA

FINÍSSIMA

ESQUELETIZAÇÃO

Aliando a mais emblemática de todas as invenções Breguet – o turbilhão

– a uma arquitectura esqueletizada única, a marca suíça dá vida

ao novo Classique Turbilhão Extraplano Esqueleto 5395. Um modelo

que utiliza o calibre extrafino 581, mas despindo-o de cerca de 50 por

cento do seu material.

O resultado? Uma peça do tempo cujo destaque e beleza reside precisamente

no movimento automático esqueletizado com apenas 3 mm

de espessura, com platina e pontes em ouro, rotor periférico, escape

em silício, gaiola do turbilhão em titânio e profusas decorações.

O novo Classique Turbilhão Extraplano Esqueleto 5395 está disponível

numa caixa de 41 mm em ouro rosa ou platina.

DUPLA

REPETIÇÃO

O mais complicado de todos os relógios alguma vez produzidos pela

Panerai dá pelo nome de Radiomir 1940 Repetição de Minutos Carrilhão

Turbilhão GMT e é uma ode à mestria relojoeira. Em destaque

nesta peça do tempo está o duplo mecanismo de repetição (para a

hora local ou para o segundo fuso horário) ao estilo carrilhão, assim

como o turbilhão de 30 segundos patenteado pela marca, onde a

gaiola roda num eixo perpendicular ao do balanço.

Com 49 mm, a caixa em forma de almofada em ouro emoldura o calibre

manual P.2005/MR, totalmente esqueletizado. No verso do relógio

é possível admirar os pequenos martelos da repetição de minutos, os

dois tambores de corda, que armazenam energia para quatro dias e

o indicador da reserva de marcha.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

39


PEÇAS DE EXCEPÇÃO

HARRY WINSTON E ROGER DUBUIS

Desportivos

Em 2019, a Harry Winston aposta numa peça do tempo moderna

e concêntrica, com um design arquitectónico e uma complicação

que destaca o seu espírito mecânico, desportivo e divertido: horas

e minutos retrógrados exibidos num layout central, concêntrico e

subtilmente assimétrico.

Trata-se do novo Ocean Retrograde Automático, um modelo com

caixa de 42,2 mm em ouro rosa, equipado com um movimento automático,

calibre HW3306, e que se destaca pelo mostrador tridimensional,

no qual as horas e minutos retrógrados são exibidos numa

escala circular preta acetinada, enquanto a data surge na orla do

mostrador, num disco em safira.

DE LUXO

MODERNIDADE

CONCÊNTRICA

INSPIRAÇÃO

AUTOMÓVEL

A Roger Dubuis continua a aposta na parceria com a Lamborghini

e apresenta o novo Excalibur Spider Huracán, um modelo equipado

com um novo movimento de manufactura. Largamente esqueletizado,

o novo calibre RD630 possui um balanço inclinado a 12 o ,

uma estrutura com design favo de mel embutida na platina e que

lembra a grelha Lamborghini, e uma janela de data hexagonal às 6h,

cujos numerais ecoam o look dos do velocímetro de um automóvel

da construtora italiana. O novo movimento possui ainda um rotor

central de 360 o , inspirado nas jantes do Huracán.

O Excalibur Spider Huracán está equipado com uma caixa de

45 mm, em titânio, com inserções de borracha preta, e uma coroa

que lembra o look de uma porca de roda.

O toque final é dado pela correia bimatéria, que combina uma base

de borracha preta com um revestimento em Alcantara, uma pele

aveludada usada no interior dos automóveis Lamborghini.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

40


JAQUET DROZ E OMEGA

PEÇAS DE EXCEPÇÃO

Globetrotters

VIAJANTE

SOFISTICADO

A Jaquet Droz revisita a linha Grande Seconde Dual Time, apresentando

quatro novas variações, que se destacam pelo novo design

do mostrador. Os novos modelos diferenciam-se ao apresentar uma

projecção azimutal do globo terrestre (uma vista da Terra a partir do

Polo Norte) na metade inferior do mostrador. Na apresentação do

globo os continentes surgem cercados por um oceano espelhado

em preto ou antracite.

Adicionalmente, a exibição 24h da Hora de Casa é dividida em dois

segmentos de 12 horas: branco para o dia e preto para a noite. Por

outro lado, a regulação da Hora Local faz-se em saltos de uma hora,

enquanto a data se ajusta automaticamente.

Os novos modelos são movidos pelo calibre 2663H24, com 65 horas

de reserva de marcha, e estão disponíveis em quatro versões, todas

numa caixa de 43 mm em aço ou ouro vermelho.

HORAS DO

MUNDO

Depois da edição limitada em platina, a Omega lança novas edições

não limitadas do Seamaster Aqua Terra Worldtimer. As novas versões

são quase idênticas à sua predecessora, sendo que as mudanças se

concentram nos materiais utilizados e nas correias e braceletes.

A caixa dos novos modelos mantém-se nos 43 mm, mas surge agora

em aço ou ouro Sedna. Já o mapa mundo é agora produzido a partir

de uma placa de titânio, desbastada a laser, para criar o oceano

azul, deixando o relevo dos continentes. Ainda no mostrador, é visível

uma flange com o nome de vários destinos e um anel de 24h, onde a

metade azul clara indica o dia, e a azul escura a noite.

Todas as indicações são controladas através da coroa e movidas

pelos calibres coaxiais Master Chronometer 8938 (aço) e 8939

(ouro Sedna).

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

41


MANUFACTURA

HYT

CientistasDOTEMPO

PASSADO, PRESENTE

E FUTURO. DESIGN,

ALTA RELOJOARIA,

PRECISÃO, TECNOLOGIA

E INOVAÇÃO. A HYT

É TUDO ISTO E MUITO

MAIS, COMO PROVA O

CONCEITO FILOSÓFICO

NO QUAL A MARCA

APOSTOU TUDO.

Por Carlos Torres

Existem relógios que, apesar de pedirem

claramente uma abordagem técnica, em

resposta ao manancial tecnológico inovador

que encerram, acabam por nos levar

a uma análise mais filosófica do propósito

a que se destinam. Uma análise que – e

já ninguém se admira com isto – não se

centra na banalizada função de indicar a hora

certa, seja do dia ou da noite.

A HYT tem origem numa questão aparentemente

simples, mas que acabou por definir todo o percurso

desta manufactura de alta relojoaria: se o

tempo flui, e apenas ganha significado através

do conteúdo das vidas que vivemos, então porque

limitar a sua métrica ao agora, ao momento

presente, isolado e em constante destaque pela

atenção que lhe é dada por afiados ponteiros ou

fugazes indicações digitais?

O modelo criativo desenvolvido pela HYT prova

que ela é muito mais do que uma marca monolítica,

refém de um único conceito. Antes, trata-se

de uma abordagem com várias camadas de complexidade,

que dificilmente conseguem ser percepcionadas

de uma só vez. E apesar de a maioria das

pessoas insistir em associar a HYT a um conceito

eminentemente tecnológico, a marca prefere continuar

a colocar um ênfase muito especial na forma

como expressa o tempo, e que não tem nada a ver

com a adoptada pela restante indústria há já mais

de 500 anos.

HYT

H2.0

HYT

H0

Para marcar esta diferença, a HYT recua muito

mais, até ao momento em que o próprio conceito

do tempo foi inventado, há mais de quatro milénios.

O primeiro relógio de água, também conhecido por

Clepsidra, era um recipiente cheio de líquido que

42


vazava para um outro, vazio, e cuja passagem mantinha um fluxo

controlado, destinado a indicar o fluir do tempo. A HYT adopta

precisamente o mesmo princípio, com a excepção de que, agora,

o sistema é um pouco mais complexo e é usado sobre o pulso.

Ao longo de séculos, uma das grandes batalhas da relojoaria

mecânica foi a de manter qualquer tipo de liquido longe do mecanismo

do relógio. O surgimento da HYT desafiou essa ideia, ao

ponto em que, actualmente, envolve um grupo de mais de 45 pessoas,

incluindo as que trabalham na empresa irmã Preciflex. Um

local onde existem bastante mais cientistas do que relojoeiros, que

se dedicam exclusivamente à tarefa de inventar um novo conceito

de indicação do tempo por meio de fluidos, e que não nega uma

base eminentemente mecânica, tal como a percepcionamos no

mundo da alta relojoaria.

E esta é a razão pela qual a HYT se considera,

desde a sua fundação, como uma manufactura

relojoeira de pleno direito, na qual apenas uma

pequena diferença faz toda a diferença: uma

indicação de tempo fluido, que não pertence

nem ao passado nem ao futuro, mas que está

firmemente enraizada no presente.

UM MECANISMO E UMA FILOSOFIA

A opção por um inovador mecanismo de fluido,

cujo principio é transversal a todos os modelos

da HYT, necessitou de 15 anos de pesquisa

e desenvolvimento para chegar ao seu actual

ponto de quase perfeição. Coube ao grupo de

cientistas encarregue de o desenvolver a tarefa

de desafiar as leis da física, analisando diversos

problemas relacionados com a influência da

temperatura no comportamento de fluidos e

com o verdadeiro sacrilégio que é a presença

de líquido num movimento mecânico.

43


MANUFACTURA

HYT

HYT

H0

HYT

Skull

HYT

H0

O conceito mecânico da HYT, apesar da sua aparente

simplicidade (os movimentos são desenvolvidos em parceria

estreita com a Audemars Piguet – Renaud & Papi),

pode ser resumido pela ideia de um calibre baseado na

mecânica relojoeira tradicional, que, por sua vez, controla

o movimento de dois foles que se comprimem e expandem

de forma oposta. Estes contêm dois líquidos distintos:

um colorido, que representa o passado, e um outro,

transparente, símbolo do tempo que há-de vir. O ponto

de encontro destes dois elementos separa, pois, o passado

e o futuro, e representa naturalmente o presente e o

tempo exacto no qual a nossa consciência se movimenta.

E este aspecto, tão simples, mas ao mesmo tempo tão

complexo, revela muito do que a HYT é actualmente em

termos de colectivo criativo no campo da alta relojoaria.

É que esta marca, de conceito e aparência tão fora do

comum, persegue uma visão que estabelece que a tensão

entre estes dois elementos líquidos, que não foram feitos

para coabitar juntos, acaba por ser uma verdadeira ode

à harmonia. Um ponto bem definido onde a criatividade

e a inovação encontram um terreno fértil de actuação.

Os líquidos usados neste sistema são complementares,

ao mesmo tempo em que, contraditoriamente, se opõem

um ao outro. Para garantir que, quando se tocam, também

se repelem, a HYT desenvolveu um processo a que

chama de “Casamento”, onde ambos os fluidos permanecem

em contacto durante meses antes de, finalmente

, serem inseridos no tubo que ficará associado aos foles.

Para perceber as criações da HYT, tal como elas se apresentam,

é necessário reconhecer que a marca é constituída

por diversas facetas, e que uma das principais é a

que define que o tempo não é algo que se possa parar, já

que o seu fluir é constante. Uma ideia sobejamente bem

traduzida por Heráclito quando, há uns milénios, afirmou

que “nenhum homem pisa duas vezes no mesmo rio”.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

44



ENTREVISTA

GRÉGORY DOURDE

46


"O TEMPO É FLUIDO"

ENQUANTO OS RELOJOEIROS PASSAM UMA ENORME

QUANTIDADE DE TEMPO A ENCONTRAR FORMAS

DE MANTER A ÁGUA FORA DOS RELÓGIOS, A HYT

NÃO SÓ TRAZ OS LÍQUIDOS PARA DENTRO DAS SUAS

PEÇAS DO TEMPO, COMO OS UTILIZA PARA INDICAR

AS HORAS. A TURBILHÃO FALOU COM GRÉGORY

DOURDE, CEO DA HYT, PARA DESCOBRIR O QUE

INSPIRA A MARCA A CRIAR RELÓGIOS INOVADORES E

QUAL A ABORDAGEM FILOSÓFICA DA HYT FACE

AO TEMPO E À FORMA DE O EXIBIR.

Por Marina Oliveira

A HYT estabeleceu uma reputação graças à forma de

exibir o tempo através de líquidos. O foco mudou desde

então?

Em 2012, introduzimos uma maneira inovadora de indicar

a passagem do tempo, com a ajuda de um dispositivo

fluídico patenteado, que levou mais de dez anos

para se tornar realidade. O nosso foco permaneceu o

mesmo desde então: desafiar o status quo e continuar a

ultrapassar limites. O que certamente mudou nos últimos

dois anos foi o facto de já não considerarmos os nossos

relógios como “guardas do tempo”, mas sim como “contadores

do tempo”.

Por que é que a utilização de fluídos é um conceito tão

interessante para a HYT?

A nossa exibição fluídica oferece novas perspectivas em

termos de relojoaria. Qualquer que seja a cultura, a percepção

humana do tempo é fluida. Tal como um rio, o

tempo é um fluxo imparável que não se pode suspender.

Usamos dois fluidos diferentes para exibir o tempo. Um é

colorido, outro é transparente. Um mostra o tempo decorrido,

enquanto o outro ilustra um tempo ainda por vir.

O ponto de encontro entre eles é o AGORA. Com dois

líquidos progredindo dentro de um capilar de vidro, é

preciso apenas um olhar para visualizar instantaneamente

o passado, futuro e presente. Já não se trata apenas

de indicação das horas, mas a passagem do tempo

em si. No imediato, agendas e smartphones sobrecarregados

são a referência absoluta em termos de precisão,

enquanto os relógios HYT oferecem uma oportunidade

muito necessária para nos reconectarmos com o verdadeiro

significado e valor do tempo.

Os relógios HYT possuem um equilíbrio entre tecnologia

e design. Como conseguem incorporar ambos?

Os nossos relógios estão no cruzamento entre arte e ciência.

Representam o melhor dos dois mundos. Mas começar

do ponto de vista científico ou artístico seria uma

abordagem errada para alcançar o equilíbrio. O design

é um processo que tem pouco a ver com desenhar algo

visualmente agradável. O design exige que façamos as

perguntas certas e tentemos encontrar as melhores respostas

possíveis. Por mais que os nossos dois líquidos

sejam imisturáveis, mas complementares, há uma tensão

47


ENTREVISTA

GRÉGORY DOURDE

visível entre mestria artesanal e alta tecnologia, inovação

e tradição, ser vanguardista e, ao mesmo tempo, permanecer

intemporal. Nenhuma força existe sem um contador.

A criatividade está bem no meio.

Quais são os principais pilares de design de um relógio

HYT?

Em 2017, introduzimos uma nova linguagem de design

que ajudou a redefinir a nossa marca. Com a colecção H0,

o nosso objectivo era capturar a essência da HYT, colocando

o nosso dispositivo fluídico no centro das atenções.

O nosso caminho criativo foi como um processo

arqueológico. Tivemos de remover camadas sucessivas

até descobrir a verdade nua. Enquanto isso, essa estética

elegante, de vanguarda e discreta, transformou-se

na assinatura da marca.

Que limitações existem quando se trabalha com fluidos?

Só o número de patentes internacionais concedidas à

HYT e à Preciflex, a nossa empresa irmã, demonstra o

nível de complexidade que os nossos cientistas tiveram

de superar para transformar uma visão em realidade

tangível, começando com o desafio da gravidade. No

entanto, não vemos dificuldades como limitativas. Na

verdade, representam uma oportunidade para explorar

novas alternativas e territórios.

Qual a conquista técnica de que mais se orgulha?

Há muitas realizações técnicas de que nos orgulhamos.

Mas a inovação pela inovação é inútil. Qualquer que seja

a incrível técnica por detrás, oferecer uma tela que ajude a

visualizar a passagem do tempo de maneira mais intuitiva

do que através de dois ponteiros é o que faz a diferença.

O tempo é fluido.

Embora diferentes, as colecções são imediatamente

reconhecíveis como sendo HYT. Além do fluido, que

semelhanças existem?

Se a transparência e a tridimensionalidade são elementos-chave

do design, a nossa prioridade continua a ser

oferecer relógios que realmaente sejam fluidos no pulso.

As curvas dinâmicas e linhas sensuais são inspiradas em

gotas de água numa superfície fluida. Apesar das proporções

bastante substanciais, os nossos relógios são

extremamente ergonómicos quando usados. É disso que

trata o design.

De onde vem a inspiração para os novos relógios?

A nossa ambição é continuar a trazer produtos que correspondam

verdadeiramente à maneira como os clientes em

todo o mundo experimentam o mundo de hoje. Tudo pode

potencialmente influenciar as nossas escolhas estéticas, da

arquitectura à música, do design industrial às descobertas

técnicas. O nosso objectivo é celebrar a individualidade,

diversidade e singularidade dos nossos clientes.

No ano passado, a HYT lançou a nova colecção H2.0

Como é que esta linha se encaixa na colecção HYT já

existente?

Quando apresentámos a colecção H2.0, sabíamos que

estávamos a adoptar uma abordagem radical em termos

de design relojoeiro. Como acontece com uma escultura

ou um edifício, não se pode compreender este relógio e

o movimento APRP exclusivo num relance. É preciso que

o utilizador olhe para ele de todas as perspectivas para

apreender e apreciar os recursos de design.

Qual o próximo projecto?

Como pode imaginar, não divulgamos projectos futuros,

mas posso garantir que há muitas novidades a caminho.

O nosso próximo marco é particularmente emocionante.

O tempo é um movimento interminável e a nossa imaginação

também.

De que forma moldou a empresa desde que assumiu o

cargo de CEO?

Com a ajuda de uma equipa multidisciplinar e internacional,

a HYT substituiu progressivamente a sua mensagem

tecnológica por uma estratégia mais global e holística,

que integra filosofia, arte, design e ciência. O nosso papel

é, simultaneamente, questionar e reflectir os nossos tempos.

A determinação e a coragem para o fazer é aquilo

de que mais me orgulho.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

48


GUILLAUME NÉRY

FREEDIVING WORLD CHAMPION

-126 METRES IN ONE BREATH

Amoreiras Shopping Center - 213 827 440 - www.boutiquedosrelogios.pt


NOVIDADES

VACHERON CONSTANTIN

UM MOVIMENTO,

DUAS FREQUÊNCIAS

NO CAMPO DA ALTA RELOJOARIA,

O VACHERON CONSTANTIN TRADITIONELLE

TWIN BEAT QP É O EXEMPLO INCONTESTADO

DE UM SISTEMA, DUAS VELOCIDADES! UM

CONCEITO CENTRADO NO CONFORTO DO

UTILIZADOR, MAS QUE SEDUZ TAMBÉM

PELA SUA ENGENHOSIDADE E ELEGÂNCIA

INTRÍNSECAS. ARGUMENTOS QUE SÃO CADA

VEZ MAIS O APANÁGIO DE UMA MANUFACTURA

APOSTADA NA EXCELÊNCIA.

Por Carlos Torres

Acomplicação associada ao calendário

perpétuo é fascinante na forma como

traduz para um processo mecânico as

regras definidas pela bula pontifícia “Inter

gravissimas”, assinada pelo Papa Gregório

XIII, a 24 de Fevereiro de 1582. Uma

medida tomada com o intuito de introduzir

uma série de emendas, correcções e reformas

no calendário Juliano, e que marcou a transição

para o calendário Gregoriano que hoje nos rege.

No entanto, a arquitectura de um movimento

com calendário perpétuo de construção clássica

foi sempre vítima do inconveniente de um

acerto complexo, condicionado pela sequência

criteriosa de interacção dos diversos componentes

que o constituem. Resumindo, uma vez esgotada

a autonomia de corda habitualmente suficiente

para pouco mais de dois dias, o sistema

requer por parte do utilizador uma sequência de

acerto que, frequentemente, o levava à presença

de um relojoeiro.

A solução para este problema levou alguns fabricantes

a adoptar um sistema extremamente simples

para o utilizador (apesar de complexo em termos mecânicos),

que requeria apenas o rodar da coroa, num sentido ou noutro, de

forma a repor o dia, mês e ano na sua sequência devida. Mas se,

por um lado, o acerto abandonava o estatuto de verdadeiro quebra

cabeças, a autonomia, apesar de prolongada em alguns casos para

quase uma semana, mantinha-se como um factor de incómodo.

TWIN BEAT

Até agora, a presença de dois balanços num único movimento

representava uma de três soluções: a incorporação do conceito de

ressonância, uma superior cronometria proporcionada pela conexão

via diferencial de dois órgãos reguladores, ou a separação de

uma função de cronógrafo potenciada no seu grau de fracção de

leitura de tempos parciais por via de um balanço a oscilar a uma

muito alta frequência.

Desde Janeiro de 2019 que a Vacheron Constantin decidiu introduzir

um quarto e novo conceito, que recorre à diferenciação de

frequências em dois órgãos reguladores separados para obter um

efeito completamente distinto de todos os outros: uma autonomia

ampliada para além do que se pensava ser possível com um

tambor de arquitectura convencional, o que se adequa exemplarmente

ao tipo de utilização a que habitualmente um calendário

perpétuo é sujeito.

50


O notável Vacheron Constantin Traditionelle

Twin Beat QP, apresentado ao mundo durante

o último Salão de Alta Relojoaria de Genebra,

incorpora efectivamente dois órgãos reguladores,

mas que, neste caso, permitem a alternância,

por decisão do utilizador, entre um balanço

a oscilar a uma frequência elevada de 5 Hz

(36.000 aph), e um segundo balanço a oscilar

a uma frequência de apenas 1,2 Hz (8.640 aph).

ACTIVO E STANDBY

A selecção do modo “Activo” engata o órgão

regulador à esquerda do movimento, garantindo

uma autonomia suficiente para 4 dias ou 96

horas de oscilação contínua. O modo “Standby”

faz pender o elemento selector para o órgão

regulador da direita, que passa a garantir uma

autonomia inaudita de pelo menos 65 dias completos,

ou seja, 1560 horas de funcionamento

ininterrupto. A performance de ambas as autonomias

é monitorizada através da indicação de

Reserva de Marcha de dupla escala localizada às

12 horas. E aqui, o intuito da Vacheron Constantin

ao lançar o calibre 3610 QP torna-se bastante claro, com o sistema

“Twin Beat®” a adaptar-se na perfeição à utilização que é dada ao

relógio.

Quando usado de forma activa no pulso, a opção pela frequência

de 5 Hz garante uma grande resiliência às mudanças de posição,

o que acaba por se traduzir numa cronometria de excelência. Uma

vez retirado do pulso, para um repouso prolongado, a selecção

da baixa frequência de 1,2 Hz (necessariamente associada a uma

posição horizontal) permite “esquecermo-nos” do magnifico Traditionelle

Twin Beat QP durante mais de dois meses. E ao fim

deste longo período iremos ter a garantia de encontrar o modelo

a funcionar e com todas as indicações associadas ao calendário

perpétuo a representar o seu devido e correcto valor.

É um facto que o conceito e a solução apresentada pela Vacheron

Constantin resolve um inconveniente há muito associado aos

calendários perpétuos. Mas a manufactura de Plan-les-Ouates não

se ficou apenas por uma solução mecânica algo exótica, estendendo

os seus créditos para campos verdadeiramente desafiantes

do ponto de vista da engenharia relojoeira. Como se não fosse já

um desafio a introdução de um conceito inexplorado, a Vacheron

Constantin atreve-se ainda a dotar o calibre 3610 QP com medidas

verdadeiramente chocantes para este nível de complexidade:

apenas 6 mm de espessura e 32 mm de diâmetro concentram a

presença de 480 componentes. Medidas cuja caixa “Traditionnelle”

eleva para 12,3 mm de altura e 41 mm de diâmetro.

Se a estes números associarmos uma estética sedutora, cuja transparência,

tanto pela frente como pelo verso do modelo, destacam

a beleza dos argumentos mecânicos de elevada complexidade

desta criação, então restarão poucas dúvidas de que a Vacheron

Constantin se mantém ainda, e ao fim de 264 anos, como um dos

pilares da Alta Relojoaria contemporânea.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

51


NOVIDADES

TENDÊNCIAS

Em 2019, a colecção Seamaster Diver 300M – renovada

o ano passado – recebe uma nova linha de cronógrafos.

Disponível em seis versões, todas com caixas de 44 mm

em materiais que vão do aço ao ouro Sedna, o novo

Seamaster Diver 300M Cronógrafo distingue-se ao exibir

apenas dois contadores no mostrador de cerâmica,

abrindo espaço para a janela de data, às 6h. Os novos

modelos estão equipados com o calibre automático

Master Chronometer 9900, certificado pelo METAS.

OMEGA

Seamaster Diver 300M Cronógrafo

Escolhas

DE INVERNO

Agora que o tempo frio e cinzento começa a instalar-se,

nada melhor do que conhecer as novidades relojoeiras que

prometem aquecer pulsos e corações nos dias de Inverno.

Por Marina Oliveira

JAQUET DROZ

Grande Seconde Chronograph

A mais emblemática colecção da Jaquet Droz – Grande

Seconde – recebe, em 2019, uma nova complicação. Equipado

com um movimento exclusivo, o novo modelo apresenta um

cronógrafo monobotão. O Grande Seconde Cronógrafo está

disponível numa edição inaugural limitada e três versões não

limitadas. A edição limitada em ouro vermelho exibe um

mostrador em esmalte Grand Feu, com numerais em esmalte

Petit Feu. Com 40 horas de reserva de marcha, o novo calibre

automático 25M5R disponibiliza um cronógrafo com roda de

colunas e uma data retrógrada.

52


BLANCPAIN

Fifty Fathoms Automático

O icónico Fifty Fathoms, da Blancpain, surge, em 2019, com

uma caixa de titânio, material que, devido à sua leveza e

resistência, permitiu aumentar o diâmetro do relógio para

45 mm. Estanque até 300 metros, o novo Fifty Fathoms

Automático apresenta uma luneta rotativa unidireccional

com uma inserção em safira preta. Para aumentar a

visibilidade, os marcadores da luneta, os numerais e índices,

assim como os ponteiros, são luminescentes. Visível através

do fundo da caixa está o calibre automático Blancpain 1315,

com cinco dias de reserva de marcha.

A Breitling revisita o icónico Navitimer, mais precisamente a ref.

806, lançada em 1959, e apresenta um novo modelo de edição

limitada: o Navitimer ref. 806 Reedição 1959. O novo modelo

ostenta uma caixa de 40,9 mm em aço e, honrando o original,

um vidro acrílico convexo – plexiglas – e uma pulseira de pele

preta de inspiração vintage. As únicas concessões do

Navitimer Ref. 806 Reedição 1959 à modernidade são a

resistência à água, aumentada para 30 metros, e o

revestimento superluminova de cor vintage. Também o

“coração” do novo modelo foi actualizado para um novo

calibre manual, certificado pelo COSC.

BREITLING

Navitimer ref. 806 Reedição 1959

HUBLOT

Classic Fusion All Black

Utilizando um mix de materiais e diferentes acabamentos

e texturas, o Hublot Classic Fusion All Black destaca-se

pelo look em preto integral, desde a caixa de 45 mm em

cerâmica, aos botões e coroa, passando pelo mostrador

lacado e pelo bracelete de borracha. No coração deste

modelo bate o movimento automático de manufactura,

calibre HUB1112, com 42 horas de reserva de marcha.

53


NOVIDADES

TENDÊNCIAS

Em 2019, a Bulgari revela uma versão em cerâmica

preta do Octo Finissimo Automático. Este material

veste a caixa de 40 mm do novo modelo, assim

como a coroa, o mostrador e o bracelete.

Apresentado em preto integral, o Octo Finissimo

Automático em cerâmica está equipado com o

movimento ultrafino, calibre BLV 138, com micro-

-rotor em platina. Este pode ser admirado através do

fundo da caixa em vidro de safira.

BULGARI

Octo Finissimo Automático

VACHERON CONSTANTIN

Overseas Turbilhão

Em 2019, o desportivo de luxo da Vacheron Constantin eleva

ainda mais o seu estatuto ao incluir, pela primeira vez na

história da colecção Overseas, um turbilhão automático.

Mantendo o espírito desportivo, o novo Overseas Turbilhão

apresenta-se numa caixa extraplana em aço, com 42,5 mm

e apenas 10,1 mm de espessura. Lá dentro, bate o calibre

automático ultrafino 2160, com rotor periférico em ouro

e 80 horas de reserva de marcha, visível através

do fundo da caixa em vidro de safira.

Estanque até 300 metros, com uma caixa de 47 mm em

titânio escovado, equipada com uma luneta

unidireccional em cerâmica, o novo Submersible Chrono

Guillaume Néry Edition PAM 982 exibe um mostrador

cinzento granulado (a lembrar a pele de um tubarão).

Perfeitamente adaptado para todas as actividades

aquáticas, incluindo mergulho livre, o desporto de

Guillaume Néry, o novo Panerai é movido pelo calibre

automático P.9100, cronógrafo flyback, com dois

tambores de corda e três dias de reserva de marcha.

PANERAI

Submersible Chrono

Guillaume Néry Edition PAM 982

54


* Reconecte-se.

Reconnect. *

39° 35’ 0.478” S 71° 32’ 23.564” W

Montblanc 1858 Geosphere

montblanc.com

Cascais: CascaiShopping · Tel. 214 607 060

Oeiras: Oeiras Parque · Tel 214 430 263

www.boutiquedosrelogios.pt


NOVIDADES

SWATCH

SWATCH

FLYMAGIC

A SWATCH ACABA DE APRESENTAR

A NOVA COLECÇÃO FLYMAGIC.

UMA EDIÇÃO LIMITADA DE MODELOS

AUTOMÁTICOS EQUIPADOS COM

A NOVA ESPIRAL ANTIMAGNÉTICA

NIVACHRON, CUJO MOVIMENTO

– INVERTIDO – É VISÍVEL

NO MOSTRADOR.

Por Marina Oliveira

Da mesma forma que revolucionou o mercado

da relojoaria nos anos 80, contribuindo

para o “salvamento” da relojoaria

mecânica, a Swatch volta a “agitar” o mercado,

desta feita assumindo um papel

preponderante na luta contra os efeitos

adversos do magnetismo no mecanismo

e precisão do relógio. A marca foi a escolhida pelo

Grupo Swatch para estrear a nova espiral antimagnética

Nivachron, uma liga de compensação

paramagnética, feita de uma base de titânio,

desenvolvida pelo grupo em colaboração com a

Audemars Piguet.).

A nova liga Nivachron significa um verdadeiro

avanço na eterna luta relojoeira contra o magnetismo:

optimizando a resistência do relógio a

campos magnéticos, aumenta a regularidade do

oscilador e, consequentemente, a precisão. De

facto, os componentes internos de um relógio

podem ser magnetizados, em particular a espiral,

cujas extremidades colam quando isso acontece.

E, hoje em dia, os campos magnéticos estão em

toda a parte: fechos com íman, computadores,

telemóveis, electrodomésticos…

Para o Grupo Swatch, a introdução de espirais

Nivachron permitirá uma redução considerável

na influência do efeito residual de um campo

magnético no funcionamento de um relógio,

uma redução de 10 a 20, dependendo do calibre.

O lançamento da espiral Nivachron com a Swatch é, assim, o primeiro

passo para o Grupo. No futuro, todos os relógios mecânicos

produzidos pelas marcas do Grupo Swatch serão equipados com

propriedades antimagnéticas, com espirais em silício ou Nivachron

(ambas as invenções patenteadas).

COLECÇÃO FLYMAGIC

A nova colecção Flymagic, da Swatch, foi a seleccionada para

integrar a nova espiral antimagnética Nivachron. No coração dos

novos modelos está uma evolução do Sistem51, um movimento

totalmente produzido por máquinas, feito a partir de apenas 51

peças unidas por um único parafuso. Ao contrário do calibre Sistem51

regular, esta versão que equipa o Flymagic possui 15 componentes

adicionais.

Os novos relógios possuem um movimento automático invertido,

visível através do mostrador, com pequenos segundos que rodam

no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio e, claro, apresentam

a nova espiral antimagnética Nivachron. Com 90 horas de

reserva de marcha, os Swatch Flymagic exibem um rotor bidireccional

transparente, apenas com metade da parte exterior colorida.

Disponível com uma caixa de 45 mm, em aço ou aço com tratamento

PVD, o novo Flymagic apresenta-se em três versões (cores)

de edição limitada a 500 peças cada. Em Portugal, estão disponíveis

sete modelos de cada versão, em exclusivo na Boutique dos

Relógios Plus Art, na Avenida da Liberdade.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

56


SCAPE

Motores

58.Potência e Velocidade

62.Eventos de Luxo

Evasão

66.Porto

Espaços de Referência

70.Boutique dos Relógios Plus Aliados

Evasão

74.Le Monumental Palace Hotel

76.Mashpi Lodge

Tendências

80.Sapatos para o trabalho

84.Tendências 2019

86.Creed Aventus Cologne

Tecnologia

88.Consexto

Tendências

91.Um Relógio com

Decoração

92.Casa do Passadiço

Real Estate

94.Amoreiras Eden

Entrevista

96.Frederico Valsassina


MOTORES

POTÊNCIA E VELOCIDADE

KOENIGSEGG

Jesko

FOCO NA

PERFORMANCE

POTÊNCIA. ACELERAÇÃO.

VELOCIDADE MÁXIMA. DOMÍNIO

EM CURVA. ADRENALINA. PARA

ALGUNS ESTES CONTINUAM A

SER OS PRINCIPAIS ARGUMENTOS

QUE UM AUTOMÓVEL PODE TER.

E, PARA LHES DAR RESPOSTA, HÁ

MARCAS QUE REGRESSAM AOS

BÁSICOS, OFERECENDO MÁQUINAS

DE SONHO AO MAIS EXIGENTE

DOS CONDUTORES. AQUI, A

PERFORMANCE E A EMOÇÃO

ESTÃO EM PRIMEIRO LUGAR.

Por Andreia Amaral

Na senda da modernidade, a indústria automóvel

tem multiplicado esforços no sentido de dar

resposta ao que é considerado o consumidor-

-tipo da actualidade. De facto, para muitos, estar

ligado em permanência ao mundo digital, através

de um sem-número de aplicações que coloca

tudo ao dispor na ponta dos dedos, ou fazer

parte do, evidentemente relevante, movimento verde, são

prioridades. Mas, para os mais puristas, e quando falamos

de superdesportivos, o que realmente importa é a performance.

Centrados no essencial, não são esquecidos

pelas mais exclusivas marcas, que, com séries limitadas,

continuam a apontar à potência e à velocidade. E, no

regresso aos básicos, há propostas de cortar a respiração.

Um bom exemplo desta linhagem é o Koenigsegg Jesko,

o sucessor do mítico Agera RS, detentor de cinco recordes

mundiais de velocidade. O modelo, que recebeu o

nome do pai do fundador da marca (Christian Von Koenigsegg),

nasceu com o objectivo de superar os 482 km/h.

58


BUGATTI

Centodieci

Para concretizar essa missão, tem ao seu

dispor um redesenhado V8 twin turbo de

5,0 litros. Colocado em posição central na

traseira, debita 1298 cv com gasolina ou uns

estonteantes 1623 cv se receber E85 (85%

etanol e 15% gasolina). Entre as 2700 rpm

e as 6170 rpm, o bloco disponibiliza 1000

Nm, mas o binário máximo de 1500 Nm é

atingido às 5100 rpm. E porque cada fracção

de segundo faz a diferença, a Koenigsegg

desenvolveu uma nova transmissão.

Designada Light Speed Transmission (LST),

trata-se de uma caixa de nove velocidades

multi-embraiagem que recorre à tecnologia

Ultimate Power On Demand (UPOD) para,

em função da velocidade e do regime do

motor, aferir qual a melhor relação, mesmo

que isso implique passar directamente de

uma 7ª para uma 3ª!

Se o que está à vista deixa desde logo evidente

o carácter agressivo, o que o Jesko

esconde reitera que não está para brincadeiras.

Com uma estrutura monocoque

em carbono, recorre à Triplex Suspension

da Koenigsegg, que, neste caso, coloca

um amortecedor em posição horizontal

em ambos os eixos para manter a estabilidade

e distância ao solo, ou não chegasse o Jesko a produzir uma

força descendente de 1400 kg, praticamente o seu peso (1420 kg).

O modelo será limitado a 125 unidades e, ao que consta, pelo menos

uma virá para Portugal, para as mãos da piloto Carina Lima.

Ainda mais limitada será a produção do novo Bugatti Centodieci: dez

unidades com um preço inicial de oito milhões de euros. É a homenagem

das homenagens, uma vez que presta tributo ao Bugatti EB 110,

modelo lançado em 1991 em louvor dos 110 anos do nascimento de

Ettore Bugatti, fundador da marca. Em termos de design, e embora

reinterprete alguns elementos do EB100, o Centodieci é um modelo

totalmente novo. Já no que diz respeito à mecânica, vai buscar muitas

das suas soluções ao Chiron. É o caso do motor W16 de 8,0 litros com

quatro turbocompressores, visível através de um painel de vidro na

traseira, mas que aqui debita mais 100 cv. O propulsor foi afinado para

que o Centodieci tenha ao seus dispor um total de 1600 cv às 7000

rpm, uma potência que passa para o asfalto por via de um sistema de

tracção integral e de uma caixa DSG de sete velocidades.

Com um rácio peso/potência de 1,13 kg/cv, alcançado através de

um amplo recurso à fibra de carbono na estrutura, o Bugatti Centodieci

anuncia performances avassaladoras e um comportamento

dinâmico ainda mais apurado. O exercício dos 0 aos 100 km/h

é cumprido em 2,4 segundos, necessita de apenas 6,1 segundos para

chegar aos 200 km/h e, em 13,1 segundos, alcança os 300 km/h.

Atingir a velocidade máxima será, assim, um objectivo cumprido em

questão de segundos, até porque a Bugatti a limitou electronicamente

aos 380 km/h.

59


MOTORES

POTÊNCIA E VELOCIDADE

PAGANI

HUAYRA ROADSTER BC

Igualmente conhecida pelos recordes estabelecidos, como o da

volta mais rápida no famoso circuito de Nürburgring – com o seu

Zonda R, completou o percurso em 6:47.48 –, a italiana Pagani

acaba de revelar o Huayra Roadster BC. O modelo foi, na verdade,

antecipado por uma participação no jogo CSR Racing 2, mas, para

deleite dos amantes de superdesportivos, avançou mesmo para

produção com uma edição limitada a 40 unidades, cada uma

delas com um preço base sem impostos de três milhões de euros.

Baseado nas já conhecidas versões coupé e cabrio do Huayra, o

Roadster BC, cuja sigla homenageia o primeiro cliente da marca,

Benny Caiola, é um automóvel ainda mais apurado do que os seus

irmãos. E se em termos estéticos isso pode ser discutível, embora

seja consensual que é senhor de uma maior elegância, em termos

de performances não restam dúvidas. Graças a uma versão mais

evoluída do chassis tubular em carbono e titânio, tornou-se mais

leve 30 kg do que o roadster original (pesa um total de 1250 kg)

e ganhou uma maior resistência. No centro da acção tem o V12

biturbo de origem Mercedes-AMG dos irmãos, que, no entanto,

foi totalmente revisto, ao ponto de até os turbos terem sido redesenhados.

As alterações fizeram a potência subir dos 750 cv para

os 802 cv, enquanto o binário máximo passou dos 1000 Nm para

os 1050 Nm. O motor, que deverá equipar também os futuros

modelos da marca, aparece associado a uma caixa automática

Xtrac de sete velocidades e dupla embraiagem e a um sistema

de tracção traseira. Apesar de o fabricante não ter anunciado os

dados das performances, o que foi divulgado deixa antecipar um

poder avassalador. De acordo com a Pagani, o Huayra Roadster

BC gera até 1,9 G de aceleração longitudinal contínua, 2,2 G de

travagem e cria uma força descendente de 500

kg a 280 km/h!

Performances incríveis, mas muito mais acessíveis,

pelo menos na medida em que a produção

não está limitada, são as do novíssimo Corvette

Stingray. O modelo começará a ser vendido

na Europa no início de 2020 e as expectativas

são elevadas, ou não tivesse a Chevrolet anunciado

que o Stingray atingiu uma velocidade

máxima de 312 km/h na pista de testes alemã

de Papenburg. Disruptivo, o novo Stingray

altera aquela que sempre foi a arquitectura do

Corvette e estreia no modelo uma configuração

de motor central traseira. A mudança faz-

-se sentir de imediato na carroçaria, mais distante

da dos antecessores, mas também nas

dimensões. Tornou-se mais comprido (4,63 m),

mais largo (1,93 m) e mais pesado (1527 kg).

Contudo, apresenta uma melhor distribuição

do peso e um centro de gravidade mais

baixa. Estas características, aliadas ao sistema

Magnetic Ride Control, que ajusta automaticamente

os amortecedores às necessidades, e a

uma gestão inteligente da tracção, traduzem-se

num comportamento dinâmico mais assertivo.

No modelo base, surge com um V8 de 6,2 litros

que disponibiliza 495 cv e um binário máximo

60


CHEVROLET

Corvette Stingray

FERRARI

F8 SPIDER

de 637 Nm. O bloco está acoplado a uma caixa

automática de dupla embraiagem e de oito velocidades,

mantendo a transmissão da força às

rodas traseiras. É o suficiente para disparar dos

zero aos 100 km/h em menos de três segundos,

quando equipado com o ‘pack’ de performance

Z51, capaz de gerar até 181 kg de força descendente

em curva. A Chevrolet diz que é o Corvette

de base mais rápido de sempre, mas há rumores

de que este bloco possa surgir numa versão

híper-vitaminada.

Quem não esperou para mostrar os seus trunfos

foi a Ferrari, que apresentou não um, mas dois

modelos, no famoso evento Universo Ferrari,

em Maranello, Itália. São ambos descapotáveis

e, de acordo com a Ferrari, um deles é o descapotável

produzido em série mais potente do

mundo. O título vai para o 812 GTS, baseado no

812 Superfast. 50 anos depois do lançamento

do 365 GTS4, a Ferrari volta a usar um V12 num

cabrio em série. O bloco de 6,5 litros disponibiliza

800 cv de potência às 8500 rpm e 719 Nm de

binário máximo às 7000 rpm, aparecendo associado

à conhecida caixa automática F1 de dupla

embraiagem, que foi afinada. Apesar de ter um

peso superior ao Superfast em 75 kg, devido à

introdução da capota rígida com mecanismo

retráctil e ao reforço do chassis, o Ferrari 812 GTS atinge a mesma

velocidade máxima: 340 km/h. A aceleração dos zero aos 100

km/h faz-se em menos de três segundos e necessita de apenas

8,3 segundos para atingir os 200 km/h. No capítulo dinâmico,

sistemas como o Side Slip Control, que controla o deslizamento

lateral, o Passo Corto Virtuale 2.0, e o EPS ajudam a dominar a

potência e a tirar o maior proveito dela em estrada.

Os sistemas electrónicos de última geração estão também presentes

no Ferrari F8 Spider, a outra novidade revelada em Maranello.

O modelo deriva do F8 Tributo, sucessor do 488 GTB, e as prestações

são igualmente impressionantes. Equipado com o mesmo

bloco, que debita 720 cv de potência, o Ferrari F8 Spider atinge

os 100 km/h em 2,9 segundos e os 200 km/h em 8,2 segundos. A

velocidade máxima mantém-se nos 340 km/h do coupé.

Já sabe qual quer?

FERRARI

812 GTS

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

61


MOTORES

EVENTOS DE LUXO

© Stephane Abrantes

GT CIRCLE

Clube privado e exclusivo

para os proprietários de superdesportivos

CÍRCULO

EXCLUSIVO

OS ENCONTROS DE PROPRIETÁRIOS DE AUTOMÓVEIS

SUPERDESPORTIVOS TÊM GANHADO EXPRESSÃO

POR TODO O MUNDO E TORNARAM-SE, INCLUSIVE,

PALCO PARA APRESENTAÇÃO DE ALGUNS MODELOS

EXCLUSIVOS. SE ANTES ERA PRECISO VIAJAR

ALÉM-FRONTEIRAS PARA PARTICIPAR, AGORA

BASTA PERCORRER ALGUNS QUILÓMETROS…

E TER UM CARRO DE SONHO!

Por Andreia Amaral

Unidos pela paixão pelos

automóveis superdesportivos

e por um estilo de vida

em que o requinte e a exclusividade

imperam, há grupos

de pessoas que se juntam

em encontros de sonho

para muitos. Enquanto passam, os

outros olham, quase em descrença

com tantos carros míticos reunidos

diante si. Ali, dá-se oportunidade

para a partilha de impressões em

relação às maiores máquinas, fazem-

-se passeios temáticos pelas mais

impressionantes estradas, testam-se

limites em autódromos, conversa-se,

mas, acima de tudo, fazem-se amigos

com interesses e visões comuns

sobre os prazeres da vida. E, assim,

mais do que uma paixão, os superdesportivos

tornam-se um elo social.

62


É deste modo que António Pombo vê as mais belas

máquinas produzidas pela indústria automóvel, e foi por

isso que trouxe para Portugal dois conceitos exclusivos de

encontros a elas associados. Também ele um apaixonado,

desde criança, pelos superdesportivos, fundou, em 2016,

a SquareSummary, uma empresa dedicada às áreas de

consultoria de gestão e gestão e organização de eventos.

Como não poderia deixar de ser, os supercarros deram o

mote para a projecção e, logo no ano de arranque, António

Pombo criou a marca Cars & Coffee, para desenvolver a

organização dos seus próprios eventos com a temática

dos carros superdesportivos. Um ano depois, surgia o GT

Circle, um clube privado e exclusivo para os proprietários

de superdesportivos. Ferrari, Porsche, Lamborghini, Aston

Martin, McLaren ou Mercedes AMG são apenas algumas

das marcas representadas entre os mais de 430 proprietários

que se já renderam aos dois conceitos.

Através do Cars & Coffee organizam-se eventos que reúnem

uma grande quantidade de carros superdesportivos

e desportivos de luxo, modernos e clássicos, e os seus

proprietários, para um dia dedicado a esta temática. O

conceito é semelhante aos encontros que começaram a

despontar em 2006 em Los Angeles, para rapidamente

se disseminarem pelos Estados Unidos da América e

por todo o mundo. No entanto, receberam uma abordagem

diferenciada, promovendo ainda mais o convívio e

o networking, através de um programa cuidadosamente

pensado.

“Com as duas edições anuais, Norte e Centro, o evento de

lifestyle foi crescendo em notoriedade e ganhando a confiança

dos proprietários destes carros, que, apesar das

suas ocupadas agendas, fazem o possível para estarem

nestes eventos, onde encontram amigos e outros participantes

que já conhecem de edições anteriores”, explica

CARS & COFFEE

Eventos que reúnem carros desportivos de luxo,

modernos e clássicos, e os seus proprietários

© Tiago Ferreira

63


MOTORES

EVENTOS DE LUXO

NESTES ENCONTROS,

MAIS DO QUE UMA PAIXÃO,

OS SUPERDESPORTIVOS

TORNAM-SE UM ELO SOCIAL

©66 Stephane Abrantes

© Tiago Ferreira

CARS & COFFEE

GT CIRCLE

António Pombo, enquanto identifica os propulsores do

sucesso: “Além do motivo principal que reúne este exclusivo

grupo – o interesse pelos carros superdesportivos –,

a parte gastronómica, cultural e o próprio networking são

motivos de interesse para os participantes.”

Proporcionar toda uma experiência é precisamente o

objectivo do GT Circle, que eleva ainda mais a fasquia das

suas iniciativas. O clube privado, para coleccionadores,

apaixonados por carros desportivos e pessoas que não

dispensam um estilo de vida requintado, organiza eventos

ao longo do ano com diferentes formatos: desde eventos

de meio dia, algumas vezes organizados com parceiros

como a Boutique dos Relógios Plus, a eventos em autódromos,

com acesso à pista, até às tours. Estas últimas

dividem-se nos Weekend, de dois dias, e nos Rally, de

cinco dias, têm programas que contemplam hotéis de

luxo, experiências gastronómicas de excelência, estradas

cuidadosamente escolhidas entre checkpoints, mas também

uma componente cultural.

“Enquanto a primeira marca se cinge ao território português,

o clube organiza eventos em Portugal e no estrangeiro,

com uma visita em 2018 ao Geneva International

Motor Show, sem carros, e com o seu Rally 2017 a ser realizado

entre Portugal e Espanha”, afirma António Pombo

sobre as diferenças entre ambos os conceitos. Outra é

que a entrada no GT Circle, sendo este um clube, depende

normalmente de indicação por parte de outro membro

do clube ou da análise de uma candidatura, enquanto

no Cars & Coffee a participação nos eventos depende

da aceitação de determinado veículo pela organização.

Em qualquer dos casos, motivos de interesse certamente

não faltarão.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

64


Em exclusivo no

LISBOA: Avenida da Liberdade, 204, r/c | PORTO: Avenida da Boavista, 3523, Edifício Aviz | www.rosaeteixeira.pt


EVASÃO

PORTO

UM FIM-DE-SEMANA

INVICTO

VALE SEMPRE A PENA REGRESSAR

AO PORTO. A CIDADE ESTÁ CADA VEZ

MAIS BONITA E SURPREENDENTE,

E É FÁCIL ARRANJAR UMA BOA

DESCULPA PARA IR LÁ PASSAR UM

FIM-DE-SEMANA. SEJAM EXPOSIÇÕES,

NOVOS RESTAURANTES, HOTÉIS, OU

NOVAS BOUTIQUES…

Por Bruno Lobo

Há que aproveitar ao máximo tudo o que a

cidade tem para oferecer, e se não vai ao

Porto há muito tempo ou é a primeira vez

dos seus filhos, por exemplo, não deixe

de (re)visitar as maiores atracções, como

a Torre dos Clérigos, que pode subir até

cima, haja fôlego para os 225 degraus.

Ou a Livraria Lello, que os fãs de Harry Potter não

vão deixar passar em branco, ou ainda a bonita

Praça Lisboa, mesmo em frente, onde poderá

sentar-se na esplanada do Base, entre as mais

concorridas da cidade.

Da mesma forma, se nunca foi, passe pela Estação

de São Bento para admirar os 20 mil azulejos

de Jorge Colaço, com cenas marcantes da

66


FUNDAÇÃO DE

SERRALVES

TORRE DOS CLÉRIGOS

história de Portugal e dos transportes, e já agora

pela frenética Rua das Flores, onde pode dar um

saltinho à flagship store da Claus Porto e sair de lá

com uma mão-cheia de sabonetes embrulhados

à mão. Ali perto, também, na Rua do Almada, fica

a não menos histórica (e mais doce) flagship da

Arcádia. Que está neste momento em obras de

renovação, mas quando reabrir (ainda este ano)

terá um atelier aberto ao público onde poderá

acompanhar um mestre artesão a fabricar os chocolates

preferidos do país.

O Palácio da Bolsa, um imenso edifício neoclássico

construído no início do século XX, é outro dos

monumentos mais visitados do Porto. Tem como

ponto alto o exótico e faustoso Salão Árabe, palco

de jantares, conferências e concertos, e merece

uma visita pelo menos uma vez na vida.

A Fundação de Serralves, por sua vez, é um lugar

para voltar muitas vezes. Dos 18 hectares de jardins

ao museu propriamente dito, tem sempre muito para ver e

fazer. E é claro que também não pode falhar uma ida a Gaia para

visitar uma das caves onde se fez a história do Vinho do Porto

(a Taylors ou a Real Companhia Velha oferecem, neste capítulo,

experiências memoráveis), deixando tempo para beber um copo

num bar-miradouro como o Terrace Lounge 360°, com uma deslumbrante

vista panorâmica sobre o Porto.

Não deixe ainda de passar pelo Bairro das Artes, quarteirão repleto

de galerias, ateliers, cafés e lojas de autor. É o caso da Banema, uma

concept store para quem gosta de arquitectura, design e coisas

bonitas em geral, já que neste espaço – 300 m 2 de uma antiga

padaria – vai encontrar uma curadoria exclusiva de marcas e mobiliário,

iluminação, decoração e lifestyle. Para adeptos do vintage,

outra boa ideia é ir até à animada Rua da Cedofeita para continuar

uma sessão de shopping, onde não pode perder a loja da famosa

pasta medicinal Couto, empresa que celebrou 100 anos com a abertura

do primeiro espaço comercial em nome próprio do país.

67


EVASÃO

PORTO

TAPISCO

Restaurante

CASARIO

Restaurante

Em matéria de restaurantes, além dos clássicos como o Cafeína,

uma instituição local (hoje parte do grupo de José Avillez), há muito

por onde escolher. Na verdade, do Tapisco de Henrique Sá Pessoa

aos imperdíveis Casario (de Miguel Castro e Silva) e Almeja, passando

pelos estrela Michelin de Pedro Lemos e Casa de Chá da Boa

Nova de Rui Paula, nunca vai sentir-se defraudado, mas sim com

vontade de voltar. Guarde estas dicas para o jantar, já que para o

almoço também há muito por onde escolher: do Cozinha Cabral

ao Mondo Deli, passando pelo Digby (o restaurante do Hotel Torel

Avangarde, que presta homenagem a Sir Kenelm Digby, diplomata

inglês considerado o pai da garrafa de vinho), e que tem o que é

considerado um dos melhores brunches do Porto.

ALMEJA

Restaurante

A escolha certa de um hotel pode ditar o sucesso de uma viagem,

e este Torel Avangarde já foi considerado “o melhor novo hotel” e

também o melhor “Luxury Art Hotel” da Europa,

até porque a arte faz mesmo parte do seu ADN.

Cada um dos 47 quartos presta homenagem a

figuras das artes plásticas, música, moda ou literatura,

de Amadeo de Souza-Cardoso a Picasso,

passando por Frida Kahlo, Coco Chanel ou Charles

& Ray Eames. Encontramos várias peças

de artistas portugueses na entrada e espaços

comuns, como é caso da “Sala das Flores”, o

espaço mais “instagramado” do hotel, um original

jardim de inverno, com as paredes e o teto

totalmente forrados a flores. O local ideal para se

sentar a beber um vinho ou fazer uma sessão de

fotografia.

O Torel Avangarde faz parte de uma pequena

cadeia de hotéis boutique em expansão – o

primeiro foi o Torel Palace, em Lisboa, e o mais

recente o Torel 1884, um elegante palacete na

Baixa portuense, que pode ser outra excelente

alternativa (está para breve a abertura do Torel

Palace Porto, num dos mais deslumbrantes palacetes

da cidade).

Felizmente, o sucesso do Porto (e de Portugal)

como destino turístico trouxe consigo uma revolução

no mundo da hotelaria, pelo que é cada

vez mais fácil encontrar hotéis bonitos, bem localizados

e com bom serviço. É o caso também do

68


DIGBY

Restaurante

INFANTE SAGRES

Hotel

TOREL AVANGARDE

Hotel

THE YEATMAN

Hotel

Le Monumental, em plena avenida dos Aliados,

num edifício majestoso onde, nos anos 1930, funcionava

o histórico Café Monumental. Propriedade

de uma cadeia francesa, oferece ainda o

único Nuxe Spa do país.

Ou então que tal ficar hospedado na mais recente

unidade dos Pestana? O grupo português tem

alguns hotéis emblemáticos na cidade do Porto,

mas mais nenhum oferece a possibilidade de

tomar o pequeno almoço num café do rés-do-

-chão que, por acaso, se chama Brasileira. Ali bem

perto, em pleno coração da Invicta, encontramos

ainda o InterContinental Palácio das Cardosas, e

a vista que oferece, sem Douro, mas para a Praça dos Aliados e

Câmara Municipal, é qualquer coisa...

Já a vista do The Yeatman, de Gaia para o Porto, não podia ter sido

mais elogiada (e fotografada), mas o hotel oferece ainda um serviço

de excepção, um dos melhores restaurantes e garrafeiras do país e

da europa e um SPA Caudalie. Por último, mas não menos importante,

o mais antigo hotel de luxo do Porto, onde já pernoitaram

figuras de Estado, membros da realeza, reis e rainhas dos palcos, e

até líderes religiosos como o Dalai Lama: o Infante Sagres acabou

de ser totalmente remodelado e é mais um ponto de partida perfeito

para explorar a cidade.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

69


ESPAÇOS DE REFERÊNCIA

BOUTIQUE DOS RELÓGIOS PLUS ALIADOS

O FUTURO

COMEÇA EM BREVE

DEPOIS DE DUAS LOJAS DE REFERÊNCIA

NA AVENIDA DA LIBERDADE, EM LISBOA,

QUE PRIMAM POR APRESENTAR CONCEITOS

DIFERENCIADOS, COMO UM ESPAÇO

PORTUGUÊS OU UM ELOGIO DA ARTE,

ONDE SE DESTACA UMA PEÇA DE JOANA

VASCONCELOS, A BOUTIQUE DOS RELÓGIOS

PLUS RUMA AO PORTO PARA VOLTAR A

SURPREENDER, AGORA COM UM CONCEITO

QUE APELIDA DE “STORE OF THE FUTURE”.

Por Marina Oliveira

Antiga morada do edifício do jornal

“O Comércio do Porto”, construído

em 1930, com assinatura dos

arquitectos Rogério de Azevedo

e Baltazar de Castro, o n.º 107 da

Avenida dos Aliados e a sua imponente

fachada preparam-se para

receber a primeira Boutique dos Relógios

Plus localizada fora de um centro comercial

da cidade invicta.

70


Serão cerca de 400 metros quadrados, divididos

em dois pisos, de um espaço dedicado à

alta relojoaria e joalharia de luxo que promete

surpreender pela arquitectura, conceito e exclusividade.

Embora ainda não tenham sido revelados

muitos pormenores, a expectativa é grande.

Afinal, as duas últimas lojas da Boutique dos

Relógios Plus, localizadas na artéria de luxo da

capital – a Avenida da Liberdade –, colocaram a

fasquia bem alta.

De facto, estes dois espaços em Lisboa impuseram-se

como uma referência, revolucionando

o sector, através de uma aliança entre tradição,

modernidade, inovação, luxo e portugalidade.

O primeiro, no n.º 129 da Avenida da Liberdade,

abriu portas, com pompa e circunstância, no final

de 2012. Aqui, alta relojoaria e joalharia têm um

espaço de eleição para todos os que procuram

peças originais, sofisticadas e exclusivas, surpreendendo

ainda pela oferta de acessórios de

luxo únicos, assim como pela inclusão de uma

zona totalmente dedicada aos produtos nacionais

de topo: o Espaço Português, uma sala decorada

com azulejos pintados à mão que ilustram alguns

dos acontecimentos ou locais mais importantes e

marcantes da História do nosso país.

Já a Boutique dos Relógios Plus Art, do outro lado da Avenida da

Liberdade, nasceu em 2015. Muito mais do que uma loja dedicada

à comercialização de peças do tempo, jóias e outros acessórios

de luxo, este espaço assumiu-se como uma concept store, onde

obras de arte convivem abertamente com artigos de topo. Aqui,

os clientes são convidados a viajar pelo universo das obras-primas

dos mais variados campos artísticos, com o início da jornada a

ser assinalado por um imponente lustre da conceituada artista

portuguesa Joana Vasconcelos.

O início de 2020 promete agora ficar marcado pela abertura de

uma nova loja e conceito, com chancela Boutique dos Relógios

Plus. Bem no centro da artéria de luxo por excelência da cidade do

Porto está a nascer um novo espaço, apelidado pelos responsáveis

do Grupo como “Store of the Future”. Com um conceito diferenciado,

totalmente focado no Lifestyle, a nova loja dos Aliados

promete oferecer – além das habituais marcas de alta relojoaria

e joalharia de luxo e do serviço diferenciado e premium –, sobretudo,

experiências inolvidáveis que conquistarão em absoluto os

clientes e turistas da Invicta.

71


ESPAÇOS DE REFERÊNCIA

BOUTIQUE DOS RELÓGIOS PLUS ALIADOS

© Le Monumental Palace Hotel

AVENIDA DOS ALIADOS

Encimada pelo edifício da Câmara

Municipal do Porto, a Avenida dos

Aliados é a mais importante avenida

da cidade, sendo o local, por excelência,

onde os portuenses se reúnem

para celebrar momentos especiais. Traçada

no início do século XIX pelo inglês

Barry Parker, e edificada pelo arquitecto

Marques da Silva, a sua construção,

e nome, são uma homenagem aos

países aliados da I Guerra Mundial.

Situada na baixa portuense e caracterizada

por edifícios de arquitectura

Art Nouveau e Art Deco, a Avenida

dos Aliados foi completamente renovada

em 2006, transformando-se num

espaço moderno e ainda mais cosmopolita,

virado para as pessoas e para os

acontecimentos da cidade. Actualmente,

ganhou o estatuto da mais elegante e

exclusiva área de compras da Invicta.

Pioneira, a Boutique dos Relógios Plus

é uma das primeiras chancelas de luxo

a instalar-se nos Aliados, paredes meias

com hotéis de cinco estrelas, empreendimentos

residenciais de topo e locais

históricos, como o café Guarany. Confirmadas

para enriquecer a oferta de luxo

desta artéria estão já a Tod’s e a Burberry

e, certamente, outras insígnias de renome

se seguirão, consolidando esta avenida

portuense como o destino de eleição

para as marcas Premium e Luxury.

72


Distributed by

Insured by

Whether you are at home

or enjoying an international

lifestyle, you want to be able to

choose when, where and how

you receive medical care. That’s

why, with Bupa Global you have

a free choice of hospital, doctor

and specialist and can enjoy

direct settlement at thousands

of medical providers around the

world. As a fully qualified Bupa

Global distributor, All Expat can

provide you with expert help

and guidance to help ensure you

get the right level of cover that

suits your lifestyle.

Visit us online or come to

our office in your next visit

to Portugal.

www.all-expat.com

online@all-expat.com

All Expat Consulting is licensed

as an insurance broker in PRT,

ESP, FRA, ITA, DEU, GBR, LUX,

NLD, IRL, NOR, GIB & AUT


EVASÃO

LE MONUMENTAL PALACE HOTEL

LE MONUMENTAL

PALACE HOTEL

HISTORICAMENTE LUXUOSO

ABRE AS SUAS PORTAS PARA

A AVENIDA DOS ALIADOS,

ONDE A VISTA NOS DEIXA

SEM FÔLEGO, E RECUPERA

O ESPLENDOR DE OUTROS

TEMPOS, QUANDO ALI SE

OUVIAM ORQUESTRAS E O

TILINTAR DOS CÁLICES QUE

INTERROMPIAM AS CONVERSAS

ERUDITAS, NO MAIS

PRESTIGIADO CAFÉ À ÉPOCA,

O MÍTICO CAFÉ MONUMENTAL.

Por Companhia das Cores

Data de 1923 um dos edifícios mais emblemáticos

do Porto, projectado pelo arquitecto italiano

Michelangelo Soá. O mesmo onde hoje a cadeia

francesa Maison Albar Hotels – propriedade do

Grupo Paris Inn – vê erguida a sua primeira unidade

hoteleira em Portugal –, o Le Monumental

Palace Hotel.

A fachada gótica, o corrimão da escadaria e a grandiosidade

do pé direito ainda guardam memórias do passado

glamoroso do Café Monumental e integram harmoniosamente

a decoração da dupla Oitoemponto. Artur Miranda

e Jacques Bec conseguiram através, dos grandiosos espelhos,

dos candeeiros exuberantes, dos mármores portugueses

ou das alcatifas com desenhos singulares, recriar

os ambientes Art Déco e Art Nouveau, estilos icónicos dos

anos 30 do século XX.

74


Avenida dos Aliados, 151 – 4000-067 Porto

www.maison-albar-hotels-porto-monumental.com

Depois de três anos da reabilitação desenvolvida

pela Mystic Invest, o Le Monumental Palace Hotel

é hoje reconhecido por um conceito singular que

combina a magnificência arquitectónica e a história

da cidade com o requinte e estilo francês,

numa interpretação contemporânea que nos oferece

experiências “monumentais”.

MAJESTOSO, O HOTEL

A monumentalidade deste hotel de cinco estrelas

não se fica apenas pelo nome. Os corredores

que fazem lembrar as carruagens do Expresso do

Oriente, os materiais nobres, a luminosidade natural

e a elegância do estilo francês que ornamentam

os 76 quartos e as 13 suites comprovam-no. E, por

instantes, só queremos esquecer o mundo exterior.

MAGNIFICENTE,

A VIAGEM SENSORIAL

No Le Monumental Nuxe Spa, o único da marca

no país, os tons hipnotizantes da piscina interior,

o ambiente sofisticado e acolhedor, os aromas

dos tratamentos exclusivos de autor, a sauna ou

o banho turco, arrebatam-nos e devolvem-nos a

serenidade.

MAGNÍFICOS, OS SABORES

Os aromas da cozinha moderna e sofisticada do Palácio abrem-nos

o apetite. Seguimo-los. E a nossa monumental jornada gastronómica

depende agora de uma decisão que se revela difícil.

No Bar Américain a carta atrai-nos de imediato. Cocktails, uma

selecção dos melhores vinhos do Porto e, para partilhar, alguns

petiscos. Uma boa opção, pensamos.

O Café Monumental deixa-nos ainda mais indecisos. O nome e a

sumptuosidade de outrora cruzam-se com o espírito parisiense,

nesta brasserie que tem para nos oferecer iguarias tradicionais da

cozinha francesa. Foie gras, aves, patisserie e, para terminar, a visita

do clássico carrinho de sobremesas.

É, contudo, a reinterpretação da tradição francesa e a homenagem

aos produtos portugueses, pelas mãos do já estrelado Chef gaulês

Julien Montbabut, que hoje leva a melhor. As propostas gastronómicas

de alta cozinha moderna que nos apresenta levam-nos

numa viagem deliciosa pelo savoir-faire francês e pela riqueza do

património culinário português, num cenário moderno e elegante,

íntimo e exclusivo.

O sorriso que nos invade o rosto não deixa espaço para dúvidas.

A calma habita-nos a alma e a felicidade deixa-nos o corpo leve.

Fechamos os olhos, revemos o dia de hoje e construímos os planos

para amanhã.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

75


EVASÃO

MASHPI LODGE

MASHPI LODGE

O BEIJA-FLOR

MAIS DO QUE UM HOTEL, O

MASHPI LODGE É UM REFÚGIO

NA FLORESTA, ONDE É POSSÍVEL

AVISTAR ESPÉCIES QUE NÃO

EXISTEM EM NENHUM OUTRO

LOCAL DO PLANETA. UM LUGAR

MÁGICO E ESPECIAL, QUE TEMOS A

OBRIGAÇÃO DE PRESERVAR.

Por Catarina Palma

Aviagem até ao Mashpi Lodge começa em Quito,

capital do Equador, e a mais bela cidade colonial

da América do Sul. Encravada entre as montanhas

dos Andes e cercada por vulcões (quase uma centena,

estando mais de 20 activos), é o melhor ponto

de partida para descobrir a paisagem natural deste

pequeno país, inesperadamente bela e selvagem.

Bastam alguns minutos de viagem para perceber como o

cenário que nos envolve pode mudar abruptamente, como

que por magia. A estrada passa ao lado do “Mitad del

Mundo”, que marca a linha equatorial, seguindo o curso do

Rio Blanco. Depois de passar a cidade de Nanegalito, para

noroeste, a estrada torna-se sinuosa, passando pelo sítio

arqueológico de Tulipe e várias comunidades agrícolas.

76


Embrenhamo-nos então num verde que se adensa ao ponto de

não vislumbrarmos mais do que uma inesgotável palete de verde.

Quatro horas de viagem separam-nos do Masphi Lodge,

um refúgio na floresta com capacidade para apenas

47 pessoas. Situado no coração da Reserva da Biosfera Choco

Andina – que se estende por 286 mil hectares, cerca de 2% do que

terá sido a mata original –, este hotel ecológico é um lugar inesperado.

Faz parte da colecção de Unique Lodges of the World da

National Geographic, uma espécie de “selo de qualidade” atribuído

a alojamentos que se dedicam à protecção do ambiente.

Mesmo tratando-se de um monólito moderno de

aço reciclado, madeira tropical e vidro, é quase

impossível encontrá-lo entre as copas das árvores

e neblina da floresta. Utilizando as mais recentes

técnicas de construção sustentável, o Masphi

Lodge é o projecto de vida de Roque Sevilla,

um ambientalista apaixonado, empresário de

sucesso, ex-prefeito da cidade de Quito e presidente

da Metropolitan Touring (um dos principais

operadores de turismo do Equador), que decidiu

comprar vários hectares de floresta com o objectivo

único de contribuir para a sua preservação.

Para tal associou-se a vários biólogos e cientistas

que aqui trabalham e estudam várias centenas de

espécies de plantas, borboletas, mamíferos, repteis

e peixes, e ainda 400 espécies de pássaros

– 36 delas endémicas. São eles, a par de membros

da comunidade, os guias das várias expedições

diárias organizadas para os hóspedes do Masphi.

Surpreendentemente contemporâneo e com

design e decoração minimais, é um verdadeiro

casulo no meio da natureza em estado puro,

oferecendo quartos com janelas panorâmicas

em vidro do chão ao tecto, para que possa estar

em contacto permanente com o que se passa

77


EVASÃO

MASHPI LODGE

no exterior, e nunca pretendendo competir com

a sua beleza luxuriante. A ideia é quase simular

uma cápsula de cristal, a partir da qual poderá

observar a vida na floresta, mesmo no conforto

da sua cama.

Com um telhado estilo pérgula e mesas ao ar livre,

o terraço é o local certo para começar o dia e

relaxar ao som da floresta. Aqui ou na sala de pé

direito altíssimo, as refeições são uma descoberta

da gastronomia das diversas regiões do Equador,

onde nunca faltam deliciosos ceviches, e ingredientes

locais muito frescos, acompanhados por

sumos naturais, vinhos ou cocktails exóticos.

De resto, os dias começam sempre muito cedo e

incluem caminhadas (diurnas e nocturnas, com

direito a observação de todo o género de bichos, incluindo cobras

e tarântulas!), mergulhos em cachoeiras e aventuras passadas no

teleférico Dragonfly, a céu aberto, terminando o dia a subir à Torre

de Observação para contemplar a reserva e o pôr-do-sol. Em alternativa,

poderá partir à descoberta das mais belas e raras orquídeas

do mundo, procurar os refúgios secretos dos beija-flores, esses

seres minúsculos e incrivelmente ágeis, muito difíceis de ver, mas

que por aqui parecem estar em toda a parte, assistir a palestras no

Life Center e ainda arriscar uma divertida travessia a 200 metros

de altura numa original Sky Bike.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

78


AVENIDA • AMOREIRAS • CASCAIS

DIOR

CELINE • ETRO

CORNERS AV. DA LIBERDADE

ALICE + OLIVIA • BARBARA BUI • CHIARA FERRAGNI • CORNELIANI • DOROTHEE SCHUMACHER • DSQUARED2 • EMILIO PUCCI • ERDEM

GIVENCHY • HOGAN • ISABEL MARANT ÉTOILE • J BRAND • LANVIN • MALÌPARMI • MARC JACOBS • MISSONI • OFF-WHITE

SALVATORE FERRAGAMO • SELF-PORTRAIT • SONIA RYKIEL • STELLA MCCARTNEY • TEMPERLEY LONDON • TORY BURCH • ZIMMERMANN

ESTÉE LAUDER • HERMÈS • LA MER • LA PRAIRIE • SHISEIDO • TOM FORD

Lisboa Av. da Liberdade, 254 • Amoreiras Shopping Center Lj. 2001/2002 | Cascais Av. Valbom, 4

www.lojadasmeias.pt


TENDÊNCIAS

SAPATOS PARA O TRABALHO

THESE SHOES

ARE MADE

LOJA DAS MEIAS

FOR

WORKING

É SEMPRE MELHOR COMEÇAR

POR BAIXO. FAÇA UM UPGRADE

AOS SEUS SAPATOS E SUBA UM

ANDAR NA ESCADA DO SUCESSO.

PROFISSIONAL E NÃO SÓ…

Por Bruno Lobo

As mulheres têm toneladas de sapatos, os

homens nem por isso, o que não significa

que devam dar pouca atenção aos que

têm. Pelo contrário, cada espécimen, precisamente

por ser raro, merece mais atenção,

e cada nova aquisição deve ser encarada

como um investimento, até porque se comprar

um bom par, e o tratar com esmero, este pode

durar anos e anos com um ar impecável.

80


É PARA OS SAPATOS QUE ELAS

OLHAM MAIS

Como se costuma dizer, não há segundas hipóteses

para criar uma boa primeira impressão. A

roupa, os olhos ou o sorriso são factores determinantes,

mas o nosso olhar também é irremediavelmente

atraído para o chão, mesmo que

inconscientemente.

Existem inúmeros ensaios sobre o assunto,

incluindo, na internet, um grupo de estudo

que conseguiu identificar correctamente os

factores socioeconómicos (e até preferências

políticas) observando unicamente as fotografias

dos sapatos uns dos outros. Assim, andar

com sapatos gastos e malcuidados, passa uma

mensagem de descuido. Usar ténis, com um

fato, mostra que faz as escolhas erradas. Sim,

os tempos estão muito mais descontraídos no

guarda roupa, mas ainda assim não faz sentido

levar os Nikes da maratona para o emprego.

Até porque é um erro pensar-se que os sapatos

mais elegantes não podem ser perfeitamente

confortáveis. Não ao ponto de correr uma

maratona, admitimos, mas para chegar ao fim

do dia com os pés descansados.

QUATRO CASAMENTOS E UM FUNERAL

Ao longo da vida vamos passar por inúmeras situações onde

queremos estar no nosso melhor. Pode ser um casamento ou

um funeral, uma peça de teatro, uma entrevista, um jantar de

negócios com clientes ou um jantar romântico. A questão é

que um par de sapatos apenas nunca será suficiente. Podem

não ser tantos como no caso das senhoras, mas vamos precisar

de alguma variedade e será muito mais simples de escolher

se conhecermos um pouco melhor os diferentes tipos de

sapatos que existem.

CARLOS SANTOS

Rosa & Teixeira

OXFORD

Os Oxford são os mais clássicos dos sapatos

formais e, provavelmente, os mais

necessários também, porque a sua silhueta

elegante combina muito bem com tudo,

desde um fato até um traje mais formal,

como um smoking, para quando a ocasião

surgir. Por isso, se optar por um par apenas,

escolha a opção em pele preta, que

permite essa versatilidade, embora existam

em todas as tonalidades e tipos de

peles.

Os Oxford começaram por ser em bota,

mas os alunos da conhecida universidade

– daí o nome – preferiam usá-los na versão

sapato, e foi assim que se popularizou.

LUIS ONOFRE

81


TENDÊNCIAS

SAPATOS PARA O TRABALHO

LOJA DAS MEIAS

PRIVATE LABEL

DERBY

O “outro” sapato clássico. Por vezes confundidos com os

Oxford, pela sua forma muito semelhante, mas a grande

diferença é que os Oxford têm as abas costuradas e nos

Derbies estão soltas, ganhando assim um ar mais informal.

Continuam perfeitos para usar com um fato, piores

com smoking, e melhores com um look mais casual. Jeans

incluídos.

Os Derbies também começaram por ser botas, no caso,

de caça, mas no início do século passado perderam o

cano e ganharam um estatuto mais urbano. Por causa

das abas menos presas, serão também mais confortáveis

para quem tem o peito dos pés mais altos e, pela sua

versatilidade com estilos mais informais, torna-se mais

fácil optar por diferentes cores.

LOJA DAS MEIAS

BROGUE

Não são bem um estilo de sapato,

antes uma decoração, que consiste

num padrão de pequenos pontos

perfurados na pele. Geralmente

aplicada aos Oxford e aos Derbies.

Quem inventou estes pequenos

“furos” foram os camponeses, para

libertar melhor a água (e a lama,

presume-se) nos campos, mas hoje

o buraco já não perfura a pele e tem

uma função meramente estética.

LOJA DAS MEIAS

PRIVATE LABEL

LOJA DAS MEIAS

82


LOAFER

Outro tipo de sapato slipon, sem atacadores, que acaba por

funcionar bem com um fato, conferindo um toque um pouco

mais descontraído ao traje – e, por maioria de razão, funciona

bem também em modo mais casual. O design vem dos

mocassins índios, mas o loafer original foi criado como um

chinelo de casa para o rei George VI (pai da rainha Isabel II),

só que teve mais sucesso do lado de lá do Atlântico do que

deste. Nos anos 60, os empresários americanos começaram

a usar loafers com fatos e, pouco depois, a Gucci criava o

seu icónico modelo, com o rebite estribo de cavalo, popularizando

então o sapato dos dois lados do oceano.

GUCCI

SALVATORE FERRAGAMO

Rosa & Teixeira

MONK

Ganharam esse nome por causa

dos monges que os usavam em

alternativa às sandálias tradicionais,

sobretudo nos meses mais

frios. Podem ter uma ou duas fivelas,

e são hoje sobretudo usados

como um pequeno toque extra de

vaidade, pois aquelas fivelas são

mesmo um ponto focal. De resto,

cumprem uma função muito

semelhante aos Derbies, perfeitos

para conjugar com fato ou look

mais smart casual.

CARLOS SANTOS

Rosa & Teixeira

CHELSEA BOOTS

E porque não? A maioria dos modelos clássicos

de sapatos começaram mesmo por ser botas, e

nada o impede de as usar com um fato, sobretudo

no Inverno, onde a protecção extra é bem

vida. De cano baixo, obviamente. Não podem ter

um ar demasiado desportivo, e a ponta deve ser

obrigatoriamente curva, nada de botas quadradas

à frente ou bicudas - regras aliás, muito válidas

também para os sapatos.

As Chelsea Boots, popularizadas nos anos 1960

pelos Beatles, são um bom exemplo: confortáveis,

fáceis de calçar (são slip on), mas com um look elegante

e esguio, perfeito para usar com fato ou com

uns chinos.

MIGUEL VIEIRA

LOUIS VUITTON

83


NOVIDADES TENDÊNCIAS 2019

ENFRENTAR O FRIO

COM ESTILO

ROSA&TEIXEIRA

VACHERON CONSTANTIN

FIFTYSIX AUTOMÁTICO

PANERAI

LUMINOR MARINA

IWC

PORTOFINO CRONÓGRAFO

SALVATORE

FERRAGAMO

BREGUET

84


ROSA&TEIXEIRA

BREITLING

NAVITIMER 1 AUTOMÁTICO

BLANCPAIN

FIFTY FATHOMS AUTOMÁTICO

GREUBEL FORSEY

GMT

CANALI

Rosa & Teixeira

85


TENDÊNCIAS

CREED AVENTUS COLOGNE

Contraparte

REBELDE

ERWIN CREED, A 7.ª GERAÇÃO

DA RECONHECIDA FAMÍLIA

DE PERFUMISTAS, ESTEVE EM

PORTUGAL PARA APRESENTAR

A MAIS RECENTE NOVIDADE

DA MARCA. O NOVO CREED

AVENTUS COLOGNE INSPIRA-SE

NO PERFUME MAIS ICÓNICO DA

MAISON E COMPLETA O TRIO

DE FRAGRÂNCIAS COM

CHANCELA AVENTUS.

Por Marina Oliveira

ACreed acaba de apresentar uma nova

fragrância universal, baseada no perfume

mais icónico da Maison, Aventus. Urbano,

moderno, vigoroso e inovador, o novo

Aventus Cologne é a versão fresca amadeirada

que completa o trio de fragrâncias

com chancela Aventus, juntando-se

ao best-seller masculino e à versão feminina.

Erwin Creed esteve em Portugal para a apresentação

desta novidade, num evento que reuniu

jornalistas e clientes na Boutique dos Relógios

Plus Art, na Avenida da Liberdade, ponto de

venda exclusivo da marca no nosso país. A Turbilhão

marcou presença neste lançamento e teve

oportunidade de, durante uma conversa com

Erwin Creed, descobrir um pouco mais acerca

desta fragrância.

Aventus Cologne é a contraparte rebelde do mítico

perfume criado em 2010 e que rapidamente se tornou

a fragrância masculina de luxo número um da

Creed. Embora inspirada no Aventus, a nova colónia

proporciona uma experiência olfactiva inteiramente

própria. De acordo com Erwin Creed, para a elaboração

da nova fragrância, a marca “utilizou algumas

das mesmas famílias de ingredientes usadas no

Aventus, misturadas com outros ingredientes novos

e mais refrescantes”.

Assim, embora o Aventus Cologne seja um Eau de

Parfum em potência, exala uma fragrância muito

mais leve e refrescante, através da utilização de

86


vetiver e pimenta rosa, unidos a diferentes concentrações dos

ingredientes usados no Aventus clássico. “Como uma colónia tradicional,

Aventus Cologne é fresco, mas mais intenso e duradouro,

com uma concentração de Eau de Parfum”, explica Erwin Creed.

A nova fragrância vive na categoria fresca amadeirada. Abre com

gengibre, tangerina e pimenta rosa, as notas de coração incluem

patchouli, sândalo indiano e vetiver, enquanto as notas base encerram

styrax, bétula, musk e fava da Índia.

Sobre o tempo que levou a criar o novo perfume, Erwin Creed é

peremptório em afirmar “mais de um ano”, e acrescenta: “estava

quase pronto no Verão do ano passado, mas o meu pai sentiu que

eram necessárias algumas modificações de última hora na fórmula

e, como nunca lançaríamos algo com o qual não estivéssemos

totalmente felizes, fizemos as alterações necessárias e aguardámos

até ao momento certo para o lançamento”.

Contemporânea, expressiva e jovial, Aventus

Cologne, a mais recente criação da Creed, apela

a indivíduos que não seguem o status quo, que

se assumem como definidores de tendências e

não apenas seguidores.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

87


TECNOLOGIA

CONSEXTO

CONSEXTO

CRIADORES DE SOLUÇÕES EXCLUSIVAS

A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA HAVIA DE

APROXIMAR ARQUITECTURA, DESIGN DE

PRODUTO E TECNOLOGIA. TRÊS TERRITÓRIOS

QUE SE FUNDEM, DESDE HÁ DEZ ANOS, PELAS

MÃOS DA CONSEXTO, PARA OFERECER UM

CONJUNTO PREMIUM E “FORA DA CAIXA” DE

SERVIÇOS DE CONCIERGE RESIDENCIAL TAIS

COMO HOME THEATRES, DREAM GARAGES

E VAULT ROOMS ENTRE OUTROS. SOLUÇÕES

COM UM ENORME POTENCIAL QUE PODEM SER

EXPERIENCIADOS NO NOVO SHOWROOM DA

MARCA EM CASCAIS – UM ESPAÇO

CRIADO PARA CELEBRAR ESTA

DÉCADA DE ACTIVIDADE.

Por Companhia das Cores

Em 2009, era fundada no Porto a

Consexto. Uma empresa certificada

com projecção internacional, que

se distingue pela excelência e qualidade

dos serviços que compõem a

sua oferta “à medida” nas áreas residenciais

de Home Theatre, Dream

Garage e Vault Rooms. Uma marca que

reúne a manufactura e design nacional

com marcas de tecnologia internacional

de referência, também elas pioneiras nos

seus segmentos, tais como Barco, JBL

Synthesis, Kaleidescape, Control4, Steinway

Lyngdorf ou Bang & Olufsen.

88


Procurada por arquitectos, designers e particulares,

a Consexto assume a “linha da frente”,

enquanto parceiro preferencial na hora de gerir

os seus projectos, aos quais a marca oferece

um exaustivo trabalho de consultoria, desenvolvimento

e customização e um acompanhamento

rigoroso ao longo de todos os processos.

Para além da “expertise” e do know-how que

detêm, o facto de trabalharem num ambiente

multidisciplinar, com uma equipa apaixonada e

livre permitiu-lhes abrir o leque da criatividade

com foco constante no futuro, na inovação e

no progresso.

Cada projecto é uma exploração única da

curiosidade e experimentação cimentado por

clientes que fazem, só por si, a identidade da

Consexto.

Ao longo dos seus dez anos de história, foram já

muitos os prémios que distinguiram a constante

aposta da Consexto no design, na qualidade e

no desenvolvimento de todas as soluções “dentro

de portas”. O showroom Consexto Lab no

Porto, por exemplo, viu o seu espaço conquistar

a menção de Melhor Instalação Comercial EMEA

2012 e o Closet House, o Prémio Archdaily Building

Of The Year 2010. E agora, para celebrar

uma década de muitas outras conquistas, chega-nos à Marina

de Cascais um novo showroom. Um “ponto de contacto” com

clientes e parceiros, que ganha forma numa das regiões onde

surgem, em maior número, os projectos da Consexto, motivo

pelo qual este showroom abre as suas portas numa location tão

especial e com objectivos tão promissores...

Aqui, num espaço assumidamente residencial e cuidadosamente

elaborado, os visitantes imergem num cenário de experiências

que une o melhor da imagem, do som e da tecnologia em diversos

ambientes, constituindo uma montra das potencialidades do

seu serviço, inteiramente desenvolvido em Portugal.

89


TECNOLOGIA

CONSEXTO

Entre e deixe-se levar pelas colunas de

som e televisão completamente imperceptíveis

num ambiente invisível, com um

armário com rotor de relógios oculto. Ou

pela tela “levitante” de grandes dimensões

numa sala de estar com um projector

de elevada definição. Ou pelo ambiente

dedicado ao melhor que a icónica marca

dinamarquesa Bang & Olufsen tem para

oferecer. Ou ainda, expoente máximo do

serviço da Consexto, pela completa e original

sala de Home Cinema, onde a experiência

de som e imagem, se funde num

trajecto de padrões geométricos e texturizados,

de brancos e pretos, de um impar

bar retráctil e poltronas mecanizadas da

Poltrona Frau completando esta intensa

viagem sensorial.

A Consexto não perde o futuro de vista

e, para além dos sistemas de segurança e

de ocultação de bens de luxo, a sua mais

recente aposta passa pelas garagens para

carros de luxo, transformando um espaço

da casa, por norma esquecido, no centro

das atenções.

Um deleite para os apaixonados do mundo

automóvel e um novo desafio para a Consexto,

que deixa claros os seus objectivos:

desenvolver projectos cada vez mais

inovadores e continuar a surpreender os

clientes de luxo que é, por si só, o maior

desafio de todos!

Temporary Gallery:

Marina de Cascais, L1 | T. 211 370 269

Sede: Av. da Boavista 3769, 4100-139 Porto

T. 222 022 106

www.consexto.com

90


UM RELÓGIO COM

TENDÊNCIAS

AUDEMARS PIGUET

Royal Oak Offshore Cronógrafo

TIME TO EXPRESS YOURSELF

A elegância e o bom gosto emergem a cada

novo segundo, a cada movimento ritmado dos

ponteiros. Sobressaem, dia após dia, na moldura

octogonal, onde estética, excelência e sofisticação

surgem combinadas para uma experiência

de luxo.

ROSA&TEIXEIRA

ANIL ARJANDAS

HOGAN

BREGUET

Tradition

91


DECORAÇÃO

CASA DO PASSADIÇO

Casa do

Passadiço

O PRESTÍGIO DO DESIGN

DE INTERIORES TEM UMA

NOVA “MONTRA”... EM LISBOA

FOI SOB UMA SENSUAL PALETE DE TONS ROSA E A ACONCHEGANTE

LUZ DAS VELAS QUE SE INAUGUROU COM TODA A VEEMÊNCIA

A PRIMEIRA BOUTIQUE DA CASA DO PASSADIÇO EM LISBOA.

UM EVENTO QUE CELEBROU O COMEÇO DE UM NOVO CAPÍTULO

NA HISTÓRIA DESTA EMPRESA FAMILIAR, QUE É JÁ

UMA REFERÊNCIA NA ARQUITECTURA DE INTERIORES.

Por Companhia das Cores

92


Da magnífica mansão do século XVIII em

Braga, onde tudo começou em 1992,

pelas mãos de Catarina Rosas, a Casa do

Passadiço partiu mundo fora e, hoje, os

seus projectos de decoração de interiores

sofisticados, intemporais, marcantes

e cheios de vida, podem ser contemplados

em algumas das mais importantes cidades

do globo. É assim, por exemplo, em Florença,

no majestoso Palazzo Corsini, que acolhe a boutique

e a sede da conceituada marca italiana

Aquazzura, ou nas muitas lojas que este cliente

de longa data tem espalhadas por Itália, Dubai.

Brasil, Estados Unidos ou Inglaterra.

Depois de conquistarem o mundo, Catarina Rosas

e as suas filhas Catarina e Cláudia Soares Pereira

– a “nova geração” da Casa do Passadiço – passam

também a estar na prestigiada Avenida da Liberdade,

no primeiro showroom e boutique da marca

em Lisboa. Um espaço que se assume como uma

“montra” para o trabalho das designers de interiores,

cujas criações têm na sua essência a elegância e o

cruzamento entre história e a contemporaneidade.

Para assinalar a abertura da boutique, o Palácio

Nacional da Ajuda vestiu-se a rigor para um jantar

de gala que reuniu amigos, família e os mais distintos

clientes da Casa do Passadiço, numa noite onde se

comemorou o início de mais uma estória que promete

ser inesquecível.

www.casadopassadico.com

Av. da Liberdade 166, 1250-146 Lisboa

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

93


REAL ESTATE

AMOREIRAS EDEN

ENVOLVÊNCIA

COM A NATUREZA

NO CENTRO DA CAPITAL

NASCIDO NUMA DAS

REGIÕES RESIDENCIAIS

MAIS PRESTIGIADAS DA

CAPITAL, O PROJECTO

AMOREIRAS EDEN CONSISTE

NUMA INTERVENÇÃO

COMPLETA DE UM ANTIGO

EDIFÍCIO, RESULTANDO NUM

EMPREENDIMENTO COM

QUATRO PISOS E

30 APARTAMENTOS.

Obairro das Amoreiras situa-se no coração de Lisboa

e é uma das regiões residenciais mais prestigiadas

da capital portuguesa. Tem uma grande

tradição de comércio, sendo especialmente

conhecido pelo Amoreiras Shopping Center, o

primeiro centro comercial a nascer em Lisboa.

Considerado um dos bairros da cidade com

melhor qualidade de vida, conta com uma grande oferta

de espaços gastronómicos, supermercados, escolas

94


nacionais e internacionais, e ainda

uma vasta oferta de transportes.

O projecto Amoreiras Eden renasce

nesta distinta localização, consistindo

numa intervenção completa

do antigo edifício, que resulta num

empreendimento com quatro pisos

e 30 apartamentos, com estacionamento

privativo. As unidades estão

distribuídas nas seguintes tipologias:

T1 com áreas entre os 48 e 89 m 2 ,

T2 entre os 79 e 119 m 2 , T3 entre os

122 e 152 m 2 e entre os 176 e 217 m 2 .

Os apartamentos contemplam acabamentos

como pavimentos em madeira

com isolamento acústico, cerâmicas

Porcenalosa nas instalações

sanitárias e cozinha, bem como climatização

com aquecimento e arrefecimento.

A arquitectura, por sua vez,

será da responsabilidade do arquitecto

Miguel Saraiva, fundador e CEO

do atelier Saraiva e Associados.

No Amoreiras Eden privilegia-se a ligação aos elementos

naturais através de varandas, terraços privativos e

também jardins nos espaços comuns. Alguns dos apartamentos

beneficiarão de vistas sobre a cidade. O Jardim

das Amoreiras, a poucos minutos a pé, é um dos

jardins mais antigos da capital portuguesa e oferece uma

área de seis mil metros quadrados, sendo delimitado em

parte pelo Aqueduto das Águas Livres. Este jardim foi

idealizado pelo Marquês de Pombal, que nele plantou a

primeira amoreira, em 1711. Envolva-se com a Natureza,

sem sair do centro da cidade.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

95


ENTREVISTA

FREDERICO VALSASSINA

“NÃO É O SÍTIO

QUE FAZ A

ARQUITECTURA,

É A ARQUITECTURA

QUE FAZ O SÍTIO.”

© Pedro Bettencourt

96


RODEADO DE ARQUITECTOS DESDE QUE SE CONHECE, FREDERICO VALSASSINA

HAVERIA DE CRUZAR-SE “NATURALMENTE” COM PLANTAS DE EDIFICAÇÃO

E DESENHOS TÉCNICOS. ACTUALMENTE ASSINA PROJECTOS DE REFERÊNCIA,

DE DIFERENTES ESCALAS, EM ÁREAS TÃO DIVERSAS

COMO A REABILITAÇÃO, EQUIPAMENTOS OU TURISMO.

Por Companhia das Cores

A arquitectura esteve sempre muito presente na sua

vida. Mas de que forma surge a paixão por esta área

multidisciplinar?

Eu nasci numa família de arquitectos! O meu avô materno,

a quem estive sempre muito ligado sentimentalmente,

era o Arquitecto Raúl Tojal, e grande parte dos seus amigos,

como Keil do Amaral, Adelino Nunes, Faria da Costa

e Jorge Segurado, também eram arquitectos. Vivíamos

em Colares, no Bairro dos Arquitectos, construído por

eles. Portanto desde tenra idade que ouvia falar sobre

arquitectura. No fundo, a minha paixão pela arquitectura

advém de uma consequência natural da minha maneira

de ser e do enquadramento socioeconómico que a minha

família do lado materno apresentava.

E como nos apresentaria o seu percurso profissional?

Sem rodeios, posso dizer que o meu percurso de arquitecto

foi feito de oportunidades que foram surgindo de

uma forma natural. Quando finalizei o curso dos liceus

entrei para o curso de Pintura/Escultura da Escola Superior

de Belas Artes em Lisboa, transferindo-me, uns anos

depois, para o curso de Arquitectura, que termino em

Julho de 1979. Já licenciado, colaboro com vários ateliers,

e crio o meu próprio gabinete nos finais dos anos 80.

Assume que a abertura e a proximidade dos seus projectos

à comunidade e ao passante são um factor essencial

e transversal a todos os espaços que projecta. De que

forma esta abordagem influencia a sua arquitectura?

Não concebo “fazer” arquitectura isolada da realidade.

Esta disciplina é, e será sempre, para ser vista, utilizada

e julgada pela comunidade onde se insere. Quanto mais

integrada, melhor responde ao meio onde está incorporada,

qualquer que seja a sua dimensão.

Qual é, então, o papel que atribui à arquitectura

enquanto elemento de valorização dos espaços e das

experiências que proporcionam?

Considero que não é o sítio que faz a arquitectura, mas

sim a arquitectura que faz o sítio. O seu enquadramento

ligado à poética do sítio e a necessidade da fácil apreensão

dos novos espaços pelos seus utilizadores serão

garantes de um bem-estar geral.

E, relativamente ao universo do enoturismo, de que

forma a arquitectura pode aportar valor a estes projectos?

No caso do enoturismo, é essencial perceber e estudar o

processo de produção e cruzar a funcionalidade com a

qualidade dos espaços onde se insere.

No caso concreto da Adega Herdade do Freixo (2016),

situada no Redondo, vencedora do Prémio Construir

2017, da Menção Honrosa Premis FAD 2017, e ainda galardoada

pela Archdaily como Building of The Year 2018, na

categoria de Industrial Architecture, o que era importante

perceber antes de se avançar para o projecto?

A Herdade do Freixo apresenta-se como uma paisagem

tipicamente alentejana, ondulante, diversificada e

com interessantes pontos de vista sobre a envolvente.

Pontuada por aglomerados de zambujeiros, oliveiras e

azinheiras, concentra ainda numa das suas elevações

um Monte, identificado por construções tipicamente

rurais que o definem. A morfologia do terreno existente

foi, assim, determinante para a definição do projecto,

tornando-se imperativo mantê-la inalterada, ainda que

sujeita a uma intervenção com este volume de construção.

Toda e qualquer intervenção não poderia pôr nunca

em causa o equilíbrio encontrado no local.

97


ENTREVISTA

FREDERICO VALSASSINA

© FG + SG

© FG + SG

HERDADE DO FREIXO

De que forma se conseguiu respeitar esse equilíbrio?

A Adega surge na continuidade da paisagem, fundindo-

-se com toda aquela extensão. O cruzamento funcional,

a relação interior/exterior e natural/artificial denunciam

a existência de um pressuposto interior, com o qual não

temos contacto visual imediato. Surge como um acidente

artificial, cujo anonimato se vai perdendo à medida que se

percorre, permitindo circuitos diferenciados que se cruzam

no cerne da intervenção, o pátio central, elemento

aglutinador de todas as circulações. Apostou-se numa

transição fluida e sequencial dos espaços que se pretende

que comuniquem física e visualmente. Estes sucedem-se,

proporcionando, à semelhança do que acontece na topografia

da herdade, vistas sobrepostas, diversificadas, que

indiciam que existe mais para além do que está directamente

ao nosso alcance. A linguagem depurada das formas

arquitectónicas tira assim partido do efeito cénico

do edificado, cativando o visitante e convencendo-o a

percorrer a totalidade dos espaços, de modo a perceber-

-se o todo e entender a hierarquização funcional entre

eles, distinguindo e individualizando cada uma das zonas

industriais e sociais que o compõem.

E no que respeita à funcionalidade do espaço?

Na produção, a opção de enterrar a Adega, projectando-

-a em vários pisos a mais de 40 metros de profundidade,

permitiu que se utilizasse a força gravítica no processo de

vinificação, respeitando assim as massas vínicas e utilizando

as mais avançadas e inovadoras técnicas de enologia. Foi

ainda possível, por este motivo, criar as melhores condições

térmicas para a conservação dos vinhos, dada a redução

da amplitude térmica e aos valores baixos de temperatura.

Falando agora de reabilitação, área na qual o seu nome

é uma referência incontornável, como vê a reabilitação

urbana enquanto forma de prolongar o tempo e de tornar

as cidades apetecíveis para as novas gerações?

A manutenção de edifícios cria não só um espaço de

memória, mas um respeito pela história e desenvolvimento

das cidades, assumindo-se como projectos muito

desafiantes. Aliás, o desafio da reabilitação é inesgotável,

pois cada edifício é sempre um caso único, não repetível,

e as dificuldades que nos apresentam pouco têm que ver

com a escala e complexidade do projecto.

Há algum projecto que destaque nesta vertente?

Sem dúvida as reabilitações do quarteirão da Avenida da

Liberdade com a Rua Rosa Araújo e o edifício da Avenida

da República nº 37, que foi considerado a melhor reabilitação

do ano de 2017. Estas duas reabilitações, para

além do respeito pela memória das pré-existências e do

local, conseguiram criar “um habitar” consentâneo com a

presente época.

Quais os grandes nomes da arquitectura que serão

sempre uma referência para si?

Num universo mais distante, é inquestionável a influência

que teve o trabalho de Mies Van de Rohe. Num universo

próximo, sou um apaixonado pela arquitectura de Siza

Vieira.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

98


LAMOUR

Tema de capa

100.Entrevista Daniela Ruah

Tempo no Feminino

106.Cartier

107.Breguet

108.Omega

109.Bulgari

110.Hublot

111.Audemars Piguet

112.Harry Winston

Jóias

114.de Grisogono

115.Bulgari

116.Suzanne Kalan

118.Djula

119.Piaget

120.Bridal

122.Tirisi

123.Graff

Evasão

124.Sayanna Wellness by Myriad

Tendências

126.Moda

130.Um Relógio com


ENTREVISTA

DANIELA RUAH

“O TEMPO TEM O SEU

PRÓPRIO FEITIO”

Camisola Milk Cashmere, na Stivali. Relógio Cartier Santos Esqueleto, Anel Djula, Anel e Aliança Graff, na Boutique dos Relógios Plus

100


OS PRIMEIROS PASSOS NA REPRESENTAÇÃO FORAM DADOS

EM TERRAS LUSAS, MAS A GRANDE AVENTURA ESTAVA APENAS

A COMEÇAR. ACTUALMENTE A VIVER NOS EUA, DANIELA RUAH

POSSUI UMA CARREIRA DE SUCESSO E É AMPLAMENTE CONHECIDA

DO PÚBLICO INTERNACIONAL PELO PAPEL NA SÉRIE

NORTE-AMERICANA NCIS: LOS ANGELES. A ACTRIZ

LUSO-AMERICANA É O ROSTO DESTA EDIÇÃO DA TURBILHÃO

E FALA-NOS SOBRE A SUA CARREIRA, FAMÍLIA E SOBRE

A FORMA COMO GERE O SEU TEMPO.

Por Marina Oliveira

Fotografia Miguêl Angelo, assistido por Virgílio Ferreira Styling Gabriela Pinheiro, assistida por Ana Catarina Rocha

Make Up Joana Moreira, com produtos Chanel Hair Miguel Viana

Desde que foi viver para os Estados Unidos

da América, em 2007, tornou-se conhecida do

público americano, apaixonou-se, casou, teve

dois filhos... Neste momento, há mais coisas

que a ligam a Portugal ou aos EUA?

Os países não competem na minha cabeça nem

no meu coração. Tenho uma ligação familiar aos

dois lugares, já que cresci em Portugal e tenho

família muito chegada ainda no nosso país. Por

outro lado, tive os meus filhos e estou a educá-

-los nos EUA, por isso também sinto uma grande

conexão com a América do Norte. É também

uma questão de sobrevivência: se não nos adaptarmos

ao sítio onde vivemos, nunca seremos

felizes. Tenho demasiadas coisas positivas e

bonitas que me mantêm ligada ao dois países

para poder escolher entre um ou o outro.

Em que aspectos somos realmente diferentes

dos norte-americanos?

É difícil comparar os dois povos. Digo isto porque

os EUA têm um população de 330 milhões

de pessoas, dos quais grande parte tem origens

estrangeiras, logo é difícil falar dos americanos

como uma só entidade e não como uma mescla

de hábitos culturais. No entanto, a política

americana é muito diferente da portuguesa, e

isso influencia a forma de pensar de um povo

e de outro.

Costuma partilhar alguns dos costumes portugueses

com os seus amigos americanos?

Às vezes, acham piada aprender palavras portuguesas.

Se pudesse levar um pedaço de Portugal para

os EUA, o que levaria?

Os meus pais!

De que sente mais falta de Portugal?

Sinto falta das sardinhas assadas no Verão, das

nossas praias, dos meus amigos de infância, dos

meus cantinhos habituais…

Como gere a saudade, esse sentimento tão

português?

Sinceramente, já estou habituada ao sentimento

de saudade, por isso faz parte do meu estado

normal.

Que valores portugueses faz questão de transmitir

aos seus filhos?

Os valores mais importantes não têm nacionalidade.

A integridade, a bondade, a compaixão, o

respeito pelo próximo, a ambição, reconhecer o

que é certo ou errado, etc. É claro que transmito

a nossa cultura aos meus filhos, como a língua

portuguesa ou um gosto ecléctico na cozinha.

101


ENTREVISTA

DANIELA RUAH

Tank top El Corte Inglês, Calças de Ganga Tommy Hilfiger. Relógio Omega Seamaster.

Anéis, Colar e Pulseiras Piaget Possession, na Boutique dos Relógios Plus

A série NCIS: Los Angeles é um enorme sucesso.

Depois dela, gostaria de se manter na televisão

ou dedicar-se mais ao cinema e/ou teatro?

Gosto muito dos três meios, por isso não tenho

preferência. O mais importante para mim é aceitar

papéis que me preencham criativamente e

que me permitam pôr comida na mesa. Tudo

tem um fim, por isso aprecio qualquer trabalho

positivo que me venha parar às mãos.

Que outros projectos profissionais tem actualmente

“na calha”?

Tenho alguns! Mas ainda é cedo para os revelar.

Pode falar-nos um pouco mais sobre a mini-

-série A Espia?

A Espia é uma mini-série de oito episódios realizada

por Jorge Paixão da Costa e produzida pela

Ukbar Filmes, que irá passar na RTP1. O enredo

decorre nos anos 40, durante a Segunda Grande

Guerra, e acompanha a história de espiões dos

países Aliados e Nazis. Uns agem por ganância,

outros pelos valores, e outros são agentes duplos.

No entanto, todos têm algo em comum: a luta

pela sobrevivência.

O que representa para si trabalhar em Portugal?

Participar na série a Espia foi particularmente

especial, porque foi a primeira vez em 12 anos

que representei uma personagem portuguesa.

Além disso, estive ao lado de Maria João Bastos,

Diogo Morgado, Marco d’Almeida, João Capelo,

entre outros actores e actrizes por quem me

apaixonei e com quem adorava trabalhar outra

vez. Tenho também de dizer que a equipa técnica

se esmerou todos os dias e muitas noites!

Entre os muitos papéis que desempenha diariamente,

tanto na vida profissional como pessoal,

como consegue gerir o seu tempo?

A gestão do tempo tem a ver com priorizar o

mais importante. Felizmente, ao fim de 11 anos

na mesma série, o horário de trabalho já se torna

previsível, por isso consigo planear a vida pes-

102


A GESTÃO DO

TEMPO TEM A VER

COM PRIORIZAR O

MAIS IMPORTANTE

Polo Fred Perry, Calças Elisabetta Franchi. Relógio Roger Dubuis Excalibur Esqueleto,

na Boutique dos Relógios Plus

103


ENTREVISTA

DANIELA RUAH

De que forma a maternidade veio dar um novo

sentido à definição de tempo na sua vida?

O tempo tem o seu próprio feitio, e parece que

vai mudando de ritmo só para chatear. Quando

engravidei, o tempo parecia que não andava.

Queria ter barriga, saber como seria o parto, ver

a cara do bebé… E parecia que o dia nunca mais

chegava. Agora que os meus filhotes têm 5 e 3

anos, o tempo acelerou, e já vejo vestígios de

adolescência!

Vive em contra-relógio ou consegue saborear

cada momento?

Vivo nos dois. Há dias em que precisaria de

uma 25ª hora para tratar de responsabilidades e

outras ambições… Por outro lado, paro frequentemente

para reconhecer o bom que tenho na

vida: filhos saudáveis, um marido que adoro, uma

família que me apoia incondicionalmente e trabalhar

naquilo que mais adoro fazer.

Camisa e Calças de Ganga YSL, na Stivali.

Relógio Breguet Marine Equação do Tempo, Brincos Djula Indian

Summer, Anel e Pulseira de Grisogono Toi & Moi,

na Boutique dos Relógios Plus

soal com mais facilidade. Gostava de fazer tudo e

estar em todo o lado ao mesmo tempo, mas não

posso. Por isso aprendi a delegar a responsabilidade.

Participamos no dia-a-dia dos nossos filhos

o mais possível; nas alturas em que não podemos,

temos uma babysitter que nos ajuda, e, claro, as

visitas frequentes dos avós!

Imagine que tinha o poder de controlar o

tempo. Faria uma viagem ao passado ou ao

futuro?

Faria uma viagem ao passado. Voltaria aos tempos

em que nos juntávamos todos em casa

dos meus avós, antes do peso da responsabilidade

adulta me ter tocado, antes dos primos

se terem espalhado pelo mundo e afastado um

pouco devido á mudança natural de prioridades.

Gostava de ouvir o barulho que se fazia á mesa

outra vez, provar os cozinhados tradicionais de

uma avó ou sentar-me ao colo da outra, a fazer

palavras cruzadas e tentativas falhadas de tricot.

Gostava de voltar atrás para saborear todos os

momentos que fizeram de mim a mulher e mãe

que sou.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

104


Allegra

Avenida da Liberdade, 194 C | Lisboa | Tel. 21 073 0530 | www.boutiquedosrelogios.pt

www.degrisogono.com


TEMPO NO FEMININO

CARTIER

MÁGICA

REVELAÇÃO

UM RELÓGIO MÁGICO NO SENTIDO QUASE LITERAL,

O CARTIER RÉVÉLATION D’UNE PANTHÈRE EXIBE

UMA PANTERA NO MOSTRADOR, ATRAVÉS

DE UMA TÉCNICA DIGNA DE DAVID COPERFIELD.

Por Marina Oliveira

U

ma peça do tempo cujo mostrador

revela um verdadeiro

momento de magia. Assim é o

Révélation d’une Panthère, um

modelo que coloca em destaque

toda a mestria relojoeira

e joalheira da Cartier. De facto,

quando colocado na vertical, este relógio

revela mais de 900 esferas de ouro, que

deslizam pelo mostrador para criar e revelar

uma pantera que parece flutuar sobre

a própria face do modelo.

Disponível numa caixa de 37 mm em ouro

rosa com uma luneta engastada de diamantes,

que emoldura um mostrador disponível

em três cores diferentes (vermelho,

verde – ambos limitados a 100 peças

cada – e preto), o Révélation d’une Panthère

é movido pelo calibre manual 430.

Destaque ainda para o modelo de alta

joalharia, onde os diamantes assumem o

papel principal, substituindo as esferas de

ouro e polvilhando integralmente a caixa

de ouro branco, a luneta e o bracelete.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

106


BREGUET

TEMPO NO FEMININO

Manto

VERMELHO

EM 2019, O ICÓNICO REINE DE NAPLES,

DA BREGUET, VESTE-SE DE VERMELHO.

UM TOQUE DE COR PARA UM MODELO

REFINADO, DE ORIGENS REAIS.

Por Marina Oliveira

S

ímbolo de refinamento feminino, o Breguet Reine de

Naples nasceu com sangue real. Criado por Abraham-Louis

Breguet para a irmã de Napoleão Bonaparte,

Carolina, Rainha de Nápoles, este modelo icónico

granjeou grande sucesso e é, ainda hoje, um

dos bestsellers da Breguet, revisitado pela Maison

em diversas declinações.

Em 2019, o foco do Reine de Naples 8918 vai para a cor –

vermelha –, que realça a caixa ovóide de 36,5 × 28,45 mm

em ouro branco. A luneta e a flange do mostrador exibem

117 diamantes, enquanto a coroa surge engastada com um

cabochão de rubi. Na face do novo modelo, os numerais Breguet

árabes vestem-se também de vermelho e adicionam um

toque de cor à escala das horas em madrepérola branca, que

culmina com um diamante pêra às 6h. No centro do mostrador,

destaque para o ouro branco gravado com um padrão

guilhoché clou de Paris.

O fundo da caixa em vidro de safira revela o movimento

automático de manufactura, calibre 537/3, com 45 horas

de reserva de marcha. O toque final de refinamento é dado

pela correia vermelha em pele de crocodilo, cujo fecho exibe

26 diamantes.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

107


TEMPO NO FEMININO

OMEGA

O CÉU COMO LIMITE

REFORMULADA RECENTEMENTE, A COLECÇÃO

OMEGA CONSTELLATION MANHATTAN ENGLOBA

UMA VARIEDADE DE MODELOS, NASCIDOS DE DIVERSOS

TAMANHOS E COMBINAÇÕES DE MATERIAIS. NESTA

PÁGINA, DESTACAMOS O RELÓGIO CUJO MOSTRADOR

EM AVENTURINA NOS REMETE PARA O CÉU ESTRELADO.

A

Omega revisitou e actualizou recentemente

o Constellation Manhattan, mantendo, no

essencial, as características base do relógio,

mas conferindo-lhes um look mais moderno

e leve. Assim, a luneta – engastada com diamantes

ou com numerais romanos – é agora

mais fina, para outorgar uma maior amplitude

ao mostrador, e as “garras” foram reduzidas e integradas

de forma mais suave na caixa. O design da

coroa foi também reformulado, com cada um dos

entalhes a assumir a forma de uma pequena meia-

-lua, de forma a ecoar as facetas da caixa. Além

disso, o fecho da pulseira disponibiliza um alargamento

ajustável, que permite aumentar o tamanho

da mesma em cerca de 2 mm, por forma a colmatar

as flutuações no diâmetro do pulso ao longo do dia.

Finalmente, os ponteiros foram actualizados e assumem

a forma de uma folha esqueletizada, e alguns

modelos possuem índices inspirados no horizonte

de Manhattan, com destaque para as facetas triangulares

da Freedom Tower, enquanto outros possuem

diamantes redondos como índices.

Disponível em vários tamanhos e combinações de

materiais, aqui destacamos o Omega Constellation

Manhattan com mostrador em aventurina e marcadores

das horas em diamante. Com uma caixa de 29

mm, em aço e ouro Sedna – materiais que se estendem

ao bracelete -, este modelo está equipado com

um movimento automático, calibre 8700, certificado

pelo METAS e visível através do fundo transparente.

Por Marina Oliveira

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

108


BULGARI

TEMPO NO FEMININO

Born to be…

GOLD

PRODUZIDO EXCLUSIVAMENTE

EM OURO, O NOVO BULGARI

SERPENTI SEDUTTORI CONFERE

AO TEMPO UM CARÁCTER

PRECIOSO. UMA PRECIOSIDADE

QUE ATINGE PATAMARES AINDA

MAIS ELEVADOS NAS VERSÕES

EM PAVÉ DE DIAMANTES.

Por Marina Oliveira

A

actual reinterpretação do Bulgari Serpenti – que ganhou

o rótulo de Seduttori - abre um novo capítulo na história

deste relógio de culto ultra feminino. Produzido exclusivamente

em ouro – rosa, branco ou amarelo –, outorga ao

tempo uma identidade preciosa. Isto é particularmente

verdade nas versões requintadas em pavé, com 166 diamantes

redondos de corte brilhante com engaste neve.

Com uma aura inconfundível de poder e sensualidade, os novos

Serpenti Seduttori apresentam-se com um novo design, que preserva

a icónica caixa em forma de gota – estética que advém do

modelo Serpenti Tubogas –, coroada por diamantes. Mais fino do

que nunca, o Serpenti Seduttori surge acompanhado por uma

nova pulseira flexível com um motivo hexagonal estilizado, inspirada

nos relógios Serpenti originais. O toque final é dado pela

coroa, que encerra uma rubelite, em homenagem ao ADN joalheiro

da Bulgari.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

109


TEMPO NO FEMININO

HUBLOT

OUSADIA

EM SETE TONS

SETE SÃO AS CORES DO ARCO-ÍRIS. E SETE SÃO

TAMBÉM AS TONALIDADES DAS PEDRAS PRECIOSAS

QUE VESTEM O NOVO HUBLOT BIG BANG UNICO

RAINBOW KING GOLD, TRANSFORMANDO-O NUMA

PEÇA REPLETA DE OUSADIA E MUITO GLAMOUR.

Por Marina Oliveira

V

ermelho, fúchsia, violeta, azul, verde, amarelo

e laranja são as sete cores seleccionadas pela

Hublot para transformar o novo Big Bang

Unico Rainbow King Gold num verdadeiro

arco-íris relojoeiro e joalheiro. Para tal, foram

escolhidas 436 pedras coloridas, onde se

incluem oito gemas: rubis, safiras rosa, ametistas,

safiras azuis, topázios azuis, tsavoritas, safiras

amarelas e safiras laranja.

Com 45 mm, a caixa em King Gold surge engastada

com um total de 176 gemas coloridas, enquanto

a luneta recebe 48 pedras preciosas com corte

baguete. Já o mostrador esqueletizado, veste-se

com 212 gemas. Para transformar o novo Big Bang

Unico Rainbow King Gold num verdadeiro arco-íris,

a Hublot equipa-o com uma correia em pele de crocodilo

e borracha natural, concebida com um efeito

gradiente multicolor, a condizer com todas as pedras

preciosas do relógio.

A dar vida ao novo modelo está o movimento cronógrafo

de manufactura UNICO HUB1242. Este calibre

automático apresenta um cronógrafo flyback com

mecanismo de roda de colunas e providencia uma

reserva de marcha de 72 horas

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

110


AUDEMARS PIGUET

TEMPO NO FEMININO

OURO

COM BRILHO

DE DIAMANTE

QUANDO O OURO ASSUME UM BRILHO QUE

FAZ LEMBRAR UM DIAMANTE, NÃO É MAGIA.

TRATA-SE DE UMA TÉCNICA JOALHEIRA

FLORENTINA, AMPLAMENTE UTILIZADA

NOS ROYAL OAK FROSTED GOLD

DA AUDEMARS PIGUET.

Por Marina Oliveira

C

riado para celebrar o 40º aniversário do primeiro Royal

Oak feminino, projectado por Jacqueline Dimier em 1976,

o Audemars Piguet Royal Oak Frosted Gold resulta de

uma parceria com a criadora de jóias Carolina Bucci. Bucci

é conhecida pelas suas peças de joalharia ousadas que,

muitas vezes, possuem um acabamento “martelado”. E foi

este tipo de acabamento – realizado através de um processo

denominado técnica florentina, que confere uma aparência

brilhante, tipo diamante, e áspera ao toque – que foi transposto

para o Royal Oak Frosted Gold.

A técnica foi aplicada à superfície de todo o relógio, incluindo a

caixa, cada elo da pulseira e à luneta. Excepção feita para a parte

interna do bracelete, o logotipo “AP” no fecho, o fundo da caixa,

os cantos da luneta e dos elos da pulseira. Nestes casos, o acabamento

é polido, o que torna as superfícies “marteladas” ainda

mais dramáticas.

Disponível em ouro rosa ou branco e em dois tamanhos – 33 mm

(quartzo) e 37 mm (automático) –, o Royal Oak Frosted Gold apresenta

o icónico motivo Grande Tapisserie no mostrador, com índices

aplicados finos e alongados e uma indicação de data, às 3h.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

111


TEMPO NO FEMININO

HARRY WINSTON

JÓIAS

NO PULSO

PEÇAS DO TEMPO DE EXCEPÇÃO,

QUE ALIAM MAGISTRALMENTE

A JOALHARIA E A RELOJOARIA,

ESTES EXEMPLARES DA HARRY

WINSTON DESTACAM-SE PELA

SUBLIME UTILIZAÇÃO

DOS DIAMANTES E DAS

PEDRAS PRECIOSAS.

Por Marina Oliveira

HARRY WINSTON

Avenue Diamonds Drop

C

om grande tradição no

universo da joalharia, a

Harry Winston estreou-

-se na medição do tempo

com pompa e circunstância,

em 2001, com o lançamento

do Opus. Adquirida

em 2013 pelo Grupo Swatch, a

marca aumentou nos últimos anos

a sua oferta cronométrica e estabeleceu-se

definitivamente no mundo

da alta relojoaria. Hoje, a marca oferece

peças do tempo de excepção,

algumas delas combinando os dois

ofícios que lhe são caros: a joalharia

e a relojoaria. Este é o caso dos quatro modelos

que figuram nestas páginas e que têm nas

pedras preciosas o denominador comum.

O primeiro exemplo é o Midnight Moon Phase Diamond

Drops, cujo design do mostrador celebra

o brilho e cintilação dos melhores diamantes do

mundo. A face azul é sublinhada por uma cascata

de brilhantes com engaste “neve” e o equilíbrio

e harmonia de toda a peça são conferidos pela

luneta e asas engastadas com diamantes, bem

como pelas fases da Lua, no centro do mostrador.

O toque final neste relógio com 305 diamantes é

dado pela caixa de 39 mm em ouro branco e pelo

bracelete azul em pele de crocodilo.

A chuva de diamantes continua no Avenue Dia-

112


HARRY WINSTON

Premier Lotus

HARRY WINSTON

Premier Winston Candy

HARRY WINSTON

Midnight Diamonds Drop

mond Drops, desta feita numa caixa rectangular em

ouro rosa, engastada na luneta e asas, cujo mostrador

castanho recebe uma cascata de brilhantes com

engaste “neve”.

Os melhores amigos da mulher continuam em destaque

numa das mais recentes obras-primas da Harry

Winston. Trata-se do Premier Lotus Automático. Com

uma caixa de 31 mm, o novo modelo apresenta uma

escultura floral dinâmica que se ergue das águas

perladas do mostrador. Aqui, as majestosas pétalas

da flor de lótus surpreendem pela cor, luz, volume e,

claro, pelo fulgor dos diamantes.

Finalmente, no Premier Winston Candy, os diamantes

unem-se às pedras preciosas coloridas, para dar

vida a uma peça do tempo automática que remete

para as memórias de infância e para a alegria

e cor de uma loja de doces. Aqui, turmalinas

azuis, tsavoritas verdes, espessartitas laranja,

safiras azuis claras e escuras, espinelas vermelhas

e safiras rosa, cortadas em três tamanhos

diferentes e com engaste neve, brilham no mostrador,

que lembra um conjunto de guloseimas à

espera de ser saboreado. A emoldurar esta montra

de doces está uma caixa de ouro branco com

31 mm, que protege um movimento automático

de manufactura.

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

113


JÓIAS

DE GRISOGONO

Divertida

ESPIRAL

Acolecção Allegra, da de Grisogono,

caracteriza-se por uma

espiral divertida de elos em ouro

simples ou abrilhantados por

diamantes ou pedras preciosas.

Tratam-se de peças de joalharia,

cujos redemoinhos espontâneos

de luz e brilho conferem um glamour

precioso a ocasiões festivas ou complementam

a elegância do quotidiano.

DE GRISOGONO

Anel Allegra, em ouro rosa

e diamantes

DE GRISOGONO

Bracelete Allegra, em ouro rosa

e diamantes

Xxxxxxxxxxx

114


BULGARI

JÓIAS

BULGARI

Bulgari, colar em ouro rosa,

diamantes e cornalina

CLASSE CONTEMPORÂNEA

BULGARI

Bulgari, pulseiras em ouro rosa, diamantes e cornalina

Nascida da herança romana da Bulgari para uma

elegante fusão de cultura e modernidade, a

colecção Bvlgari Bvlgari é uma afirmação efervescente

e contemporânea de classe. O duplo

logo de marca registada foi inicialmente inspirado

nas inscrições curvas das moedas antigas,

enquanto hoje evoluiu para interpretações divertidas.

Em sintonia com o espirito dinâmico da colecção,

este colar e pulseiras apresentam-se em ouro rosa, diamantes

e cornalina.

115


JÓIAS

SUZANNE KALAN

SUZANNE KALAN

Braceletes Rainbow Fireworks em

ouro rosa, diamantes e pedras

preciosas coloridas

OVER

J

óias únicas e inovadoras são a imagem de marca de

Suzanne Kalan. Concebidas em ouro, as peças recebem

pedras preciosas coloridas de corte personalizado, às

quais se juntam diamantes. A colecção assinatura da

marca – Fireworks – destaca-se pelo design vanguardista,

que casa o caos de diamantes baguette colocados

de forma “aleatória” com gemas coloridas.

THE RAINBOW

SUZANNE KALAN

Anel Rainbow Fireworks em ouro rosa,

diamantes e pedras preciosas coloridas

116



JÓIAS

DJULA

Conto

de FADAS

Construa o seu próprio mundo de

sonho com a colecção Fairy Tale, da

Djula. Peças onde a assinatura gráfica

da casa joalheira se transforma

em jóias de ouro, pontuadas por diamantes.

Seja através de um design

intricado, onde aros interligados exibem

grupos de diamantes no caminho onde

se cruzam, seja através de um círculo perfeito

onde repousam estas gemas, a linha Fairy Tale

promete iluminar todos os contos de fadas.

DJULA

Colar Fairy Tale em ouro rosa

e diamantes

Xxxxxxxxxxx

DJULA

Anel Fairy Tale em ouro rosa

e diamantes

118


PIAGET

JÓIAS

PIAGET

Bracelete Possession

em ouro rosa e diamantes

AO RITMO DOS

PIAGET

Pendente Possession

em ouro rosa e diamantes

DIAMANTES

Na linha Piaget Possession, cada jóia

representa uma fonte inesgotável

de prazer que gira ao ritmo de cada

mulher. Um jogo entre bandas móveis,

ouro e diamantes que revela o poder

inabalável do universo feminino. Sempre

brilhantes e em constante movimento,

as bandas móveis que encimam anéis e

braceletes ou abraçam pendentes iluminam o

quotidiano com surpreendente sofisticação.

PIAGET

Anel Possession

em ouro rosa e diamantes

119


JÓIAS

BRIDAL

SUR

MESURE

A

escolha do anel de noivado e das alianças representa um

dos momentos mais importantes na preparação de um

casamento. A pensar neste instante de celebração do

amor, a Boutique dos Relógios Plus disponibiliza um serviço

sur mesure de joalharia, que possibilita aos noivos a escolha

do anel que melhor se adapta ao estilo, personalidade e

história de cada um. Porque, afinal, o “e foram felizes para

sempre” é construído, também ele, à medida.

120


As jóias Tirisi são produzidas em ouro de 18K com diamantes de alta qualidade e pedras semipreciosas lapidadas à mão.

AV. DA LIBERDADE 194C – 210 730 530

CENTRO COLOMBO – 217 122 595

WWW.BOUTIQUEDOSRELOGIOS.PT

www.tirisi.com


JÓIAS

TIRISI

Ode ao romantismo

TIRISI

Colar Venice em ouro rosa

e diamantes de corte brilhante

Xxxxxxxxxxx

TIRISI

Anel Venice em ouro rosa e

diamantes de corte brilhante

Reconhecida pelos designs

inspirados em algumas

das mais icónicas cidades

do mundo, a Tirisi apresenta

peças de joalharia,

nas quais o ouro se cruza

com diamantes de corte

brilhante. Aqui, Veneza e os seus

icónicos canais e gôndolas servem

de motor para a criação de jóias de

linhas puras e elegantes, levemente

onduladas, como as águas da

cidade romântica por excelência.

122


GRAFF

JÓIAS

GRAFF

Brincos Cluster em ouro rosa

e diamantes

FLORES

PRECIOSAS

GRAFF

Colar Cluster em ouro rosa

e diamantes

Há mais de meio século que a Graff opera no pináculo

da indústria joalheira, descobrindo e moldando

diamantes de brilho e raridade, transformando as

maravilhas escondidas da terra em peças de joalharia

deslumbrantes, que movem o coração e

mexem com a alma. É o caso deste conjunto da

linha Cluster, onde, sob uma moldura de ouro rosa,

os diamantes se agrupam para dar vida a pequenas flores

preciosas.

GRAFF

Anel Cluster em ouro rosa

e diamantes

123


EVASÃO

BEM-ESTAR

SIMBIOSE PERFEITA

ENTRE CORPO E MENTE

A VIAGEM DA TURBILHÃO PELOS

MELHORES SPAS DISPONÍVEIS

EM PORTUGAL CONTINUA,

DESTA FEITA NO SAYANNA

WELLNESS BY MYRIAD. COM

UMA PAISAGEM DE CORTAR

A RESPIRAÇÃO, AQUI, QUASE

NO TOPO DA ANTIGA TORRE

VASCO DA GAMA, PERFILA-SE

O ESPAÇO PERFEITO PARA

DESCANSAR CORPO E MENTE.

Por Marina Oliveira

Nunca a frase do poeta romano Juvenal – Mens

sana in corpore sano (“mente sã num corpo

são”) – fez tanto sentido como nesta viagem

de bem-estar proporcionada pelo Spa Sayanna

Wellness by Myriad. Tudo, desde a localização,

à paisagem, passando, claro, pela qualidade

dos tratamentos e massagens oferecidos, assim

como pelos pequenos detalhes, contribui para uma sensação

de simbiose perfeita entre corpo e mente.

Ao chegar, somos recebidos pelo Tejo, mesmo ali ao lado.

E o universo de relaxamento, proporcionado pelas águas

calmas do rio, sobe, literalmente, de nível, quando iniciamos

a jornada rumo ao Spa. É que o Sayanna Wellness

ocupa o 23.º andar do hotel Myriad by Sana e, aí, a paisagem

é verdadeiramente arrebatadora. As enormes pare-

124


des de vidro junto à piscina interior, à sauna e nas salas de

tratamento oferecem uma vista panorâmica sobre o Tejo,

a ponte Vasco da Gama e a outra margem. E a sensação

de bem-estar emocional instala-se definitivamente.

Entretanto, aproveite para descansar numa das quatro

cadeiras de massagem ou duas camas de hidromassagem

submersas, enquanto beberica um chá gelado

e aprecia a vista. Depois, é escolher entre a miríade de

massagens e tratamentos disponíveis, todos antecedidos

por um ritual de pés, onde a terapeuta os massaja com

a ajuda de um esfoliante com pétalas de rosa, rodelas de

lima e de limão.

Se pretender um momento mais romântico, opte por um

tratamento a dois na Suite Spa Vip, onde poderá usufruir

de serviços exclusivos e de assinatura. Independente-

mente da sua escolha e horário de marcação, terá acesso

total ao Spa nesse dia, entre as 9h e as 22h, desfrutando

da piscina, do duche bi-térmico, do banho turco, da sauna

e do ginásio equipado com Technogym.

No Spa Sayanna Wellness by Myriad tudo está pensado

ao mais ínfimo pormenor, de modo a poder proporcionar

momentos de relaxamento únicos com vista sobre o

Tejo, que prometem ajudar na revitalização do corpo e

da mente.

Cais das Naus, Lote 2.21.01

Parque das Nações – Lisboa

www.myriad.pt/pt/sayanna-wellness

DESCUBRA MAIS EM:

www.turbilhao.pt

125


TENDÊNCIAS

MODA

LOOK TOTAL DIOR

LOJA DAS MEIAS - AVENIDA


BEING

GRACEFUL

CARTIER

LA PANTHÈRE

PRADA

GUCCI

SALVATORE FERRAGAMO

Loja das Meias

Padrões subtis que deixam a sua marca e pormenores elegantes que os complementam…

Combinações delicadas, doces e femininas, que exaltam a beleza de ser mulher.

127


TENDÊNCIAS

MODA

LOOK TOTAL CELINE BY HEDI SLIMANE

LOJA DAS MEIAS - AVENIDA


FEARLESS

ATTITUDE

OFF-WHITE

Loja das Meias

BULGARI

SERPENTI SEDUTTORI

ISABEL MARANT

FENDI

Detalhes ousados revelam mentes destemidas, distinguem personalidades aguerridas

e evidenciam a verdadeira identidade de quem arrisca ser quem é.

129


TENDÊNCIAS

UM RELÓGIO COM

PIAGET

POSSESSION

KEEPING THE CLASS THROUGH TIME

Subtil e elegante. Um jogo estético de cores

sóbrias. Uma conjugação harmoniosa onde a

pele de jacaré e os diamantes fazem do tempo...

um luxo.

GIVENCHY

Loja das Meias

THOM BROWNE

DIOR

Loja das Meias

SALVATORE FERRAGAMO

Loja das Meias

130


CERTIFICAÇÃO MASTER CHRONOMETER

Por detrás da elegância de cada Master

Chronometer está um extremo grau de

exigência: 8 testes ao longo de 10 dias,

para garantir uma precisão e resistência

anti-magnética superiores.

BOUTIQUE OMEGA • Av. da Liberdade, 192A • Lisboa


Breguet La Marine

Chronograph 5527

Av. da Liberdade 194C, 210 730 530; Av. da Liberdade 129, 213 430 076

Centro Colombo, 217 122 595; Amoreiras Shopping Center, 213 827 440

NorteShopping, 229 559 720

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!