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COMÉRCIO PREJUDICADO
Capparelli acredita que os comerciantes
que estão instalados no interior
do Terminal são prejudicados
pelo fato dos clientes terem que pagar
para entrar no local, antes de fazerem
suas compras. “Fazer compras
dentro do Terminal é muito complicado,
pois o cliente tem que pagar a
passagem para entrar. A pessoa que
precisa comprar um medicamento na
farmácia que existe lá, por exemplo,
dependendo do preço, acaba indo
comprar em outro lugar. Eu costumo
cortar meu cabelo no salão do Terminal
e todas as vezes tenho que pagar
a passagem. Isso acaba encarecendo
o serviço e o comerciante não tem o
que fazer”, reclama Capparelli.
ABANDONO TOTAL
Para o empresário, a região está
abandonada pelo poder público, assim
como outras regiões da cidade.
“Eu vejo que o poder público abandonou
essa área, assim como outras
regiões. Eu vejo o Mercadão, que já
foi um grande chamariz, está hoje
sem nenhum atrativo. Não tem mais
lojas, não tem mais bancas de verduras,
por exemplo, isso afastou as
pessoas de lá. Outro problema vivido
pelos comerciantes aqui da região é
a iluminação precária, como na época
do Natal em que a gente fica isolado
aqui, sem nenhuma iluminação especial
e sem nenhum atrativo para os
clientes. Se os comerciantes não se
unirem e fizerem a iluminação do seu
quarteirão, nada acontece, pois estamos
abandonados pela prefeitura há
muito tempo”, diz Capparelli.
NOVO MERCADÃO
O comerciante acha que falta
um investimento conjunto para uma
reestruturação do Mercado Municipal.
“Eu gostaria de ver um Mercado
Municipal vivo em Araraquara, com
bancas de verduras, de queijos, com
uma padaria, uma choperia bacana,
como a gente vê em outras cidades.
Cenário degradante provocado por empresas que baixaram as portas
Acredito que isso traria de volta os
clientes ao Mercadão que poderia
ser novamente uma referência. Em
São Carlos a gente vê um Mercado
Municipal bem mais atrativo do que
o nosso. Está faltando em Araraquara
um ponto de encontro. Eu acho que
se algum empresário investir nisso vai
lucrar muito. Espero ver isso acontecer
um dia”, finalizou.
COMÉRCIO DINÂMICO
O fotógrafo e jornalista Benedito
Reginaldo Viviane, o Tetê, tem boas
recordações dos 25 anos em que
manteve um laboratório fotográfico
no Mercado Municipal. Ele, que trabalhou
no local entre os anos de 1983 e
2008, acredita que, pelo fato dos boxes
do Mercadão serem particulares,
o poder público não tem muito o que
fazer para alavancar o comércio no
local, mas entende que a prefeitura
colabora, além de cuidar da iluminação
externa do prédio.
Tetê lembra que na época da instalação
do Terminal todo o comércio
no entorno, entre hotéis, bares e lojas,
sofreu um impacto grande. “O
comércio é dinâmico, rotativo, inovador.
A Ótica Lupo com mais de um
século é exceção na Rua Nove de
Julho. Provavelmente, nenhuma loja
do Jaraguá ou do Lupo, das inauguradas
sobreviveu... Quanto ao Mercado
o sentimento é de carinho, saudade
e gratidão. Com meu trabalho eu gerei
empregos, me formei em Direito
(1986) e Jornalismo (2002), criei meu
filho Raul e dei conforto para a minha
família. Portanto, uma vida construída
com os inúmeros clientes que passaram
pelo balcão do Foto Viviani. Evidente
que nesse tempo, um grande
círculo de amizades foi ampliado e
muitas histórias foram registradas”,
relembra o fotógrafo.
Área interna do Terminal de Integração
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