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ÍNDICE
EDIÇÃO N°176 - MARÇO/2020
CAPA
RCIA entrevista Coca Ferraz
URBANISMO
Caindo aos pedaços
ASSOCIATIVISMO
ASPA e um novo conceito
COLECIONADOR
Este é Nota 10
88 10
18
22
Só um choque político pode
mudar os rumos da nossa cidade
dentro da economia
Saímos pelo centro da cidade
e nos deparamos com prédios
abandonados, causando medo
O presidente da ASPA, Adilson
Custódio, mostra os caminhos de
prosperidade da associação
Carlos Alberto Orlando mantém
uma das maiores coleções de
miniaturas do país
Da Redação
04|Sônia Maria Marques diz que
até outubro é preciso incentivar o
diálogo e valorizar o internauta
Vilage
16|Empresa implanta sistema
para que o cliente acompanhe as
informações que necessita
Celeiro
20|Empresário Heber Candido
Pereira assume o comando do
Celeiro Restaurante Grill Choperia
Sincomercio
26|Araraquara começou 2020 com
a abertura de 90 empresas. Isso é
pra lá de bom
Candidatos esquentam baterias para outubro
A morte de Cleusa
A cidade começa a viver o clima
eleitoral ainda que o pleito esteja
marcado para 4 de outubro, sendo
escolhidos prefeitos, vice-prefeitos e
vereadores. Até abril o partido terá
que registrar seu estatuto no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
Uma das mudanças na legislação
eleitoral, diz que candidatos a prefeito
poderão formar coligações com outros
partidos para disputar as eleições.
No entanto as coligações partidárias
estarão proibidas para as eleições
Urnas continuam sendo eletrônicas
proporcionais — neste caso, de
vereadores. Antes, os votos dados a
todos os partidos da aliança eram
levados em conta no cálculo para a
distribuição das vagas.
O falecimento de Cleusa Maria de Godoy
provocou inúmeras manifestações na
comunidade em fevereiro. Muito querida
e importante liderança comunitária, tinha
uma vida também voltada à atividade
religiosa, além de lutar pelas causas
sociais. Cleusa também ficou conhecida
ao trabalhar por muitos anos como
assessora parlamentar dos ex-deputados
Roberto Massafera e Dimas Ramalho
(agora conselheiro do Tribunal de Contas
do Estado). Ao partir nos deixa os mais
lindos exemplos de amor e respeito ao
próximo.
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LEMBRANÇAS
A partida de Dona Amália
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AGRONEGÓCIO
A doma racional no campo
40
DA REDAÇÃO
por: Sônia Maria Marques
Até outubro é preciso incentivar o
diálogo e valorizar o seguidor
A chegada do período eleitoral vai alterando o
comportamento político da cidade, provocando nos
candidatos uma tensão acentuada, que entendemos ser
própria de quem tem que entrar na chuva. Essa será uma
eleição municipal diferente, a primeira a ser realizada sob a
mira da tecnologia e das redes sociais.
Na eleição passada - quase quatro anos atrás - ainda
estavam em moda os panfletos, santinhos, horários
gratuitos em rádio e TV, um tipo de divulgação que já faz
parte do passado. Agora o investimento em mídias sociais
é fundamental, porém deve ser feito a longo prazo. Além
do tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na
televisão não ter sido decisivo em 2018, neste próximo pleito
não serão mais permitidas as coligações partidárias, o que
deve potencializar ainda mais a importância das redes.
Amália, mãe de Luís Antonio,
Carlos Eduardo e Roberto
Massafera, morre aos 103 anos
Gente da Nossa Terra
32|Tiago Andrade frequentou
projetos culturais e seguiu carreira
nas artes até chegar à França
Um título para Márcia Magnani
Ela foi homenageada
com a entrega da 6ª
Comenda do Mérito
Farmacêutico, honraria
indicada pelo Conselho
Regional de Farmácia,
Seccional de Araraquara,
em reconhecimento pelos
serviços prestados à
profissão e à sociedade
araraquarense. A
honraria foi criada
em comemoração
ao Dia Municipal do
Farmacêutico, de autoria
do vereador Jéferson
Yashuda (PSDB), que
presidiu a sessão solene
realizada em fevereiro na
João Henrique de Souza Freitas
no Haras do Juninho, acompanha
mais um curso feito pelo Senar
Grandes Bandas
54|Juraci Brandão de Paula tira da
cartola a história de uma banda
da cidade nos anos 90: Skip-Jack
Câmara Municipal, com
a presença de familiares,
convidados e amigos da
homenageada. Destaca-se
a presença da família da
homenageada, o esposo
Ricardo Magnani, os filhos
Ticiana, Tais e Ricardo; e
os netos Igor e Olívia. “É
uma honra prestar esta
homenagem a Dra. Márcia
Regina Terasso Magnani,
proprietária da Farmácia
Phoebus, que muito
contribuiu por mais de
uma década na Seccional
do Conselho Regional de
Farmácia de Araraquara”,
disse Yashuda.
É um trabalho a longo prazo, pois é difícil acertar a
linguagem e, principalmente, organizar os grupos de apoio.
Não é algo que deve ser feito apenas no período eleitoral. Sai
na frente quem começar a se preparar agora, com presença
nas redes sociais e desenvolvimento de grupos de apoiadores
para disseminar as informações.
Como estratégia de campanha nas redes sociais, o
publicitário Fred Fagundes defende que é preciso, antes de
qualquer coisa, ter presença constante, incentivar o diálogo e
fazer o seguidor se sentir valorizado; para isso, é necessário
manter transmissões ao vivo e postagens frequentes.
Portal RCIARARAQUARA.COM
Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni
Supervisora Editorial: Sônia Marques
Editor: Suze Timpani
Design: Bete Campos e Érica Menezes
PARA ANUNCIAR: (16) 3336 4433
Tiragem: 8 mil exemplares
Impressão: Gráfica Silkgraf - (16) 3337 8093
A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio
é distribuida gratuitamente em Araraquara e região
* COORDENAÇÃO, EDITORAÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE
Atendimento: (16) 3336 4433
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Araraquara/SP - CEP: 14801-307
marzo@marzo.com.br
A farmacêutica
Márcia Regina Terasso
Magnani sendo
homenageada por
Jéferson Yashuda
5|
Ciesp Araraquara realiza a
Semana do Jovem Empreendedor
Evento terá palestras gratuitas abordando diversas visões de empreendedorismo
Com o objetivo de estimular o empreendedorismo,
trazer novidades para a área e apresentar cases
inspiradores, o Centro das Indústrias do Estado
de São Paulo – Regional Araraquara (Ciesp) realiza
entre os dias 9 e 12 de março a Semana Jovem Empreendedor.
O evento contará com quatro dias com
palestras, sendo a primeira na Uniara e as demais
em universidades e entidades da cidade. Todas as
palestras serão gratuitas e tem início às 19 horas.
Iniciando as atividades no dia 9/3, ocorre a
palestra Empreendedorismo Feminino com Carla
falcão, idealizadora da rede Social Mom que reúne
mães empreendedoras a fi m de repensarem as
carreiras por uma perspectiva materna; e Thalita
Braga, Co-founder & CEO na GAIA Greentech, onde
será discutida a importância de negócios gerenciados
por mulheres.
Já no dia 10/3, será realizada a palestra Inovação
e agilidade na prática, ministrada por Sebastião
Honorio, líder de solução para a aviação executiva
da Embraer e também CEO da Fintech WAD Soluções
de Pagamentos, junto de Ariel Morelli, responsável
por três áreas de desenvolvimento de software
na Raccon Marketing Digital, uma das maiores
agências da América Latina. A atividade irá discutir
como um modelo de negócio escalável, inovador
e fl exível - as startups - se tornam cada vez mais
atraentes para empreendedores que querem fazer
a diferença.
Continuando o ciclo de palestras, no dia 11/3,
o debate Comportamento Empreendedor, será ministrado
por Tatiane Braga, Neurocoach, treinadora
emocional e gestora empresarial, que falará sobre
como o empreendedorismo não é uma condição exclusiva
de empresários, mas também de profi ssionais
que pensam, planejam e agem, arquitetando
estratégias a fi m de alcançar seus objetivos.
Fechando a programação do evento, no dia 12/3,
ocorrerá um bate papo com a jornalista Fernanda
Franco e Luís Costa Pinto, autor do livro Trapaça:
Collor, onde ambos discutirão a obra e os desafi os
jornalísticos ao relatar momentos políticos no Brasil
de hoje.
A Semana do Jovem Empreendedor é um evento
aberto, voltado para empresários, futuros empreendedores
e estudantes da área. Para mais informações
e inscrições nas palestras, acesse o site:
https://www.even3.com.br/sjeara2020/.
Serviço:
Semana Jovem Empreendedor
Data: 9 a 12 de março de 2020
Participação gratuita
Palestra: Empreendedorismo Feminino
Data: 9 de março de 2020
Horário: segunda-feira, às 19 horas
Local: Universidade de Araraquara -
R. Carlos Gomes, 1338 - Centro
Palestra: WAD - Uma Startup na prática
Data: 10 de março de 2020
Horário: terça-feira, às 19 horas
Local: Sincomercio - Av. São Paulo, 660 – Centro
Palestra: Comportamento empreendedor
Data: 11 de março de 2020
Horário: quarta-feira, às 19 horas
Local: UNIP Araraquara - Av. Alberto Benassi, 200
Palestra: Trapaça: Collor | Discussão do livro com o
autor Luís Costa Pinto e Fernando Franco
Data: 12 de março de 2020
Horário: quinta-feira, às 19 horas
Local: Unesp Araraquara
Informações à imprensa
ComTexto Comunicação Integrada
Vitor Tavares – vitor@ctexto.com.br
Tel.: (16) 3324-5300/ 99108-5005
Fernanda Chiossi – fernanda.chiossi@ctexto.com.br
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ARARAQUARA
EDITORIAL
por: Ivan Roberto Peroni
Quando o grito vem da periferia é sinal que
nada está caminhando bem para o político
As faixas colocadas em acessos a dois bairros da cidade não são fantasiosas; foram postas
por moradores colocando à prova, o tempo dado pelo Salvador para que fizessem o que
a comunidade necessita. A poucos meses das eleições, pode ser que nenhuma outra seja
colocada e que valeu o alerta da população. Mas, também pode ser que uma enxurrada de
faixas semelhantes enfeitem as vias públicas para cobrar o prometido e o não feito.
Uma faixa colocada aqui, outra
faixa colocada lá e vamos nós
remando por este oceano de
incertezas em busca de uma
resposta para perguntas que foram
feitas e esquecidas no tempo.
Estamos exatamente a sete meses
das eleições municipais e é para
elas que vai o clamor do eleitorado
pedindo para que a situação seja
outra a partir de 2021.
Uma primeira faixa estendida no
acesso ao Jardim Zavanella no
final de fevereiro acendia o pisca
de alerta para a classe política de
Araraquara, de forma generalizada.
Uns mais, outros menos entenderam
o recado dado pelos moradores.
Nem todos, pois ainda existe neste
meio alguém que se sobressai pelo
seu caráter, dignidade e respeito.
Mas quando o grito vem das
ruas, até mesmo os bons acabam
pagando pelos pecadores.
Imaginávamos que uma faixa com a
inscrição SEM MANUTENÇÃO, SEM
ASFALTO – SEM VOTO, seria o suficiente para indicar à classe política
que as coisas não estão indo bem nestes últimos anos das nossas
vidas. Contudo, de repente surge outra faixa, com os mesmos dizeres
praticamente, agora estendida na entrada da Chácara Flora.
Epa, pensa o político – mais diretamente o prefeito e o vereador:
“Onde foi que eu errei?”, colocação semelhante àquela de um
programa humorístico da Globo aos sábados à noite, onde o pai dá
de tudo para o filho e o filho faz tudo ao contrário do que o pai havia
lhe falado: “Onde foi que eu errei”, mistura de passado e presente
num tempo de reflexão, pois o pai deu isso e aquilo mas não deu
carinho. Soluções tão próximas, sem que ao menos sejam vistas, pois
a ganância e a sede pelo poder não deixam.
Passados três anos – com as faixas estendidas em vias públicas -
prefeito e vereador agora se perguntam: onde foi que erramos?
Podem perguntar a si próprios e quem sabe cada um no seu interior
sabe onde pecou, mesmo porque quem imaginava que o tempo não
fosse passar, agora olhando pelo retrovisor, deve estar convicto que
deixou para trás não as coisas que deveriam ser feitas, mas sim as
coisas que jamais deveriam ter sido feitas, saídas de um balcão de
negócios.
Talvez até as coisas não mudem em 2021, porém se isso ocorrer,
é importante que a próxima geração de políticos entenda que está
na obrigação ou na lista de deveres de cada um, a recolocação do
povo como meta prioritária pra ninguém se questionar um dia – epa,
onde foi que eu errei. O que errou sabe que é tarde demais para
recomeçar.
7|
REPORTAGEM DE CAPA
Coca Ferraz:
“Só um choque
político pode mudar
os rumos da cidade”
Apresentando números durante entrevista à RCIA, o
engenheiro Coca Ferraz mostra que a qualidade de vida
piorou em Araraquara no atual governo e que se torna
imprescindível mudanças para a cidade voltar a crescer nos
campos econômico e social, incluindo-se para isso alianças
com os governos Federal e Estadual.
Por mais de duas horas, no final
de fevereiro, o engenheiro Coca Ferraz,
vice-prefeito no governo Barbieri,
coordenador de Trânsito na cidade e
ex-presidente da Companhia Troleibus
Araraquara, concedeu entrevista
à Revista Comércio, Indústria e
Agronegócio. O nosso objetivo era ter
uma análise técnica e política sobre
o atual cenário de desenvolvimento
do município. Também professor da
USP (Universidade de São Paulo),
Coca Ferraz, aceitou o desafio.
RCIA: Você tem afirmado que a
qualidade de vida caiu muito nos últimos
anos em Araraquara; é possível
mostrar isso de forma objetiva?
Coca: Sim, isso pode ser constatado
em nível macro no estudo realizado
por um grupo de professores
da USP, UFSCAR e FATEC, que foi disponibilizado
na Internet no ano passado.
Nesse estudo, Araraquara aparece
em 13º lugar, com um nível de
desenvolvimento classificado como
“Regular” entre os 25 maiores municípios
paulistas (com mais de 200
mil habitantes), não considerando os
municípios da região metropolitana
de São Paulo.
O ruim e triste para nós araraquarenses,
é que até há alguns anos
Araraquara estava entre as cidades
classificadas como “Ótima” no tocante
à qualidade de vida.
RCIA: Você disse em recente entrevista
que tem números da situação
difícil de Araraquara. Por exemplo, na
área da Saúde como está a situação?
Coca: Vamos ver alguns dados.
Em 2016, o índice de mortalidade
infantil era de 8,0 mortes por mil habitantes,
em 2018 foi de 12,5 (aumento
de 56,25%). Em Rio Claro, por
exemplo, este indicador caiu de 12,0
em 2016 para 5,7 em 2018 (queda
de 52,50%). Isso significa que morreram
em 2018 cerca de 40 crianças
nascidas vivas em Araraquara. Se
aqui o índice fosse igual ao de Rio
Claro (2,19 vezes menor), teriam morrido
apenas 18 crianças (22 mortes a
menos). Em quatro anos de governo
seriam cerca de 90 mortes a menos.
Outro ponto extremamente negativo
na Saúde em Araraquara foi o surto
de dengue no ano passado. Foram
quase 25 mil pessoas infectadas, um
índice da ordem de 100 casos por mil
habitantes – muito acima do observado
em outros municípios da região:
6 em Rio Claro, 7 em São Carlos, 12
em Jaú e 20 em Ribeirão Preto. Não
sei a dimensão, mas o fato é que isso
provocou muitas mortes e muito sofrimento
em nossa população.
Araraquara precisa de um
“choque político” envolvendo
mudanças radicais na
forma de administrar
e nas estratégias de
desenvolvimento e, o que é
vital, bom relacionamento
político com os governos
Estadual e Federal.
Coca Ferraz
RCIA: E na área de Educação,
você tem números?
Coca: Um bom número para se
avaliar o desempenho da área da
Educação é o IDEB. Considerando
a nota média das provas aplicadas
no 5º e 9º anos, Araraquara está em
15º lugar entre os 25 maiores municípios
no estudo USP/UFSCAR/FATEC.
É a pior entre as classificadas com
“Regular”, quase indo para o grupo
das classificadas como “Ruim”. Cabe
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O engenheiro e professor da USP, Coca Ferraz, durante entrevista à RCIA
deixar claro, no entanto, que esses
números referem-se a 2017 (último
dado disponível) e a Educação é de
responsabilidade compartilhada entre
os governos Municipal e Estadual.
RCIA: Com relação à Segurança,
qual a análise que você faz?
Considerando o Índice de Exposição
a Crimes Violentos do Instituto
Sou da Paz, calculado com base em
dados da Polícia Militar, o valor médio
em Araraquara em 2015-2016
foi de 16,9; em 2017-2018, de 18,3
(crescimento de 17,98%). Entre esses
mesmos períodos, em Rio Claro
houve uma redução de 18,25% e, em
São Carlos, de 21,26%. No ano de
2018, São Calos está classificada na
20ª posição no ranking das cidades
paulistas menos violentas, enquanto
Araraquara está em 89ª – a probabilidade
de uma pessoa sofrer um ato
de violência aqui é 1,58 maior que
em São Carlos.
RCIA: E quanto ao tema Meio
Ambiente?
Coca: No ranking do Programa
Município Verde Azul do Governo do
Estado de São Paulo, Araraquara estava
na posição 51º em 2016 e caiu
para a posição 126º em 2019, atrás
de praticamente todas as cidades
maiores da nossa região (São Carlos:
121º, Ribeirão Preto: 20º, Bauru:
43º).
RCIA: No que se relaciona à Mobilidade
Urbana?
Coca: Neste caso vamos comparar
com a vizinha São Carlos, utilizando
três indicadores. Valor da tarifa do
transporte coletivo em 2019: 3,90
em São Carlos e 4,10 em Araraquara.
Mortalidade no trânsito em 2019:
Araraquara em 25% (penúltimo lugar)
e São Carlos em 4º; no período 2017-
2020 (4 anos), a previsão é que Araraquara
terá 40 mortos e 900 feridos
no trânsito a mais que em São Carlos.
Previsão de recape de vias no período
2017-2020: 8 vezes maior em São
Carlos em relação a Araraquara.
RCIA: Na questão econômica, há
números a respeito?
Coca: Vou citar alguns números
para mostrar a situação aflitiva de
Araraquara. O PIB per capita entre
2016 e 2017 (último ano em que o
dado está disponível) apresentou
a seguinte variação: Araraquara:
– 0,95%, Rio Claro: + 4,81%, Bauru:
+ 3,15%, Rio Preto = + 4,65%, São
Carlos = +3,85%, Ribeirão Preto = +
16,22%. Em termos de salário médio,
Araraquara está classificada em 19º
lugar (situação classificada como
“Ruim”, quase “Péssima”) entre os
25 maiores municípios de São Paulo
no estudo USP/UFSCAR/FATEC; para
exemplificar, o salário médio em São
Carlos é 19% maior que em Araraquara,
em São José dos Campos, 37%
maior. De 2016 para 2018, a frota
média de veículos cresceu 33% a
mais em São Carlos que em Araraquara
(4.290 veículos a mais), trazendo
um grande impulso para os setores
de venda de veículos, de peças, combustível,
de pneus, etc.
RCIA: A que você atribui essa “decadência”
de Araraquara?
Há uma série de fatos que levaram
a isso. Certamente, o mais relevante
é o péssimo desempenho do governo
municipal atual. Erros graves vêm
sendo cometidos na condução do
governo, envolvendo práticas administrativas
inadequadas, estratégias
de desenvolvimento equivocadas e
isolamento político. Araraquara, para
sair desse processo de “decadência”
e garantir um futuro promissor para a
sua população, precisa de um “choque
político” envolvendo mudanças
radicais na forma de administrar e
nas estratégias de desenvolvimento
e, o que é vital, bom relacionamento
político com os governos Estadual e
Federal (o que envolve, inclusive, a
eleição de deputados alinhados com
os governos Estadual e Federal). É
preciso buscar a todo custo, com o
apoio dos governos Federal e Estadual,
emprego e renda para a nossa
população. Como disse Voltaire (famoso
filósofo francês): “O trabalho
afasta dos seres humanos três grandes
males: a pobreza, o ócio e o vício”
– três pilares da infelicidade humana.
9|
Velhos casarões da Avenida São Paulo e as cicatrizes deixadas pelo tempo
URBANISMO
Esperando a revitalização, centro
antigo ainda mantém as lembranças
Comerciantes acreditam
que proibição da passagem
pelo Terminal de Integração
atrapalhou muito o
desenvolvimento comercial
da região, hoje às moscas.
Cenário de tristeza de um lugar histórico
Inaugurado pelo então prefeito
Rômulo Lupo, no dia 10 de maio de
1959, o Mercado Municipal de Araraquara,
assim como em outras tantas
cidades do Estado de São Paulo e
do Brasil, já foi símbolo do comércio
pujante, antes da era dos hipermercados
e shoppings centers. Ele está
inserido em um contexto que vai além
de suas grossas paredes e segue pelas
antigas ruas e avenidas que formam
a região da antiga Estação de
Trem de Araraquara. Uma região que
não acompanhou as transformações
trazidas pelas mudanças de costumes
da população e tecnologia.
Além da estação de trem, que
foi inaugurada em 18 de janeiro de
1885, a instalação da Rodoviária, em
1968, também trouxe bastante progresso
para aquela região central da
cidade, que passou a ter uma grande
concentração de pessoas. Em 1981,
com a transferência da Rodoviária
para as novas instalações na Via Expressa,
esse movimento começou a
diminuir.
TERMINAL DE PASSAGEIROS
Já em meados da década de
1990, com a instalação do Terminal
Central de Integração, muitos comerciantes
começaram a deixar a região,
pois sabiam que com o fechamento
e pagamento da passagem de pedestres
pelo meio do Terminal as
pessoas perderiam o interesse pelo
comércio local e passariam a fazer
suas compras em outros corredores
comerciais.
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MUDANÇAS INEVITÁVEIS
Para o comerciante Josué Eiras,
de 77 anos, que mantém a Tabacaria
Mineira no ‘Mercadão’ desde a sua
criação, as mudanças pelas quais a
região passou ao longo dessas seis
décadas foram inevitáveis. Ele acredita
que o local necessita de um olhar
mais atento do poder público que o
abandonou há muito tempo.
“O Mercadão era o maior centro
comercial da região. Ele abria às 6h
e fechava às 18h e, durante a noite,
funcionava como atacado, pois ainda
não existia o Ceasa. O comércio da
cidade era centralizado aqui. O forte
eram as verduras, que vinham dos
sítios da região. Mas você encontrava
de tudo aqui, desde vestimentas a alimentos.
Eu chegava a vender mil quilos
de fumo por mês, hoje vendo 10%
disso. Depois, quando começaram a
construir mercados e varejões em vários
bairros da cidade, o movimento
começou a diminuir gradativamente”,
relatou o comerciante à reportagem
do Portal RCIA.
TOM DO ABANDONO
Josué acredita que o fato de terem
fechado o Terminal dos dois lados e
proibirem que as pessoas passem
pelo local sem pagar passagem, contribuiu
para a debandada de comerciantes
do local nas últimas décadas.
“Eu conheço várias cidades e nunca
vi esse modelo de terminal fechado
em nenhum lugar. Isso não funciona”,
opina.
Waldomiro de Lima Júnior, o Mirinho,
de 65 anos, que trabalha na
Tabacaria Mineira desde os 11 anos,
também acredita que a instalação do
Terminal de Integração atrapalhou o
comércio da região. “O encontro das
pessoas de todas as partes da cidade
era no Mercadão. Nos finais de semana
ficava lotado, não dava para andar
aqui dentro. Depois da inauguração
do Terminal tudo mudou. Sinto saudade
do tempo de glória do Mercadão”,
lembrou com saudosismo Mirinho.
Josué Eiras e
Waldomiro de
Lima Júnior, o
Mirinho, uma
das poucas
tabacarias
que conseguiu
suportar a
passagem do
tempo
O Mercado
Municipal foi
construído no
final dos anos
50, sendo
considerado
por muitos anos
como centro
comercial da
cidade pela
sua variedade
de produtos e
artigos. Com
a chegada das
grandes redes,
foi perdendo
seus lojistas
Mercado
Municipal outrora
repleto de
bancas e boxes,
hoje movimento
reduzido e a
teimosia do lojista
levar avante seu
negócio
O fechamento
do acesso
pela antiga
Rodoviária,
hoje Terminal
de Integração,
afastou a
circulação dos
consumidores
naquela região
11|
SAÍDA DA PREFEITURA
O comerciante Waldomiro de
Lima Júnior, o Mirinho, ressalta que
o Mercadão está abandonado pela
Prefeitura Municipal há muito tempo.
Ele lembra que, desde a última gestão
do prefeito Waldemar De Santi,
no final dos anos 1990, a prefeitura
não mantém nenhum funcionário
no local. “Antigamente a gente tinha
seguranças e fiscais, entre outros
funcionários mantidos pela prefeitura,
que ajudavam os comerciantes a
cumprir o regulamento. Quando a prefeitura
saiu ficou tudo sem normas,
a gente se vira como pode. Depois
disso, foram só promessas. Eu tinha
uma outra loja de chapéus no piso
superior, mas tive que mudá-la para
outro lugar, pois aqui o prédio é antigo
e não possui alvará, por isso, não
conseguimos fazer seguro. Se acontece
alguma coisa ruim, a gente perde
tudo. Estamos abandonados pelo
poder público”, finalizou.
Empresário Ricardo Capparelli
O desabafo parece ser generalizado
com reclamações e pedidos para
que seja feita alguma revitalização.
COMÉRCIO ATIVO
Para o empresário Ricardo Caparelli,
de 70 anos, que comercializa móveis
na região há 40 anos, não houve
muitas mudanças nessas últimas
quatro décadas, pois para ele, não há
um comércio ativo no local. “Eu não
notei muitas mudanças nesse tempo
que estou aqui, pois nunca houve
um comércio ativo. Mas, acredito
que depois da instalação do Terminal
Central de Integração, mesmo com
o aumento do fluxo de pessoas aqui
na região, o pessoal que utiliza
o TCI chega muito cedo quando
o comércio ainda está fechado.
Na realidade, apesar do grande
fluxo de pessoas, elas só passam
por aqui para pegarem os
ônibus, e vão embora logo. Aqui
não é um ponto de parada para
consumidores, eles preferem parar
na Rua 9 de Julho ou mais para cima,
onde fazem suas compras e depois
descem aqui somente para pegarem
o transporte”, entende o empresário.
CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES
Móveis Caparelli, há 40 anos no mesmo
lugar, uma tradição em nosso comércio
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13|
COMÉRCIO PREJUDICADO
Capparelli acredita que os comerciantes
que estão instalados no interior
do Terminal são prejudicados
pelo fato dos clientes terem que pagar
para entrar no local, antes de fazerem
suas compras. “Fazer compras
dentro do Terminal é muito complicado,
pois o cliente tem que pagar a
passagem para entrar. A pessoa que
precisa comprar um medicamento na
farmácia que existe lá, por exemplo,
dependendo do preço, acaba indo
comprar em outro lugar. Eu costumo
cortar meu cabelo no salão do Terminal
e todas as vezes tenho que pagar
a passagem. Isso acaba encarecendo
o serviço e o comerciante não tem o
que fazer”, reclama Capparelli.
ABANDONO TOTAL
Para o empresário, a região está
abandonada pelo poder público, assim
como outras regiões da cidade.
“Eu vejo que o poder público abandonou
essa área, assim como outras
regiões. Eu vejo o Mercadão, que já
foi um grande chamariz, está hoje
sem nenhum atrativo. Não tem mais
lojas, não tem mais bancas de verduras,
por exemplo, isso afastou as
pessoas de lá. Outro problema vivido
pelos comerciantes aqui da região é
a iluminação precária, como na época
do Natal em que a gente fica isolado
aqui, sem nenhuma iluminação especial
e sem nenhum atrativo para os
clientes. Se os comerciantes não se
unirem e fizerem a iluminação do seu
quarteirão, nada acontece, pois estamos
abandonados pela prefeitura há
muito tempo”, diz Capparelli.
NOVO MERCADÃO
O comerciante acha que falta
um investimento conjunto para uma
reestruturação do Mercado Municipal.
“Eu gostaria de ver um Mercado
Municipal vivo em Araraquara, com
bancas de verduras, de queijos, com
uma padaria, uma choperia bacana,
como a gente vê em outras cidades.
Cenário degradante provocado por empresas que baixaram as portas
Acredito que isso traria de volta os
clientes ao Mercadão que poderia
ser novamente uma referência. Em
São Carlos a gente vê um Mercado
Municipal bem mais atrativo do que
o nosso. Está faltando em Araraquara
um ponto de encontro. Eu acho que
se algum empresário investir nisso vai
lucrar muito. Espero ver isso acontecer
um dia”, finalizou.
COMÉRCIO DINÂMICO
O fotógrafo e jornalista Benedito
Reginaldo Viviane, o Tetê, tem boas
recordações dos 25 anos em que
manteve um laboratório fotográfico
no Mercado Municipal. Ele, que trabalhou
no local entre os anos de 1983 e
2008, acredita que, pelo fato dos boxes
do Mercadão serem particulares,
o poder público não tem muito o que
fazer para alavancar o comércio no
local, mas entende que a prefeitura
colabora, além de cuidar da iluminação
externa do prédio.
Tetê lembra que na época da instalação
do Terminal todo o comércio
no entorno, entre hotéis, bares e lojas,
sofreu um impacto grande. “O
comércio é dinâmico, rotativo, inovador.
A Ótica Lupo com mais de um
século é exceção na Rua Nove de
Julho. Provavelmente, nenhuma loja
do Jaraguá ou do Lupo, das inauguradas
sobreviveu... Quanto ao Mercado
o sentimento é de carinho, saudade
e gratidão. Com meu trabalho eu gerei
empregos, me formei em Direito
(1986) e Jornalismo (2002), criei meu
filho Raul e dei conforto para a minha
família. Portanto, uma vida construída
com os inúmeros clientes que passaram
pelo balcão do Foto Viviani. Evidente
que nesse tempo, um grande
círculo de amizades foi ampliado e
muitas histórias foram registradas”,
relembra o fotógrafo.
Área interna do Terminal de Integração
|14
COMÉRCIO ATIVO
A falta de segurança no Terminal
de Integração é uma das reclamações
do cabeleireiro, Jean Gabriel dos
Santos, de 22 anos, que trabalha no
local há cerca de 10 anos. Para ele,
a presença de agentes no Terminal
dificultaria a ação de criminosos e daria
mais segurança aos comerciantes
e usuários.
“O meu tio mantém esse salão
desde 1968, quando aqui ainda funcionava
a Rodoviária de Araraquara.
Eu trabalho aqui desde que tinha 13
anos e acompanhei as mudanças
nos últimos tempos. Vejo com bons
olhos a iniciativa da prefeitura em
colocar essas portas de ferro nas
lojas e, também, a instalação de
câmeras de segurança distribuídas
pelo Terminal, mas ainda sentimos
certa falta de segurança. O salão já
foi furtado mais de uma vez, assim
como outros estabelecimentos aqui
dentro. Se tivesse guardas aqui isso
não aconteceria. Outro problema que
vejo é a falta de estacionamentos na
região para que os nossos clientes
possam deixar seus carros enquanto
estão aqui dentro, além do preço
da passagem que o cliente tem que
pagar para entrar no Terminal. Antes
eles devolviam o valor quando a pessoa
saía, mas atualmente não estão
devolvendo mais”, ressalta.
REGIÃO COMPLICADA
Jean acredita que um dos motivos
para a diminuição do movimento
de compradores no Mercadão seja
o abandono do local por alguns proprietários
de boxes, que estão vazios
há muito tempo, e também pela frequência
de andarilhos e prostitutas
nos bares da região.
“Muitas pessoas ficam com medo
de frequentar a região que é utilizada
por prostitutas e moradores de rua
como dormitório e até local de encontros
sexuais. Isso é ilegal e atrapalha
o comércio”, entende o cabeleireiro,
que espera ver mudanças nesse quadro
em breve.
O PetMoura organiza o seu negócio e fornece
as ferramentas que você mais precisa.
Chega de dor de cabeça.
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Busca e Entrega de Animais
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15|
TECNOLOGIA
Com nova ferramenta a Vilage
amplia sua interação com o cliente
Facilidade, é assim que a
Vilage Marcas e Patentes
define a implantação de um
novo sistema para que o
cliente possa ter acesso às
informações que necessita.
A VILAGE Marcas e Patentes, empresa
de Propriedade Intelectual que
está há mais de 33 anos no mercado,
oferece exclusivamente aos seus
clientes o sistema infoVILAGE.
Em fevereiro, Diego Lima, consultor
da empresa, explicou que “esta
plataforma disponibiliza acompanhamento
em tempo real das execuções
dos serviços da Vilage e consulta da
posição atualizada de processos no
Brasil e Exterior”.
Por exemplo, disse ele, é possível
ver a previsão orçamentária de
quanto a empresa investirá em Propriedade
Intelectual no próximo ano,
a partir dos processos requeridos e
registrados.
O acompanhamento em tempo
real além de demonstrar que há
preocupação da empresa em aper-
feiçoar cada vez mais esse processo
de interação com o cliente, também
facilita a busca de informações para
um melhor controle administrativo.
Durante entrevista à nossa revista,
Diego Lima explicou que o acesso
on-line a todos os processos de
Propriedade Intelectual, com filtros,
posição detalhada, consulta de arquivos
e valores investidos, significa
conviver com a realidade tecnológica
e ser preciso na informação, até mesmo
na consulta de prazos de todos os
processos de forma centralizada em
um único sistema.
Ele também assegura que “este
canal de comunicação traz agilidade
e independência ao cliente da
Vilage, que pode tomar decisões
imediatas sobre novas marcas e/ou
investimentos em tecnologias, sem a
necessidade de aguardar respostas
quanto à posição atualizada de seus
processos”.
Outra ferramenta exclusiva da empresa
é o Aplicativo VILAGE, onde o
cliente pode visualizar as mesmas informações
disponíveis no InfoVILAGE
A vida do cliente ficou ainda mais fácil
para a empresa manter suas atividades
em sintonia com a Vilage Marcas e
Patentes
e, além disso, receberá notificações referentes a publicações de despachos,
providências e prazos diretamente
no smartphone, com a opção
de indicar quais providências deverão
ser tomadas em cada caso.
Para saber mais, entre em contato
com a equipe especializada da VILA-
GE e solicite uma consultoria gratuita:
0800 703 9009 / www.vilage.com.br
A Vilage Marcas e Patentes,
representada pelo seu
diretor Luís Augusto Cirelli
e o consultor Diego Lima,
foi homenageada pela
diretoria do CIESP por seus
10 anos como associada
da entidade. Na foto, além
dos homenageados, temos
os diretores do Ciesp:
Ademir Ramos da Silva,
Helton Ramos da Silva e
João Carlos Costa.
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17|
BENEFÍCIOS E VANTAGENS
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL
Proposta irrecusável para
você ser associado da ASPA
A ASPA finaliza projeto que
visa fortalecer a interação com
servidores públicos estaduais
oferecendo importantes
benefícios, principalmente na
área médico-hospitalar através
da Unimed.
A sede da ASPA na Rua Itália, 1197, entre avenidas 15 de Novembro e Dom Pedro II
Ao todo são mais de 40 mil servidores
públicos existentes na região
de Araraquara, divididos em três
categorias: municipais, estaduais e
federais. Uma grande parte destes
funcionários já pertence ao quadro
associativo da ASPA - Associação dos
Servidores Públicos de Araraquara,
tendo à sua disposição e da sua família,
uma série de benefícios e vantagens,
comenta o presidente Adilson
Custódio.
A ASPA porém, deseja ter uma proximidade
mais ampla com os servidores
públicos estaduais, diz o dirigente.
Neste caso, a associação faz um
levantamento sobre os funcionários
públicos estaduais ativos e inativos
em nossa região, para criar um mailing
- expressão frequentemente usada
no Brasil, na área de propaganda
e marketing.
Com este banco de dados, explica
Adilson Custódio, reunindo nomes,
endereços e dados adicionais de consumidores
e prospects (pessoa não
consumidora de um determinado produto
ou serviço que tem potencial de
vir a se tornar um consumidor), um
consultor da entidade estará apresentando
aos interessados o que a ASPA
tem a oferecer para a categoria.
“Na verdade, temos que admitir
que hoje as pessoas desejam mais
vantagens quando se associam a
uma entidade, pois o custo-família é
elevado; sendo assim, a ASPA busca
oferecer maiores benefícios, criando
dispositivos para captação de novos
associados”, argumenta o presidente.
Quando questionado sobre a vantagem
de ser sócio da ASPA e quais
seriam esses benefícios, Adilson
Custódio responde que um deles é
a disponibilidade de um plano de
saúde com a marca UNIMED, uma
das mais conceituadas cooperativas
médicas do país, de forma bem mais
acessível.
Ele também explica que o associado
UNIMED além de ter à sua
disposição planos com valores abaixo
de mercado, encontra em todo o
país - serviços de pronto atendimento,
laboratórios e ambulâncias para
garantir qualidade na assistência
médica, hospitalar e de diagnóstico
complementar.
CONHEÇA AS VANTAGENS
Dentro do segmento Servidor Público
Estadual, inúmeras são as modalidades
de associados: militares,
professores, órgãos do governo paulista,
em todas as áreas da atividade
profissional. “Buscamos consolidar
nosso Banco de Dados e em seguida
criar estrutura para iniciarmos os
contatos com a utilização de todas
as ferramentas disponíveis nas redes
sociais”, justifica o vice-presidente
Paulo Dimas Cézar.
Na página ao lado, publicidade
mostrando o que a ASPA oferece aos
seus associados.
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19|
GASTRONOMIA
Celeiro Restaurante - Grill - Choperia
A revitalização da sua
marca sob nova direção
O Grupo Domínio Soluções Empresariais também no ramo
gastronômico, ao assumir o Restaurante Celeiro, dando-lhe
novas formas em sua temática e incluindo no seu cardápio
tradicional novos pratos, aprimora seu atendimento e dá foco
à familiaridade.
Quando o engenheiro Elétrico e
de Segurança do Trabalho, Heber
Candido Pereira, diretor do Grupo
Domínio Soluções Empresariais decidiu
investir na compra de um bom
restaurante, ele já tinha noção sobre
os caminhos que a empresa deveria
seguir, bem como sua forma de trabalhar,
sendo preciso selecionar ingredientes,
conhecer técnicas e ter boa
mão para tempero para estar entre
os campeões da gastronomia araraquarense.
Era então sua disposição
em assumir o Celeiro, um dos mais
tradicionais restaurantes da região.
Heber, acostumado a frequentar o
que ele considera serem boas casas
gastronômicas, teve tempo suficiente
para analisar cardápios, espaços,
decorações típicas, além da capacitação
em atendimento, produtos, higienização
e interação com clientes,
detalhes que considera fundamentais
neste ramo de negócio.
Passados dois meses, o Novo Celeiro
implanta novas ideias, retoma o
perfil de clientes exigentes em ter à
mesa boa comida, bom atendimento
e local agradável limpo e aromatizado.
“Estamos implantando também
considerável melhora na qualidade,
manuseio e logística dos produtos,
como seu armazenamento”, revela.
De fato, pensando e agindo desta
forma, a nova direção do Celeiro
tem como resultado a melhoria do
ambiente interno com cores que
identificam um espaço harmonioso
O empresário Heber
Candido Pereira, diretor
do Grupo Domínio, alia
o ramo da gastronomia
aos negócios da
empresa. Se dá bem,
investe e cria um
centro de gastronomia
diferenciado e focado
em quem aprecia
uma alimentação de
qualidade
O NOVO CELEIRO
HOJE TEM HAPPYHOUR?
No Celeiro Choperia, sempre a partir
das 18h e com porções e o chopp da
Antarctica
ESCONDIDINHO MARAVILHOSO
Você até pode tentar encontrar
um bom, mas melhor que o nosso
‘Escondidinho’ não há.
LEMBRETE: Toda quarta-feira - a
quarta do escondidinho com
descontos especiais
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O Celeiro com nova identidade visual
Cupim Casqueado é a grande sensação do cardápio no Celeiro
e familiar. É nesta sintonia que a casa
também cria um projeto de música ao
vivo as sextas-feiras, com o melhor da
MPB Voz & Violão.
TRANSFORMAÇÃO
Para ele foi importante neste
processo de transformação manter
as cozinheiras, que por 20 anos
trabalham na casa fazendo parte
da conquista de vários prêmios em
concurso de alimentação e choperia.
“A cozinheira-chefe faz parte desta
equipe de profissionais, preparando
o cardápio, pois o tempo lhe ensinou
a conhecer o paladar de clientes mais
assíduos, assim tornamos o Celeiro
ainda mais familiar”, diz Heber.
Mesmo que seja uma nova
experiência, é fato que a visão empresarial
e a expertise nos negócios
contribuem para o acesso de mais
uma empresa no grupo, já consolidado
em outros ramos de atividade:
a Domínio Construtora, atuando na
construção e reformas residenciais e
prediais, além de estar envolvida pelo
Programa Minha Casa, Minha Vida;
Domínio Engenharia Elétrica; Domínio
Engenharia de Segurança no Trabalho
e a Domínio Prestação de Serviços,
destinada a terceirização de mão de
obra em limpeza, serviços de portaria,
zeladoria, etc.
Ao adquirir o Celeiro, o empresário,
por gostar da área alimentícia,
agora aplica os conhecimentos em
seu próprio restaurante, sempre primando
em dizer que questões fundamentais
são a familiaridade, que o
levou a remodelar o Espaço Kids com
nova decoração e brinquedos.
É bom citar que o Celeiro não
perdeu sua identidade visual, houve
sim uma revitalização que ao final do
projeto coincidirá com sua temática:
roda de carroça, porteira, cores internas
voltadas para um celeiro real
feito com tijolos resinados. “Estamos
tornando o restaurante cada vez mais
característico”, conclui.
Com a participação de inúmeras famílias,
o Celeiro promoveu o Carnaval Kids
Bacalhoada do Celeiro: só de ver dá água
na boca. Venha saborear
SERVIÇOS E INFORMAÇÕES
Celeiro Restaurante Grill Choperia
(16) 3336 7539
Rua Américo Brasiliense,1130
Araraquara
@Celeiro Restaurante Oficial
21|
Primeira miniatura que ganhou
aos 15 anos de seu pai
O colecionador e a esposa Sandra exibindo os modelos dos carros usados pelos
Bombeiros - ontem e hoje
As 5 mil peças de
Carlos Alberto
Araraquarense mantém uma das maiores coleções de
miniaturas do país, instalada na parte superior da sua casa.
Foi aos 15 anos que Carlos Alberto
Orlando ganhou do pai sua primeira
miniatura de carro e desde então,
despertou nele o amor por colecionar
miniaturas, seja de carros, aviões, relógios
ou super heróis. Hoje são cerca
de 5 mil peças que tomam uma sala
no andar superior da casa, e só sobe
as escadas quem é convidado.
Aos 54 anos, o professor de natação
e karatê acredita que colecionar
é viciante, sejam suas miniaturas ou
qualquer outra coisa. Conta que muitas
peças ganhou de amigos que viajam
e se lembram dele assim que se
deparam com carrinhos, outras ainda
garimpa na internet. “As vezes ganho
alguma coisa que já tenho, mas nunca
compro nada repetido”.
Logo na entrada da sala um tabuleiro
de vidro jateado com todos os
personagens do filme Star Wars, estrategicamente
colocados em embate
do bem contra o mal.
Para montar a sala, Carlos fez um
curso de marcenaria no Senai, pois
queria ele próprio criar as prateleiras
para guardar suas centenas de
pequenos aviões, carros e relógios e
outras peças que coleciona.
Perguntado se tem uma peça preferida,
ele diz que são como filhos,
ama igualmente a cada um, mas gosta
muito das antigas motocicletas de
corrida. Em sua coleção pode-se encontrar
taxis do mundo todo, carros
de polícia e bombeiros, aviões, helicópteros,
relógios de bolso, carros de
corrida e serviços e caminhões.
O professor diz que a peça mais difícil
de conseguir foi uma McLaren F1,
que é de uma marca espanhola, mas
ela não detinha o direito de produção,
pois era de uma fábrica italiana, sendo
lançada e recolhida. Antes disso,
consegui um exemplar.”Se não for a
única, deve existir poucas” – diz ele
orgulhoso. “E também com poucas
peças no mercado, a NASCAR (National
Association for Stock Car Auto
Racing), lançava miniaturas de seus
carros e presenteava os patrocinadores;
consegui um exemplar também”,
afirma.
Uma das peças que chama a atenção
é uma miniatura de um kart que
ganhou do araraquarense Valdemar
Zago e que foi decorado por Nilton
Boca do Kartódromo Catani. “Tenho
um carinho especial por este modelo”
– diz ele.
Pode-se encontrar na sala ainda,
um grande Opala amarelo, que Carlos
comprou todas as duas mil peças
para montá-lo, e no mesmo esquema
tem também uma Ferrari, que são
réplicas fiéis: dão partida, ascende
as luzes e têm peso em escala. “O
que me fascina é isso - a fidelidade
ao modelo original” - diz Carlos. Só
de modelos Ferrari há mais de cem
unidades em sua coleção.
Uma de suas prateleiras é composta
de carros nacionais, com direito
|22
ao Fiat 147 e o Fusca da Telesp. Até
mesmo os carros do famoso desenho
animado Corrida Maluca têm uma
parte especial em sua sala, ao lado
dos Flintstones, o adorado carro do
De Volta para o Futuro, Batmóvel de
todos os tempos, réplicas de todos
os carros da série 007, Scooby-Doo
entre outras centenas de réplicas.
Carlos nos mostrou um trem que
ganhou de integrantes da Ferronorte,
que não existe disponível para venda.
Super heróis de chumbo fazem pose
em meio à coleção.
Os pequenos carros de Fórmula
1 estão presentes na vida deste colecionador,
dando destaque aos que
Ayrton Senna fez uso em todas as
temporadas, do primeiro até o último.
Além de todos os brasileiros, Nelson
Piquet, Emerson Fittipaldi, Rubinho
Barrichello, inclusive ganhou de uma
aluna um capacete autografado por
Fittipaldi, da época em que ele corria
pela Coopersucar.
A esposa do colecionador, Sandra
Tita Orlando, diz que o marido colocou
fogo nela quanto a colecionar, pois
não se interessava muito por isso, e
portanto deu a ele somente um cantinho
na casa, um corredor com uma
prateleira de alvenaria, depois reformou
a casa e o piso superior onde era
a sala de televisão, mas o marido foi
ocupando todos os espaços com carrinhos,
que chegou a um ponto onde
não cabia mais nem mesmo a televisão,
então colocamos a TV no quarto
e hoje o espaço é de toda a família
que também contempla a coleção.
A parte da limpeza fica a cargo de
Carlos, que diz que o maior inimigo de
miniaturas são crianças e faxineiras,
pois tudo é cheio de detalhes e tem
que ser limpo com pincel.
Os filhos do casal, Carlos Alberto
Orlando (21) e Isabel Orlando (24),
mesmo quando crianças, nunca mexeram
na coleção; ajudavam a segurar
em uma bandeja para que a limpeza
fosse feita, perguntando a história
de cada um. O pai explicava pacientemente,
mas sempre entenderam que
não se tratava de brinquedos e sim de
algo que fazia parte da casa.
Em um cantinho ficam expostos
os relógios de bolso, que segundo
Sandra, têm uma história especial
de uma tia. Ela conta que o pai desta
tia, morreu carbonizado na Estrada
de Ferro Araraquara, e sobrou apenas
o RG e o relógio que a tia guardava.
Antes da tia falecer, fez uma visita
a Carlos e olhando a coleção disse:
“vou deixar para você o relógio de
meu pai, porque sei que aqui estará
bem guardado”, e lá está o relógio
funcionando.
Sandra também conta que quando
o filho Carlos Alberto nasceu, ela
preparou um ursinho lindo para colocar
na porta do hospital, mas logo que
o marido chegou, arrancou o urso e
pendurou um fusquinha preto. Então
desde que nasceu já tinha sua primeira
miniatura.
Para a filha Isabel, ele colecionou
bonecas, para incentivar os filhos
ao amor por coleções.“Nesta sala
há muitos presentes de aniversário,
pois todos os anos procuramos algo
para presenteá-lo” – diz a esposa,
que aprendeu com o tempo a amar a
coleção da mesma forma que Carlos.
Estão lembrados do caminhão que fazia a
entrega das Balas Kid em todo o país?
Caminhonete GMC dos anos 50
Caminhão FNM, réplica da linha 1950
McLaren de Senna no GP do México em 92
Capacetes de Emerson Fittipaldi e Senna Sandra se envolveu com as coleções GP do Brasil em 1984 e o carro da Toleman
23|
Dois momentos vivenciados pelos
que trafegam pela estrada: a ponte
foi engolida por este buraco (menor).
Campaner canalizou a água do córrego e
cobriu com terra para evitar a construção
da nova ponte, protelando o problema
AVENTURA
Uma ponte
sem volta
Drama da estrada sem ponte
comemora quatro anos
Em 12 de janeiro de 2016, a ponte
do Córrego São João que liga o distrito
de Guarapiranga a Araraquara
veio abaixo por conta de fortes chuvas.
Quatro anos depois, ela não foi
reconstruída, estando interditada judicialmente.
O assunto em questão
poderia ter sido solucionado pelo exprefeito
Chiquinho Campaner,
recentemente assassinado,
mas não foi.
Com as chuvas de 2020, o
córrego transbordou e chegou
até o desvio que vem sendo
utilizado de forma provisória.
Agora, a ponte tornou-se um
dos desafios do novo prefeito Nanado
Lucato (assumiu o lugar de Campaner).
O DESVIO
Em fevereiro, equipes da Prefeitura
de Ribeirão Bonito trabalharam
o dia todo para deixar em ordem o
Novo prefeito Nanado Lucato entrevistado pelos
jornalistas Suze Timpani e Ivan Roberto Peroni no
RCIA, anunciando que estava atrás de recursos
para a nova ponte
desvio na ponte do Córrego São João,
na estrada vicinal que liga o distrito
de Guarapiranga a Araraquara.
Após as chuvas que atingiram a cidade
no dia 26 de fevereiro de 2020,
foi necessário fazer alguns reparos
e o tráfego de veículos foi liberado
novamente.
|24
25|
|26
27|
Loja 4 da Av. Pe. Francisco
S. Colturato (36), 1082
|28
SERVIÇOS
Pensou em troca de óleo?
O endereço certo é
SUPER TROCA DE ÓLEO 16
Com três lojas em Araraquara e uma em Matão, a empresa
se fortalece no mercado e assume a liderança em troca de
óleo automotivo
Há 13 anos no mercado de troca
de óleo e atualmente com 4 lojas, a
Super Troca de Óleo 16, é hoje a principal
empresa no setor de lubrificantes
e filtros da cidade. Especializada
na área, conta com uma variedade
de lubrificantes e filtros, para veículos
nacionais e importados.
Em sua unidade da Avenida 36,
além do serviço de troca de óleo,
dispõe também de outros serviços,
como: suspensão, pneus, freios, escapamentos,
troca de óleo de câmbio
automático, baterias, higienização
do ar condicionado, entre outros. A
Super Troca de Óleo 16, se difere
por trabalhar com linha completa
de lubrificantes e filtros, atendendo
as normas das montadoras, equipe
especializada no assunto, além do
melhor preço da região.
Perci Marques, abriu sua primeira
loja há 13 anos, na Rua Castro Alves
(16), até por isso leva o nome da Rua.
Há 9 anos, levou sua experiência
para a Alameda Paulista, e devido
ao grande sucesso do empreendimento
chegou na cidade de Matão,
levando toda a novidade no setor. Há
pouco mais de 2 anos, inaugurou a
Super Troca Óleo 16, na Avenida 36,
que oferece um amplo espaço e café
decorado para que o cliente se sinta
em casa, enquanto aguarda o serviço
ser realizado. Se você ainda não
conhece a Super Troca de Óleo 16,
está convidado a fazer uma visita e
conferir as ofertas.
À esquerda o atendimento
ao cliente e a presteza
profissional do autocenter
A Super Troca de Óleo da Avenida 36 agora possui
o Café 16, para que o cliente fique à vontade
enquanto aguarda os serviços feitos em seu carro
Área de estocagem, inclusive com
produtos importados
ENDEREÇOS
Super Troca de Óleo 16
16. 3397-0916
Rua Castro Alves, 2733
Loja 1 - Araraquara - SP
16. 3357-2460
Alameda Paulista, 1985
Loja 2 - Araraquara - SP
16. 3506-3816
Rua Sinharinha Frota, 1811
Loja 3 - Matão - SP
16. 3014-1689
Av. Pe. Francisco S. Colturato, 1082
Loja 4 - Araraquara - SP
29|
Philip Klein, representando a comunidade judaica, Alon Davi e Edinho Silva
SURPRESA...
Por aqui uma
visita ilustre
Alon Lavi esteve na prefeitura
para abordar parcerias
institucionais
O prefeito Edinho Silva (PT), recebeu
a visita do cônsul-geral de Israel
em São Paulo, Alon Lavi, na Prefeitura,
no final de fevereiro. O deputado
estadual Paulo Fiorilo (PT) também
acompanhou a reunião.
O encontro retribui a visita feita
por Edinho a Alon Lavi na sede do
Consulado Geral de Israel em São
Paulo, em dezembro do ano passado,
na capital paulista. Na oportunidade,
o prefeito e o cônsul conversaram
sobre a possibilidade de parcerias
econômicas.
Em Araraquara, o cônsul-geral e o
deputado participaram de reunião na
Câmara Municipal, estiveram na Prefeitura
e cumpriram outras agendas
em empresas do município.
“Alon Lavi se mostrou muito interessado
no potencial socioeconômico
de Araraquara e aberto a futuras
parcerias institucionais. Só tenho a
agradecer ao cônsul-geral de Israel
pela disponibilidade e pelo carinho
com a nossa cidade”, afirmou o prefeito
Edinho.
Também estiveram na reunião o
vice-prefeito e secretário do Trabalho
e do Desenvolvimento Econômico,
Damiano Neto; o chefe de gabinete,
Alan Silva; e os empresários Mauro
Herszkowicz, Gustavo Herszkowicz e
Philip Klein, representando a comunidade
judaica.
|30
LEMBRANÇAS
A partida de
dona Amália
Considerada uma verdadeira
guerreira, Amália foi símbolo
de uma geração.
Amália e os filhos Luís, Roberto e Carlos
“Eu não mudaria nada em minha
vida, porque fiz de tudo, em cada momento
fiz as coisas com amor. Tenho
boas lembranças de todas as fases,
exceto da doença do meu marido Gerson
Massafera, que foi uma fatalidade.
Sinto muito a falta dele, mas eu
não queria que voltasse nada, meus
filhos já estão criados, são muito
bons, colaboram bastante, eu tenho
meus netos. Acho que a minha missão
está cumprida, se precisar partir,
vou em paz!”.
A história de Amália Acetozi Massafera
se resume nesta entrevista
que ela deu há mais de 20 anos para
As Memórias do Comércio: os caminhos
do interior”, publicação do Sesc.
As palavras contudo, se mantêm vivas
na memória dos que sempre viveram
ao seu lado em luta permanente
dentro do comércio - Modas Amália,
e a busca incessante de recursos
para dar formação profissional aos
filhos Luís Antônio, Roberto e Carlos
Eduardo.
Com idade avançada e problemas
com a saúde nestes últimos anos,
Amália dizia “Acho que a minha missão
está cumprida, se precisar partir,
vou em paz!”. Contudo, deixa os
mais belos exemplos de uma mulher
A perda do marido com 39 anos de idade
parecia nunca ter sido aceita por Amália,
tamanha a felicidade que o casal vivia
destemida para enfrentar e vencer
os desafios surgidos, daí as inúmeras
manifestações de pesar ocorridas
nas redes sociais.
31|
GENTE DA NOSSA TERRA
Tiago Andrade: das Oficinas Culturais
de Araraquara para o cinema francês
Araraquarense frequentou
projetos culturais na cidade
entre 2001-2004 e seguiu
carreira nas artes até chegar
à França, onde trabalha há
15 anos.
Araraquarense Tiago Andrade (à esquerda) durante filmagem de documentário na
Tanzânia
Um araraquarense criado no São
Geraldo e no Jardim Universal conquistou
espaço profissional no cinema
francês, um dos mais tradicionais
do mundo. Aluno das Oficinas Culturais
no primeiro mandato do prefeito
Edinho, entre 2001 e 2004, Tiago Andrade,
de 39 anos, seguiu sua paixão
pelo cinema e chegou até a Europa.
Mas essa história começa em
1980, quando Tiago nasceu. Filho
de Mauro (vindo da região do Sul do
Brasil) e de Heloísa (do Norte), o araraquarense
teve desde cedo, dentro
de casa, a “possibilidade de olhar
para as diferentes identidades culturais
que se desenham em um mesmo
país de maneiras tão diferentes”.
A paixão pelas câmeras veio desde
a infância. Enquanto cursava o
ensino fundamental e o ensino médio
(entre outras escolas, foi aluno
do EEBA), Tiago começou a trabalhar
na empresa do pai com fotografias e
filmagens de formaturas, casamentos
e eventos.
“Eu trabalhava como cameraman
(operador de câmera) e no laboratório.
Na escola, não fui um gênio, mas
gostava de literatura, filosofia, música,
artes plásticas. No trabalho, eu
me dava bem com a câmera, mesmo
se minha mãe pensasse outra coisa.
Ela vivia dizendo que eu deveria olhar
minhas imagens para fazer melhor da
próxima vez”, revela.
E foi por meio dos pais que as Oficinas
Culturais chegaram até aquele
menino. “Meus pais me falaram da
Casa da Cultura, da Biblioteca Municipal.
Para eles, a educação era
muito importante. Comecei, pouco a
pouco, a me interessar pelos eventos
da Casa da Cultura. E um dia eles me
falaram das Oficinas de Teatro Lélia
Abramo. Sempre me apoiando, nós
fomos ver como eu poderia participar.”
Tiago frequentou a primeira Oficina
de Teatro Lélia Abramo. “Lembro-
-me de cada criação teatral, cada
bairro que visitamos, pois o objetivo
final era levar cultura para todos. A
ideia das oficinas Lélia Abramo foi
gigantesca”, afirma.
“Para mim, a Casa da Cultura foi
o coração cultural de Araraquara.
Graças às oficinas Lélia Abramo, conheci
outras maneiras de pensar e
viver. Passávamos a maior parte do
tempo estudando e produzindo peças
teatrais. Quando estávamos prontos,
saíamos para todo canto da cidade.
Araraquara respirava cultura”, lembra.
Depois de concluir as Oficinas e
obter o DRT (registro para trabalhar
na área), Tiago participou de um grupo
teatral que levou um projeto para
Paraty/RJ, sob acompanhamento de
Lauro Monteiro (artista plástico, produtor
cultural e secretário municipal
de Cultura naquela época). Foi ali que
a França cruzou seu caminho.
“Conheci muitas pessoas de horizontes
diferentes, mas com as mesmas
práticas, seja de teatro, seja
de cinema. Guardei contatos com
pessoas do Nordeste do Brasil, São
Paulo, Minas Gerais. Conheci uma
francesa que trabalhava para um canal
de televisão na França. Um novo
mundo que começava”, conta.
Depois de mais um período de
estudos, incluindo a língua francesa,
Tiago embarcou para a França. “O
cinema começou a tomar o lugar do
teatro e a França, o do Brasil. Pouco
a pouco, eu me encorajava a aprender
o francês e um dia trabalhar com
|32
esses homens que ‘inventaram o
cinema’”, revela. Tiago superou dificuldades
de adaptação e já está em
território francês há 15 anos (mora
em Nice).
“No cinema, encontrei facilidade
de trabalhar. Juntei um pouco de dinheiro
para entrar numa escola de cinema
e comprar meu próprio material
de edição de filmes. Eu me especializei
na parte da edição de filmes e filmagens.
Trabalhei em alguns festivais
de curtas metragens aqui na região
do sul da França”, afirma.
Entre os trabalhos realizados estão
um documentário sobre a Pré-
História, filmado na Tanzânia (África),
além de projetos em escolas, colégios
e universidades. Na televisão, Tiago
já fez filmagens de corridas de carros
e outros eventos.
No momento, ele trabalha na associação
Casa Doc, um local que tem
como objetivo mostrar a produção de
documentários brasileiros na França.
“O olhar francês sobre a produção
audiovisual brasileira mudou muito
por aqui. Depois de muitos anos de
pesquisa, constatei que são poucos
os projetos voltados para essa cultura
cinematográfica maravilhosa que é a
brasileira”, explicou.
Tiago trabalha nesse projeto associativo
desde 2016, junto com quatro
colaboradores. Eles têm parceria com
o festival Curta Brasília e, uma vez por
ano, organizam uma mostra de filmes
brasileiros. “Nosso próximo projeto
vai trazer o cinema paraibano para
a França no mês de maio”, afirma.
O profissional
durante
filmagem
de corrida
de carros na
França
Formado nas Oficinas Culturais, Tiago
Andrade (à esquerda) trabalha no cinema
francês. Sua história mostra que esse
trabalho se transforma em resultados
concretos, mas em momento algum, ele
deixa de enaltecer o apoio das pessoas
que conviveram com seus projetos
33|
ARTIGO
Law and Economics
Ubiratan Reis
Inovações do setor privado e no
setor público. Inevitabilidade?
Àqueles com um pouco mais experiência de vida se
lembraram do desenho The Jetsons. Lá no início dos
anos 1960 foi lançada a séria animada que projetava o
cotidiano de uma família futurista, que interagia com inúmeras
inovações tecnológicas, como os carros voadores,
aparelhos de televisão ultramodernos, ligações “telefônicas”
com imagem e voz, aparelhos eletrodomésticos
multifuncionais, serviços prestados por robôs etc.
Hoje em dia muitas daquelas previsões são meras
realidades.
É verdade, também, que muitas tecnologias são
fruto do exponencial investimento público em pesquisa
e desenvolvimento, mas, fato é que, quer queiram, quer
não, os ideais do setor privado têm cada dia mais dominado
a administração pública, sendo vetores para os
serviços prestados pelo poder público.
Por mais que as vozes clamem em alardear na precarização
das relações de emprego e opor embargos as
implementações de novas formas de trabalho, a ineficiência,
a precariedade e as falhas grotescas nas prestações
de serviços públicos incentivam cada vez mais a introdução
dos métodos privados de contenção de gastos e
maximização de resultados.
Neste contexto, observa-se que no Estado de São
Paulo vigora o Decreto nº 62.648/2017que tem o objetivo
de proporcionar benefícios ao Estado e aos servidores,
instituindo e disciplinando o teletrabalho, consistente na
modalidade de prestação da jornada laboral em que o
servidor ou empregado público executa parte ou a totalidade
de suas atribuições fora das dependências físicas
do seu órgão ou entidade de lotação.
Inegável que, diuturnamente, tanto o setor privado,
quanto o setor público, almejam alinhar flexibilidade na
jornada de trabalho com o aumento de eficiência na
produção de bens e serviços, diminuindo os custos fixos,
sem mencionar na busca por melhor qualidade de vida
dos colaboradores.
As reivindicações do mercado de trabalho estimularam
a busca de novas formas de prestação de serviço,
como solução de várias circunstâncias adversas, como
o tempo perdido e estresse decorrentes dos transtornos
dos congestionamentos do trânsito das cidades. Esses
males atingem os trabalhadores públicos e privados, sem
distinção ou preconceito.
No setor público, assim como no setor privado, os
resultados positivos de desempenho do teletrabalho se
apresentam manifestos. Tanto isto é verdade que, em
âmbito estadual, várias searas da Administração Pública
já apresentam projetos tendente a implantar os teletrabalhistas.
A Secretaria da Fazenda SEFAZ é um dos exemplos do
acolhimento e expansão do programa progressivo de teletrabalho,
que poderá atingir cada vez mais um número
maior de servidores, desde que atingidas as metas de
desempenho, avaliadas semestralmente. As unidades do
TIT - Tribunal de Impostos e Taxas e as unidades responsáveis
pelos processos judiciais do DDPE - Departamento de
Despesa de Pessoal são outras searas a aumentar essa
forma de trabalho.
Em um futuro, não muito distante, a Inteligência
Artificial aperfeiçoará vários serviços públicos, especialmente
aqueles mais burocráticos, que tanto atrapalham
o crescimento e desenvolvimento da País. Haverá, no
entanto, espaço para novas contratações (concursos
públicos) nos moldes tradicionais? Ou haverá uma diminuição
do quadro de servidores?
Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno. A sucessão
de profissões é inerente à evolução da sociedade e das
tecnologias, sendo que muitas profissões deixarão de
existir, para o surgimento de outras.
Não se pode deixar de apontar que a busca em
diminuir custos e despesas, inclusive enxugar a folha de
pagamento do Poder Público, não é novidade, tampouco
consequência das novas tecnologias. As tecnologias
podem, como qualquer outra ferramenta, serem utilizadas
para potencializar uma ideologia, modo de vida,
conceito de administração, etc.
Entender que estamos vivendo a realidade da família
Jetsons é compreender que o tempo é finito para nós,
mas não em si mesmo. Temos que conviver com o fato de
que as projeções de hoje serão a realidade de amanhã.
Quem não ficaria satisfeito se, com apenas uma leitura
biométrica, todas as certidões públicas fossem emitidas
em frações de segundo?
O setor privado e o setor público se entrelaçam em
alguns aspectos, um deles, sem dúvida, se consubstancia
na impotência e na vulnerabilidade de controlar as futuras
profissões e formas de trabalho, ou seja, o Estado e
a iniciativa privada devem conviver com a inevitabilidade
da mudança na produção de bens e serviço em razão
das inovações tecnológicas, para que possam, cada um
dentro do seu escopo, atender as necessidades daqueles
que os procuram na busca de serviço eficiente.
Ubiratan Reis é advogado tributarista/econômico e escreve para a
Revista Comércio, Indústria e Agronegócio (ubreis@gmail.com)
|34
SAUDADE
Padre Afonso: “O que fazemos em
vida é a conta que prestamos ao Pai”
A passagem do padre
José Afonso Savassa por
Araraquara não foi tão
longa, porém, o tempo
certo para nos dar uma
nova Igreja de Santa Cruz e
conquistar a cidade.
A morte do padre José Afonso Savassa,
que completaria 69 anos neste
dia 5 de março, para nós araraquarenses,
representa uma perda irreparável
por tão somente os 15 anos da
sua permanência em nossa cidade.
Quem perdeu mais ainda, foi a igreja
católica, para quem o padre Afonso
se dedicou uma vida toda.
Do seu nascimento em Tietê à sua
morte no Hospital Samaritano em São
Paulo nesta quinta-feira, foi um longo
caminho de paz, acima de tudo de
muito trabalho em prol de uma atividade,
que é a de sacerdote e que dia
após dia, torna-se tão rara e escassa
e aos poucos vamos perdendo den-
tro da religiosidade cristã as nossas
maiores referências.
Afonso nos seus 15 anos de permanência
em Araraquara foi símbolo
da proximidade entre a igreja e a população;
ajustou sua postura de sacerdote
aos costumes da nossa gente
e como se fosse por um encanto divino,
conquistou o carinho e o respeito
de cada um para pedir ajuda e assim
reformar a Igreja de Santa Cruz.
Ao deixar a marca do seu trabalho
num templo considerado tradicional
da cidade, peregrinou em sonhos
para que nós humanos nos aproximássemos
bem mais, uns dos outros,
como irmãos fraternos e fizéssemos
despertar a alegria de Deus pela vida.
Agora, o vazio da sua partida é o
silêncio que não gostaríamos de ter,
mas seus exemplos – principalmente
de conforto e esperança – haverão de
se perpetuar nas mãos da padroeira
da igreja entendida como a casa do
padre Afonso.
Se para nós, a restauração da
Padre Afonso nasceu
no Bairro da Cruz das
Almas, em Tietê (SP),
no dia 05 de março
de 1951, filho de José
Savassa e Leonilde
Milani Savassa. Ele
estava residindo na
Paróquia Santuário
São Geraldo Majella,
em Sorocaba, onde
ocupou o cargo de
pároco.
Em tratamento nos
últimos meses,
passou por uma
cirurgia na coluna e
depois de algumas
complicações foi
internado no Hospital
Samaritano, em São
Paulo, onde faleceu
às 11h do dia 27 de
fevereiro.
igreja foi a principal marca de sua gestão,
além da realização de inúmeros
eventos religiosos e sociais na comunidade,
devo confessar que haverá
de surgir exemplos de trabalho mais
belos ainda dentro do anonimato que
ele sempre procurou ter. “O que fazemos,
realizamos em vida, é a conta
que prestamos ao Pai”, disse um
dia, bem longe do que faz o homem
público disposto a uma grande festa
para somente inaugurar a colocação
de um cano d’água.
Se já foi triste sua partida 5 anos
atrás, imaginem agora a dor para os
que acompanharam sua caminhada
por mais de 50 anos, entendida como
uma dádiva divina desde seu noviciado
em 1971, quando professou os primeiros
votos de pobreza, castidade
e obediência além do juramento de
perseverança na Congregação do
Santíssimo Redentor, no dia 5 de fevereiro
de 1972. São declarações de
amor ao Pai, coisas que raramente
ouvimos nos tempos atuais.
35|
FATOS & FOTOS
DA REDAÇÃO
Professor visitante vai
atuar em Harvard
O professor Amadeu Moura Bego,
do Instituto de Química da Unesp -
Câmpus de Araraquara, foi convidado
para atuar como Professor Visitante
(Visiting Scholar) na Harvard Graduate
School of Education pelo período de
seis meses. O convite foi feito pela
professora Katherine Merseth e a
iniciativa será financiada com recursos
do programa BPE (Bolsa de Pesquisa
no Exterior), da FAPESP. Amadeu Bego
é docente do Instituto de Química da
Unesp, no câmpus de Araraquara, e
tem experiência na área de Educação,
com ênfase no Ensino de Química
e em Formação de Professores de
Química.
No ano de 2016, Amadeu participou
da 6ª Edição do Prêmio Professor
Rubens Murillo Marques, organizado
pela Fundação Carlos Chagas (FCC).
Professora Katherine Merseth, da Harvard
Graduate School of Education, o professor
Amadeu Moura Bego, do Instituto de
Química da Unesp e o professor Victor M.
Pereira, do Harvard Teachers Fellows
Naquele ano, o docente do IQ foi
condecorado com o prêmio de melhor
experiência educativa inovadora
para formação de professores da
educação básica brasileira. Em função
da premiação em 2016, Bego foi
convidado a participar da pesquisa
“Ensinando professores a ensinar: um
estudo sobre práticas formativas na
formação inicial docente”.
Nessa pesquisa, os pesquisadores da
FCC selecionaram nove estudos com
práticas inspiradoras com professores
de licenciatura brasileiros que
participaram do Prêmio.
SUBINDO DESCENDO Tudo certo...
O Ministro da Defesa
Nacional de Portugal,
João Cravinho em
fevereiro visitou a
Embraer em Gavião.
Foi apresentada a
ele uma nervura de
asa que representa
a primeira peça feita
em Gavião, para a
frota portuguesa. O
componente segue
para a linha de
montagem estrutural
com outras partes
da aeronave que já
estão em fabricação.
O ministro conheceu
a produção do
KC-390 Millennium,
aeronaves adquiridas
para a Força Aérea
Portuguesa.
A Azul, empresa
aérea que opera
no Aeroporto
Bartholomeu de
Gusmão, alterou
os dias e horários
de voos sem dar
explicações aos seus
clientes. Também
levou para as
alturas os preços
das passagens,
dizendo que a
comercialização
de seus bilhetes
varia de acordo
com sazonalidade,
trecho, compra
antecipada,
disponibilidade
de assentos,
entre outros.
Não agradou.
Durante sessão da Câmara
de Araraquara, em
fevereiro os vereadores
aprovaram por 11 votos
a seis, o projeto de
Lei Complementar nº
1/2020 que altera a Lei
Complementar nº 911,
que cria o Programa
Habitacional Organização
de Construção da
Autogestão – OCA,
acrescendo imóveis a
serem utilizados no Parque
São Paulo, Jardim Silvestre,
Jardim Ieda e Jardim das
Paineiras. Os terrenos
serão doados a famílias
que vivem com dificuldades
para construção das suas
casas. Não seria menos
oneroso se pagar prestação
de uma casa popular?
|36
Basalto, 22 anos depois, uma nova história
Prefeitura e o Daae vêm revitalizando o
Parque do Basalto, na zona leste da cidade,
abrangendo 65 mil metros quadrados. Em
fevereiro foi demarcado o traçado da nova
cerca de contenção e escavadas as primeiras
brocas de fundação dos suportes de madeira.
FRASE
Coca Ferraz
A “decadência” de Araraquara
está concentrada nos erros de
condução do governo, envolvendo
práticas administrativas
inadequadas, estratégias de
desenvolvimento equivocadas e
isolamento político. “Araraquara,
para garantir um futuro promissor,
precisa de um “choque político”.
Comentário do engenheiro Coca
Ferraz, ao nosso Portal RCIA, em
fevereiro, sobre a situação política
do município. Para ele, isso pede
mudanças radicais na forma de
administrar e nas estratégias de
desenvolvimento e, o que é vital,
bom relacionamento político com
os governos estadual e federal (o
que envolve, inclusive, a eleição
de deputados alinhados com os
governos estadual e federal)”,
Ponte dos Machados
Ponte dos Machados
Com rachaduras, a ponte do bairro
dos Machados, na Estrada Abílio
Augusto Corrêa, que liga Araraquara
a Guarapiranga, está parcialmente
interditada desde janeiro devido
ao aparecimento de rachaduras.
Edinho aguarda autorização para
contratação de emergência e viabilizar
a construção de nova ponte em quatro
meses.
OCA com novas áreas
Vereadores de Araraquara aprovaram
por 11 votos a seis, o projeto de Lei
Complementar nº 1/2020 que altera a
Lei Complementar nº 911, que institui
o Programa Habitacional Organização
de Construção da Autogestão – OCA,
acrescendo imóveis a serem utilizados
nos bairros: Parque São Paulo, Jardim
Silvestre, Jardim Ieda e Jardim das
Paineiras.
37|
TRADIÇÃO
CAMINHO DA FÉ
Festa para Nossa Senhora de Lourdes
O mês de fevereiro é um mês
de festa para a Paróquia São
José, pois celebra no dia 11
o dia de Nossa Senhora de
Lourdes que contempla o
bairro Jardim Tamoio.
De acordo com Ana Carina Colombo,
que faz parte da Pascom (Pastoral
da Comunicação da Paróquia de São
José em Araraquara, antes mesmo
do começo do ano, os paroquianos
já se mobilizam em prol da festa em
homenagem a Nossa Senhora de
Lourdes, em busca de patrocínios,
doações, venda antecipada do bolo
e divulgação.
Em fevereiro passado, como
ocorre todos os anos, a parte religiosa
contou com o tríduo em louvor a
Nossa Senhora de Lourdes nos dias
8, 9 e 10/02, que foi presidida pelo
Padre José Alfeu, contando com a presença
de muitos fiéis todas as noites.
“Para encerrar o tríduo, as crianças
da catequese que com muito carinho,
encenaram a história de Nossa Senhora
de Lourdes e Santa Bernadete,
ocorrida na França”, explicou.
No dia 11, dedicado a Virgem de
Lourdes, protetora dos enfermos,
durante todo o dia, fiéis de várias
partes da cidade, visitaram a igreja
para pedir saúde a algum ente, ou
até mesmo agradecer pelas graças
recebidas. “Contamos com a presença
do Padre Cristian Capellato para
celebrar a primeira missa (8h), com a
benção do bolo. A missa das 15h que
é dedicada aos enfermos, foi presidida
pelo Padre José Roberto Agostinho
que benzeu os fiéis, assim como os
remédios, água, roupas e fotos”, recorda
Ana Carina.
Na última missa do dia, o padre
José Alfeu saiu com a procissão pelas
Missa celebrada pelo padre Alfeu dentro do tríduo
ruas do bairro e com muita fé, os fiéis
carregaram os andores de Nossa Senhora
de Lourdes e Santa Bernadete,
pedindo proteção e saúde.
PROGRAMAÇÃO
A parte festiva, contou com show
de Marlon Oliveira no dia 8, que com
seu carisma, animou o público presente;
no dia seguinte a animação
ficou por conta da dupla Christian e
Eduardo, em mais uma quermesse.
Telma, Adilson,
Jair, Ana Carina,
Rivaldir e Padre
José Alfeu,
participantes
da comissão
organizadora da
festa em 2020
AGRADECIMENTO
Um dos organizadores da festa,
Adilson Custódio, em nome da diretoria,
agradece aos voluntários que
não mediram esforços para que o
evento alcançasse seus objetivos; às
equipes de cozinha, música, liturgia,
acólitos, coroinhas, ministros, catequese,
pascom e principalmente as
pessoas que prestigiaram o acontecimento,
demonstrando muita fé.
|38
INFORMATIVO
AGRO
N E G Ó C I O S
Edição: Março/2020
MISSÃO
A força do SENAR e Sindicato Rural
na capacitação dos trabalhadores
Entidades parceiras, o Senar
SP e o Sindicato Rural devem
fechar março com cerca de
50 cursos realizados em
três meses. Demonstração
de força na preparação de
trabalhadores rurais para um
mercado em expansão.
“Estamos cumprindo com a
nossa missão. Estamos vendo
ser o ensinamento, um recurso
fundamental para os produtores
e trabalhadores, um importante
instrumento para o sucesso da
aprendizagem a que se propõe o
nosso sindicato.”
O comentário feito pelo presidente,
Nicolau de Souza Freitas em fevereiro
parece definir não apenas a missão da
entidade junto aos seus associados e
produtores rurais; de uma forma mais
ampla, também mostra a visão do gestor
interessado em dar ao trabalhador
a oportunidade de crescer profissionalmente.
A manifestação de orgulho demonstrada
em suas palavras espelha o lado
positivo da gestão que ele realiza com
os companheiros de diretoria, pois o
sindicato com o apoio do Senar vai
atingir a marca de 50 cursos profissionalizantes
em menos de 90 dias, marca
histórica que tem uma característica social
profunda por contribuir com a qualidade
de vida dos que atuam no campo.
À direita
formação de
mais um grupo
de brigadistas
para combate
a incêndios no
campo
Acima, realização do
Curso de Operação
e Manutenção de
Tratores Agrícolas
À esquerda,
participantes do
Curso NR 31.8
39|
CAPACITAÇÃO
SENAR e Sindicato Rural promovem curso
de Doma Racional em Nova Europa
A capacitação prepara
trabalhadores que atuam
diariamente com cavalos.
Os alunos aprendem mais
sobre o comportamento do
animal, o perfil do domador,
equipamentos utilizados,
além de várias técnicas de
manejo.
Participantes do programa desenvolvido em Nova Europa pelo instrutor Altemar Venâncio
O bem-estar animal e a utilização
de técnicas de manejo adequadas,
dispensando o uso da força são as
bases do Curso de Doma Racional
de Equinos, oferecido pelo Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural, o
Senar-SP, juntamente com o Sindicato
Rural de Araraquara. O curso foi
realizado em Nova Europa, no final
de janeiro. A atividade faz parte da
grade de cursos programados com
antecedência pelo Senar e Sindicato
Rural, sendo requerida pela empresa.
O coordenador regional do Senar,
engenheiro agrônomo João Henrique
de Souza Freitas, visitou o local
onde ocorreu o curso e conversou
com os alunos sobre a importância
do manejo adequado. João Henrique
também destacou que atualmente, a
preocupação com o bem-estar animal
é crescente, daí a necessidade de
preparar os cavaleiros/vaqueiros ou
quem dos animais for precisar, para
o desempenho de alguma função na
propriedade.
“Hoje os animais são tratados a
partir do entendimento do bem-estar
animal; o público verá que o vaqueiro
tratará o animal com toda a sensibilidade
e de forma harmoniosa. A
intensão é que percebam o manejo,
tanto com o cavalo ou com a boiada”,
afirma o coordenador.
Os animais são bem tratados e
sem nenhum tipo de trauma. Para
tanto, no desempenho da atividade
no campo, os vaqueiros usam todos
os equipamentos de proteção.
Já o instrutor diz que a doma racional
é um processo onde o vaqueiro,
tratadores ou pessoas que queiram
O coordenador regional do Senar
durante visita feita ao local onde foi
realizado o curso (Rancho São José/
Haras do Júnior)
trabalhar com cavalo, precisam se
inteirar, pois ensina acima de tudo
o respeito com o animal, explorando
seu potencial sem agressões, em forma
de parceria. “Através do curso, o
aluno conhece todo o comportamento
do cavalo e aprende a tratá-lo com
respeito e fazer com que o animal
colabore. A doma ajuda na utilização
do animal para o trabalho, esporte,
equoterapia. É um curso importantíssimo
para que as pessoas se conscientizem
sobre a importância do
animal, ressaltou o instrutor.
Para os participantes, o curso serviu
para proporcionar mais profissionalismo
às pessoas que trabalham
com animais. “Muito importante esse
curso promovido pelo Senar que nos
possibilitou mais conhecimentos.
Para quem tem cavalos isso serve
também para que possam observar
melhor a forma como estão sendo
tratados”, disseram.
João Henrique explicou aos alunos
que o Senar é uma instituição de
Educação Profissional Rural voltada
para produtores e trabalhadores rurais,
que por meio de eventos educacionais,
trabalha em sintonia com as
exigências do mercado do trabalho.
|40
Sabendo da importância de ações
preventivas e com o objetivo
de sensibilizar o maior número
de pessoas, principalmente os
proprietários rurais, o Senar e
o Sindicato Rural promovem
programas de conscientização
que visam diminuir os possíveis
efeitos negativos da temporada de
estiagem em nossa região.
Mais um grupo de brigadistas foi formado na Usina São Martinho em Américo
TREINAMENTO
Usinas se preparam para
enfrentar a estiagem
Aplicar técnicas de prevenção
e combate prévio nos
locais de risco potencial de
incêndio, visando maior
segurança do meio ambiente
e dos trabalhadores, é o que
fazem o Senar e o Sindicato
Rural com seus cursos de
capacitação.
Na região de Araraquara, o período
de maio a setembro é considerado
crítico por causa da seca e, em consequência
disso, torna-se grande o
risco de queimadas, principalmente
em lavouras e propriedades rurais, diz
o instrutor do Senar SP, Henry Lopes.
Para ele, é importante discutir esse
tema conscientizando a população e
o produtor rural dos cuidados a serem
tomados diante dessa situação.
Aula prática na
São Martinho
capacitando os
colaboradores
para formação
de um novo
grupo de
brigadistas
Via de regra, os cursos organizados não
podem ter mais que 15 participantes
para que o grupo tenha índice maior de
aproveitamento
O instrutor durante aula teórica na Usina
São Martinho (Santa Cruz)
Durante o curso realizado na Usina
São Martinho (Santa Cruz), em
Américo Brasiliense em fevereiro, o
instrutor explicou que segundo dados
do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), em Araraquara
o número de incêndios no campo,
principalmente atacando os canaviais,
deve ser amenizado por conta
dos programas de capacitação que
são desenvolvidos pelas empresas,
sempre com o apoio do Senar e do
Sindicato Rural.
As queimadas na atualidade são
detectadas por satélite, ainda que
elas sejam na maioria das vezes provocadas
por ações criminosas.
O coordenador regional do Senar
SP, João Henrique de Souza Freitas,
tem a mesma opinião quanto a originalidade
das queimadas: “As usinas,
bem como pessoas conscientres sobre
os riscos de incêndios se preocupam
muito nesta época do ano, pois
além do prejuízo econômico, por destruir
áreas produtivas, pode provocar
danos ambientais com a morte de
animais silvestres, destruição de matas
nativas, alteração da paisagem,
erosão do solo, riscos às rodovias,
dentre outros prejuízos.
A aplicação da legislação vigente,
informações sobre os riscos de incêndios,
criação de brigadas e ações
preventivas, sobretudo em período de
seca, são cuidados essenciais para
evitar que o fogo fuja de controle.
Para o instrutor do Senar, os cursos
ora realizados têm fundamental
importância buscando minimizar a
quantidade de incêndios no campo
e evitando danos à natureza.
41|
LEGISLAÇÃO
Curso mostra
o uso correto
e seguro do
agrotóxico
Trabalhadores que
manuseiam agrotóxicos
receberam durante curso
organizado pelo Senar SP e
Sindicato Rural, orientação
sobre as determinações da
Norma Regulamentadora 31
(NR-31.8 do Ministério do
Trabalho). Toda atividade foi
feita de forma gratuita.
Uma nova turma que adquire conhecimentos sobre a NR 31.8, recebendo conhecimento
sobre organização, segurança, descarte e várias outras coisas
Vários alunos participaram do
treinamento do Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (Senar SP) e
Sindicato Rural de Araraquara sobre
a NR 31.8 - Segurança no Trabalho
Aplicação de Agrotóxicos realizado na
Usina Santa Cruz.
O treinamento com duração de
três dias foi ministrado pelo instrutor
Clóvis Colete. Segundo ele, “o objetivo
desse treinamento é garantir a integridade
física e a saúde do trabalhador
relacionado com os agrotóxicos. Isso
em todas as etapas como transporte,
aquisição, manuseio, armazenamento
e aplicação”, disse o instrutor.
“Esses alunos estão aprendendo
a fazer o levantamento crítico da atividade,
conhecendo os riscos que os
agrotóxicos oferecem e a partir dai
conseguir se proteger. O curso não
ensina o aluno a operar um autopropelido,
um trator ou fazer uma dosagem,
mas sim, todas as técnicas de
segurança para se trabalhar com os
agrotóxicos”, complementou o instrutor.
Já o engenheiro agrônomo João
Henrique de Souza Freitas que é
o coordenador regional do Senar
que acompanhou o curso, lembrou
que essa capacitação é voltada aos
produtores rurais e trabalhadores
que utilizam agrotóxicos durante o
Os participantes do
curso que durante
três dias tiveram
conhecimentos
técnicos e
metodológicos
por meio de aulas
teóricas e práticas
com o objetivo de
terem a certificação.
processo produtivo em suas lavouras,
independente do equipamento
(pulverizadores costais e tratorizados
etc.) utilizado para o controle de plantas
invasoras ou combate de doenças
que possam aparecer durante o ciclo
da cultura.
APRENDIZADO
Com abordagens teóricas e práticas,
que envolvem desde a aquisição
dos produtos, transporte, armazenamento,
classificação toxicológica, preparo
dos produtos (calda), rotulagem,
interpretação da bula do produto,
sinalização com período de entrada,
período de carência, formas de
exposição direta e indireta, Equipamentos
de Proteção Individual – EPI,
regulagem, deriva, sinais e sintomas
de intoxicação e noções de primeiros
socorros entre outros.
Todas as informações estão numa
cartilha que foi entregue gratuitamente
aos participantes da capacitação
que posteriormente servirá para sanar
dúvidas após o treinamento. As
inscrições e também o curso são gratuitos,
numa importante ação social
do Senar e do Sindicato Rural.
|42
43|
O planejamento é
um aliado para que
o empresário rural
fortaleça seus negócios, é
o que indica o Programa
ProLeite
NOVOS RUMOS
ProLeite promove
grande melhoria na
produtividade leiteira
Fevereiro marcou a implantação do Programa
ProLeite em Araraquara, criado com o intuito de
ensinar a reduzir o custo de produção sem perder
a qualidade do produto, evitando o desperdício e
consequentemente melhorando a renda do agricultor.
Durante os cursos realizados pelo
Senar SP e o Sindicato Rural de Araraquara
são muitas as histórias contadas
e que conseguiram dar novos
rumos à vida dos trabalhadores.
Das pequenas propriedades em
assentamentos como o Monte Alegre
e Bela Vista, são comuns os casos de
luta e desafios de pessoas que partiram
para um novo projeto de vida,
tirando do papel antigos sonhos de
viver do campo e trabalhar com a
pecuária leiteira.
Em lugares assim a construção de
um curral para abrigar um pequeno
rebanho já é o começo de tudo, explica
um dos participantes do Programa
Proleite instituído pelo Senar e aplicado
em Araraquara pelo Sindicato Rural.
Para ele, o que era apenas sonho,
ganhou vida.
Mas para a maioria destes pequenos
produtores rurais, falta transformar
o investimento em uma razoável
Araraquara possui centenas de pequenas propriedades,
principalmente nos assentamentos Bela Vista e Monte
Alegre, além de sítios que podem contribuir na
formação de uma bacia leiteira
O Senar e o Sindicato
Rural vêm buscando
através do ProLeite, novas
técnicas de orientação
que ajudam a diminuir os
gastos com a atividade
e, ainda, aumentam
a produtividade. A
produção de leite é uma
das atividades rurais
mais importantes para a
agricultura familiar, pois
garante uma renda mensal
fixa para o produtor.
Por isso um curso como
esse é muito importante,
por trazer o que tem de
mais atualizado para
os produtores do nosso
município.”
Nicolau de Souza Freitas
Sindicato Rural de Araraquara
|44
propriedade produtora de leite, pois
a atividade precisa se tornar fonte de
renda e sustento.
Por essa razão, comenta o presidente
do Sindicato Rural de Araraquara
e conselheiro do Senar SP, Nicolau
de Souza Freitas, é que foi criado o
ProLeite, um programa que capacita
pequenos produtores no manejo intensivo
de produção de leite a pasto,
visando aumentar a produção e diminuir
os custos da propriedade.
PROGRAMA
O ProLeite foca os pequenos produtores
de leite; o programa existe
desde 2007 e já atendeu dezenas de
pequenos produtores rurais da região
de Araraquara. “A importância da
pecuária leiteira para nossa região é
muito grande. A maioria das propriedades
rurais é de tamanho pequeno
e muitas delas juntas podem se transformar
em uma bacia leiteira”, relata
o presidente do Sindicato Rural.
Ele comenta que, mesmo quando
um produtor possui conhecimento,
ele precisa de reciclagem e novos
aprendizados para melhorar os resultados.
“O intuito é fixar o produtor
rural no campo, com bem-estar físico,
financeiro e social”, diz Nicolau, orgulhoso
com o sucesso do programa.
Sítio Santa Inez,
no Assentamento
Monte Alegre,
propriedade
escolhida para
realização do
Programa ProLeite
em Araraquara
O programa do Senar AR/SP tem
duração de 10 meses. O Sindicato Rural
seleciona os produtores de leite
do município e, dentre eles, é escolhida
uma propriedade junto com o
instrutor, onde todos os módulos do
curso ocorre, para que os participantes
possam exercitar os conceitos na
prática e acompanhar a transformação
do local.
Os 16 módulos do ProLeite abrangem
planejamento e gerenciamento
de uma propriedade leiteira, plantação
e manejo do canavial, plantio de
pastagem de inverno, sistema de irrigação,
construção de cerca elétrica,
divisão dos piquetes para pastagem
rotacionada, alimentação, manejo
reprodutivo, manejo de ordenha, sanidade
animal, formação e manejo
de pastagens e controle de qualidade
do leite.
No dia 4 de fevereiro aconteceu a
a parte de sensibilização do programa
e sua implantação ocorreu no período
de 10 a 19 de fevereiro, já integrada
ao Módulo 1, ficando todo trabalho
sob a responsabilidade da instrutora
Mara Cristina Setti, que é zootecnista.
A coordenação é do engenheiro
agrônomo João Henrique de Souza
Freitas.
São pequenas propriedades,
contudo, com a capacitação
através do programa, elas
poderão se transformar
em fonte de renda para a
agricultura familiar
45|
Fazendo a limpeza das peças
Aula prática na Usina Santa Fé para mostrar a eficiência do trabalhador capacitado
A ROÇADEIRA
Com tanta chuva, mato
e grama vão nas alturas
Pode parecer uma atividade bem simples, no entanto, operar
uma roçadeira exige conhecimento e ver também no seu uso
a necessidade de cautela e segurança. Com isso, conquistar a
oportunidade de estar no mercado de trabalho.
No final de janeiro, em meio às
chuvas constantes e pesadas, o Senar
SP e o Sindicato Rural de Araraquara
organizaram na Usina Santa
Fé, curso de capacitação para trabalhadores
que atuam com roçadeiras
Conhecendo a máquina por dentro
laterais. Todo trabalho de orientação
se destinou a saber operar com a máquina,
bem como mantê-la em bom
estado de funcionamento.
“A roçadeira é uma máquina portátil,
utilizada no corte de diversos tipos
de vegetação, podendo ser elétrica
ou à combustão. Possui tecnologia
suficiente para realizar com eficiência
diversas atividades, explicou o instrutor
do Senar SP, Valmir Félix Pinto.
O curso realizado contou com a
parte teórica e, principalmente, a
prática, na qual os alunos têm que
desmontar, limpar, montar e operar a
roçadeira. A limpeza das peças, bem
como o uso correto das ferramentas
e quais os EPI’s (Equipamentos de
Proteção Individual) devem ser utilizados,
garantindo que o trabalho seja
feito de forma mais eficiente e segura.
Dentro do conteúdo programático,
os participantes do curso receberam
ensinamentos interessantes como
conhecer a roçadeira, ter noções relacionadas
à saúde e segurança no
trabalho, manutenção do equipamento
e assimilar conhecimentos para
operar a roçadeira com segurança e
eficiência.
MERCADO DE TRABALHO
A cada dia as leis ambientais e
trabalhistas avançam mais um passo
na defesa do meio ambiente e dos
direitos e deveres do trabalhador. O
curso realizado na usina foi de suma
importância para o uso correto e seguro
do equipamento, que além de
aumentar a produtividade do serviço
de limpeza de áreas infestadas por
plantas invasoras, tem papel importante
como fonte de renda e alternativa
à crise econômica que enfrenta
o país com a falta de empregos fixos,
acrescentando segurança à saúde do
operador e garantindo um serviço de
qualidade certificada.
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CURSOS - MARÇO 2020
• PROLEITE - CANA-DE-AÇÚCAR - FORMAÇÃO
DO CANAVIAL (MÓDULO II)
02 a 03/03 - Local: Araraquara
• APRENDIZAGEM NA CULTURA DE CANA-
DE-AÇÚCAR - USINA SANTA FE - MANHÃ -
2019_2020 - MÓDULO VII
02 a 31/03 - Local: Nova Europa
• APRENDIZAGEM NA CULTURA DE CANA-
DE-AÇÚCAR - USINA SANTA FÉ - TARDE -
2019_2020 - MÓDULO VII
02 a 31/03 - Local: Nova Europa
• PROLEITE - MANEJO INTENSIVO DE
PASTAGEM (MÓDULO III)
09 a 24/03 - Local: Araraquara
Participantes do curso que aconteceu na Fazenda Agrol Agropecuária em Boa Esperança
PRODUÇÃO
A importância da empresa
possuir bons profissionais
Ter profissional capacitado na atualidade é uma exigência
do mercado produtor, pois está provado que a maioria dos
produtores, principalmente os que não fazem treinamento
para qualificação dos operadores, chegam a perder de 5 a
10% na colheita de grãos
Um grupo de trabalhadores rurais
que opera máquinas agrícolas participou,
em Boa Esperança do Sul, do
curso “Operação e Manutenção de
Colheitadeira Automotriz - Soja”, por
pelo menos quatro dias. As aulas práticas
e teóricas foram coordenadas
pelo instrutor Francisco de Arruda.
Ele diz que o treinamento teve
como objetivo levar informações sobre
segurança no trabalho, maneira
correta de corte da lavoura, manutenção
diária da máquina, as regulagens
corretas para cada grão, limpeza após
a utilização e outros.
Segundo Francisco, a colhedora
de grãos é uma máquina que faz o
corte e o processamento dos cereais
como milho, feijão, soja, aveia e trigo.
Ela fecha o ciclo do plantio da lavoura.
Ele conta que muitas vezes o produtor
rural faz um bom plantio, usa a melhor
semente, o melhor adubo e o melhor
defensivo e quando chega a hora
colher o grão não faz uma regulagem
precisa e eficiente, o que ganha no início
acaba perdendo no fim. “No curso
eles aprendem a fazer as regulagens
e a operação da colhedora visando
sempre a segurança do trabalho e evitando
perdas dos cereais colhidos”,
explica o instrutor.
A colheita é a operação mais importante
no processo de produção. E
a utilização de máquinas, como a colhedora
de grãos, requer muita habilidade
e ajustes que são repassados
durante o curso. A eficiência se baseia
na produtividade por hectare; e o índice
aceitável de perda é no máximo
de 2%, com a máquina bem regulada.
Para o instrutor, o curso organizado
pelo Senar SP e o Sindicato Rural de
Araraquara é muito válido e um dos
melhores da mecanização agrícola.
Com o avanço da tecnologia, as
empresas buscam o aperfeiçoamento
do seu trabalhador. Ao mesmo tempo,
estes profissionais acabam se qualificando
e tendo acesso mais fácil ao
mercado de trabalho.
• AGROTÓXICOS - USO CORRETO E SEGURO
- NR 31.8
10 a 12/03 - Local: Gavião Peixoto
• INCÊNDIO - PREVENÇÃO E COMBATE NO
CAMPO - TÉCNICAS
12 a 13/03 - Local: Américo Brasiliense
• TURISMO RURAL - OPORTUNIDADES DE
EMPREENDIMENTOS (MÓDULO I)
12 a 27/03 - Local: Araraquara - Sítio 3 Ramos
• FEIRA DO PRODUTOR RURAL -
INTEGRAÇÃO
16/03 - Local: Araraquara
• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE TRATORES
AGRÍCOLAS
16 a 20/03 - Local: Gavião Peixoto
• ROSA - MANEJO E TRATOS CULTURAIS
19 a 21/03 - Local: Araraquara - Sítio 3 Ramos
• LIDERANÇA DE EQUIPES - TÉCNICAS
23/03 - Local: Américo Brasiliense - Departamento
do Desenvolvimento Econômico
• FEIRA DO PRODUTOR RURAL -
SENSIBILIZAÇÃO
23/03 - Local: Araraquara - Sítio 3 Ramos
• SEGURANÇA EM MÁQUINAS E
IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS - NR 31.12
23 a 25/03 - Local: Américo Brasiliense
• OPERAÇÃO E MANUT. DE MOTOSSERRA
23 a 25/03 - Local: Nova Europa
• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE TRATORES
AGRÍCOLAS
23 a 27/03 - Local: Gavião Peixoto
• CANA-DE-AÇÚCAR - PRODUTOS
AGROINDUSTRIAIS COMO FORMA DE
AGREGAÇÃO DE VALOR
26 a 27/03 - Local: Araraquara - Canasol
• SEGURANÇA EM MÁQUINAS E
IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS - NR 31.12
26 a 28/03 - Local: Américo Brasiliense
Coordenador SENAR/SP Araraquara:
João Henrique de Souza Freitas
47|
NOTÍCIAS
CANAS
L
EDIÇÃO MARÇO | 2020
AGENDA
Em Brasília diretores da Canasol
participam de reunião na CNA
Representada por dois
dos seus diretores, a
Canasol mostra sua
representatividade na
discussão de assuntos
do setor canavieiro
Em fevereiro, o presidente da
Canasol Araraquara, Luís Henrique
Scabello de Oliveira e o seu diretor
Jorge Piquera, juntamente com José
Ricardo – assessor técnico da Feplana,
participaram de reunião na CNA –
Confederação Nacional da Agricultura
– para tratar da Lei Geral de Proteção
de Cultivares e da produção de insumos
biológicos nas fazendas.
Após o encontro na CNA, Luís Henrique
e Jorge Piquera estiveram com
Alexandre Alves, diretor da Embrapa
Agroenergia tratando de inovação e
tecnologia para a cana. Em seguida,
estiveram na Câmara dos Deputados,
onde se encontraram com o deputado
federal Arnaldo Jardim, presidente da
Frente Parlamentar pela Valorização
do Setor Sucroenergético, para falar
sobre o RenovaBio e outras questões
do Agro.
Jorge Piquera Lozano e Luís Henrique Scabello de Oliveira na CNA
Jorge e Luís Henrique no encontro com o deputado Arnaldo
Jardim na Câmara Federal
Diretores da Canasol estiveram com Alexandre Alves, diretor
da Embrapa
|48
EVENTO
Canasol e Cimoagro
promovem Dia de
Campo em Trabiju
Encontro de variedades e tecnologia
para a cana-de-açúcar
Associados da Canasol participaram
em 11 de fevereiro do Dia de
Campo promovido em parceria com a
Cimoagro em Trabiju-SP. O destaque
ficou por conta das principais características
de variedades expostas e
novas tecnologias para o cultivo de
cana-de-açúcar.
O engenheiro agrônomo Lautinê
Antonelli (Tone) da Canasol, diz que a
locação correta de variedades é um
fator essencial para o sucesso do
plantio de cana-de-açúcar. “Qualquer
erro durante essa operação poderá
custar caro e todo o investimento realizado
será perdido, pois a cultura não
conseguirá expressar plenamente
seu potencial produtivo, acarretando
o replantio extremamente precoce.
Ele lembra que as variedades
Produtores de
cana ouviram
com grande
interesse
os temas
apresentados
Variedades de cana com as mais avançadas tecnologias
de cana não fazem nada sozinhas:
“Precisamos colocá-las no local certo,
ter um manejo adequado e respeitar
Canasol na Copla Campo
suas características. Fazendo isso,
podemos alcançar o máximo do potencial
das variedades”, afirma Tone.
A Canasol esteve presente em Piracicaba na Copla Campo 2020, feira promovida
pela Coplacana, que reúne as melhores empresas do agronegócio
e apresenta aos produtores rurais as novidades em serviços, produtos e
tecnologias
Recinto da Copla Campo, feira que
foi realizada no período de 10 a 13
de fevereiro na Unidade de Grãos
da COPLACANA em Piracicaba. O
evento chegou este ano com área
permanente de 21 hectares (cerca
de 210 mil metros quadrados) com
estandes/espaços demonstrativos e a
participação de 75 empresas
49|
SEU NOME ESTÁ NA RUA
SAMUEL BRASIL BUENO - IN MEMORIAM
UBIRAJARA CALDAS
Uma vida dedicada à
psiquiatria em Araraquara
Ubirajara Caldas nasceu em
Ribeirão Bonito (SP) no dia 16 de
dezembro de 1933, tendo adotado
Araraquara para sua moradia e os
elevados misteres de sua profissão,
a medicina.
Filho de Arthur Barbosa Caldas
e de Christina Sanches Caldas.
Eram seus irmãos: Arthur, Darwin,
Amadeu, Ruy, Aracy, Eglantina,
Deuseana e Elizabeth.
Seu pai, proprietário de uma
fazenda na cidade de Ribeirão Bonito,
resolveu no início da década
de 40 se mudar para Araraquara,
onde os filho teriam melhores oportunidades
de estudos.
Ubirajara, o caçula dos filhos
homens, fez seus primeiros estudos
no Grupo Escolar Pedro José Neto,
o ginasial e o colegial no IEBA - Instituto
de Educação Bento de Abreu.
Desde sua juventude, através de
suas atitudes, Ubirajara sinalizava
que o futuro viria a ser um grande
profissional de área de saúde.
Na época era um jovem diferenciado,
demostrando enorme
liderança entre seus amigos de mocidade
e que frenquetavam as brincadeiras
do mesmo jardim (Jardim
do Costa).
Inteligente e dinâmico, além
dos estudos também gostava de
jogar futebol, tendo sido excelente
goleiro. Jogava não só no time da
escola, como também no time que
organizou e liderou no Jardim do
Costa. Esse time chamava-se Portuguesa
e seus jogos, na maioria das
vezes, eram disputados no campo
do Paulista (onde hoje encontram-
-se instalados o Senac e o Fórum
Ubirajara e a esposa Nilma
Ubirajara Caldas
de Araraquara). Na época todos
tinham seus apelidos e Ubirajara
era mais conhecido por “Sunico”.
Eram seus companheiros de equipe,
entre outros: Hugo Salinas Fortes
(Simão), Jarbas Toloi (Jarbinha),
Carlos Augusto Ribeiro da Silva
(Carlinho Jajá) e outros.
Tempos depois Ubirajara mudou-se
para São Paulo, onde ingressou
na Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo
(USP), diplomando-se em Medicina
com a turma de 1963, especializando-se
em Psiquiatria. No ano
seguinte, em 1964, fez estágio em
universidade na Alemanha, Espanha
e Estados Unidos.
O nosso biografado prestou
concurso público e foi aprovado
para exercer as funções de médico
psiquiatra no Hospital do Ser-
Time vencedor do Torneio Início do
Colégio Estadual de Araraquara, em
1950. Em pé: da esquerda para direita:
Montinho, Alan Kardec, Hugo Botter,
Ubirajara (goleiro), Jocílio, Gláucio, Deres
Marques, Pedro Schiavon, José Brown e o
auxiliar de juiz João Batista. Agachados,
na mesma odrdem: Luiz Tsuha, Rui Carlos,
Valdemar, Hugo Fortes, Carlos Augusto e
Jarbas Toloi
|50
Time da Portuguesa em um dos canteiros do “Jardim do Costa”,
em foto de 1949. Ubirajara é o segundo agachado,
da esquerda para a direita
Os familiares juntamente com o prefeito Edinho Silva,
na cerimônia de inauguração do CRASMA
vido Público Estadual entre 1968 a
1969.
Ubirajara Caldas casou-se na
cidade de Rio Claro, em 22 de abril
de 1967, com a senhorita Maria
Nilma Deloroso, filha de Nicolino
Deloroso e de Alice Nunes Delororo.
O casal teve dois filhos: Ubirajara
Caldas Filho, falecido ainda na
juventude e Cristina, casada com
Arnando Smirne Júnior, pais de
Diego, Gabriel e Pedro.
Ubirajara foi diretor-clínico da
Casa de Saúde “Bezerra de Menezes”,
de Rio Claro, de 1968 a
1970, cidade onde também residiu
por algum tempo.
Em Araraquara, exerceu como
médico psiquiatra suas funções no
INAMPS e INPS como médico perito.
Foi, juntamente com o Dr. Antonio
Andrade Santo, fundador do
Instituto Araraquarense de Psiquiatria,
tendo sido seu diretor clínico de
1970 a 1993.
Também foi médico perito da
penitenciária estadual de Araraquara,
admitido por concurso,
exercendo suas funções de 1998 a
2006.
Dr. Ubirajara Caldas teve durante
seus 40 aos de trabalho inúmeros
cursos realizados, trabalhos
publicados e participação em congressos.
Estudioso e dedicado, dominava
três idiomas (inglês, francês e espanhol).
Além
de médico,
A família, da
esquerda para
a direita: o
neto Diego, o
genro Arnaldo
Smirne Júnior,
o neto Pedro,
a filha
Cristina,
a esposa
Nilma e
o neto
Gabriel
era bacharel em Direito, formado
com a turma de 1989 da Uniara.
Ubirajara Caldas faleceu aos
72 anos, no dia 8 de setembro de
2006, em São Paulo, estando sepultado
no Cemitério São Bento.
depois de 42 anos de exercício da
medicina, deixando um exemplo de
dedicação à profissão e a família.
Sua esposa dona Maria Nilma, reside
em nossa cidade, cercada do
carinho de sua filha, genro e netos.
SEU NOME ESTÁ NA RUA
Seu nome está na rua através do Projeto de Lei
n° 223/08, que denomina “Dr. Ubirajara Caldas”
o Centro de Referência Ambulatorial de Saúde
Mental Adulto de Araraquara - CRASMA, localizado
na Avenida Alfredo Coelho de Oliveira, esquina
com a Rua Gavião Peixoto, no bairro Quitandinha,
nesta cidade.
51|
Victorinho Barbugli
na Alameda Paulista
VELHOS TEMPOS, BELOS DIAS
SALVATORE AMATO
PREPARADOR DE MOTORES E SONHOS
Quando em Interlagos naquele dia cheguei, meu mundo transformou-se em sonhos, eu
me beliscava, abria e fechava meus olhos para ter certeza que eu estava ali, olhava para o
autódromo e só enxergava um templo sagrado de dimensões continentais, com imagens,
instalações, fotografias e uma acústica emocionante de ouvido absoluto que pelas entranhas
da minha alma se alojaram em definitivo. Tudo maravilhoso.
Quando vi Salvatore Amato de
muito pertinho fiquei um tanto estupefato,
mistura de perplexidade e
admiração. Aquele senhor da capital,
que eu de nome tanto conhecia,
tinha o rosto com a forma de um
índio guerreiro, os cabelos já grisalhos
como de meu pai e o corpo com
pequeno sobrepeso de Eduardo Luzia,
araraquarense radicado em São
Paulo e de prestígio similar no meio
do motociclismo nacional. Amato, de
aproximados 1,70 metro de altura, de
macacão preto e capacete nas mãos,
era naquele instante inquieto, conversava
e gesticulava com sotaque “italianado”,
e para sua equipe descrevia
com tamanha desenvoltura a performance
de sua motocicleta, falando
de virtudes e defeitos, vantagens
e desvantagens, aproveitamento e
desempenho de trechos alternados,
que eu fiquei ali imobilizado. O que eu
mais queria na minha vida, naquele
momento, era isso mesmo, estar ali.
Não enxergava nada do mundo exterior,
não tinha saudades de ninguém,
não me lembrava de mais ninguém,
apenas queria ouvir, aprender, observar
seus trejeitos para no futuro
Texto: Benedito
Salvador Carlos,
o Benê, com a
colaboração
de Leandro
Pardine e Deives
Meciano
também imitá-lo. Ele, naquele fim de
semana, competia com uma Ducati,
prateada, 900 cc, 2 cilindros em L,
um verdadeiro foguete, marca que eu
tanto conhecia, pois também tinha
uma, ainda que com “somente” 250
cc, mas que embasava meu aprendizado.
A Ducati é uma motocicleta
única, tem o som diferente, a batida
do motor descompassado que aparentemente
parece desregulada, um
bam, bambam, bambambam, bam,
som que só arredonda quando o contagiro
cruza os 4.000 RPM, enlouquecendo
quem estiver por perto.
|52
Nas suas mãos aquele canhão
parecia domesticado. Ele abria o acelerador,
e no tempo certo, colocava
as marchas com tamanha precisão,
que o som emitido tomava o autódromo
como se um avião andando no
asfalto e estivesse prestes a decolar;
e eu ali, abismado, vendo aquele
piloto diferente que guiava à moda
antiga, com a moto nas mãos presa
com braços, pernas e talento absoluto.
O estilo era do super campeão
Giacomo Agostini, a tocada serena
que aos meus olhos tinha um pouco
dos meus ídolos Eduardo Luzia e
Olimpio Bernardes Ferreira Neto, ou
quem sabe, os dois, mais jovens, é
que tinham um pouco cada um daquele
gênio já cinquentão.
MOTORES ESPECIAIS
José da Penha Moreira
Amato foi um preparador de motores
muito especial de motocicletas
e de carros também e era muito
representativo para o Moto Clube
Araraquara. Em princípio, só nossa
equipe é que o adorava, com o tempo,
quando ele também percebeu o
tamanho talento no desenvolvimento
de motores que aqui existia em José
da Penha Moreira, Adolpho Tedeschi
Neto, Dario Pires e Zé Faito, foi também
oferecendo reciprocidade em
conhecimentos técnicos, tornandose
íntimo de situações que o tempo
foi oferecendo. Como piloto, foi de
Eduardo Luzia, Victorinho Barbugli,
Olimpio Bernardes Ferreira Neto e
Evaldo Salerno um ferrenho competidor.
A corrida foi se desenvolvendo e
acho que ele venceu, o que para mim
não fazia diferença nenhuma; vencendo
ou não, eu é que me
sentia ganhador, vivendo
um dia para sempre, um dia
que na minha memória teve
sol brilhante, céu de brigadeiro,
temperatura amena,
abraços, gritos, euforia,
risos e sonhos. Sem qualquer
surpresa, terminou
como Campeão Paulista
na categoria esporte livre
da temporada.
Velhos Tempos...
Belos Dias...
Dr. José Wellington Pinto e
Salvatore Amato
53|
Começo da carreira da
Banda Skip-Jack em uma
das suas apresentações:
Murilo, Gustavo “Frank”,
Igor e Danilo num tempo
de belas recordações da
juventude
Série
Bandas e
Grupos Musicais
da Cidade
Texto
Juraci Brandão
de Paula
BANDA SKIP-JACK
Nos anos 90 a explosão
dos jovens roqueiros
Quem já ouviu falar de quatro roqueiros que tomaram gosto
pelos palcos e sacudiam as noites da cidade por muitos anos?
De qualquer forma a passagem deles pela história musical
da cidade nos faz mergulhar no passado, trazendo a emoção
das grandes apresentações.
Foi em 1994 que os irmãos Danilo
e Murilo Romano, juntamente com o
primo Igor Guzzi, recém chegado de
Concórdia - SC, começaram a tocar os
primeiros acordes juntos. A primeira
música foi “Purple Haze”, do mestre
Jimi Hendrix. Então, percebendo que
existia sintonia musical entre eles,
passaram a ensaiar periodicamente.
No início de 1995, o músico Anibal
Angelo Romano (pai dos irmãos
Romano) os encaixou em um dos
intervalos do baile que tocava com
o extinto Musical Sweet Memory, no
Clube 27 de Outubro, quando apresentaram
3 músicas dos Beatles e
uma do Creedence Clearwater Revival.
Logo em seguida, também se
apresentaram no intervalo de outro
baile, dessa vez no Clube Estrela.
A partir daí, passaram realmente
a dedicar tempo ao grupo, e convidaram
o amigo de escola, Gustavo
Frigieri, conhecido como “Frank”, a
se juntar à banda como vocalista. O
quarteto estava formado e, por sugestão
do novo integrante, escolheram o
nome “Skip-Jack” (João Bobo).
Com um repertório calcado no
Classic Rock, tocando músicas de
bandas como Deep Purple, Black
Sabbath, Kiss, Led Zeppelin, Rush,
O tempo correu
para Danilo, Igor,
Murilo e Gustavo
“Frank” que hoje
vivem cada qual o
seu caminho
|54
Iron Maiden, e também alguns sucessos
da década de 90, como UIgly Kid
Joe, Bad Religion, entre outros, passaram
a se apresentar regularmente
na cidade.
Tocavam em, praticamente, todas
as festas da Unesp, no Bar do Zinho,
Carbono 14, eventos do Father Zine,
além de terem se apresentado no
Clube Araraquarense, Melusa e na
Facira.
Eram também muito requisitados
em toda a região, e se apresentavam
frequentemente em locais como o
Two Cats Pub (Monte Alto), Companhia
Paulista (Rio Claro), entre outros.
Pela ordem os quatro companheiros durante ensaio: Murilo, Danilo, Igor e Frank
O TEMPO FOI ANDANDO
Alguns anos depois o quarteto
passou a compor suas próprias músicas.
Em meio a inúmeros testes e
experimentações, conseguiram chegar
em um som com o qual os quatro
músicos se identificavam e, a partir
daí, começaram a também tocar suas
próprias músicas nos shows.
Participaram e foram vencedores
de um festival de música na cidade de
Matão, em 1997, concorrendo com
bandas de diversos estilos musicais.
Para bater os concorrentes que tocavam
músicas populares do momento,
como sertanejo e reggae, a Skip-Jack
apostou na qualidade musical e no
elevado nível técnico individual. Tocando
músicas complicadas de bandas
como o Rush, além de vocais singulares
e improvisações matadoras,
os jurados se renderam e tiveram que
premiar o rock‘n roll!
Foi então que decidiram, em
1998, entrar em um estúdio para
gravar duas de suas composições.
Era a primeira vez em um estúdio e
os jovens garotos araraquarenses, já
mostravam uma responsabilidade
enorme. Gravaram em São Paulo, no
extinto MG-11 Studio, de propriedade
dos irmãos Andria e Ivan Busic, da
internacionalmente aclamada banda
“Dr. Sin”. Sob a supervisão de ambos
- dois dos músicos mais respeitados
do país - a “Skip-Jack” gravou duas
músicas: “Surpass” e “Slave Of Fate”.
O cantor Gustavo “Frank” quando da
gravação do primeiro CD com duas
músicas no conceituado MG-11 Stúdio
em São Paulo
CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE
O guitarrista Murilo O baterista Danilo O baixista Igor
55|
À esquerda os componentes da banda
gravando o primeiro CD em São Paulo; na
foto eles estão ao lado do técnico de som
da gravadora
O TEMPO FOI ANDANDO
Murilo diz que revistas especializadas
em rock publicaram artigos
comentando sobre as músicas e a
banda, inclusive se curvando ao talento
dos meninos araraquarenses.
Como exemplo, a Revista Planet Metal,
na sua edição ano 1, número 2,
página 50 em 1998, publicou nota
sobre a “Skip-Jack” com a seguinte
frase: “A primeira coisa que chama
a atenção nessa banda do interior
paulista é a ótima participação do
guitarrista Murilo Romano, que em
breve será um dos grandes nomes
nesse instrumento no Brasil”. Importante
ressaltar que Murilo tinha na
época apenas 16 anos.
Além disso, a música “Surpass”
está no CD coletânea da mesma revista,
ao lado de gigantes internacionais
como Symphony X, Time Machine
e Pain Of Salvation.
CHEGANDO AO FIM
Como muitas bandas de rock brasileiras,
a falta de incentivo foi um
duro golpe à “Skip-Jack”. Viver de
rock ‘n roll, ainda mais no interior, não
era uma tarefa fácil... nem possível.
Em 2001, aos poucos, o tempo
disponível para ser dedicado à banda
foi ficando escasso, uma vez que
Igor fora morar em Rio Claro, onde
se formou em física pela Unesp. Danilo
foi cursar matemática na Ufscar
(São Carlos) e atualmente é corretor
de seguros, sócio-proprietário da
Romano’s Corretora de Seguros. Gustavo
“Frank” se mudou para Limeira,
onde se formou em tecnologia pela
Unicamp. Murilo continuou na música
e acabou desenvolvendo trabalhos ao
lado de músicos como: os guitarristas
Scott Henderson e Brent Mason,
Paul Franklin um dos expoentes da
pedal steell guitar e ex intregrante da
banda Dire Straits, Stuart Hamm (baixista),
os bateristas Kenny Aronoff e
Vinny Appice (este, das bandas Black
Sabbath e Dio), Randy Brecker (trompetista),
John Cuniberti (produtor e
engenheiro de som), Marilyn Martin
(cantora), Michael Leonhart (trompetista
e arranjador) e Tommy Barbarella
(tecladista), dentre outros.Sua convivência
com esses músicos aliada à
sua capacidade profissional e seu talento,
lhe renderam experiência, respeito
e prestígio internacional como
guitarrista e produtor musical. Murilo
nos confidencia que está prestes
a lançar nos Estados Unidos o seu
novo trabalho com músicas autorais,
em CD já gravado com alguns desses
profissionais.
Os quatro amigos e a irreverência da
juventude nos anos 90
Apresentação ao vivo no Engenho Bar em
Araraquara 20 anos atrás
Atualmente, Igor (43), Danilo (41)
e Murilo (38) residem em Araraquara
e, quando possível, se apresentam
juntos com o nome “The Skips”. Gustavo
“Frank” (42) reside em Bremen,
na Alemanha.
Da “Skip-Jack” ficaram as duas
músicas gravadas em 1998, as memórias
de todos os que acompanharam
a banda em shows, além é claro,
das memórias e histórias impagáveis
vividas pelos quatro amigos, irmãos
araraquarenses.
|56
APOIO
Assunto MÚSICA
Por Sérgio Sanchez
alguns dos mais importantes artistas
da era, incluindo Miles Davis, Frank
Sinatra, Ella Fitzgerald, Peggy Lee e
muitos outros dando a ele reconhecimento
entre os grandes.
QUINCY JONES
O produtor das estrelas
O QUE FAZ UM PRODUTOR?
Todo grande músico reconhecido
nacional ou internacionalmente pelos
belos arranjos, musicalidade incomparável,
tem seu trabalho dirigido e orientado
por um produtor. Esta é a função
deles, com sensibilidade e competência
direciona uma letra, uma partitura,
criando a partir de algo simples uma
obra belíssima, rica em detalhes sonoros
transformando o aparentemente
“fácil” em algo sublime e encantador.
Quincy Delight Jones Jr, nasceu
em Chicago em 1933, é empresário,
arranjador vocal e produtor musical
de trilhas sonoras norte-americana,
é o produtor das maiores estrelas do
mundo da música. Começou tocando
trompete em 1951, com 18 anos
ganhou uma bolsa de estudos para a
Schillinger House (agora conhecida
como Berklee College of Music) em
Boston.
UM INÍCIO MUSICAL
COM OS MELHORES
Recebeu uma oferta para viajar
como trompetista com o lendário Band
Leader Lionel Hampton, já mostrando
um jeito incomum para arranjos
musicais. Jones se muda para Nova
York, onde recebeu vários pedidos
de arranjos para artistas como Sarah
Vaughan, Count Basie, Duke Ellington,
Gene Krupa e seu agora velho amigo
Ray Charles.
CRISE FINANCEIRA
Quincy formou sua própria big
band e organizou uma turnê pela América
do Norte e Europa. Embora a turnê
fosse um sucesso de crítica, um mau
planejamento orçamentário
fez
dela um desastre
econômico e levou
Jones a uma
crise financeira.
Nos anos 60,
tudo começa a
melhorar. Jones
trabalhou como
arranjador para
PARCERIA COM MICHAEL JACKSON
A maior dupla de sucesso do mundo
da música. O primeiro disco de Jackson
com a colaboração de Quincy,
Off the Wall (1979), vendeu 40 milhões
de cópias, se tornando um dos
mais aclamados discos de música negra
do século XX. O trabalho seguinte,
Thriller (1982), alcançou um sucesso
sem precedentes, vendendo 100 milhões
de cópias e tornou-se o álbum
mais vendido de todos os tempos.
Jones também trabalhou no terceiro
álbum solo de Jackson, intitulado
Bad (1987), que vendeu 30 milhões
de cópias mundialmente, e se firmou
durante algum tempo como o segundo
álbum mais vendido da história.
PRÊMIOS, GRAMMY,
CELEBRIDADES E FAMA
São 27 Grammy Award, trilhas
para cinema, teatro. Convidou os
maiores músicos da época e gravou a
legendária canção We Are The World
para angariar fundos para as vítimas
da fome na Etiópia. Sua fundação, a
Quincy Jones Listen Up Foundation,
construiu mais de 100 casas para a
fundação Nelson Mandela na África do
Sul. Ativista social com apoio de Martin
Luther King.
Grande incentivador e pesquisador
da música brasileira: amigo de
Ivan Lins, Milton Nascimento, Gilson
Peranzzeta entre outros.
Com
Michael
recebendo
o Grammy
57|
Fotos: Marcela Campos
VIP
VIDA SOCIAL por Maribel Santos
Dia Internacional da Mulher
Olá querido, leitor! Para homenagear as mulheres recorro a Lya
Luft e deixo o meu respeito e carinho para todas as minhas leitoras.
Canção das Mulheres
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços
sem fazer perguntas demais. Que o outro note quando preciso de
silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não
o amarei menos porque estou quieta. Que o outro aceite que me
preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for
excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor. Que o
outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite
disso. Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de
mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes. Que
se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa,
ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais. Que o outro
sinta quanto me doí a ideia da perda, e ouse ficar comigo um pouco
em lugar de voltar logo à sua vida. Que se estou numa fase ruim o
outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo: “Olha
que estou tendo muita paciência com você!”. Que quando sem querer
eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro
não me exponha nem me ridicularize. Que se eventualmente perco a
paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim
me ache linda e me admire. Que o outro não me considere sempre
disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite
quando não estou podendo ser nada disso. Que, finalmente, o outro
entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser,
a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa, vulnerável e forte,
incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa: Uma mulher!.
Carnaval
Clube Araraquarense 2020
Maria Elisabete Silva e José Alberto Silva
Silvia Bevilacqua Rolfsen e Luis Valério
Olívia Maia e o
papai Felipe Maia
Hélio Alves Pinto e Teresinha Gonçalves
Alves Pinto
Tiago Mesquita,
Adriana Simionatto
Guinesi e Josiane
Morvillo
|58
Mulheres &
Negócios
Foto: Arquivo pessoal
Impulso Consult
Gabriela Gonçalves e Gabriela Marquez
após desenvolverem suas carreiras
em empresas de diversos segmentos,
resolveram através de suas experiências
profissionais, assessorarem outras
empresas a crescerem, e melhorarem a
gestão estratégica, financeira e de pessoas,
e com isso, obterem resultados incríveis.
A Impulso Consult, é uma empresa de
consultoria especializada em gestão para
pequenas e médias empresas.
www.impulsoconsult.com.br
@impulsoconsult
(16) 99711 5173
Mere Gomes
Trabalhou muitos anos em uma grande
multinacional no setor do Agronegócio e
Comércio Exterior. Com vasta experiência
no mercado, Mere Gomes continua atuando
fortemente no mesmo segmento através da
comercialização de suco de laranja, água
de coco e carne Angus em parceria com
renomadas empresas nacionais, que atuam
no mercado brasileiro e internacional.
Contatos: nfcsales@citri.com.br
mgomes@terralagro.com.br
Linkedin: Mere Gomes
Skype: elzarosemeregomes@gmail.com
Recanto Morada Feliz
Maria Angélica Barros é sócia proprietária, há seis
anos em Araraquara da Recanto Morada Feliz, uma
instituição que cuida de idosos com amor e carinho,
proporcionando um ambiente acolhedor e familiar. A
casa oferece serviços de residência, cuidados centrodia
(creche) e hotelaria com equipe multidisciplinar
especializada em saúde gerontológica e geriátrica,
além de várias atividades que fazem parte da
socialização dos frequentadores. Informações: (16)
3461-7475
@recantomoradafeliz
www.recantomoradafeliz.com.br
DOCEDOC: Feita por amor e com amor!
Após realizar o seu grande sonho de
ser mãe, Gabriela Merussi desejava
empreender e ao mesmo tempo, conciliar
com os cuidados do seu filhinho. O
diferencial era trabalhar com algo que
fizesse com muito amor, e foi assim que
nasceu a DOCEDOC. Empresa que oferece
aos seus clientes diversas receitas do doce
palha italiana, e diferente do que muitos
pensam sua origem não é nem portuguesa
nem italiana, mas sim brasileiríssima!
@cdocedoc
(16) 99772 23457
Marcia Regina Nascimento
Fisioterapeuta formada pela Unesp, trabalha com a
Reeducação Postural Global (método RPG Souchard)
método individual e personalizado. Cuida de todas
as patologias que requerem fisioterapia, problemas
posturais, no nível da coluna, respiratórios, póstraumáticos
e articulações. O tratamento alonga e
reequilibra os músculos e libera as articulações de
forma progressiva. Atendimentos em consultório com
hora marcada através do número: (16) 98126 3609.
Endereço: Avenida Mariângela Pucci Ananias, 85.
@marcia_fisio.rpg
59|
VITRINE
VITRINE
DA REDAÇÃO
JOÃO CARLOS
Reinaldo Dias Lima
e sua esposa Ana
Cláudia, diretores
da Tulipa, loja
especializada em
cama, mesa, banho,
tapetes e cortinas,
entusiasmados com o
sucesso da loja bem
no coração da cidade
Camille com os pais Suzy
e Fábio Luiz Alcedo em
noite de festa para os
rotarianos de Araraquara.
Momento especial para se
curtir a vida em família.
Aparecido ou apenas Cidinho
com a esposa Suely festjando a
beleza da vida, o sucesso dos
filhos e a grandeza de um dos
mais badalados restaurantes
da região
Serginho Martins e a esposa
Fátima com a delícia de um
Salton em dias de felicidade
ANIVERSÁRIOS
Março|2020
A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes
DATA
NOME
EMPRESA
DATA
NOME
EMPRESA
01/03
01/03
01/03
02/03
02/03
03/03
03/03
04/03
06/03
08/03
09/03
09/03
10/03
11/03
12/03
12/03
13/03
13/03
15/03
15/03
16/03
17/03
17/03
Maria Isabel Brizolari
Monica Abed Zaher
Murilo Cruz Ferreira
Luiz Carlos Orlando
Mirela Bernardo Delbon
Luiz Henrique da Silva
Marcele C. O. Tamiao
Paulo Alexandre Bezerra
André Alcazan Parizi
Valter Renato Moraes
Antonio Carlos Zafallon
Willian Julianetti
Beatriz Leognanod da Silva
Roberta Biasotti de Moura
Helio Rosa Correa
Marco Antonio Dall´Acqua
Ademar de Oliveira Junior
Tereza Zingarelli
Alex da Silva Nascimento
Beatriz Perico
Sandra Elizabeth Barea
Denise Simões Mathias
José Afranio Gobato
Argasol
Colégio Objetivo / Objetivo Júnior
Ótica Solaris
Center Vale Tend Tudo
Style
Só Blusinhas
Taiga Calçados
Lanova Moda
Alcatec
Escritório VR Moraes
Escritório CMZ
Espuflex
Rádio Elétrica Geral
Minas Queijos
Henrimar Piscinas
Irmãos Dall’Acqua
Unic Serviços Contábeis
Carmo Calçados e Confecções
União Formaturas
Papel Arte
Cavian Kids
HL 1089
Escritório Gobato & Fernandes
17/03
17/03
17/03
17/03
18/03
20/03
21/03
21/03
21/03
23/03
25/03
25/03
25/03
26/03
26/03
26/03
26/03
26/03
27/03
27/03
28/03
31/03
José Luiz Alves Pinto
Michele Costa Melhado
Paulo Henrique Senhorini
Tatiana Cristina G. Marqueti
José Devanil Carrascossi
Valdomiro Boufelli
Douglas Silva Pinto
Jeferson Pires Colombo
Roberto Aiello Fonari
João Miguel Cabrini
Dagoberto Alves
Marivalda Rinaldi Alvarenga
Mauricio Zanella A. Braga
Adilson Ferreira dos Santos
Francisco Rossi Filho
Helena Ianagoni Mendes
Luis Eduardo Carrascossi
Walter Domingos de Prince
Ana Carolina Zenatti
Vanessa Cristina Pedro
Fabio Zachi
Olien Moreno
Vilacopos
Passarinho Hortifruti
Paulifer
Health Clube / Habitus
Chefor
Escritório Alpha
Escritório Brasil de Contabilidade
J F Calçados
Assessoria Contábil Araraquara
Esc. Aquarius de Contabilidade
2D Serviços Contábeis
Intershop
Química Santa Rita
Óticas Fabrilen
Francine Jóias
Esc. de Contab. Helena Mendes
Chefor
Princar
Carol Affonso
Multy Dental
Br Pneus
Frio & Cia
|60
Em fevereiro, a Comissão da Infância e Juventude juntamente com
a Diretoria da OAB de Araraquara, se reuniram com a Promotora
de Justiça, Dra. Noemi Corrêa, na sede do Ministério Público, com
o intuito de formar uma rede na busca dos Direitos das Crianças
e dos Adolescentes, além de discutir sobre pontos recorrentes da
nossa cidade, sendo um dos tópicos, o combate ao Trabalho Infantil.
Foi apresentada por Noemi, proposta de divulgação de nota de
conscientização da população a respeito, o que será feito em breve.
Aluizio Walter Castro Lima,
no passado um brilhante
profissional da CPFL; ao seu
lado a companheira de todas
as horas, Maria Amélia.
Todos os anos
a Família Frare
realiza o encontro
de todos os
familiares. Com
isso promove a
Festa do Vinho.
Tânia e Francisco Castro, o “Louco”,
agora curtindo as delícias da vida. Que
maravilha, gente!
Acima, Carlos
Alberto
Antonietto e
à esquerda,
Gustavo Frare
do Valle e
José Gilberto
Frare (com a
taça na mão).
Wilson Silveira, chegando aos 80 anos,
sempre está sorrindo para a vida. É
considerado um dos mais brilhantes
narradores esportivos do interior.
A família Frare reunida ao som da alegria.
61|
Dia da Mulher
Luís Carlos
BEDRAN
Sociólogo e cronista da Revista Comércio,
Indústria e Agronegócio de Araraquara
É em março que se comemora
o dia mais importante do mundo: o
da Mulher. Porque sem ela não há
mais nada, menos ainda mundo. A
mulher é a mãe, a origem de tudo.
Mas também há outro dia nesse
mês, não menos importante,
que sem ela nenhum ser humano
existiria: a água. Porque todos nós
viemos da água do mar há milhões
de anos. Interessante é que, logo
que a criança nasce já balbucia a
palavra mãe, quase idêntica em
várias línguas. Muita coincidência
essa entre mar e mãe. E é na língua
francesa que isso mais aparece,
pois nela a palavra mar é feminina,
“mer”, mais de acordo com a nossa
origem.
Porém deixamo-la de lado, pois
o que nos interessa mesmo é a mulher,
a ponto de se afirmar que este
século pode ser considerado como
sendo o da Era da Mulher. Embora
ela, de um modo geral, tenha sido
em todos os tempos de nossa civilização,
um ser que se limitava a
criar filhos, enquanto os homens se
dedicavam a prover o sustento da
família, na caça ou na pesca, nem
sempre tal ocorria, como entre os
indígenas do Brasil.
No entanto, historicamente,
enquanto a sobrevivência do ser
humano dependia da caça, exclusivamente
masculina, o matriarcado
imperava. Porém, com o advento da
agricultura e com a criação de gado
há mais de 10.000 anos na Mesopotâmia,
o homem deixou de ser
nômade e caçador e então o sistema
patriarcal passou a dominar —
com raras exceções, como no poder
político da mulher no Egito antigo.
Assim, os homens conseguiram
conquistar o poder econômico e,
com ele, o político e o espiritual, o
religioso. Não à toa que a História
sempre foi escrita pelos homens: o
conhecimento era exclusivo deles.
Quem o tinha conseguia tudo, até
mesmo ser o representante de Deus
na Terra, que se tornou masculino.
Não houve mais deusas, que se
transformaram na Idade Média, em
bruxas, perseguidas pelos religiosos.
Foi somente no século 19 é que
as mulheres foram conseguindo,
aos poucos, conquistar direitos com
as greves ocorridas em 1857 pelas
operárias nova-iorquinas e na
Rússia contra o czar, reivindicando
melhores condições de trabalho.E
apenas no século passado é que
elas conseguiram conquistar o direito
de votar.
Modernamente, porém, o papel
da mulher transformou-se de modo
extraordinário, pois ela participa de
modo ativo de todos os segmentos
da vida social, no trabalho, nas
artes, na ciência, na literatura, na
política, em tudo. O que pode ser
constatado no mundo todo, principalmente
nos países europeus e nos
Estados Unidos.
De um modo geral, o mesmo
não se pode dizer que tal ocorra nos
países sul-americanos, nos africanos,
em vários do Oriente Médio, na
Rússia ou na China, porque nesses
elas continuam a ser discriminadas.
Apesar disso percebe-se uma mudança
paulatina em se equiparar ao
poderio do homem, que é resultante
da força dos costumes e da tradição.
A história da luta pela emancipação
da mulher nos países ocidentais
é longa. Essa conscientização atingiu
maior força logo após as duas
guerras mundiais, como se observa
nos livros de Simone de Beauvoir,
uma das pioneiras, senão a maior,
onde retrata bem a opressão feminina
em seu livro “O Segundo Sexo”.
Apesar de não se considerar feminista,
depois passou a sê-la, como
confessa em seu livro “A Força da
Idade”.
Já em nosso país a luta pela
igualdade de direitos teve início no
Império e apenas em 1932, no governo
Vargas, é que às mulheres foi
garantido o direito de voto, consolidado
pela Constituição de 1946.
Atualmente o movimento feminista
é percebido em vários setores para
tentar consolidar ainda mais o direito
da mulher: pela igualdade de gêneros;
pela luta contra a violência,
a ponto de até constar no Código
Penal a figura do feminicídio; pela
Lei Maria da Penha, assim como a
tentativa, ainda maior, de diminuir a
diferença salarial entre os gêneros;
o aumento da sua participação na
política e a luta pela descriminalização
do aborto, tendência mundial.
Além daqueles direitos previstos
constitucionalmente, há também os
doze fundamentais da ONU, com o
acréscimo, ainda não existente em
nossa legislação, do legítimo direito
de decidir ou não ter filhos e quando
tê-los (a depender das circunstâncias).
Assim, no Dia Internacional da
Mulher, comemorado em 8 de março,
é preciso que todas as pessoas,
principalmente os homens, se conscientizem
que adentramos numa
nova era, a da plena igualdade,
merecida, dos direitos das mulheres.
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