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RCIA MARÇO ED 176 2020

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COMÉRCIO PREJUDICADO

Capparelli acredita que os comerciantes

que estão instalados no interior

do Terminal são prejudicados

pelo fato dos clientes terem que pagar

para entrar no local, antes de fazerem

suas compras. “Fazer compras

dentro do Terminal é muito complicado,

pois o cliente tem que pagar a

passagem para entrar. A pessoa que

precisa comprar um medicamento na

farmácia que existe lá, por exemplo,

dependendo do preço, acaba indo

comprar em outro lugar. Eu costumo

cortar meu cabelo no salão do Terminal

e todas as vezes tenho que pagar

a passagem. Isso acaba encarecendo

o serviço e o comerciante não tem o

que fazer”, reclama Capparelli.

ABANDONO TOTAL

Para o empresário, a região está

abandonada pelo poder público, assim

como outras regiões da cidade.

“Eu vejo que o poder público abandonou

essa área, assim como outras

regiões. Eu vejo o Mercadão, que já

foi um grande chamariz, está hoje

sem nenhum atrativo. Não tem mais

lojas, não tem mais bancas de verduras,

por exemplo, isso afastou as

pessoas de lá. Outro problema vivido

pelos comerciantes aqui da região é

a iluminação precária, como na época

do Natal em que a gente fica isolado

aqui, sem nenhuma iluminação especial

e sem nenhum atrativo para os

clientes. Se os comerciantes não se

unirem e fizerem a iluminação do seu

quarteirão, nada acontece, pois estamos

abandonados pela prefeitura há

muito tempo”, diz Capparelli.

NOVO MERCADÃO

O comerciante acha que falta

um investimento conjunto para uma

reestruturação do Mercado Municipal.

“Eu gostaria de ver um Mercado

Municipal vivo em Araraquara, com

bancas de verduras, de queijos, com

uma padaria, uma choperia bacana,

como a gente vê em outras cidades.

Cenário degradante provocado por empresas que baixaram as portas

Acredito que isso traria de volta os

clientes ao Mercadão que poderia

ser novamente uma referência. Em

São Carlos a gente vê um Mercado

Municipal bem mais atrativo do que

o nosso. Está faltando em Araraquara

um ponto de encontro. Eu acho que

se algum empresário investir nisso vai

lucrar muito. Espero ver isso acontecer

um dia”, finalizou.

COMÉRCIO DINÂMICO

O fotógrafo e jornalista Benedito

Reginaldo Viviane, o Tetê, tem boas

recordações dos 25 anos em que

manteve um laboratório fotográfico

no Mercado Municipal. Ele, que trabalhou

no local entre os anos de 1983 e

2008, acredita que, pelo fato dos boxes

do Mercadão serem particulares,

o poder público não tem muito o que

fazer para alavancar o comércio no

local, mas entende que a prefeitura

colabora, além de cuidar da iluminação

externa do prédio.

Tetê lembra que na época da instalação

do Terminal todo o comércio

no entorno, entre hotéis, bares e lojas,

sofreu um impacto grande. “O

comércio é dinâmico, rotativo, inovador.

A Ótica Lupo com mais de um

século é exceção na Rua Nove de

Julho. Provavelmente, nenhuma loja

do Jaraguá ou do Lupo, das inauguradas

sobreviveu... Quanto ao Mercado

o sentimento é de carinho, saudade

e gratidão. Com meu trabalho eu gerei

empregos, me formei em Direito

(1986) e Jornalismo (2002), criei meu

filho Raul e dei conforto para a minha

família. Portanto, uma vida construída

com os inúmeros clientes que passaram

pelo balcão do Foto Viviani. Evidente

que nesse tempo, um grande

círculo de amizades foi ampliado e

muitas histórias foram registradas”,

relembra o fotógrafo.

Área interna do Terminal de Integração

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