EMPREENDA REVISTA - Ed. 33 - RICA MELLO - Fev/2020
Revista de Negócios focada no público empreendedor
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branda e tranquila. Conversamos e alinhamos tudo como<br />
sempre fizemos. O que ocorreu, é que o meu momento e<br />
objetivos se distanciaram dos demais sócios e isso me levou<br />
a decisão de sair. Eu estava focado em fazer um novo negócio<br />
acontecer e, ao mesmo tempo, preocupado em manter<br />
saudável a imagem de uma empresa e uma marca que ajudei<br />
a consolidar. Eu não via razões para fazer barulho em<br />
respeito a INSANE e também ao meu momento.<br />
P: Esses objetivos têm alguma relação com o seu novo<br />
negócio?<br />
R: Totalmente. A minha atuação na INSANE começou a ficar<br />
comprometida por conta das demandas de mentorias que<br />
aumentaram consideravelmente em 2017. Paralelo a isso,<br />
eu já estava investindo na NEOHACK e tateando a aderência<br />
de Growth Hacking no Brasil, que se consolidou com o<br />
ganho de uma conta significativa no Q1 de 2018.<br />
P: Quando Growth Hacking apareceu na sua vida?<br />
R: Eu já tinha tido o contato superficial em algumas leituras,<br />
mas há cerca de 3 anos eu participei de um evento,<br />
onde tive a oportunidade de conhecer o Sean Ellis e subir<br />
alguns níveis do sobre as técnicas de GH. Depois disso, fui<br />
me aprofundando e entendendo a sua aplicação prática e<br />
a sua relevância no ecossistema de um negócio…<br />
Costumo dizer que compreender Growth Hacking foi uma<br />
grande libertação (risos). Querendo ou não, eu já falava<br />
muito de experimentação e sobre o quanto isso deveria ser<br />
uma “lei” dentro do nosso mundo. Encontrei no Growth a<br />
possibilidade de trazer resultados reais e mensuráveis para<br />
as empresas, sendo mais relevante e mais RG (Revenue Generator).<br />
P: Você diz que a NEOHACK é um Growth Lab, o que isso<br />
quer dizer?<br />
R: A NEOHACK trabalha com a filosofia de Growth Hacking<br />
somado a inteligência de Marketing - que é onde eu construí<br />
toda minha bagagem estratégica. De maneira resumida,<br />
nosso trabalho consiste em aplicar “hacks” nas operações<br />
de sales, marketing & product, testando todas as hipóteses<br />
que visam qualquer ganho ou crescimento nos resultados<br />
- criados e implementados a partir de uma visão de marketing,<br />
em sua essência primária. A ideia do laboratório é<br />
porque tudo que validamos hoje, passa, obrigatoriamente,<br />
por experimentos e por um robusto processo de medição.<br />
O resultado dos testes direcionam praticamente todas as<br />
decisões que tomamos.<br />
P: Que impactos o Growth Hacking traz para Marketing<br />
e Comunicação?<br />
R: Os impactos são enormes. Senti e continuo sentindo isso<br />
no dia a dia. Mas vale lembrar que essas mudanças não<br />
vão acontecer se, antes, não houver uma mudança na cultura<br />
da empresa ou na cultura dos departamentos envolvidos.<br />
Growth é ciência! Ele requer que o negócio “atualize<br />
seu software” para funcionar de verdade. Digo isso, porque<br />
grande parte das empresas ainda são dirigidas por vaidades<br />
ou pelo que eu chamo de “egofeeling”. E isso não da<br />
“match” com Growth Hacking. A nossa lei é: nenhuma ideia<br />
é boa ou ruim, até ser testada e validada. Isso por si só já<br />
muda tudo.<br />
MAS SE EU FOSSE DESTACAR IMPACTOS<br />
MAIS PRÁTICOS, EU DIRIA QUE SÃO 3:<br />
O primeiro é o que chamamos de TDWM<br />
(TALK DATA WITH ME).<br />
É muito instintivo e intuitivo que um publicitário,<br />
marketeiro ou profissional de comunicação, use o<br />
seu repertório e suas experiências pessoais na hora<br />
de entregar um projeto ou uma ideia. A parte mais<br />
significativa de todo impacto, talvez seja conseguir<br />
abrir mão disso (ainda que momentaneamente ou<br />
temporariamente). Em Growth, o protagonista não é<br />
a sua reputação ou a capacidade criativa, mas a sua<br />
habilidade de analisar os dados com perícia e inteligência,<br />
construindo hipóteses e colocando experimentos<br />
em curso, para identificar a NSM (North Star<br />
Metric). Nas operações de Growth, o output só tem<br />
relevância se for endossado por algum dado.<br />
O segundo é O RESULTADO SEMPRE<br />
VENCE O CONCEITO.<br />
Em Growth não perdemos tempo com defesa de<br />
conceito criativo, nosso logística consiste em errar<br />
rápido e aprender rápido. Nossa energia está na<br />
perseguição dos KPIs e na identificação do que traz<br />
resultado e o que fazer esses resultados crescerem e<br />
escalarem. A ideia aqui é a seguinte: você não precisa<br />
ser perfeito, você só precisa ser melhor do que o que<br />
já existe.<br />
E por fim: TESTE TUDO QUE PUDER.<br />
Recentemente, em uma de nossas operações, colocamos<br />
pra rodar um teste do mesmo vídeo com 3<br />
variações de chamada. O mesmo roteiro, entregue<br />
com chamadas diferentes. Tudo ocorreu na mesma<br />
vigência, para a mesma segmentação de público, no<br />
mesmo meio, mesma verba. Ou seja, um ambiente<br />
idêntico para as três versões. Na primeira coleta, já<br />
pudemos identificamos um resultado quase 700%<br />
maior em uma das versões. Um exemplo simples<br />
para ilustrar que as vezes o sucesso está no ajuste e<br />
não na reinvenção.<br />
GROWTH HACKING