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EMPREENDA REVISTA - Ed. 33 - RICA MELLO - Fev/2020

Revista de Negócios focada no público empreendedor

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25<br />

branda e tranquila. Conversamos e alinhamos tudo como<br />

sempre fizemos. O que ocorreu, é que o meu momento e<br />

objetivos se distanciaram dos demais sócios e isso me levou<br />

a decisão de sair. Eu estava focado em fazer um novo negócio<br />

acontecer e, ao mesmo tempo, preocupado em manter<br />

saudável a imagem de uma empresa e uma marca que ajudei<br />

a consolidar. Eu não via razões para fazer barulho em<br />

respeito a INSANE e também ao meu momento.<br />

P: Esses objetivos têm alguma relação com o seu novo<br />

negócio?<br />

R: Totalmente. A minha atuação na INSANE começou a ficar<br />

comprometida por conta das demandas de mentorias que<br />

aumentaram consideravelmente em 2017. Paralelo a isso,<br />

eu já estava investindo na NEOHACK e tateando a aderência<br />

de Growth Hacking no Brasil, que se consolidou com o<br />

ganho de uma conta significativa no Q1 de 2018.<br />

P: Quando Growth Hacking apareceu na sua vida?<br />

R: Eu já tinha tido o contato superficial em algumas leituras,<br />

mas há cerca de 3 anos eu participei de um evento,<br />

onde tive a oportunidade de conhecer o Sean Ellis e subir<br />

alguns níveis do sobre as técnicas de GH. Depois disso, fui<br />

me aprofundando e entendendo a sua aplicação prática e<br />

a sua relevância no ecossistema de um negócio…<br />

Costumo dizer que compreender Growth Hacking foi uma<br />

grande libertação (risos). Querendo ou não, eu já falava<br />

muito de experimentação e sobre o quanto isso deveria ser<br />

uma “lei” dentro do nosso mundo. Encontrei no Growth a<br />

possibilidade de trazer resultados reais e mensuráveis para<br />

as empresas, sendo mais relevante e mais RG (Revenue Generator).<br />

P: Você diz que a NEOHACK é um Growth Lab, o que isso<br />

quer dizer?<br />

R: A NEOHACK trabalha com a filosofia de Growth Hacking<br />

somado a inteligência de Marketing - que é onde eu construí<br />

toda minha bagagem estratégica. De maneira resumida,<br />

nosso trabalho consiste em aplicar “hacks” nas operações<br />

de sales, marketing & product, testando todas as hipóteses<br />

que visam qualquer ganho ou crescimento nos resultados<br />

- criados e implementados a partir de uma visão de marketing,<br />

em sua essência primária. A ideia do laboratório é<br />

porque tudo que validamos hoje, passa, obrigatoriamente,<br />

por experimentos e por um robusto processo de medição.<br />

O resultado dos testes direcionam praticamente todas as<br />

decisões que tomamos.<br />

P: Que impactos o Growth Hacking traz para Marketing<br />

e Comunicação?<br />

R: Os impactos são enormes. Senti e continuo sentindo isso<br />

no dia a dia. Mas vale lembrar que essas mudanças não<br />

vão acontecer se, antes, não houver uma mudança na cultura<br />

da empresa ou na cultura dos departamentos envolvidos.<br />

Growth é ciência! Ele requer que o negócio “atualize<br />

seu software” para funcionar de verdade. Digo isso, porque<br />

grande parte das empresas ainda são dirigidas por vaidades<br />

ou pelo que eu chamo de “egofeeling”. E isso não da<br />

“match” com Growth Hacking. A nossa lei é: nenhuma ideia<br />

é boa ou ruim, até ser testada e validada. Isso por si só já<br />

muda tudo.<br />

MAS SE EU FOSSE DESTACAR IMPACTOS<br />

MAIS PRÁTICOS, EU DIRIA QUE SÃO 3:<br />

O primeiro é o que chamamos de TDWM<br />

(TALK DATA WITH ME).<br />

É muito instintivo e intuitivo que um publicitário,<br />

marketeiro ou profissional de comunicação, use o<br />

seu repertório e suas experiências pessoais na hora<br />

de entregar um projeto ou uma ideia. A parte mais<br />

significativa de todo impacto, talvez seja conseguir<br />

abrir mão disso (ainda que momentaneamente ou<br />

temporariamente). Em Growth, o protagonista não é<br />

a sua reputação ou a capacidade criativa, mas a sua<br />

habilidade de analisar os dados com perícia e inteligência,<br />

construindo hipóteses e colocando experimentos<br />

em curso, para identificar a NSM (North Star<br />

Metric). Nas operações de Growth, o output só tem<br />

relevância se for endossado por algum dado.<br />

O segundo é O RESULTADO SEMPRE<br />

VENCE O CONCEITO.<br />

Em Growth não perdemos tempo com defesa de<br />

conceito criativo, nosso logística consiste em errar<br />

rápido e aprender rápido. Nossa energia está na<br />

perseguição dos KPIs e na identificação do que traz<br />

resultado e o que fazer esses resultados crescerem e<br />

escalarem. A ideia aqui é a seguinte: você não precisa<br />

ser perfeito, você só precisa ser melhor do que o que<br />

já existe.<br />

E por fim: TESTE TUDO QUE PUDER.<br />

Recentemente, em uma de nossas operações, colocamos<br />

pra rodar um teste do mesmo vídeo com 3<br />

variações de chamada. O mesmo roteiro, entregue<br />

com chamadas diferentes. Tudo ocorreu na mesma<br />

vigência, para a mesma segmentação de público, no<br />

mesmo meio, mesma verba. Ou seja, um ambiente<br />

idêntico para as três versões. Na primeira coleta, já<br />

pudemos identificamos um resultado quase 700%<br />

maior em uma das versões. Um exemplo simples<br />

para ilustrar que as vezes o sucesso está no ajuste e<br />

não na reinvenção.<br />

GROWTH HACKING

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