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ECONOMIA<br />
O<br />
mercado internacional de madeira, assim<br />
como outros demais segmentos, está<br />
enfrentando algumas imprevisibilidades<br />
de mercado devido às guerras comerciais<br />
em andamento. Os resultados apresentados<br />
no ano passado confirmam a expectativa que havia<br />
de manutenção dos volumes exportados, apesar das<br />
dificuldades comerciais enfrentadas, na visão da Abimci<br />
(Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />
Mecanicamente). No mercado interno, as expectativas<br />
são positivas, com a projeção de crescimento e retomada<br />
da economia em <strong>2020</strong>, conforme dados divulgados em<br />
dezembro pelo Ibge, e do aumento da confiança tanto do<br />
empresariado quanto do consumidor.<br />
Para o superintendente da Abimci, Paulo Pupo, as<br />
incertezas econômicas vêm alterando a dinâmica de<br />
fornecimento de produtos madeireiros em vários dos<br />
principais países importadores, o que torna um desafio<br />
fazer uma análise prematura e mais precisa de <strong>2020</strong>. Para<br />
ele, a expectativa é de que no início do ano algumas das<br />
principais negociações em andamento estejam alinhadas,<br />
para trazer normalidade ao comércio internacional. “O<br />
que se deve levar em conta na avaliação macro do mercado<br />
internacional em 2019 é certo descompasso ocorrido<br />
durante entre a oferta e a demanda em alguns países<br />
consumidores, somado as imprevisibilidades das guerras<br />
comerciais em andamento e da definição das taxações<br />
que estão sendo sugeridas para produtos madeireiros, em<br />
especial entre EUA (Estados Unidos da América) e China”,<br />
afirma.<br />
Para o mercado interno, o cenário é otimista, especialmente<br />
após o anúncio Cbic (Câmara Brasileira da<br />
Indústria da Construção) da possibilidade de a construção<br />
civil crescer 3% este ano, o que possibilitaria a geração<br />
de 150 a 200 mil empregos formais até dezembro. O<br />
segmento é um dos principais nichos para os produtos de<br />
madeira no Brasil. A projeção baseia-se no atual cenário<br />
de juros baixos e inflação controlada no país.<br />
BALANÇO<br />
Com base no balanço realizado pela Abimci, o ano<br />
de 2019 foi marcado por uma queda das exportações em<br />
vários produtos de madeira. Apesar da baixa, os números<br />
mantiveram um saldo positivo no geral, considerando a<br />
média brasileira. O compensado tropical teve um crescimento<br />
significativo no volume exportado, mas ainda abaixo<br />
do histórico das exportações brasileiras em décadas<br />
anteriores. A média mensal foi de 7.427 m³ (metros cúbicos).<br />
A limitação esbarra nas dificuldades de suprimento<br />
ocasionada pela falta de políticas públicas para o uso sustentável<br />
da floresta.<br />
Produtos como a madeira perfilada de pinus, predominantemente<br />
molduras, madeira serrada tropical e de<br />
pinus, portas e pellets praticamente mantiveram os volumes<br />
médio embarcados nos anos anteriores.<br />
RESUMO DAS EXPORTAÇÕES EM 2019<br />
O mercado internacional<br />
de madeira, assim como<br />
outros demais segmentos,<br />
está enfrentando algumas<br />
imprevisibilidades de<br />
mercado devido às guerras<br />
comerciais em andamento<br />
MADEIRA SERRADA E MADEIRA PERFILADA<br />
(PINUS E TROPICAL)<br />
MADEIRA SERRADA DE PINUS: O volume exportado<br />
em 2019 (relativo as NCM´s 44.07.10.00 a 44.07.19.00)<br />
totalizou 2.461.581 m3 registrando uma pequena queda<br />
de aproximadamente 4% comparado com os embarques<br />
realizados no ano anterior. Mas a série histórica dos últimos<br />
6 anos mostra a sequência da tendência da evolução<br />
das exportações brasileiras nos principais mercados internacionais,<br />
com aumento significativo do volume embarcado<br />
nesse período. Com uma média mensal de 205 mil<br />
m3 embarcados, o Brasil mostra solidez em seus volumes<br />
e uma grande capilaridade de destinos de nosso produto,<br />
com embarques para mais de 60 países.<br />
Destinos: Os 5 principais destinos do produto em<br />
2019: EUA, México, China, Arábia Saudita e Vietnã repetem<br />
a ordem de grandeza dos embarques do ano anterior<br />
e representaram em 2019 81,50% do total das exportações.<br />
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