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LEGISLAÇÃO Confira as principais mudanças aprovadas no Código Ambiental do Rio Grande do Sul<br />
HIGH PRODUCTIVITY<br />
AND SUSTAINABILITY<br />
TECHNOLOGY AND MACHINE<br />
CUSTOMIZATION REDUCE<br />
CONSUMPTION AND<br />
DECREASE CO 2<br />
EMISSIONS<br />
ALTA PRODUTIVIDADE<br />
E SUSTENTABILIDADE<br />
TECNOLOGIA E CUSTOMIZAÇÃO<br />
DE MÁQUINAS REDUZEM O CONSUMO<br />
E DIMINUEM EMISSÃO DE C02
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FEVEREIRO <strong>2020</strong><br />
38<br />
BAIXO CONSUMO<br />
COM ALTA<br />
PRODUTIVIDADE E<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
10 Editorial<br />
12 Cartas<br />
14 Bastidores<br />
16 Coluna Ivan Tomaselli<br />
18 Notas<br />
28 Frases<br />
30 Entrevista<br />
38 Principal<br />
44 Espécie<br />
48 Legislação<br />
52 Economia<br />
56 Política Pública<br />
60 Pesquisa<br />
64 Agenda<br />
66 Espaço Aberto<br />
44<br />
52<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
27 ABC Norte<br />
13 BKT<br />
11 Carrocerias Bachiega<br />
65 D’Antonio Equipamentos<br />
68 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
21 Engeforest<br />
23 Fex Ferro e Aço<br />
04 Emex<br />
67 Envimat<br />
06 Grupo AIZ<br />
09 Komatsu Forest<br />
15 Liebherr Brasil<br />
57 Lion Equipamentos<br />
47 Log Max<br />
59 Mill Indústrias<br />
63 Mill Indústrias<br />
51 Potenza<br />
37 Prêmio REFERÊNCIA <strong>2020</strong><br />
25 Rotary-Ax<br />
55 Rotor Equipamentos<br />
17 Sergomel<br />
35 Show <strong>Florestal</strong><br />
29 Vantec<br />
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EDITORIAL<br />
Novas<br />
perspectivas<br />
O ano de <strong>2020</strong> chega repleto de desafios e novas perspectivas.<br />
Ao olhar para o passado, podemos planejar melhor o futuro. Por<br />
isso, nesta edição da REFERÊNCIA FLORESTAL trazemos um balanço<br />
das exportações de madeira e uma entrevista exclusiva com o<br />
novo presidente do Fnbf (Fórum Nacional de Base <strong>Florestal</strong>), que<br />
apresenta um panaroma do setor e revela os principais objetivos<br />
da entidade diante do Governo Federal. O ano também começou<br />
com o novo Código Ambiental do Rio Grande do Sul sancionado,<br />
um marco na área que traz muitas mudanças na legislação. A nossa<br />
capa apresenta o case de sucesso do Grupo Aiz que, por meio<br />
da customização de máquinas, consegue unir alta produtividade e<br />
sustentabilidade em prol do meio ambiente.<br />
Toda equipe deseja um <strong>2020</strong> próspero e muito bem informado.<br />
Ótima leitura!<br />
2<br />
A segurança que o seu desafio<br />
será cumprido e produtivo.<br />
Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />
A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />
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1<br />
A união de alta produtividade<br />
e sustentabilidade nas<br />
máquinas customizadas é<br />
destaque desta edição<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXII • N°<strong>215</strong> • Fevereiro <strong>2020</strong><br />
LEGISLAÇÃO Confira as principais mudanças aprovadas no Código Ambiental do Rio Grande do Sul<br />
HIGH PRODUCTIVITY<br />
AND SUSTAINABILITY<br />
TECHNOLOGY AND MACHINE<br />
CUSTOMIZATION REDUCE<br />
CONSUMPTION AND<br />
DECREASE CO2<br />
EMISSIONS<br />
ALTA PRODUTIVIDADE<br />
E SUSTENTABILIDADE<br />
TECNOLOGIA E CUSTOMIZAÇÃO<br />
DE MÁQUINAS REDUZEM O CONSUMO<br />
E DIMINUEM EMISSÃO DE C02<br />
NEW PERSPECTIVES<br />
The year <strong>2020</strong> has arrived full of challenges and new perspectives.<br />
By looking at the past, we can better plan for the future. Therefore,<br />
in this issue of REFERÊNCIA FLORESTAL, we have an analysis of<br />
timber exports and an exclusive interview with the new president of<br />
the National Forum for Forest-Based Activities (Fnbf), who outlines a<br />
panorama of the Sector and reveals the main objectives of the entity<br />
as to the Federal Government. The year also began with the sanctioning<br />
of the new State of Rio Grande do Sul Environmental Code, a<br />
milestone in the area that provides for many changes in legislation.<br />
Our cover story presents a case of success, the Aiz Group, which,<br />
through machine customization, has united high productivity and<br />
environmental sustainability.<br />
Our entire team wishes you a prosperous and very well informed<br />
<strong>2020</strong>! Pleasant reading!<br />
Entrevista<br />
com Frank Rogieri<br />
Novo Código Ambiental do Rio<br />
Grande do Sul: O que mudou?<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXII - EDIÇÃO <strong>215</strong> - FEVEREIRO <strong>2020</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Lídia Ferreira<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Ivan Tomaselli<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Fabiano Mendes<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Gabriel Santos Ferreira<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Cartunista / Cartunist<br />
Francis Ortolan<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
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Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de dezembro de 2019<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
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Ano XXI • N°214 • Dezembro 2019<br />
EMPREGOS NO SETOR<br />
Por Dilson de Oliveira - Fortaleza (CE)<br />
Fechar o ano com a boa notícia que o setor florestal vai gerar empregos na<br />
Bahia, como li na última edição, dá uma esperança especialmente para o<br />
nordestino que tem um alto índice de desemprego<br />
INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS<br />
Por Marina Heloísa Silva - São José dos Pinhais (PR)<br />
Para quem está iniciando na carreira, a Revista ajuda muito pois apresenta<br />
muitas informações do mercado e outras mais técnicas como as editorias<br />
Pesquisa e Espécie.<br />
NOVA LEITORA<br />
Por Lucimar Mendonça - Belém (PA)<br />
Descobri a Revista há pouco tempo e já virei leitora assídua pela<br />
qualidade do conteúdo e diversidade das matérias.<br />
E-mails, críticas e<br />
sugestões podem ser<br />
enviados para redação<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />
respeito de reportagem produzida<br />
pelo veículo.<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
MÓVEIS DE TECA<br />
Por João Neto Hentz - Goiânia (GO)<br />
Fiquei impressionado com o potencial da teca e qualidade dessa madeira<br />
para os móveis. Foi uma ótima dica que complementei lendo também a<br />
Revista PRODUTOS DE MADEIRA.<br />
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CAMPO<br />
Por José Ribamar Flores -<br />
Cuiabá (MT)<br />
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também tem que se informar sobre<br />
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Charge<br />
Charge: Francis Ortolan<br />
Revista<br />
VIAGEM<br />
A equipe comercial da<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
viajou até Lages (SC) para<br />
uma visita aos parceiros<br />
de empresas de destaque<br />
do setor.<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
O diretor da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio<br />
Machado, junto a Giuseppe Rosa e Rubens Rosa, da<br />
empresa Minusa e o analista comercial da Revista,<br />
Gerson Penkal<br />
Eliel Búrigo Borges, Guilherme Venícius<br />
Brignoni, Fábio Machado e Giovani<br />
Rodrigo Brignoni, na sede da Potenza<br />
VISITA<br />
A equipe comercial da<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
durante viagem à<br />
Ponta Grossa (PR) para<br />
conhecer as instalações<br />
da empresa Fex.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
O analista comercial da<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
Gerson Penkal ao lado<br />
de Dalmir Gatterman, da<br />
empresa Fex<br />
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COLUNA<br />
EVOLUÇÃO RECENTE DO MERCADO<br />
INTERNACIONAL DE PRODUTOS<br />
FLORESTAIS E A INDÚSTRIA<br />
NACIONAL<br />
Os reflexos da crise iniciada em 2014 e as<br />
perspectivas para o novo ano<br />
Ivan Tomaselli<br />
Diretor-presidente da Stcp<br />
Engenharia de Projetos Ltda<br />
Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Embora a<br />
demanda<br />
nacional por<br />
produtos de<br />
madeira sólida<br />
deva crescer em<br />
<strong>2020</strong>, os preços<br />
internacionais<br />
ainda serão<br />
determinantes<br />
para a<br />
rentabilidade dos<br />
negócios<br />
C<br />
om a crise iniciada em 2014, e a<br />
queda no PIB (Produto Interno<br />
Bruto) por três anos consecutivos, a<br />
indústria florestal nacional buscou<br />
alternativa no mercado internacional.<br />
Nos últimos meses, no entanto, houve uma<br />
redução na demanda internacional de produtos<br />
florestais, que resultou em queda dos preços.<br />
Em coluna anteriormente publicada analisamos<br />
as possíveis causas deste fato, tendo sido<br />
evidenciando a possibilidade de um aumento na<br />
oferta de madeira na Europa e nos países que<br />
compõe a CIS (Commonwealth Independent States),<br />
em função de desastres naturais. A conclusão<br />
foi de que embora o aumento na oferta possa<br />
ter afetado os preços não justificava a queda de<br />
preços ocorrida.<br />
A celulose foi um dos produtos com a maior<br />
queda de preços em 2019, trata-se do produto<br />
florestal mais importante em nossa pauta de<br />
exportações do setor. O preço internacional<br />
de celulose branqueada de coníferas kraft, por<br />
exemplo, caiu mais de 30% em 2019. A indústria<br />
de celulose brasileira tem escala e é competitiva.<br />
De qualquer forma as margens caíram e geraram<br />
preocupações, especialmente considerando as<br />
expansões em curso. No entanto com a tendência<br />
de queda nos estoques o preço da celulose<br />
tenderá a se estabilizar, e deverá reagir ao longo<br />
de <strong>2020</strong>.<br />
Na área de produtos de madeira sólida, a<br />
indústria florestal nacional é mais fragmentada e<br />
menos competitiva. Embora a demanda nacional<br />
por produtos de madeira sólida deva crescer em<br />
<strong>2020</strong>, em função da recuperação da construção<br />
civil, os preços internacionais ainda serão determinantes<br />
para a rentabilidade dos negócios.<br />
Em 2019 ocorreram mudanças importantes<br />
no comércio mundial de madeira serrada. A<br />
Rússia exportou em torno de 32 milhões de m3<br />
(metros cúbicos) de serrados, e passou a ser o<br />
maior exportador mundial deste produto, tendo<br />
ultrapassado o Canadá. A produção de serrados<br />
reduziu no Canadá e nos EUA (Estados Unidos da<br />
América). Parte da queda na produção de serrados<br />
nestes países é resultado de uma menor demanda<br />
para construção civil, mas as exportações<br />
também diminuíram. De janeiro a setembro de<br />
2019 o Canadá exportou -5% e os EUA -23%.<br />
Por outro lado, a China aumentou sensivelmente<br />
as importações de serrados em 2019<br />
(+15%), e nos primeiros nove meses a Rússia<br />
foi responsável por 60% da demanda das importações<br />
de serrados, substituindo parte do<br />
suprimento dos EUA, mas os preços caíram sendo<br />
atualmente os mais baixos desde 2016. A Alemanha<br />
também aumentou as exportações em 2019,<br />
atingindo nos primeiros três trimestres 8,2 milhões<br />
de m3, o maior volume dos últimos 10 anos.<br />
Existem, portanto, indícios de que o aumento<br />
na oferta de madeira na Europa não foi o fator<br />
principal da redução dos preços internacionais de<br />
produtos florestais. A demanda global por produtos<br />
florestais deverá continuar a aumentar e a<br />
expectativa é de recuperação dos preços, talvez<br />
em um novo patamar.<br />
Embora a demanda do mercado nacional<br />
para produtos florestais deva aumentar, e ser<br />
uma alternativa para a indústria brasileira, para<br />
mitigar riscos é importante investir em produtividade<br />
para manter a competitividade no mercado<br />
internacional.<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Projeto exige imagens para<br />
infração ambiental<br />
O Projeto de Lei 5786/19 estabelece que o<br />
auto de infração ambiental deverá ser instruído<br />
com fotografias e vídeos, exceto em caso de excepcionalidade<br />
comprovada, quando será acompanhado<br />
de relato circunstanciado do ocorrido. A<br />
proposta, do deputado José Medeiros (Pode-MT),<br />
tramita na Câmara dos Deputados. O texto insere<br />
a medida na Lei dos Crimes Ambientais. Apesar<br />
da prática já ser realizada, o projeto quer evitar<br />
que o Poder Público se utilize apenas de fé pública<br />
para aplicar a sanção. A exigência de fotografias<br />
e vídeos já está prevista no Decreto 6.514/08,<br />
que trata do processo administrativo federal para<br />
apuração dessas infrações ambientais. O projeto<br />
tramita em caráter conclusivo e será analisado<br />
pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento<br />
Sustentável; e de Constituição e Justiça e<br />
de Cidadania.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Operações<br />
garantidas<br />
Em um comunicado à imprensa, a direção da<br />
Morbark informou que as operações da Denis<br />
Cimaf no Brasil, após a aquisição pela Morbark e<br />
a subsequente aquisição da Morbark pela Alamo<br />
Group Inc. estão garantidas e que as mudanças<br />
previstas são positivas, pois a intenção das empresas<br />
é um envolvimento mais profundo com o<br />
mercado brasileiro. “Os mercados internacionais,<br />
principalmente os da América do Sul, são importantes<br />
para a Morbark e para o Grupo Alamo.<br />
Acreditamos que, ao fazer parte do Grupo Alamo,<br />
fortaleceremos nossas vendas e suporte internacional.<br />
Reiteramos o nosso compromisso em atender<br />
todos os nossos clientes, não importa onde<br />
eles estejam no mundo, continuamos forte<br />
como sempre”, descreve a nota assinada por John<br />
Foote, vice-presidente senior da Morbark.<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
Liberação para usar drones<br />
Foto: divulgação<br />
A Klabin, maior produtora e exportadora<br />
de papéis para embalagens do Brasil<br />
e pioneira na adoção do manejo florestal<br />
em forma de mosaico, é a primeira empresa<br />
do setor de papel e celulose a conseguir<br />
liberação da Anac (Agência Nacional de<br />
Aviação Civil) para operar veículos aéreos<br />
não tripulados (Vants ou drones), sem a<br />
necessidade de contato visual constante<br />
com uma equipe em terra. A Unidade<br />
<strong>Florestal</strong> da companhia, responsável pelo<br />
manejo de cerca de 216 mil ha (hectares)<br />
de florestas nativas e mais de 239 mil ha<br />
de florestas plantadas de pínus e eucalipto,<br />
já utiliza drones em sua operação desde<br />
2014. Com a liberação, poderá realizar<br />
voos de até 400 pés - aproximadamente<br />
120m (metros) - de altura e a um raio de 5<br />
km (quilômetros) de distância. Antes, as distâncias eram limitadas a 500m do ponto de decolagem. Por meio do novo sistema,<br />
a operação é observada em tempo real, seja para captar imagens aéreas da região quanto para ajudar na prevenção de<br />
pragas, doenças, possíveis incêndios florestais, dentre outras atividades.<br />
Projeto quer isentar ITR<br />
Um projeto de lei do deputado Schiavinato (PP-<br />
-PR) quer isentar o pagamento do Imposto sobre<br />
a ITR (Propriedade Territorial Rural) de produtores<br />
que utilizam a biomassa para produzir energia<br />
elétrica. Segundo o parlamentar, a biomassa é uma<br />
das maiores fontes de energia disponíveis na área<br />
rural, aparecendo na forma de resíduos vegetais e<br />
animais, tais como restos de colheita, esterco animal<br />
e efluentes agroindustriais. Schiavinato avalia,<br />
no entanto, que o alto custo de implantação ainda<br />
é o principal limitador para a disseminação desse<br />
modelo de geração. Como maneira de melhorar as<br />
condições de investimento, a isenção do ITR seria<br />
uma das alternativas propostas. O projeto de lei<br />
6146/19 ainda precisa ser analisado em caráter<br />
conclusivo pelas comissões de Minas e Energia; de<br />
Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento<br />
Rural; de Finanças e Tributação; e de<br />
Constituição e Justiça e de Cidadania.<br />
Foto: divulgação<br />
Fevereiro <strong>2020</strong><br />
19
NOTAS<br />
Balança do Dnit trará<br />
prejuízos ao setor florestal<br />
Em vigor desde janeiro, a Portaria do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) nº 139/<strong>2020</strong>,<br />
que autorizou a instalação de uma balança com o objetivo de restringir o peso dos caminhões que trafegam na BR-<br />
174/MT, em Mato Grosso, tem uma previsão de aumentar em 30% o custo do frete, para todas as atividades que<br />
necessitam escoar sua produção aos grandes centros consumidores do país e do exterior. Representantes do setor<br />
florestal se manifestaram contra a portaria através de um abaixo assinado.<br />
A medida limita a 48,5t (toneladas) o transporte de cargas pela rodovia, no trecho que compreende os municípios<br />
de Castanheira, Juruena e Colniza, localizadas entre os quilômetros 825 e 1.188 da BR-174/MT. A decisão leva em consideração<br />
as fortes chuvas e o alagamento de rios na região, em especial o rio Vermelho, onde recentemente o nível<br />
da água ultrapassou 1,5 metro o nível da ponte. Embora a Portaria pondere as chuvas como fator sazonal, a decisão<br />
em limitar o transporte de cargas deverá permanecer. “Estudamos a possibilidade de escoar por rotas alternativas.<br />
Mas são aproximadamente 200 km (quilômetros) de desvio nesse trecho. Então fizemos um levantamento dos impactos<br />
que a decisão irá gerar, uma vez que a maior parte dos veículos que trafegam ali é do tipo bitrem. Estimamos,<br />
assim, um aumento de aproximadamente 30% no custo do frete e, consequentemente, além uma redução no volume<br />
de empregos gerados direta e indiretamente na região, diante da evidente falta de veículos para suprir a demanda”,<br />
concluiu o presidente do Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato<br />
Grosso), Rafael Mason.<br />
O Cipem, o Simno (Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso) e o Sindilam<br />
(Sindicato das indústrias de Laminados e Compensados) estão realizando um abaixo assinado para demonstrar a<br />
insatisfação popular contra a decisão e já colheram 2.108 assinaturas.<br />
Foto: divulgação<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Tecnologia em equipamentos<br />
florestais<br />
A Divisão de Agricultura da Hexagon, com sede<br />
e fábrica em Florianópolis (SC), anunciou parceria<br />
inédita com a empresa Komatsu para o setor florestal.<br />
A japonesa está no Brasil, em Suzano (SP), desde 1975<br />
e atua nos segmentos rodoviários, ferroviários, aeroportuários,<br />
hidroelétricos, petroquímicos e florestais.<br />
O gerente geral florestal da Hexagon, Ronaldo Soares,<br />
conta que o elo firmado irá trazer muitos benefícios<br />
para área florestal. “A Komatsu é referência na<br />
fabricação de maquinários. Estamos muito satisfeitos<br />
com essa aliança, pois sabemos que vamos fazer (e<br />
já estamos fazendo) grandes realizações para o setor,<br />
otimizando o tempo de plantio, por exemplo”, comemora. As negociações entre as empresas iniciaram em 2015. Desde então,<br />
a parceria se firmou e já começou a render frutos, como a plantadeira mecanizada. A D61 Planter Komatsu é um equipamento<br />
que abre a nova fase do setor por passar o plantio de manual para mecanizado. “Com a tecnologia Hexagon, o gerenciamento<br />
das plantas fica totalmente automatizado, onde ocorre a canalização da muda, abertura da cova, alimentação da muda, fechamento<br />
da cova, compactação do solo e irrigação. Dessa forma, atingimos a velocidade de três plantas a cada 12 segundos,<br />
chegando a plantar mais de 900 mudas por hora”, explica Sandro Soares, gerente de engenharia da Komatsu Forest. Outro<br />
equipamento Komatsu com tecnologia embarcada da plataforma HxGN AgrOn é o trator de esteira, que prepara o solo para a<br />
plantadeira. “A preparação do solo é crucial para o desempenho da plantadeira. Para isso, usamos o AgrOn Piloto Automático,<br />
que nos permite planejar a rota e maximizar o solo.”<br />
Foto: divulgação<br />
TECNOLOGIA<br />
A Hexagon é líder global em sensores, software e soluções autônomas. A divisão de Agricultura da Hexagon oferece tecnologias<br />
que convertem dados em informações inteligentes que otimizam as operações florestais.<br />
Premiação de melhores veículos<br />
Foto: divulgação<br />
A Mercedes-Benz foi a grande vencedora do<br />
Prêmio Lótus <strong>2020</strong>, uma das principais premiações<br />
de veículos comerciais do Brasil. A Empresa<br />
foi destaque em oito categorias entre caminhões,<br />
ônibus e comerciais leves, que foram avaliadas no<br />
levantamento organizado pela Editora Frota, baseando-se<br />
nos dados de emplacamento do Renavam<br />
de 2019. Além de “Marca do Ano em Caminhões”<br />
pela quarta vez seguida, a Mercedes-Benz também<br />
ficou com o título de “Marca do Ano em Caminhões<br />
Leves”, após 13 anos. Com a Linha Sprinter, são três<br />
conquistas: “Marca do Ano em Caminhões Semileves”,<br />
além de “Minibus do Ano” com a van Sprinter<br />
e “Caminhão Semileve do Ano” com a Sprinter 415.<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Clone florestal<br />
ilegal<br />
O clone VCC 975, desenvolvido pelo<br />
Programa de Melhoramento Genético da<br />
Veracel Celulose, foi plantado sem sua autorização<br />
fora das propriedades da empresa e<br />
de seus parceiros florestais. O certificado de<br />
origem do clone VCC 975 está sob número<br />
22126 no Registro Nacional de Cultivares de<br />
outubro de 2007. A empresa informou que<br />
não fornecerá o clone visando a produção<br />
de mudas por terceiros, exceto para viveiros<br />
contratados por ela própria ou por seus acionistas.<br />
A multiplicação genética, de forma<br />
ilegal e sem o consentimento da empresa<br />
que detém o registro, viola o artigo 225,<br />
parágrafo 1º, II, da Constituição e é passível<br />
inclusive de ação judicial.<br />
Foto: arquivo<br />
Foto: divulgação<br />
Controle<br />
remoto<br />
Projetada com base nas demandas do mercado,<br />
os novos controles remotos portáteis da Danfoss<br />
atendem a necessidade de uma ampla variedade de<br />
aplicações nos mercados florestal, agricultura, marítimo,<br />
indústria, entre outros. O Ikompact da Danfoss<br />
é uma unidade portátil projetada exclusivamente<br />
para aplicações móbeis e funciona na banda universal<br />
de 2,4 GHz, ou seja, indicada para guindastes de<br />
serviços/utilitários. O Ikompact tem dois modelos: o<br />
Ikompact 8 (8 botões pressionáveis) e o Ikompact 12<br />
(12 botões pressionáveis), que dependem da quantidade<br />
de funções de cada projeto. Mais nova solução<br />
para aplicações de ponte rolante padrão, o Ikore da<br />
Danfoss foi projetado com tamanho pequeno e baixo<br />
peso, mas sem sacrificar a robustez. Pronto para<br />
operar na banda universal de 2,4 GHz, a novidade<br />
tem ergonomia aperfeiçoada para evitar que o usuário<br />
sofra com fadiga postural.<br />
24 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Fnbf elege nova diretoria<br />
Foto: divulgação<br />
O Fnbf (Fórum Nacional das Atividades<br />
de Base <strong>Florestal</strong>) elegeu a nova diretoria<br />
que irá comandar a instituição durante o<br />
triênio <strong>2020</strong>/2023. Quem assumiu a presidência<br />
é o empresário de Alta Floresta (MT),<br />
Frank Rogieri de Souza Almeida, membro do<br />
Cipem (Conselho Administrativo do Centro<br />
das Indústrias Produtoras e Exportadoras de<br />
Madeira do Estado de Mato Grosso). “Nossa<br />
proposta de trabalho é congregar os anseios<br />
de todos os estados produtores de madeira<br />
nativa e criar uma agenda positiva para o desenvolvimento<br />
do setor”, pontuou Rogieri. O novo presidente, que também é vice-presidente do Simenorte (Sindicato dos Madeireiros<br />
do Extremo Norte de Mato Grosso) e da Fiemt (Federação das Indústrias no Estado), assume a entidade com a missão<br />
de ampliar a base associativa e de congregar as pautas do setor junto ao governo federal. Atualmente, o Fórum é formado por<br />
24 entidades com sedes no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Rondônia<br />
e Roraima, que, juntas, reúnem mais de 3.500 empresas associadas.<br />
ALTA<br />
CONSELHO DA AMAZÔNIA<br />
A iniciativa do governo federal em criar a secretaria da<br />
Amazônia e o Conselho da Amazônia, a ser coordenado<br />
pelo vice-presidente Hamilton Mourão, e da Força<br />
Nacional Ambiental. A ação surge como uma resposta,<br />
especialmente aos órgãos internacionais, sobre as<br />
notícias negativas relacionadas a proteção às florestas<br />
brasileiras.<br />
FEVEREIRO <strong>2020</strong><br />
AUMENTO DO FRETE<br />
A decisão do Dnit em cobrar pelo peso dos caminhões<br />
que trafegam na BR-174/MT vai afetar a economia<br />
brasileira, a geração de emprego e renda de vários<br />
setores, entre eles os de produção de madeira,<br />
agropecuária, soja e demais mercadorias produzidas<br />
no Estado do Mato Grosso e que são escoadas para<br />
o Brasil. A portaria não considerou toda a cadeia de<br />
impacto negativo.<br />
BAIXA<br />
26 www.referenciaflorestal.com.br
FRASES<br />
Foto: divulgação<br />
“Além de ser renovável,<br />
a biomassa gera baixas<br />
quantidades de poluentes,<br />
favorece o reaproveitamento de<br />
recursos, é fácil de transportar e<br />
possui baixo custo de operação.<br />
Necessitamos estabelecer<br />
incentivos aos produtores, como<br />
forma de compensação desses<br />
investimentos”<br />
Deputado Schiavinato (PP-PR) sobre o projeto de lei que quer<br />
isentar o pagamento do Imposto sobre a ITR (Propriedade<br />
Territorial Rural) de produtores que usam biomassa<br />
É essencial que todos se preparem para<br />
as oportunidades que virão. A gente<br />
vê, por exemplo, o crescimento de Três<br />
Lagoas; frequentemente o município está<br />
entre as 10 cidades que mais crescem no<br />
Brasil. Ribas do Rio Pardo agora deve se<br />
desenvolver ainda mais. E acreditamos<br />
que outros projetos virão, temos<br />
escutado de especialistas da área que,<br />
entre 2025 e 2030, teremos mais duas<br />
fábricas de celulose operando, então o<br />
potencial é enorme<br />
Moacir Reis, presidente da Associação Sul-Mato-<br />
Grossense de Produtores e Consumidores de<br />
Florestas Plantadas (Reflore/MS)<br />
“O novo código acelera, sim, o<br />
processo de licenciamento, mas com<br />
a responsabilidade ambiental, com<br />
a fiscalização e a atuação firme do<br />
governo do Estado para coibir as más<br />
ações sem prejudicar aqueles que têm<br />
histórico de boas práticas”<br />
Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite,<br />
durante a cerimônia para sancionar o novo Código<br />
Ambiental do Rio Grande do Sul<br />
“A nossa equipe poderá operar com mais segurança, já que<br />
não precisará mais se deslocar para áreas muito próximas<br />
aos terrenos plantados para fazer as imagens. Além disso,<br />
a Klabin poderá aumentar a sua produtividade, já que o<br />
raio de alcance do drone aumenta. A autorização trará<br />
mais propriedade, segurança e resultados assertivos nos<br />
monitoramentos florestais”<br />
Marino Moreira, líder da<br />
equipe de Vant (Veículo<br />
Aéreo Não Tripulado) da<br />
Klabin, sobre o pioneirismo<br />
da empresa na utilização de<br />
drones pela empresa<br />
28 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
DESBUROCRATIZAR<br />
O SETOR É O DESAFIO<br />
DA FNBF<br />
Debureaucratization<br />
the sector is the challenge<br />
of the Fnbf<br />
E<br />
mbora sua formação seja na área de medicina<br />
veterinária, Frank Rogieri de Souza Almeida dedica<br />
sua carreira ao setor de base florestal, com<br />
atuação principalmente em intuições dedicadas a<br />
fortalecer a área. Em <strong>2020</strong>, ele assume o desafio de presidir o<br />
Fnbf (Fórum Nacional de Atividades de Base <strong>Florestal</strong>) e, em<br />
entrevista exclusiva a REFERÊNCIA FLORESTAL, ele comenta os<br />
projetos da nova diretoria.<br />
ENTREVISTA<br />
Frank Rogieri de<br />
Souza Almeida<br />
Foto: divulgação<br />
DATA E LOCAL DE NASCIMENTO<br />
10/06/1976 - Natural de Assis Chateaubriand (PR)<br />
June 10, 1976 - Assis Chateaubriand (PR)<br />
A<br />
lthough his education is in the area of veterinary<br />
medicine, Frank Rogieri de Souza Almeida has<br />
dedicated his career to the Forest-based Sector,<br />
mainly working with institutions dedicated to<br />
strengthening the area. In <strong>2020</strong>, he takes on the challenge of<br />
presiding over the National Forum for Forest-Based Activities<br />
(Fnbf) and, in an exclusive interview with REFERÊNCIA FLORES-<br />
TAL, he comments on the projects of the new administration.<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Membro do Conselho Administrativo do Cipem (Centro das<br />
Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de<br />
Mato Grosso)<br />
Vice-presidente do Simenorte (Sindicato dos Madeireiros do<br />
Extremo Norte de Mato Grosso) e da Fiemt (Federação das<br />
Indústrias no Estado)<br />
Member Administrative Council, State of Mato Grosso Center for<br />
Timber Producers and Exporters (Cipem), Vice President, State<br />
of Mato Grosso Syndicate of Forest Producers (Simenorte), and<br />
State of Mato Grosso Industry Federation (Fiemt)<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
Médico Veterinário formado pela Ufmt (Universidade<br />
Federal de Mato Grosso)<br />
Veterinary Medicine, Federal University of Mato Grosso (Ufmt)<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
Acredito que é um bom<br />
momento, que nós<br />
vivemos um momento de<br />
oportunidade. Nós viemos de<br />
16 anos de um Governo que<br />
criminalizou e praticamente<br />
inviabilizou nosso setor<br />
em diversas frentes, nos<br />
transformaram em grandes<br />
vilões do meio ambiente<br />
>> Como avalia o momento para o setor florestal no Brasil?<br />
Acredito que é um bom momento, que nós vivemos um momento<br />
de oportunidade. Nós viemos de 16 anos de um Governo<br />
que criminalizou e praticamente inviabilizou nosso setor<br />
em diversas frentes, nos transformaram em grandes vilões<br />
do meio ambiente. Distorceram os fatos e fizeram com que<br />
grande parte da população na massa brasileira e mundial tivesse<br />
uma visão distorcida do que é o setor de base florestal.<br />
Hoje estamos enxergando a oportunidade de mostrar a verdade,<br />
de falarmos que a preservação de floresta é existente hoje<br />
no mundo. Uma vez que, através do manejo florestal sustentável,<br />
nós conseguimos conciliar a preservação ambiental da<br />
flora, fauna e o desenvolvimento social e econômico da região<br />
Amazônica Brasileira. Então, a maior ferramenta que tem<br />
de aplicação mais rápida e mais eficaz é isso. O manejo, nada<br />
mais é do que essa conciliação e, nós, enquanto setor de base<br />
florestal, mais do que nenhum outro setor precisamos da<br />
floresta em pé. Para isso, o Governo precisa nos dar as condições<br />
para execução desse manejo florestal, parte em alguns<br />
Estados pela regularização fundiária, pela ordenação, projeto<br />
de manejo corretamente e pela desburocratização como um<br />
todo, além de desmistificar a execução e a exploração florestal<br />
no Brasil. Temos um enorme potencial, nós temos a maior<br />
parte da floresta nativa do mundo e detemos pouco mais de<br />
1% do mercado mundial de madeira serrada, beneficiada e<br />
etc. Ou seja, é uma riqueza muito grande que está aí a mercê<br />
e os empresários, que tem coragem e expertise para fazer,<br />
sofrem demais. É muito difícil você trabalhar com produção<br />
florestal na Amazônia Brasileira. Vejo que isso é tangível e<br />
nós vamos fazer de tudo para atingirmos esse objetivo.<br />
How do you see the Forest Sector in Brazil at the moment?<br />
At the moment, I believe the Forest Sector is doing well<br />
and that we are living in a time with many opportunities.<br />
We have spent 16 years with a Government that<br />
criminalized and practically made our Sector impossible<br />
to operate in, on several fronts, and turned us into the<br />
villains of the environment. It has distorted the facts<br />
and has led to a large part of the population in Brazil,<br />
and the world, having a distorted view of the Brazilian<br />
Forest-based Sector. Today, we have the opportunity<br />
to bring out the truth, to say that, today, forest preservation<br />
exists in the world. Since, through Sustainable<br />
Forest Management, we have been able to reconcile<br />
the environmental preservation of flora, fauna, and<br />
the social and economic development of the Brazilian<br />
Amazon Region. So, the best tool that results in a quicker<br />
and more effective application is this reconciliation.<br />
Sustainable Forest Management is nothing more than<br />
this reconciliation, and we, as the Forest-based Sector,<br />
more than any other sector, need a standing forest. For<br />
this, the Government needs to give us the conditions to<br />
carry out forest management, in some States by land<br />
regularization, order, correct management projects, and<br />
debureaucratization as a whole, in addition to demystifying<br />
forest activities in Brazil. We have enormous<br />
potential, have the largest part of the native forest in<br />
the world, and hold just over 1% of the world market for<br />
sawn wood, lumber, etc. That is, there is great wealth<br />
waiting to be exploited, but entrepreneurs, who have the<br />
courage and expertise to do so, suffer much too much. It<br />
is very difficult for one to work with forest production in<br />
the Brazilian Amazon. I see overcoming this is a tangible<br />
goal and we will do everything we can to achieve this.<br />
In this scenario, what are the main challenges for the<br />
new administration?<br />
Today, the world is behind sustainability and the environmentally<br />
correct. So that’s the challenge. We have<br />
to reach out to our consumer, the citizen who wants<br />
to build a house, the woodworker, the carpenter, and<br />
the bricklayer and show them that wood is a natural<br />
material, that they, when using wood, they are helping<br />
the environment and using a product that above all is<br />
100% renewable. There is nothing used in construction<br />
more renewable than wood. From the moment when<br />
we harvest a mature tree, it is already in the dying<br />
stage, starting to rot; forest management turns it into<br />
a beam, plank, board, or block. There, we make room<br />
for renewal. Seeds will emerge and 10, 15, 20, and 30<br />
new trees will emerge in that place. The tree plays an<br />
important role in ecological balance, which is carbon<br />
sequestration and it does so as a young tree is born and<br />
keeps growing. It’s born and reproduces, and completes<br />
its role. It is in a putrefaction stage when we harvest it<br />
for use in architecture, engineering, and interior design.<br />
Fevereiro <strong>2020</strong><br />
31
32 www.referenciaflorestal.com.br
Fevereiro <strong>2020</strong> 33
34 www.referenciaflorestal.com.br
A FEIRA DA<br />
INDÚSTRIA<br />
DO EUCALIPTO<br />
O Show <strong>Florestal</strong> MS é a nova feira florestal nacional, que<br />
vem para impulsionar o crescimento do mercado industrial<br />
de florestas plantadas, promover inovação e gerar negócios.<br />
A cidade de Três Lagoas em Mato Grosso do Sul, vai receber<br />
um novo conceito de feira em <strong>2020</strong>, com:<br />
info@malinovski.com.br<br />
www.showflorestal.com.br<br />
Organização:<br />
Apoio Master:<br />
+55 (41) 9 9924-3993<br />
+55 (41) 3049-7888
36 www.referenciaflorestal.com.br
Em novembro...<br />
Patrocinadores:<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
www<br />
revistareferencia.com.br<br />
/referenciamadeira<br />
comercial@revistareferencia.com.br
PRINCIPAL<br />
MÁQUINA ANFÍBIA OPERADA<br />
POR RÁDIO CONTROLE<br />
Baixo consumo com<br />
alta produtividade e<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
Fotos: divulgação<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
Low consumption<br />
with high<br />
productivity and<br />
sustainability<br />
More technological customized<br />
machines increase production<br />
potential, reduce fuel consumption by<br />
up to 30%, and, thereby, emit less CO 2<br />
to the atmosphere<br />
Máquinas mais<br />
tecnológicas e<br />
customizadas aumentam<br />
o potencial de produção,<br />
reduzem o consumo<br />
de combustível em<br />
até 30% e, com isso,<br />
emitem menos CO 2<br />
para a<br />
natureza<br />
Aunião de alta produtividade e baixo consumo de<br />
combustível, em uma operação mais segura e<br />
que beneficia o meio ambiente, é uma realidade<br />
no setor florestal. Pioneira na customização de<br />
equipamentos com essas qualidades, o Grupo<br />
AIZ tem se destacado com soluções no ramo de manipulação.<br />
Considerada uma máquina versátil, os manipuladores de<br />
materiais possuem versões portuárias, estacionárias (onde<br />
podem atuar em grandes pátios com agilidade) e off road, ou<br />
seja, em locais de piso irregular . “É um equipamento que pode<br />
T<br />
he union of high productivity and low fuel consumption,<br />
within a safer operating setting that<br />
benefits the environment, is a reality in the Forest<br />
Sector. A pioneer in equipment customization<br />
with these qualities, the AIZ Group has stood out<br />
with solutions in the materials handling field.<br />
Considered versatile machines, material handlers come<br />
in various versions: stationary (where they can act in large<br />
yards with agility), and ‘off-road’, i.e., in irregular terrain<br />
locations. “It is a machine that can be adapted according to<br />
the customer’s needs. In port areas, it can be used to load<br />
barges, whereby can adapt to tidal changes,” explains Ricardo<br />
Simon, from the Sales Sector of the Group. Another feature of<br />
this version is visibility for the operator, with a height of up to<br />
12 meters, and the machine can be used on a pier, barge or<br />
ship. With this, it is possible for trucks to circulate under the<br />
structure. And in this way, you can see all the steps and, thus,<br />
operate more safely. Materials handling using a portico-type<br />
base in forest and port areas is adaptable to other functions,<br />
with the possibility of moving at a speed of approximately<br />
4 km/h, which allows for greater flexibility as to solutions.<br />
MACHINERY ON WHEELS<br />
The big differential, in the case of tired materials handlers,<br />
is that moving from one place to another can easily be carried<br />
out at speeds of up to 10 km/hour. Massive and automatically<br />
calibrated tires allow for greatly safer agility in movement.<br />
One of the ‘stars’ of the Group is the PMH 36 materials<br />
handler that has been in operation for a few months in a large<br />
pulp mill. The machinery handles 600 metric tons per hour,<br />
Fevereiro <strong>2020</strong><br />
39
PRINCIPAL<br />
ser adaptado conforme a necessidade do cliente. Em áreas de<br />
porto, pode ser aplicado em carregamento de balsa, de forma<br />
que se adeque às mudanças da maré”, explica Ricardo Simon,<br />
do setor comercial do grupo. Outra característica dessa versão<br />
é a visibilidade para o operador, com uma altura de até 12m<br />
(metros), podendo ser aplicada no cais, balsas ou navios. Com<br />
isso, é possível caminhões circularem embaixo da estrutura.<br />
Dessa forma, é possível visualizar todas as etapas e, assim,<br />
operar com mais segurança. A manipulação sobre pórtico para<br />
a área florestal e portuária é adaptável para outras funções,<br />
com a possibilidade de deslocamento em uma velocidade<br />
de aproximadamente 4 Km/h (quilômetros por hora), o que<br />
torna uma solução flexível.<br />
MAQUINÁRIO SOBRE PNEUS<br />
O grande diferencial, nos casos de manipuladores sobre<br />
pneus, é o deslocamento com facilidade em velocidades de<br />
até 10 km/h. Pneus maciços ou calibrados automaticamente<br />
permitem maior agilidade de locomoção com segurança.<br />
Uma das estrelas do grupo é o Manipulador PMH 36 que<br />
está em operação, há alguns meses, em uma grande fábrica<br />
de celulose. O maquinário manipula 600t/h (toneladas por<br />
at a reduced rotation of 1550 rpm. “We designed an excess<br />
operating capacity into the machine, which generates safer<br />
operations. It is possible to put a larger claw and increase productivity<br />
up to 700 tons per hour. This working in low rotation<br />
reduces fuel consumption and emissions,” highlights Ronaldo<br />
Fernandes, Applications Engineer for the Group. According to<br />
him, AIZ came out in front of five other companies worldwide<br />
in this case because it was able to configure its equipment<br />
with a high productivity and low operating cost. “We stipulate<br />
the fuel consumption of the equipment in our contracts. We<br />
succeed in surpassing this target. Today, the equipment is<br />
operating at 17 liters per hour, which is a reduction of around<br />
25% in fuel costs when compared to that of competitors,” he<br />
explains. “At the end of the life of this machine, the value of<br />
the savings exceeds about 50% of the purchase price,” he adds.<br />
The Applications Engineer also points out that the improvement<br />
also is reflected in the useful life of the equipment,<br />
which becomes longer. “It is a machine that works 22 to 23<br />
hours a day, Monday to Monday. As we have excess operational<br />
capacity in the engine, there is lower wear on the<br />
equipment,” explains Applications Engineer Fernandes.<br />
EQUIPAMENTO DO GRUPO AIZ<br />
EXPOSTO NA FENATRAN 2019<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br
Fevereiro <strong>2020</strong> 41
42 www.referenciaflorestal.com.br
Fevereiro <strong>2020</strong> 43
ESPÉCIE<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br
GARAPA:<br />
durabilidade<br />
e resistência<br />
Madeira atrai<br />
principalmente a<br />
construção civil<br />
e naval pelo seu<br />
potencial de uso em<br />
longo prazo<br />
Árvore de grande porte, podendo alcançar<br />
entre 25 a 35m (metros) de altura, a Garapa<br />
(Apuleia leiocarpa - J. Vogel J.- F. Macbr.) atrai<br />
principalmente a construção civil e naval. Ela<br />
pode substituir madeiras resistentes e duráveis<br />
para construção pesada e leve, externa e interna, tais<br />
como angelim-pedra e angelim-vermelho, angico, cupiúba,<br />
ipê, itaúba, jatobá, muiracatiara, pau-roxo, sucupira, além<br />
de outras.<br />
Popularmente é conhecida como amarelinho, devida a<br />
sua cor de tom amarelada e bege, podendo ser chamada<br />
também de, conforme a localidade, barajuba, garapeira, gema-de-ovo,<br />
grápia, grapiapúnha, jataí-amarelo, muirajuba<br />
e muiratuá.<br />
No Brasil, essa espécie é comumente encontrada na<br />
Amazônia e Mata Atlântica, principalmente nos seguintes<br />
estados: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo,<br />
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná,<br />
Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo. O “Catálogo<br />
de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil”, produzido<br />
pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de<br />
São Paulo) traz as principais informações técnicas sobre a<br />
madeira da espécie Garapa.<br />
Fotos: divulgação<br />
CARACTERÍSTICAS GERAIS<br />
Características sensoriais: cerne e alburno distintos pela<br />
cor, cerne variando de bege-amarelado a castanho-amarelado;<br />
superfície lustrosa e lisa ao tato; cheiro e gosto imperceptíveis;<br />
densidade média; dura ao corte; grã revessa;<br />
textura média.<br />
Fevereiro <strong>2020</strong><br />
45
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LEGISLAÇÃO<br />
Novo Código Ambiental do<br />
Rio Grande do Sul:<br />
CONFIRA AS PRINCIPAIS<br />
MUDANÇAS<br />
Foto: Fabiano Mendes<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br
Sancionada no dia 9 de janeiro, legislação altera a Lei<br />
11.520, de 2000, que esteve em vigor durante 20 anos<br />
Fevereiro <strong>2020</strong><br />
49
LEGISLAÇÃO<br />
Aproximadamente 400 mudanças estão previstas<br />
no novo Código Ambiental do Rio Grande<br />
do Sul, aprovado pela Assembleia Legislativa<br />
na primeira quinzena de dezembro de 2019<br />
e sancionada pelo governador Eduardo Leite<br />
(Psdb) em 9 de janeiro de <strong>2020</strong>. Nos próximos meses, o<br />
governo irá fazer a regulamentação de alguns artigos da<br />
legislação e encaminhar ao Consema (Conselho Estadual<br />
do Meio Ambiente) a lista de cerca de 20 atividades empresariais<br />
que poderão ser enquadradas na LAC (Licença<br />
Ambiental por Compromisso), considerada um dos principais<br />
pontos de mudança.<br />
A partir de agora, para emissões referentes à LAC o<br />
empreendedor vai poder realizar por vias digitais eletrônicas<br />
(internet), onde poderá lançar a sua documentação<br />
e obter de forma mais rápida a aprovação do empreendimento.<br />
Ou seja, a partir da nova norma a localização,<br />
instalação e a operação de atividade ou empreendimento<br />
poderá ser solicitada online a partir da assinatura e do<br />
envio do empreendedor da DAC (Declaração de Adesão e<br />
Compromisso), que é um documento em que ele atesta<br />
que atende aos requisitos estabelecidos pelo poder público<br />
e respeita as disposições do Consema. O órgão é quem<br />
vai emitir uma lista com as atividades e empreendimentos<br />
contemplados e, de acordo com a legislação, não há um<br />
prazo determinado para ele manifestar essa listagem.<br />
CONFIRA AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DO CÓDIGO<br />
AMBIENTAL DO RIO GRANDE DO SUL:<br />
COMO ERA NO CÓDIGO AMBIENTAL ANTERIOR:<br />
1. Processo físico:<br />
• Exigência de cópias físicas do EIA-Rima (Estudo e do<br />
Relatório de Impacto Ambiental).<br />
2. LAC (Licença Ambiental por Compromisso)<br />
• LP (Licença Prévia)<br />
• LI (Licença de Instalação)<br />
• LO (Licença de Operação)<br />
3. Validade das licenças ambientais oscilavam entre 1<br />
a 5 anos.<br />
4. A implementação de qualquer empreendimento em<br />
um raio de 10 km (quilômetros) de uma UC (Unidade de<br />
Conservação) exigia a autorização do gestor da UC.<br />
5. Não descreve nada com relação à proteção ao bioma<br />
Pampa (ecossistema que ocupa 2,3% do território nacional<br />
e está distribuído somente no Rio Grande do Sul).<br />
6. Sem previsão sobre o Aprimoramento do poder de<br />
polícia dos órgãos ambientais.<br />
7. Sem previsão de benefícios para os empreendedores<br />
com boas práticas.<br />
8. Sem previsão de proteção dos vulneráveis e do pequeno<br />
agricultor.<br />
COMO FICOU NO CÓDIGO AMBIENTAL NOVO:<br />
1. Processo digital:<br />
• Fomento ao uso do sistema online de licenciamento.<br />
• Eia-Rima será disposto de modo digital (arts. 70 e<br />
76).<br />
2. LAC: Procedimento eletrônico que autoriza a instalação<br />
e a operação da atividade ou empreendimento,<br />
mediante declaração de adesão e compromisso (DAC: Art.<br />
54 §8º) do empreendedor aos critérios, pré-condições,<br />
documentos, requisitos e condicionantes ambientais estabelecidos<br />
pela autoridade licenciadora, respeitadas as<br />
disposições definidas pelo Consema (Conselho Estadual de<br />
Meio Ambiente).<br />
• LP<br />
• LI<br />
• LO<br />
• LU (Licença Única): Autoriza atividades com impactos<br />
e portes reduzidos, unificando as etapas do procedimento<br />
licenciatório;<br />
• LOR (Licença de Operação e Regularização): Regulariza<br />
o empreendimento ou a atividade em funcionamento<br />
sem licenciamento prévio, avaliando suas condições de<br />
instalação e permitindo a continuidade de sua operação<br />
mediante condicionantes de controle ambiental.<br />
3. O limite de validade das licenças ambientais, que em<br />
convergência com a legislação federal, terão prazos que<br />
variam até 10 anos, dependendo da situação.<br />
4. O novo código revogou o entorno UC para fins de<br />
licenciamento ambiental. Mantém a restrição em um raio<br />
a partir de 2 Km da UC.<br />
5. Previsão da proteção ao bioma Pampa no art. 203,<br />
combinado com o art. 2º, inciso XXXIX. Consolida-se a obrigação<br />
legal de protegê-lo.<br />
6. Aprimoramento do poder de polícia dos órgãos ambientais<br />
(art. 104):<br />
I - apreensão;<br />
II - embargo de obra ou de atividade e de suas respectivas<br />
áreas;<br />
III - suspensão de venda ou de fabricação de produto;<br />
IV - suspensão parcial ou total de atividades;<br />
V - destruição ou inutilização dos produtos, dos subprodutos<br />
e dos instrumentos da infração;<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
Fevereiro <strong>2020</strong> 51
ECONOMIA<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
Mercado interno e exportações:<br />
EXPECTATIVAS DIVERGENTES<br />
PARA <strong>2020</strong><br />
A partir de uma análise do mercado nacional e internacional de 2019,<br />
Abimci faz projeção para a indústria da madeira neste ano<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Fevereiro <strong>2020</strong><br />
53
ECONOMIA<br />
O<br />
mercado internacional de madeira, assim<br />
como outros demais segmentos, está<br />
enfrentando algumas imprevisibilidades<br />
de mercado devido às guerras comerciais<br />
em andamento. Os resultados apresentados<br />
no ano passado confirmam a expectativa que havia<br />
de manutenção dos volumes exportados, apesar das<br />
dificuldades comerciais enfrentadas, na visão da Abimci<br />
(Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />
Mecanicamente). No mercado interno, as expectativas<br />
são positivas, com a projeção de crescimento e retomada<br />
da economia em <strong>2020</strong>, conforme dados divulgados em<br />
dezembro pelo Ibge, e do aumento da confiança tanto do<br />
empresariado quanto do consumidor.<br />
Para o superintendente da Abimci, Paulo Pupo, as<br />
incertezas econômicas vêm alterando a dinâmica de<br />
fornecimento de produtos madeireiros em vários dos<br />
principais países importadores, o que torna um desafio<br />
fazer uma análise prematura e mais precisa de <strong>2020</strong>. Para<br />
ele, a expectativa é de que no início do ano algumas das<br />
principais negociações em andamento estejam alinhadas,<br />
para trazer normalidade ao comércio internacional. “O<br />
que se deve levar em conta na avaliação macro do mercado<br />
internacional em 2019 é certo descompasso ocorrido<br />
durante entre a oferta e a demanda em alguns países<br />
consumidores, somado as imprevisibilidades das guerras<br />
comerciais em andamento e da definição das taxações<br />
que estão sendo sugeridas para produtos madeireiros, em<br />
especial entre EUA (Estados Unidos da América) e China”,<br />
afirma.<br />
Para o mercado interno, o cenário é otimista, especialmente<br />
após o anúncio Cbic (Câmara Brasileira da<br />
Indústria da Construção) da possibilidade de a construção<br />
civil crescer 3% este ano, o que possibilitaria a geração<br />
de 150 a 200 mil empregos formais até dezembro. O<br />
segmento é um dos principais nichos para os produtos de<br />
madeira no Brasil. A projeção baseia-se no atual cenário<br />
de juros baixos e inflação controlada no país.<br />
BALANÇO<br />
Com base no balanço realizado pela Abimci, o ano<br />
de 2019 foi marcado por uma queda das exportações em<br />
vários produtos de madeira. Apesar da baixa, os números<br />
mantiveram um saldo positivo no geral, considerando a<br />
média brasileira. O compensado tropical teve um crescimento<br />
significativo no volume exportado, mas ainda abaixo<br />
do histórico das exportações brasileiras em décadas<br />
anteriores. A média mensal foi de 7.427 m³ (metros cúbicos).<br />
A limitação esbarra nas dificuldades de suprimento<br />
ocasionada pela falta de políticas públicas para o uso sustentável<br />
da floresta.<br />
Produtos como a madeira perfilada de pinus, predominantemente<br />
molduras, madeira serrada tropical e de<br />
pinus, portas e pellets praticamente mantiveram os volumes<br />
médio embarcados nos anos anteriores.<br />
RESUMO DAS EXPORTAÇÕES EM 2019<br />
O mercado internacional<br />
de madeira, assim como<br />
outros demais segmentos,<br />
está enfrentando algumas<br />
imprevisibilidades de<br />
mercado devido às guerras<br />
comerciais em andamento<br />
MADEIRA SERRADA E MADEIRA PERFILADA<br />
(PINUS E TROPICAL)<br />
MADEIRA SERRADA DE PINUS: O volume exportado<br />
em 2019 (relativo as NCM´s 44.07.10.00 a 44.07.19.00)<br />
totalizou 2.461.581 m3 registrando uma pequena queda<br />
de aproximadamente 4% comparado com os embarques<br />
realizados no ano anterior. Mas a série histórica dos últimos<br />
6 anos mostra a sequência da tendência da evolução<br />
das exportações brasileiras nos principais mercados internacionais,<br />
com aumento significativo do volume embarcado<br />
nesse período. Com uma média mensal de 205 mil<br />
m3 embarcados, o Brasil mostra solidez em seus volumes<br />
e uma grande capilaridade de destinos de nosso produto,<br />
com embarques para mais de 60 países.<br />
Destinos: Os 5 principais destinos do produto em<br />
2019: EUA, México, China, Arábia Saudita e Vietnã repetem<br />
a ordem de grandeza dos embarques do ano anterior<br />
e representaram em 2019 81,50% do total das exportações.<br />
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Fevereiro <strong>2020</strong> 55
POLÍTICA PÚBLICA<br />
MOBILIZAÇÃO PELA AMAZÔNIA:<br />
projetos focam em<br />
desenvolvimento sustentável<br />
Censipam apresenta propostas para agentes<br />
públicos em defesa da região<br />
Foto: divulgação<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
POLÍTICA PÚBLICA<br />
Ó<br />
rgãos e entidades brasileiras têm se<br />
mobilizado para conhecer os projetos<br />
desenvolvidos pelo Censipam (Centro<br />
Gestor e Operacional do Sistema de<br />
Proteção da Amazônia) que focam o<br />
desenvolvimento sustentável da Amazônia. Em janeiro,<br />
a diretoria do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) esteve<br />
em Brasília (DF) para visualizar essas propostas e,<br />
no último dia 10 de fevereiro, foi a vez do ministro do<br />
Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.<br />
O ministro conheceu o conceito operacional do<br />
Censipam, que busca a integração de dados para<br />
geração de produtos para monitoramento do desmatamento,<br />
de eventos extremos e de ilícitos na região.<br />
Para o diretor-geral do Censipam, José Hugo Volkmer,<br />
é preciso a sinergia de ações para buscar o desenvolvimento<br />
sustentável da Amazônia. “O Censipam é um<br />
órgão facilitador, que fornece informações e participa<br />
da coordenação das ações para atuação conjunta dos<br />
diversos órgãos do Estado”, explicou.<br />
O diretor apresentou os sistemas utilizados para<br />
combate ao desmatamento. “Como a Amazônia fica<br />
sob nuvens durante oito meses do ano, utilizamos o<br />
SAR (Satélite com Radar de Abertura Sintética), pois<br />
ele é capaz de captar imagens através das nuvens, o<br />
que não é possível com os satélites óticos”, expôs o<br />
diretor.<br />
Para o ministro Barroso, o Brasil precisa desenvolver<br />
projetos visando uma economia sustentável, que<br />
explore as riquezas naturais da floresta. “O mundo<br />
inteiro está de olho no que fazemos com a Amazônia<br />
e estão dispostos a financiar projetos que explorem e<br />
preservem a floresta. Precisamos ter as ideias certas<br />
para receber os recursos adequados”, alertou o ministro.<br />
MONITORAMENTO<br />
Durante a visita do SFB, o diretor-geral do órgão,<br />
Valdir Colatto, e membros da diretoria conheceram as<br />
ferramentas para monitorar o desmatamento na Ama-<br />
Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF<br />
“O mundo inteiro está de<br />
olho no que fazemos com a<br />
Amazônia e estão dispostos a<br />
financiar projetos que explorem<br />
e preservem a floresta.<br />
Precisamos ter as ideias certas<br />
para receber os recursos<br />
adequados”<br />
Luís Roberto Barroso, ministro do<br />
Supremo Tribunal Federal<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: divulgação<br />
Fevereiro <strong>2020</strong><br />
59
PESQUISA<br />
Estudo aponta o<br />
potencial da espécie<br />
Eschweilera para o<br />
MANEJO<br />
FLORESTAL<br />
Pesquisa revela como<br />
a árvore conhecida<br />
como Matamatá é pouco<br />
explorada apesar de<br />
características favoráveis a<br />
cadeia da madeira<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: Erico X.<br />
Fevereiro <strong>2020</strong><br />
61
PESQUISA<br />
RESUMO<br />
O<br />
baixo número de espécies florestais que atualmente<br />
são exploradas para fins madeireiros<br />
no Amazonas motivou a avaliar o desempenho<br />
da espécie Eschweilera, conhecida como<br />
Matamatá. Segundo a pesquisadora, Daniele<br />
Feitosa Fróes, as árvores desse gênero são espécies abundantes,<br />
amplamente distribuídas na floresta e possuem características<br />
importantes para o manejo florestal.<br />
A engenheira florestal Daniele Feitosa Fróes destaca que<br />
essas árvores não são exploradas devido à escassez de estudos<br />
sobre sua caracterização tecnológica e potencial, como<br />
usinagem e propriedades físicas que contribuam para a inclusão<br />
de novas espécies no mercado e sustentabilidade dos<br />
ecossistemas florestais. Por isso, ela desenvolveu uma pesquisa<br />
por meio do Posgrad (Programa Institucional de Apoio à<br />
Pós-Graduação Stricto Sensu), na Ufam (Universidade Federal<br />
do Amazonas).<br />
Para a pesquisa foram selecionadas duas espécies Eschweilera<br />
coriacea e Eschweilera truncata, para a caracterização<br />
da madeira, compreensão da densidade e retratibilidade, da<br />
parte mecânica, química e, por último, da usinagem que é a<br />
confecção da modelagem dos produtos. “Durante o estudo as<br />
madeiras de Eschweilera coriacea e Eschweira truncata apresentaram<br />
excelente desempenho na avaliação de usinagem,<br />
tendo recebido conceito excelente para os testes de plaina,<br />
lixa, perfuração por broca, moldura no topo e torno; bom<br />
para o teste de rasgo lateral por broca e; ruim para o teste de<br />
perfuração por prego, por conseguinte essas madeiras mostram<br />
excelente qualidade para usinabilidade”, disse.<br />
Foto: divulgação<br />
PRODUTOS MADEIREIROS<br />
Daniele explica que após o estudo e avaliação das madeiras<br />
foram desenvolvidos produtos com peças utilizadas nos<br />
processos de usinagem como: móveis, artigos de decoração,<br />
armação para óculos e escala para instrumento musical. “De<br />
forma geral, pode-se concluir que a madeira das espécies estudadas<br />
estão aptas para serem empregadas na confecção de<br />
produtos de alto valor agregado, podendo ser consideradas<br />
como alternativa para subsidiar o mercado madeireiro, uma<br />
vez que apresentam características similares às espécies comercializadas<br />
e também por serem espécies de grande ocorrência<br />
em toda a Amazônia”, ressalta.<br />
Os produtos foram desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar,<br />
composta por engenheiro florestal, designer, luthier<br />
e arquiteto com o intuito de projetar peças que possam<br />
ser replicadas pela indústria, considerando-se a praticidade<br />
no transporte, ou seja, todos os móveis produzidos podem<br />
ser desmontáveis e armazenados em caixas próprias.<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
RESULTADOS<br />
Conforme a pesquisadora, o estudo vai contribuir para o<br />
avanço da área de tecnologia da madeira e manejo florestal<br />
sustentável, oferecendo respostas para a utilização de madeiras<br />
que atualmente não são exploradas. “A pesquisa superou<br />
todas as expectativas, apresentando resultados excelentes,<br />
saldo totalmente positivo avaliou a qualidade das madeiras<br />
de Eschweilera coriacea e Eschweira truncata, habilitando o<br />
potencial madeireiro, afirmando que podem ser comercializadas<br />
em diferentes setores da indústria madeireira. Todavia, a<br />
pesquisa realizada indica direcionamento para outras pesquisas,<br />
como a investigação do potencial tecnológico de outras<br />
espécies de menores diâmetros e de elevada ocorrência na<br />
floresta. E o resultado mais importante seria a possibilidade<br />
de inserir essas espécies na lista de espécies de interesse comercial<br />
do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos<br />
Recursos Naturais Renováveis), que habilita as madeiras para<br />
comercialização”, relata Daniele Fróes.
Foto: Erico X.<br />
Fevereiro <strong>2020</strong><br />
63
AGENDA<br />
AGENDA<strong>2020</strong><br />
FEVEREIRO<br />
<strong>2020</strong><br />
Imagem: reprodução<br />
Oregon Logging Conference<br />
16 a 23<br />
Oregon, USA<br />
https://oregonloggingconference.com<br />
FEV<br />
<strong>2020</strong><br />
OREGON LOGGING CONFERENCE<br />
Todos os anos, fabricantes e distribuidores do mundo<br />
todo exibem a mais recente tecnologia no maior<br />
evento interno e externo de equipamentos florestais<br />
da região oeste do Mississippi, nos EUA (Estados<br />
Unidos da América). O evento existe desde 1938 e é<br />
um dos mais tradicionais do ramo.<br />
MARÇO<br />
<strong>2020</strong><br />
Expocorma<br />
25 A 27<br />
Coronel, Chile<br />
http://www.expocorma.cl<br />
ABRIL<br />
<strong>2020</strong><br />
AGO<br />
<strong>2020</strong><br />
SHOW FLORESTAL<br />
Imagem: reprodução<br />
Hdom Summiti<br />
7 A 8<br />
São Paulo (SP)<br />
www.hdomsummit.com.br<br />
Três Lagoas (MS), cidade que é a principal produtora<br />
de eucalipto do Brasil, irá sediar o Show <strong>Florestal</strong><br />
MS, evento que visa colocar a região centro-oeste<br />
como vitrine do setor florestal brasileiro em <strong>2020</strong>.<br />
Com a assinatura da Malinovski e apoio da Reflore,<br />
a feira nacional da indústria do eucalipto apresentará<br />
novidades, equipamentos e soluções florestais.<br />
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Disco de corte para Feller<br />
AGENDA<strong>2020</strong><br />
• Discos de corte com encaixe para<br />
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de acordo com o padrão da máquina<br />
MAIO<br />
<strong>2020</strong><br />
Detalhe de encaixe para<br />
ferramentas de 4 lados<br />
My Wood Home<br />
19 a 21<br />
Piracicaba (SP)<br />
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conforme modelo ou amostra<br />
• Discos especiais<br />
• Pistões hidráulicos<br />
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Mecânicos e Industriais Ltda<br />
ForMóbile<br />
30 a 3/7<br />
São Paulo (SP)<br />
www.formobile.com.br<br />
AGOSTO<br />
<strong>2020</strong><br />
Show <strong>Florestal</strong><br />
5 a 7<br />
Três Lagoas (MG)<br />
www.showflorestal.com.br<br />
Fevereiro <strong>2020</strong><br />
65
ESPAÇO ABERTO<br />
Foto: divulgação<br />
Como a construção<br />
civil vai ajudar<br />
A ECONOMIA?<br />
Por Wanderson Leite,<br />
fundador da Prospecta Obras e<br />
especialista em construtechs<br />
O setor é a aposta para a<br />
retomada econômica em <strong>2020</strong><br />
“U<br />
ma das alavancas do<br />
crescimento.” Esta é a<br />
definição da construção<br />
civil para o presidente<br />
do Banco Central,<br />
Roberto Campos Neto. De fato, o setor é o<br />
principal pilar da economia não só pela importância<br />
da moradia e o anseio dos brasileiros<br />
por conquistar o imóvel próprio, mas também<br />
pela capacidade de geração de empregos. Este<br />
segmento, que representa cerca de 10% do PIB<br />
brasileiro, emprega hoje 2,3 milhões de pessoas<br />
- isso em tempos de crise.<br />
É válido ressaltar que apenas 2% do material<br />
utilizado na construção civil é importado.<br />
Se analisarmos toda a cadeia de produção, as<br />
indústrias de materiais envolvidas, veja quanto<br />
emprego é gerado.<br />
Nos últimos anos, a construção civil vem<br />
sendo impulsionada por alguns fatores. Os principais<br />
são a queda na inflação e os juros baixos.<br />
Isso tem um impacto direto no poder de compra<br />
da população. Um imóvel é, geralmente, o<br />
maior investimento da vida de uma pessoa. Se<br />
ela não tem confiança na economia, dificilmente<br />
se sentirá segura para designar um valor tão<br />
alto.<br />
Para que a construção civil continue acelerada,<br />
é preciso manter as políticas de incentivo ao<br />
financiamento, não só de imóveis, mas de materiais<br />
também. Em março, a Caixa irá lançar uma<br />
linha de crédito imobiliário com taxas de juros<br />
prefixadas. Isso significa que antes mesmo de<br />
fazer um financiamento, você já sabe quanto vai<br />
pagar no final e, assim, pode calcular o tamanho<br />
da dívida. Aquele imóvel tende a valorizar? Vai<br />
cobrir o valor desembolsado? Todas essas questões<br />
ficarão mais claras. Obviamente, também<br />
existe a possibilidade de os juros diminuírem,<br />
mas a modalidade anima os perfis mais conservadores<br />
e cautelosos.<br />
Por outro lado, o setor precisa se fortalecer<br />
diante das especulações, que geram, principalmente,<br />
uma queda de emprego muito forte. Todos<br />
os dias, somos bombardeados com análises<br />
de mercado que provocam receio e impedem<br />
que bons negócios sejam feitos. Precisamos<br />
acreditar na construção, investir na capacitação<br />
de mão de obra e facilitar o acesso à informação.<br />
Enquanto o setor não se atualizar às demandas<br />
de mercado, continuará perdendo boas<br />
oportunidades.<br />
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A segurança que o seu desafio<br />
será cumprido e produtivo.<br />
Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />
A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />
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