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“Não tem jeito de colocar ela para dentro

de casa”, diz filha que expulsou mãe de casa

O caso da mãe que

foi expulsa pela filha de

casa e que estava morando

nas ruas de Avaré

vem gerando grande repercussão,

não somente

na cidade, mais em vários

estados. A situação foi

publicada com exclusividade

pelo A Voz do Vale

no dia 9 de fevereiro.

Após receber a informação

da mulher

que estava morando na

rua, a reportagem com-

pareceu ao Jardim Presidencial

e confirmou o

fato. No local, a mulher

foi encontrada na frente

da casa do ex-marido

com seus pertences. Estava

chovendo e ela estava

toda molhada.

Uma das filhas, que

não quis se identificar,

concedeu uma entrevista

a Do Vale TV, emissora

que vai ao ar pelo

canal 61 da TV LP Net.

Ela chegou a dizer que

nem as outras duas irmãs

e os maridos querem

ficar com a mãe.

“Nem minhas irmãs

querem e nem os maridos.

Ela não deixa ninguém

dormir a noite.

Meu filho fica até perturbado

com essa situação.

Não tem jeito de

colocar ela para dentro

de casa. Eu tenho um filho

pequeno para zelar”.

Confira a matéria completa

na página 4

Roseli Bueno, de 49

anos, estava morando nas

ruas de Avaré

Após mandado de despejo, Prefeitura

quita aluguel com prédio do Poupatempo

Por meio de nota enviada

ao A Voz do Vale, a

Prefeitura, por meio da Secretaria

de Fazenda informou

que a dívida do município

com a Best Center

Centro-Oeste Paulista Em-

preendimentos e Participações,

proprietária do imóvel

onde fica localizado o Poupatempo,

teria sido quitada

na tarde desta sexta-feira,

dia 14 de fevereiro.

Ainda segundo a pasta da

Fazenda, a Procuradoria do

Município já estaria requerendo

a anulação do mandado

de despejo expedido

pela 1ª Vara Civil de Avaré.

“A Secretaria Municipal

da Fazenda informa que os

débitos já foram quitados. A

Procuradoria Geral do Município

já requereu à Justiça

o recolhimento do mandado

de desocupação coercitiva”.

Mais informações sobre o

caso na página 3

TCE encontra diversas

irregularidades em posto

de saúde de Avaré

documento são apontadas

sérias falhas na unidade de

saúde, setor que é chefiado

pelo secretário Roslindo

Wilson Machado. Os fiscais

do Tribunal de Contas

verificaram que a segurança

e o controle dos medicamentos

são precários,

realizados de forma manual

por meio de planilhas

e receitas médicas. Foi

verificado ainda há incidência

de sol e calor sobre

os armários o que pode “estragar”

os medicamentos.

Página 3

TRE rejeita

embargos de

Marcelo Ortega

Página 5

O Tribunal de Contas

do Estado de São Paulo

(TCE/SP) realizou no fim

de 2019 uma fiscaliza-

ção na unidade de Saúde

"Antônio Luiz Soares Noronha",

mais conhecido

como posto do Bairro Ipiranga,

em Avaré.

O A Voz do Vale teve

acesso ao relatório da 9ª

Fiscalização Ordenada. No

Relatório da CPI da

Divida Ativa aponta

omissão de Jô Silvestre

Página 8


Página 2 A VOZ DO VALE De 9 a 15 de fevereiro de 2020

Ex-prefeito Wagner Bruno obtém vitória na Justiça

O 1º Grupo de Direito

Público do Tribunal

de Justiça do Estado de

São Paulo (TJ/SP) acatou

o recurso do ex-prefeito

de Avaré, Wagner Bruno

(2001/2004) e afastou a

pena de perda de função

pública que havia sido

aplicada pela 3ª Câmara

do TJ por atos de improbidade

administrativa.

Com a decisão, Wagner

Bruno foi reconduzido

a sua função na Secretaria

de Segurança Pública

(SSP) como perito criminal.

O relator do processo

foi o desembargador

Luís Francisco Aguilar

Cortez e o julgamento

teve a participação dos

desembargadores Rubens

Rihl, Renato Delbianco,

Encinas Manfré, Luciana

Bresciani, Aliende Ribeiro

e Danilo Panizza.

Na ação rescisória,

Wagner Bruno alegou que

a condenação não havia

sido pleiteada, tão pouco

acolhida pela sentença

em primeira instância,

“em ofensa ao princípio da

congruência, da correlação

ou adstrição”.

O relator da ação, desembargador

Luís Francisco

Aguilar Cortez, acabou

o recurso por entender que

a decisão 3ª Câmara de Direito

Público teria ido contra

a legislação processual

aplicável, pois realmente

houve a perda de função

pública que sequer havia

sido pleiteada na ação do

Ministério Público.

Ainda segundo o magistrado,

a perda da função

pública ocorre apenas em

decisão de segunda instância.

Diante dos fatos, o TJ

afastou a pena aplicada de

perda de função pública,

determinando que Wagner

Bruno fosse novamente reconduzido

a sua função.

ENTENDA – O decreto

de perda do cargo público

é do dia 26 de abril

DE 2019, declarando “a

perda do cargo público

de Wagner Bruno, perito

criminal da Superintendência

da Polícia Técnico

Científica, classificado

no Instituto de Criminalística

– Equipe de perícia

criminalística de Avaré”.

Ainda segundo o decreto,

a perda do cargo

foi imposta “por meio do

acórdão, transitado em

julgado, proferido pela 3ª

Câmara de Direito Público

do Tribunal de Justiça

do Estado de São Paulo,

nos autos de recurso de

apelação, em Ação Civil

Pública de Responsabilidade

por Ato de Improbidade

Administrativa”.

A Ação Civil Pública,

movida pelo Ministério

Público e que transitou

em julgado no Tribunal de

Justiça de São Paulo, trata

de superfaturamento dos

medicamentos e insumos

adquiridos com dispensa

de licitação nos anos de

2001e 2002, época em que

a cidade era administrada

por Wagner Bruno.

A ação foi julgada

em 2015, sendo que o TJ

procedente a ação para

decretar a invalidade das

contratações ocorridas no

período e condenar o ex-

-prefeito Wagner Bruno

a suspensão dos direitos

políticos por cinco anos;

ao pagamento de multa da

metade do prejuízo causado

ao erário municipal;

proibição de contratar com

o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos

fiscais ou creditícios direta

ou indiretamente, ainda

que por intermédio de pessoa

jurídica da qual seja

sócio majoritário, pelo

prazo de cinco anos; todos

os réus, solidariamente, a

ressarcir o Município de

Avaré da soma relativa ao

dano, limitado ao total do

superfaturamento apontado

na petição inicial, incidindo

correção monetária

e juros moratórios legais

desde as datas dos pagamentos.

O julgamento da

apelação da condenação

ocorreu em abril de 2016.

Além de Wagner, na

época também foram

condenados, a ex-secretária

de Saúde, Sônia

Calamita, Mauro César

Cruz e Kelly Monticelly

Shahinian da Cruz. Sônia,

Mauro e Kelly acabaram

recorrendo ao Superior

Tribunal de Justiça (STJ).

Na época, questionado

pelo Jornal A Voz do Vale

sobre o caso, o ex-prefeito

Wagner Bruno criticou a

decisão do desembargador

do TJ/SP e disse que

seus advogados estão tomando

providências.

“Nesse exato momento

estou trabalhando (dia 3

de maio). Meus advogados

estão preparando os recursos

necessários para rever

essa absurda decisão de um

Desembargador, que, monocraticamente

tomou por

essa decisão, corroborado

pelo Juízo de primeira instância,

bem como o MP,

que não tinham sentenciado

nesse sentido (de perda

de Função Pública), o que

é ainda muito controverso

no âmbito do Direito”.

Ele disse estar tranqüilo.

“Estou tranquilo. Sou

funcionário público há 35

anos e não cometi nenhum

deslize no meu trabalho

de Perito Criminal, conquistado

dignamente e honestamente

por Concurso

Público”, finalizou.

“Deixo a presidência do Educandário com

a sensação de dever cumprido”, diz Ziroldo

Com a sensação do dever

cumprido, Denílson

Ziroldo deixou, no dia 7 de

fevereiro, a presidência do

Educandário Santa Maria.

Ele estava na função desde

2018 e renunciou devido a

problemas particulares.

O período que esteve à

frente da entidade, Ziroldo

proporcionou diversos

cursos profissionalizantes,

como: maquiagem, bar-

beiro, manutenção de ar-

-condicionado, auxiliar de

veterinário e auxiliar administrativo,

o que possibilita que

os assistidos possam retornar

a sociedade, capacitados.

Os funcionários do Educandário

também foram

valorizados, com o auxílio

alimentação, benefício

que não era concedido anteriormente.

“Eu somente

assumi este cargo a pedido

é uma publicação semanal da Editora Vieira Aires Ltda

CNPJ: 07.421.264/0001-68 - Inscr. Municipal 18.833

Registrado sob o Livro “A” - Registro Civil de pessoa jurídica e no Livro

“B-01” - Registro de Jornais, Oficinas Impressoras, Empresas de Radiofusão

e Agências de Notícias, sob o n° de ordem 11 (onze).

Fone: (014) 3733-6706 | E-mail: avozdovale@avozdovale.com.br

Site: www.avozdovale.com.br

REDAÇÃO: Rua Alagoas, 2001 - CEP 18700-010 - Avaré/SP

DIRETOR RESP.: NATALINO VENÂNCIO AIRES FILHO

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus

autores e não expressam necessariamente a nossa opinião

CIRCULAÇÃO: Avaré, Águas de Santa Bárbara, Arandu, Cerqueira

César, Holambra II, Iaras, Itaí, Itatinga e Paranapanema.

dos próprios servidores do

educandário. Conversando

com eles, verifiquei que os

funcionários não recebiam

o vale alimentação”.

Após verificar a dificuldade

que os servidores

vinham sofrendo, Ziroldo

buscou uma alternativa

para que eles pudessem

receber benefícios e verificou

uma lei, onde existe

um repasse que pode ser

utilizado em favor dos

funcionários. “Isso mostra

que uma administração

sempre é bem feita quando

se tem funcionários felizes

e esse é meu pensamento”.

Na época, a iniciativa

de Ziroldo foi muito elogiada

pelos servidores.

Aliás, quando foi presidente

da Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais

(Apae) e da Santa Casa

de Misericórdia de Avaré,

Denílson Ziroldo sempre

procurou priorizar, além

dos serviços oferecidos nas

instituições, também os

funcionários. “Administrar

um local, seja empresa ou

alguma instituição assistencial

ou pública, é sempre

muita responsabilidade.

Para mim, administrar

é ser um líder diferente”.

PARCERIAS – Em

2019, por meio de uma iniciativa

de Denílson Ziroldo,

o Educandário Santa

Maria firmou um acordo

com a instituição Amigo

Solidário de Avaré.

Vários instrumentos de

cabeleireiro que estavam

URGENTE

Vendo casa em Avaré no Alto da Boa Vista, uma

minichacára em plena cidade, 2 quartos, sala,

copa, cozinha, area de serviço de 32m - Aceito

Proposta - Tel.: (14) 3733-5527 | 9.9797-5249

Vendo carro, Fiat Uno 96 - 4 portas, troco

por carro de menor valor.

Tel.: (14) 3733-5527 | 9.9797-5249

armazenados na entidade

foram doados para que a diretoria

do Amigo Solidário

promova ações voltadas às

pessoas mais carentes.

Os equipamentos doados

foram: lavador de cabelo

(1), cadeira de trabalho de

corte de cabelo (2), esterilizador

(1), conjunto fixo de

três cadeiras de espera (1),

mesa de trabalho de manicure

(2), cadeira de manicure

(1), aparador de parede

(1), guarda de materiais de

manicure/cirandinha (1),

bacias para pedicure (3), espelho

de parede (1), moldura

de espelho de parede (1)

e prateleiras de madeira (4).

O presidente do Amigo

Solidário, Nei Antonio Castro,

recebeu a doação do

Educandário Santa Maria,

por meio do presidente Denílson

Ziroldo, juntamente

com a diretoria da instituição.

“Firmamos essa parceria

importante. Vamos ceder

esse material que estava

sem uso aqui para o Amigo

Solidário e, em troca, eles

vão cortar o cabelo de nossos

assistidos de forma gratuita.

Essa parceria é importante,

pois um simples corte

de cabelo acaba levantando

a autoestima das crianças”.

DESPEDIDA – “Deixo

a presidência do Educandário

com a sensação do dever

cumprido. Estou saindo por

problemas particulares, mas

nunca me esquecerei dos meses

que estive a frente desta

conceituada entidade, tempo

esse de muitas alegrias junto

com os assistidos, funcionários

e a diretoria. Estarei sempre

à disposição de todos”.


De 9 a 15 de fevereiro de 2020

A VOZ DO VALE

Página 3

Após mandado de despejo, Prefeitura

quita aluguel com prédio do Poupatempo

Por meio de nota enviada

ao A Voz do Vale,

a Prefeitura, por meio

da Secretaria de Fazenda

informou que a dívida

do município com a

Best Center Centro-Oeste

Paulista Empreendimentos

e Participações, proprietária

do imóvel onde

fica localizado o Poupatempo,

teria sido quitada

na tarde desta sexta-feira,

dia 14 de fevereiro.

Ainda segundo a pasta

da Fazenda, a Procuradoria

do Município já estaria

requerendo a anulação do

mandado de despejo expedido

pela 1ª Vara Civil de

Avaré. “A Secretaria Municipal

da Fazenda informa

que os débitos já foram

quitados. A Procuradoria

Geral do Município já requereu

à Justiça o recolhi-

mento do mandado de desocupação

coercitiva”.

A dívida somente teria

sido quitada após a divulgação

na imprensa, inclusive

pelo A Voz do Vale.

Informações do processo

dão conta que somente

com aluguel a dívida girava

em torno de R$ 125

mil. Além desse valor,

uma empresa de advocacia

também cobrou cerca

de R$ 20 mil de honorários

advocatícios que

também não haviam sido

quitados pela Prefeitura.

Segundo apurado pelo

A Voz do Vale, em março

de 2018 a justiça já havia

julgado procedente a ação

de despejo. Na época, a justiça

também determinou

que a prefeitura efetuasse

o pagamento de 15% sobre

o valor da ação, que

até a presente data era de

quase R$ 125 mil.

Como o imóvel continua

ocupado, “o valor dos

honorários poderá ser majorado,

levando-se em consideração

a necessidade de

inclusão de eventuais débitos

posteriores ao início do

cumprimento de sentença

até a efetiva desocupação”.

Diante do não cumprimento

da sentença, a Best

Center requereu que a Prefeitura

de Avaré deixe o

local e ainda pague os valores

de aluguel atrasado,

de cerca de R$ 125 mil,

mais o pagamento dos honorários

advocatícios, cerca

de R$ 19 mil.

“No mais, requer a Exequente

que Vossa Excelência

se digne a determinar

expedição de mandado

para desocupação voluntária,

assim como que não

observado o prazo de 15

(quinze) dias, o oficial estará

autorizado a realizar

o despejo compulsório e

imissão da exequente na

posse do imóvel”.

O pedido foi acatado

pelo judiciário e o Poupatempo

poderá ser despejado

a qualquer momento.

O Poupatempo de

Avaré foi inaugurado

em junho de 2014 pelo

governador Geraldo Alckmin.

Além de Avaré,

o Poupatempo atendia a

mais 11 municípios.

TCE encontra diversas irregularidades

em posto de saúde de Avaré

O Tribunal de Contas do

Estado de São Paulo (TCE/

SP) realizou no fim de 2019

uma fiscalização na unidade

de Saúde "Antônio Luiz Soares

Noronha", mais conhecido

como posto do Bairro

Ipiranga, em Avaré.

O A Voz do Vale teve

acesso ao relatório da 9ª

Fiscalização Ordenada. No

documento são apontadas

sérias falhas na unidade de

saúde, setor que é chefiado

pelo secretário Roslindo

Wilson Machado.

Os fiscais do Tribunal

de Contas verificaram que

a segurança e o controle

dos medicamentos são precários,

realizados de forma

manual por meio de planilhas

e receitas médicas. Foi

verificado ainda há incidência

de sol e calor sobre os

armários o que pode “estragar”

os medicamentos.

Foi verificada ainda a

existência de um equipamento

novo encaixotado,

comprado em julho de

2018, e que está armazenado

na unidade desde dezembro

de 2018.

A unidade, que foi inaugurada

em 2016, já apresenta

diversas paredes descascando

e sinais de infiltração

e bolor. Foram verificadas

também diversas cadeiras

danificadas na sala de espera.

O banheiro destinado

ao público masculino estava

fechado para manutenção.

Além da unidade não

possuir o Auto de Vistoria

do Corpo de Bombeiros

(AVCB), a licença de funcionamento

da Vigilância

Sanitária estava vencida

desde junho de 2019.

Também não há registros

de controle de qualidade

da água, bem como

os serviços de desinfestação

e limpeza da caixa

d’água foram realizados

em março de 2019, portanto,

há mais de 6 meses da

data da fiscalização.

OUTRO LADO – O A

Voz do Vale solicitou uma

nota oficial da Prefeitura sobre

o caso, porém, até a publicação

da matéria, o executivo

não havia se manifestado.

Na região, além de

Avaré, também foram fiscalizadas

as cidades de:

Águas de Santa Bárbara,

Arandu e Manduri.

ESTADO - Os dados,

colhidos em 299 entidades

fiscalizadas – 270 municipais

e 29 estaduais – serão confrontados

com as informações

levantadas na última fiscalização,

realizada em 25 de

junho de 2019, que ocorreu

em uma amostra de 229 cidades

jurisdicionadas à Corte de

Contas paulista.

Preliminarmente, foram

encontradas diversas irregularidades,

tais como medicamentos

vencidos, salas com

equipamentos amontoados

à espera de manutenção,

paredes com mofos e infiltrações,

unidades sem acessibilidade

para portadores

de necessidades especiais,

remédios armazenados nos

corredores, entre outros.

Durante a inspeção, os

Agentes da Fiscalização do

TCE checaram itens como a

situação dos almoxarifados

e estoques de medicamentos,

as condições de aparelhos,

equipamentos e salas,

a presença efetiva de médicos

e servidores, os itens

de segurança, a atuação de

empresas terceirizadas ou

administradas por Organizações

Sociais de Saúde

(OSS), a estrutura física do

local – como acessibilidade,

limpeza, conforto e sinalização

–, bem como a qualidade

do atendimento e o grau

de satisfação dos usuários.

A partir das informações

coletadas foi elaborado

um relatório gerencial

com informações de interesse

público. Os dados

segmentados e regionalizados

obtidos durante a

ação serão encaminhados

aos Conselheiros Relatores

de processos ligados às

entidades fiscalizadas.


Página 4 A VOZ DO VALE De 9 a 15 de fevereiro de 2020

“Não tem jeito de colocar ela para dentro

de casa”, diz filha que expulsou mãe de casa

O caso da mãe que foi

expulsa pela filha de casa

e que estava morando nas

ruas de Avaré vem gerando

grande repercussão, não

somente na cidade, mais em

vários estados. A situação

foi publicada com exclusividade

pelo A Voz do Vale

no dia 9 de fevereiro.

Após receber a informação

da mulher que estava

morando na rua, a reportagem

compareceu ao Jardim

Presidencial e confirmou o

fato. No local, a mulher foi

encontrada na frente da casa

do ex-marido com seus pertences.

Estava chovendo e

ela estava toda molhada.

A matéria gerou desdobramentos

na segunda-

-feira, dia 10 de fevereiro.

Um boletim de ocorrência

foi lavrado na Delegacia de

Defesa da Mulher (DDM).

Segundo informações apuradas

pela reportagem, as

três filhas de Roseli Bueno,

estão sendo investigadas

pela DDM por abandono

de incapaz.

Informações dão conta

ainda que policiais civis

estiveram no local e comprovaram

que a idosa estava

na frente da casa do ex-

-marido, no momento em

que chovia na cidade.

No local, os policiais

teriam sido informados

por vizinhos que uma das

filhas teria se negado em

acomodar a mãe em sua

residência. Os próprios

vizinhos relataram que estariam

contribuindo com

alimentação, banho e abrigo

provisório. Na noite de

domingo, 9, para segunda,

dia 10, a idosa teria dormido

embaixo de uma mesa

de sinuca, em um bar no

Jardim Presidencial.

No momento da elaboração

do boletim de ocorrência

na DDM, uma assistência

social do Centro de

Referência de Assistência

Social (CREAS) esteve

acompanhando a ocorrência.

Ela teria informado

que o município teria

encontrado uma vaga em

um Hospital Psiquiátrico,

onde a Roseli receberá o

atendimento necessário.

O ex-marido também esteve

na delegacia, onde foi

ouvido pelo delegado. As

três filhas deverão ser ouvidas

nos próximos dias.

ENTREVISTA – Uma

das filhas, que não quis se

identificar, concedeu uma

entrevista a Do Vale TV,

emissora que vai ao ar pelo

canal 61 da TV LP Net. Ela

afirma que estaria recebendo

ameaças depois que o

caso foi divulgado. “Estou

recebendo ameaças. Eu não

tenho paz mais. A única paz

que eu tenho é Deus”.

A filha disse que ajudava

a mãe, mas que ela era muito

agressiva. “Toda vez que eu

recolhia, ela voltava para a

rua de novo. A noite ela saia

e ia atrás de homem. Eu tive

que tirar ela de casa que ela

me agrediu, deixou marcas

e eu fiz um boletim de ocorrência,

só que a justiça é devagar.

Eu tenho um filho pequeno

para zelar e tenho que

pensar na reputação dele”.

Ela revelou ainda que

somente após a divulgação

é que a mãe recebeu ajuda.

“Nós procuramos ajuda várias

vezes e só depois desse

ocorrido é que levaram ela.

Ela é muito agressiva. A

gente tentou de tudo para

ajudar, mas ela é muito

agressiva. É triste. Quem

está protegendo a mim e a

minha família é Deus”.

NINGUÉM QUER –

A filha chegou a dizer que

nem as outras duas irmãs

e os maridos querem ficar

com a mãe. “Nem minhas

irmãs querem e nem

os maridos. Ela não deixa

ninguém dormir a noite.

Meu filho fica até perturbado

com essa situação. Não

tem jeito de colocar ela para

dentro de casa. Eu tenho um

filho pequeno para zelar”.

Ela finalizou mandando

um recado para a população.

“Pensem em Deus e

larguem a mão de ficar cuidando

da vida dos outros”.

REVOLTA – A entrevista

gerou grande revolta.

A matéria publicada

em uma rede social teve

repercussão nacional. Foram

mais de 3,5 milhões

de pessoas alcançadas,

sendo que quase 2 milhões

visualizaram a matéria. O

caso segue sendo investigado

na DDM de Avaré.

Desarticulado esquema de circulação

de dinheiro falso no comércio de Avaré

A Delegacia de Investigações

Gerais (DIG) de

Avaré, em conjunto com

a Delegacia de Investigações

sobre Entorpecentes

(DISE), desmontou na

terça-feira, dia 11 de fevereiro,

um esquema de

circulação de notas de dinheiro

falsificadas no comércio

da cidade.

Dois homens, um jovem

de 17 anos, e outro

maior de idade, são investigados.

Ambos são moradores

de Avaré.

Segundo o boletim de

ocorrência, o menor foi

descoberto ao tentar pagar

uma compra realizada

em um posto da cidade. O

proprietário do desconfiou

do dinheiro e avisou

a Polícia Civil. Questionado,

o rapaz confessou

que havia adquirido o

material de uma pessoa

pela Internet. Ele carregava

uma bolsa pequena,

onde foram encontradas

49 notas falsificadas, de

R$ 50,00 e R$ 20,00.

A investigação levou

os policiais até um conhecido

do menor. O rapaz,

de 18 anos, também

confessou ter adquirido a

quantia de R$ 500,00 em

notas falsas. Ele ainda

adiantou que fez uso de

parte do dinheiro falsificado

no comércio.

Os investigados prestaram

declarações sobre

os fatos e foram liberados

por não haver os requisitos

para a prisão em

flagrante e apreensão de

menor. Ambos vão responder

pelos delitos de

moeda falsa e estelionato.

A DIG informou que

agora vai tentar identificar

os comerciantes que

foram prejudicados. Depois,

encaminhará os documentos

para a Polícia

Federal, unidade com

atribuição para apurar o

crime de moeda falsa.

“As notas são cópias

grosseiras das originais.

Uma pessoa comum pode

identificar facilmente

a fraude. O que chama

atenção é que um dos investigados

carregava várias

notas consigo. Isso

é um indicativo de que

ele não tinha muita experiência

no ramo”, declarou

Fabiano Ribeiro

Ferreira da Silva, delegado

titular da DIG.

URGENTE

Vendo casa em Avaré no Alto da Boa Vista, uma

minichacára em plena cidade, 2 quartos, sala,

copa, cozinha, area de serviço de 32m - Aceito

Proposta - Tel.: (14) 3733-5527 | 9.9797-5249

Vendo carro, Fiat Uno 96 - 4 portas, troco

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Tel.: (14) 3733-5527 | 9.9797-5249


De 9 a 15 de fevereiro de 2020

A VOZ DO VALE

Página 5

Tribunal Regional Eleitoral

rejeita embargos de Marcelo Ortega

Em decisão proferida

na terça-feira, dia 11

de fevereiro, o Tribunal

Regional Eleitoral do Estado

de São Paulo (TRE/

SP) rejeitou os embargos

impetrados pelo ex-vereador

Marcelo Ortega contra

a decisão que rejeitou

as contas eleitorais da

campanha de 2016, eleição

que ele concorreu a

prefeito de Avaré.

Após ter suas contas

de campanha rejeitadas,

Ortega vem enfrentando

uma batalha jurídica.

Inicialmente, a 17ª Zona

Eleitoral de Avaré classificou

as contas de Marcelo

como não prestadas.

Em março de 2019,

Ortega impetrou embargos

de declaração contra

sentença que julgou suas

contas como candidato a

prefeito nas eleições de

2016 como não prestadas

alegando contradição.

Na época, o Juiz Elei-

toral Fábio Augusto Paci

Rocha rejeitou os embargos,

“uma vez que não

ocorreram os vícios alegados.

Os fundamentos invocados

são suficientes para

a resolução da questão”.

“A sentença foi clara

ao concluir pela não prestação

de contas dos documentos

apresentados,

sendo que os argumentos

aventados pelo embargante

demonstram seu simples

inconformismo com o resultado

do julgado. Ocorre,

todavia, que os embargos

de declaração não são

a via destinada a promover

o rejulgamento da causa”,

destacou o magistrado.

Diante da negativa, Ortega

recorreu ao TRE e

conseguiu reverter à decisão

das contas não prestadas

para desaprovadas.

No entanto, o Tribunal

Regional Eleitoral determinou

que Ortega recolhesse

ao Tesouro Nacional R$

24.640,00. Nos embargos

que foram rejeitados, Marcelo

Ortega requereu a nulidade

da multa.

TRAUMÁTICO –

Questionado pelo A Voz

do Vale, Ortega classificou

o processo de prestação

de contas de 2016,

traumático. “Meu processo

de prestação de contas

da campanha eleitoral de

2016, confiado a terceiros,

foi traumático. Teve desde

compromissos de colaboradores

não honrados

até ausência de juntada de

simples documentos contábeis,

relatórios financeiros

e justificativas, exigidos

pela justiça eleitoral”.

Ele destacou que em

2018 reapresentou uma

nova prestação de contas.

“No ano de 2018 tive a

oportunidade de corrigir

e reapresentar nova prestação

de contas que foi

inteiramente aprovada,

com todos os apontamentos

saneados. Fiquei

com a mesma prestação

de contas com dois julgamentos:

uma aprovada

outra desaprovada, porque

o primeiro processo

transitou em julgado. Em

uma grande luta, advogando

em causa própria,

consegui desconstituir o

trânsito em julgado, reabrir

o processo original

de 2016, que havia julgado

as contas não prestadas,

e consegui que o

TRE mudasse o status das

primeiras contas de não

prestadas para desaprovadas,

recuperando minha

condição de registrabilidade,

o que não é possível

com o status de contas

não prestadas. Foi uma

grande vitoria jurídica”.

Ele também se manifestou

da decisão desta

semana que rejeitou os

embargos. “Os embargos

de declaração, cujo acórdão

ainda não foi publicado,

foi interposto para

afastar a determinação

do recolhimento de multa

ao Tesouro Nacional de

pendências já quitadas e

regularizadas na segunda

análise das contas pela

Justiça Eleitoral”.

Ortega revelou que

vai impetrar recurso no

Tribunal Superior Eleitoral

(TSE). “Assim que o

acórdão for publicado será

aberto prazo para interposição

de recurso especial

no Tribunal Superior Eleitoral,

cujo entendimento

jurisprudencial é pacífico

no sentido da desnecessidade

do recolhimento, tendo

a frente de que ninguém

pode ser penalizado duas

vezes pelo mesmo fato.

Uma incoerência e contradição

do TRE. Qual é minha

situação eleitoral hoje?

Tenho dois julgamentos

da mesma prestação de

contas: um aprovando e

outro reprovando”.

Ele afirma que mesmo

com a desaprovação das

contas de 2016, poderia

concorrer nas eleições

deste ano. “Como apenas

o julgamento de contas

não prestadas retira a condição

de registrabilidade,

e consegui que isso fosse

mudado no TRE, tenho o

mesmo direito de qualquer

outro cidadão avareense

tem de concorrer nas

eleições”, finalizou.

Segundo entendimento

de juristas o reiterado

e recente posicionamento

do TSE tem sido pela

concessão de certidão

de quitação eleitoral aos

candidatos que tenham

apresentado suas contas

de campanha, ainda que

estas tenham sido desaprovadas.

Ou seja, mesmo

que o candidato tenha

suas contas de campanha

desaprovadas, isso não

impede que ele participe

do pleito eleitoral.

TCE questiona Toninho da Lorsa

por deixar de investir 40% na Câmara

O Tribunal de Contas

do Estado de São Paulo

(TCE/SP) encaminhou um

questionamento à Câmara

de Avaré, onde solicita informações

acerca da falta

de investimentos no legislativo

em 2018, durante a

presidência do vereador

Toninho da Lorsa (PSDB).

Segundo informações

obtidas pelo A Voz do Vale,

em 2018, Toninho teria deixado

de investir quase 40%

na Câmara. Na época, o

vereador do PSDB exaltou

o alto valor que foi devolvido

para a Prefeitura.

Porém, a Câmara estaria

recebendo da Prefeitura um

valor de duodécimo acima

do necessário, o que poderia

estar colaborando para

as dificuldades financeiras

enfrentadas pelo município.

Ainda segundo informações,

diante dos recursos

que estariam se acumulando

nos cofres da

Câmara, Toninho da Lorsa

teria que solicitar um valor

menor de repasse do duodécimo

para a Prefeitura.

O A Voz do Vale obteve

a informação que para

o exercício de 2020, a Câmara

de Avaré, por meio

do presidente da Casa,

vereador Barreto do Mercado,

teria solicitado um

repasse menor.

Segundo o Portal da

Transparência do legislativo,

neste ano, a Prefeitura

repassa R$ 500 mil

mensais, totalizando R$ 6

milhões por ano.

OUTRO LADO –

Questionado sobre o fato,

o vereador Toninho da

Lorsa afirma que o TCE

estaria questionando o valor

que foi devolvido para

a Prefeitura na época.

Para ele, como o novo

prédio da Câmara foi inaugurado

em 2013, não teria

havido a necessidade de

grandes investimentos.

“Em primeiro lugar o

TC está questionando o

valor devolvido e não a

falta de investimentos. É

muito simples de esclarecer.

A Câmara foi inaugurada

em 2013, portanto

com menos de 5 anos em

2018, não existindo necessidade

de grandes investimentos,

afinal foram

gastos mais de 4 mil reais

o metro quadrado”.

Ele destacou também

que pretendia realizar um

concurso público no legislativo,

porém uma ação

popular, acatada pela Justiça,

teria impedido que

isso ocorresse.

“Tínhamos a expectativa

de um concurso que

aumentaria a despesas

com pessoal significativamente,

mas uma ação

popular impediu a realização

do concurso, ação

esta que foi amplamente

divulgada por este jornal

que me questiona no momento.

Ação esta que foi

extinta e arquivada, mas

que infelizmente não teve

a mesma divulgação principalmente

deste jornal”.

Toninho destacou ainda

ter entregue a seu sucessor,

o vereador Barreto

do Mercado, uma Câmara

sem projetos pendentes,

o que mostraria, segundo

ele, “eficiência da gestão”.

“O que pudemos fazer

de investimento foi à

compra de equipamentos

eletrônicos como tablets

e computadores, o que

também foi amplamente

criticado por este mesmo

jornal, chegando a ser

capa do mesmo”.

Ele finaliza afirmando

estar com a consciência

tranquila. “A minha consciência

(está) tranquila de

que não desperdicei o dinheiro

público. Muito pelo

contrário. Respeitei cada

centavo e se o TC achar

que fiz algo de errado irei

me defender, mas sinceramente

confio na justiça”.

NOTA DA REDAÇÃO

– Em todas as matérias

que envolveram o vereador

Toninho da Lorsa e

que foram publicadas, o

A Voz do Vale sempre

se preocupou em dar espaços

ao parlamentar do

PSDB, dando amplo direito

ao contraditório, ouvindo

o outro lado.

COMPRA DE EQUI-

PAMENTOS – Sobre a

compra de equipamentos

citada pelo vereador, em janeiro

de 2019, o A Voz do

Vale informou que a Câmara

de Vereadores de Avaré

gastou mais de R$ 171 mil

para adquirir 26 computadores,

26 nobreaks e 10

smartphones. O contrato

foi assinado no dia 27 de

dezembro, poucos dias antes

do fim da legislatura

sob a presidência de Toninho

da Lorsa (PSDB).

Somente com 24 computadores

a Câmara gastou

R$ 137,2 mil; os outros dois

custam mais de R$ 13 mil.

Outros R$ 11 mil foram

para aquisição de nobreaks

e mais R$ 10,5 mil para os

aparelhos de celular.

Na época, o jornal questionou

a Câmara sobre a

aquisição e legalidade da

licitação. Segundo o Legislativo,

“conforme licitação

do setor técnico, ou seja,

setor de Tecnologia da Informação,

os equipamentos

em uso, além de obsoletos,

já apresentavam desgaste

natural, razão pela qual solicitou

a aquisição”.

Sobre a data da assinatura

do contrato, a Câmara

destacou que “o processo de

aquisição foi iniciado meses

atrás de sua finalização,

portanto, nada ocorrendo de

última hora”. O Legislativo

destacou que os smartphones

já teriam sido entregues

aos vereadores e que os anteriores

estavam obsoletos.

RESOLUÇÃO – Ao

contrário do que o vereador

Toninho da Lorsa citou

em sua resposta, o A

Voz do Vale não publicou

matéria sobre o concurso

público, somente de uma

ação popular de um munícipe

que questionava uma

resolução que foi editada

pelo tucano, que era presidente

da Câmara na época.

O jornal acompanhou

o caso e publicou as matérias

de forma clara e

isenta, sempre ouvindo o

vereador do PSDB.

A ação somente foi

extinta, após Câmara extinguir

a resolução, fato

que ocorreu já na presidência

do vereador Barreto

do Mercado.

Ou seja, nas duas situações

citadas por Toninho,

o A Voz do Vale cumpriu

seu papel de informar e trazer

ao leitor o outro lado.

O A Voz do Vale preza

pela responsabilidade da

informação e sempre respeitou

o vereador Toninho

da Lorsa. Supostas irregularidades

e denúncias foram

publicadas com isenção,

ao contrário do que o

tucano se posiciona em um

simples questionamento

sobre um fato que envolve

funções públicas.


Página 6 A VOZ DO VALE De 9 a 15 de fevereiro de 2020

Egressos do Direito Eduvale são

aprovados em concurso público

André Pancioni, João

Victor Santana e Fabiano

José de Oliveira Silva,

egressos do curso de Direito

da Faculdade Eduvale,

foram aprovados no

11º Concurso Público de

Provas e Títulos para Outorga

de Delegações de

Notas e de Registro do Estado

de São Paulo. Popularmente

conhecido como

concurso de cartório, este

é um dos mais cobiçados

da área jurídica e um dos

com maior grau de dificuldade

do país.

Em virtude de sua

complexidade, o processo

seletivo é de longa

duração e teve início em

novembro de 2017 com

conclusão em janeiro deste

ano. Realizado pelo

Tribunal de Justiça do Estado

de São Paulo, a seleção

é composta por quatro

fases: prova objetiva de

seleção, prova escrita e

prática, prova oral e exame

de títulos. Os candidatos

são avaliados por uma banca

examinadora composta

por desembargadores, juízes,

promotores de justiça,

advogados, oficiais de registro

e tabeliães.

O concurso seleciona

operadores do Direito

aptos para o exercício da

atividade notarial e de registro

cujo objetivo é dar

segurança jurídica para

a sociedade em diversos

atos da vida civil desde o

registro do nascimento até

as transações imobiliárias,

por exemplo, entre diversos

outros importantes atos

jurídicos. Os aprovados

são delegados pelo Estado

a exercer as atividades de

tabelião ou de oficial de

registro, conhecidos como

titulares de cartório.

O Dr. André Pancioni

que também integra o corpo

docente da Faculdade

Eduvale assumirá o cargo

de oficial de registro civil

do 48º Subdistrito da Capital

do Estado de São Paulo

nos próximos dias. O

Dr. Fabiano que também

é professor na Instituição

será oficial do distrito

Agissê do município de

Rancharia/SP. O egresso

João Victor Santana será

nomeado em Arandu/SP.

“A Faculdade Eduvale

tem participação fundamental

nessa conquista.

Foram os conhecimentos

sólidos e completos que

obtive na Instituição que

me permitiram ser aprovado

pela 4ª vez em um

dos concursos jurídicos

mais difíceis do país! Me

orgulho de ter sido aluno

da Faculdade Eduvale e de

atualmente ser professor”,

frisou o Dr. André.

Após divulgação, cavalos da Fundação

Padre Emílio são localizados

Os dois cavalos da Fundação

Padre Emílio Immos

que haviam desaparecido

na terça-feira, dia 11 de fe-

vereiro, foram localizados

nesta quarta-feira, dia 12,

próximo ao Horto Florestal.

Em uma publicação em

“O Sindicato vem agindo em prol

dos funcionários da Prefeitura”, diz presidente

uma rede social, o presidente

da instituição agradeceu a

ajuda da população. “Agradeço

a toda população avareense,

imprensa, amigos

e funcionários que, através

das informações repassadas,

localizamos nossa égua

Florinda e o cavalo Gold na

estrada dos Três Coqueiros,

próximo ao Horto Florestal.

Que Deus abençoe a todos”.

Primeiramente, a informação

foi de que os

animais haviam sido

furtados. Os cavalos são

utilizados no tratamento

dos assistidos por meio

da equoterapia.

Em entrevista concedida

ao A Voz do Vale, o presidente

do Sindicato dos Funcionários

Públicos de Avaré e

Região, Leonardo do Espírito

Santo, afirma que o órgão

sindical vem agindo em prol

dos servidores municipais.

Ele também rebateu algumas

informações que foram divulgadas

na cidade.

Segundo Leonardo, desde

o fim de 2018, o prefeito

Jô Silvestre não recebe o

Sindicato para debater questões

ligadas ao funcionalismo.

O presidente afirmou

que não procede a notícia de

uma reunião em que o chefe

do executivo teria dito que

caso houvesse greve, ele

não aceitaria mais negociar

com o Sindicato.

“O prefeito não recebe o

Sindicato desde 2018. Não

houve nenhuma reunião

com ele, muito menos essa

informação de que não negociaria

mais se houvesse

alguma greve. Realmente

essa notícia não procede. Não

tem nada de ameaça”, disse.

Leonardo afirma ainda

que desde que assumiu a

presidência do Sindicato,

está do lado dos funcionários

públicos. “Desde que

assumi nunca deixei o servidor

de lado. As portas

do Sindicato sempre estão

abertas a atender os funcionários

e ouvir suas reivindicações.

Estamos do lado do

servidor e não da política”.

O presidente disse ainda

que diversas ações judiciais

foram impetradas contra a

Prefeitura. “Não existe elo

nenhum meu com o prefeito.

O Sindicato já impetrou

diversas ações judiciais,

questionando os constantes

atrasos no pagamento do salário,

a falta de reajuste e até

do enquadramento de letras,

da progressão. Agora temos

que esperar a justiça”.

Ainda segundo Leonardo,

com relação ao Avareprev,

ele afirma que a parte

dos repasses dos servidores

vem sendo repassadas ao

Instituto, estando em atraso

à parte patronal e do déficit

atuarial e que o Sindicato

vem acompanhando o caso.

ASSEMBLEIA – Na

segunda-feira, dia 17 de fevereiro,

o Sindicato estará

realizando uma assembleia

geral, que poderá gerar

uma greve na Prefeitura. A

primeira chamada será às

18h30 e a segunda às 19h30.

Serão discutidos temas,

como: atrasos nos pagamentos,

reajustes referentes aos

anos de 2017, 2018 e 2019,

entre outros. O Sindicato

fica localizado na Rua Bahia,

1.550, no centro de Avaré.


De 9 a 15 de fevereiro de 2020

A Voz do Vale

“Atrasar o pagamento do funcionário, isso não pode

acontecer”, dizia Jô Silvestre na campanha de 2016

“Atrasar o pagamento

do funcionário, isso não

pode acontecer”. A frase

foi proferida pelo então

candidato a prefeito de

Avaré, Jô Silvestre durante

a campanha eleitoral de

2016. Na época, ele criticava

os constantes atrasos.

A Voz do Vale teve

acesso a um vídeo gravado

em um comício realizado

na Praça da Concha

Acústica, onde Jô Silvestre

criticava os atrasos no

pagamento do salário dos

servidores da Prefeitura.

Porém, a reportagem

fez um levantamento que

apontou que em 38 meses

da atual administração,

somente em uma oportunidade

o pagamento

dos funcionários foi rea-

lizado conforme prevê o

Estatuto dos Servidores

Públicos Municipais de

Avaré e pela própria Lei

Orgânica do Município,

ou seja, no 5º dia útil.

Em 2018, o Tribunal

de Justiça do Estado de

São Paulo (TJ/SP) decidiu

arbitrar uma multa

de R$ 5 mil por dia,

caso a Prefeitura não

efetuasse o pagamento

aos funcionários até o

5º dia útil de cada mês.

A ação havia sido impetrada

em 2014 pelo

Sindicato dos Servidores,

porém a Justiça de

Avaré julgou improcedente

e o departamento

jurídico do Sindicato

recorreu ao Tribunal de

Justiça de São Paulo.

Segundo o relator da

apelação, o desembargador

Djalma Lofrano Filho,

“a sentença comporta reforma,

para que seja acolhido

apenas o pedido formulado

no item “a” supra,

de condenação do Município

a efetuar integralmente

o pagamento dos vencimentos

dos servidores até

o limite do 5º dia útil subsequente

de cada mês”.

Ainda segundo o magistrado,

“a hipótese em

apreço, em que pese à crise

financeira que assola o

Município de Avaré, os

vencimentos dos funcionários

públicos compreendem

verba de caráter

alimentar, necessária à

subsistência dos servidores,

inexistindo supedâneo

(suporte) legal para o

retardamento do respectivo

pagamento”.

LEI MUNICIPAL – O

desembargador citou ainda

o artigo 133 da Lei Municipal

nº 315/95, Estatuto

dos Funcionários Públicos

de Avaré, dispõe que o pagamento

de remuneração

será feito no máximo até o

quinto dia útil após o mês

vencido, podendo, a critério

da administração serem

antecipados quarenta

por cento dentro do mês de

competência até o décimo

sexto dia útil do mês.

“Assim, os vencimentos

deverão ser efetuados

em parcela mensal única

até o 5º dia útil após o mês

vencido, não podendo ser

adimplida com atraso,

Página 7

sob pena de ilegalidade e

lesão a direito dos servidores”.

“Ressalte-se que o

atraso no pagamento gera

insegurança jurídica, comprometendo

as obrigações

e compromissos assumidos

pelos servidores, instaurando

um verdadeiro

caos nas respectivas finanças

pessoais”, completou

o magistrado.

Diante dos fatos, o relator

decidiu que “atentando-se

às circunstâncias

fáticas e ao prejuízo acarretado

aos servidores, considero

razoável a imposição

de multa no valor de

R$ 5.000,00 (cinco mil reais)

por dia de descumprimento”.

Porém, a Prefeitura

recorreu da decisão.

“É claro. O funcionário

tem que receber sim

em dia, receber 60 horas

fixas, para poder trabalhar

e dar seu melhor ainda”,

disse em campanha.

Ainda durante o comício,

Jô Silvestre chegou

a dizer que atenderia a

população às 6 horas na

Garagem Municipal, promessa

essa que, segundo

servidores, também não

estaria sendo cumprida.

“Eu quero ser o prefeito

de portas abertas para a população

e para os funcionários,

para a gente poder

trabalhar juntos. Eu quero

atender a população de

portas abertas, se possível

na Garagem Municipal das

6h às 9h da manhã, só pra

gente resolver os problemas

em nosso município”.

TRE nega recurso de ex-prefeito por

suspeita de propaganda eleitoral antecipada

O Tribunal Regional

Eleitoral de São Paulo

(TRE/SP) negou o recurso

impetrado pelo ex-prefeito

de Avaré, Joselyr Benedito

Silvestre, pai de Jô

Silvestre, contra a decisão

da 17ª Zona Eleitoral que

proibiu que ele divulgasse

informações relativas às

conquistas de sua gestão

enquanto chefe do Poder

Executivo municipal.

Em janeiro, o Ministério

Público Eleitoral

(MPE), ao ser informado

das pretensões de Joselyr

Silvestre em divulgar às

suas conquistas quando

foi prefeito (1996/2000)

e (2005/2008), impetrou

uma liminar que foi deferida

pela Juíza da 17ª

Zona Eleitoral de Avaré,

Roberta de Oliveira Ferreira

Lima, proibindo ele

de divulgar as informações

em qualquer veículo

de comunicação.

No recurso, os advogados

do ex-prefeito alegaram

que teria ocorrido

violação ao direito líquido

e certo amparado pela Constituição

Federal. Alegaram

ainda que a postagem questionada

se refere à eventual

e futura publicação de revista

editada ao final do seu

último mandato em 2008

e que não foi mencionado

o nome de seu filho, atual

prefeito de Avaré Jô Silvestre

e que não houve pedido

de expresso de voto ou de

apoio político.

A defesa alega “verdadeira

censura judicial”.

Os advogados pleitearam

a revogação da liminar,

para que Joselyr Silvestre

possa promover as publicações

em sua rede social.

DESPACHO - Em

seu despacho, o Juiz

Eleitoral do TRE, Manuel

Pacheco Dias Marcelino

destacou que não

vislumbra “o receio de

dano irreparável ou de

difícil reparação necessários

para a concessão

da liminar pleiteada” e

que o ex-prefeito Joselyr

Silvestre não está proibido

de se manifestar em

suas redes sociais.

A única limitação, segundo

o magistrado, se refere

a assuntos relacionados

às suas conquistas como

prefeito municipal, por receio

de que essas informações

caracterizem propaganda

eleitoral antecipada

em favor da candidatura do

seu filho, Jô Silvestre.

“Desse modo, não há a

necessidade de, por ora, suspender

o ato que deu motivo

ao presente pedido, pois

não se observa qualquer risco

à eficácia da medida, caso

finalmente deferida”.

Diante dos fatos, o recurso

de Joselyr Silvestre

foi negado, sendo que ele

está proibido de divulgar

informações sobre suas

conquistas na época em

que foi prefeito de Avaré.

URGENTE

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minichacára em plena cidade, 2 quartos, sala,

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Proposta - Tel.: (14) 3733-5527 | 9.9797-5249

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por carro de menor valor.

Tel.: (14) 3733-5527 | 9.9797-5249


Página 8 A Voz do Vale De 9 a 15 de fevereiro de 2020

Prefeitura e Avareprev não entram

em acordo e conta continua bloqueada

Representantes da

Prefeitura e do Instituto

de Previdência Municipal

de Avaré (Avareprev)

estiveram reunidos

na tarde de terça-feira,

dia 11 de fevereiro para

tratar do bloqueio de R$

2 milhões de uma das

contas bancárias ligadas

ao Fundo de Participação

do Município (FPM).

Segundo informações

obtidas com exclusividade

pelo A Voz do Vale, a

Prefeitura e o Avareprev

não entraram em acordo e

a conta ligada ao FPM se

mantém bloqueada.

Durante o encontro, a

Prefeitura apresentou uma

proposta para o parcelamento

da dívida da parte

patronal. Porém, o município

não deu garantias

que os vencimentos futuros

seriam pagos em dia,

ou seja, além de pagar o

parcelamento a Prefeitura

teria que pagar os repasses

mensais mensalmente.

Informações dão conta

que o município teria assumido

o compromisso de

manter os repasses em dia

até junho deste ano. Sem

a garantia que a parte patronal

fosse quitada mensalmente,

os representantes

do Instituto decidiram

manter o bloqueio. Os R$

2 milhões que foram bloqueados

já teriam sido investidos

pelo Avareprev.

DÍVIDA – O A Voz

do Vale também apurou

que a dívida da Prefeitura

com o Instituto é de cerca

de R$ 30 milhões, sendo

R$ 11 milhões que foram

parcelados em 2019,

mais R$ 18 milhões que

são referentes à parte patronal

e o déficit atuarial.

Apesar de ainda não

ter sido formalizado pelo

Ministério da Previdência,

Termo de Acordo

de Parcelamento e Confissão

de Débitos Previdenciários,

firmado em

agosto de 2019, estaria

sendo cumprido, porém a

Prefeitura não vem repassando

a parte patronal e o

déficit atuarial que vence

todos os meses.

Hoje, devido aos atrasos,

o déficit atuarial se

encontra em 16,79% e

essa porcentagem vem

aumentando a cada mês.

No novo acordo proposto

pelo município, os R$

18 milhões correspondentes

até fevereiro de 2020

seriam parcelados, mas

sem garantias que os repasses

de julho a dezembro

seriam repassados, o

acordo não foi firmado e

a conta da Prefeitura segue

bloqueada.

Com a reforma da previdência,

o Tribunal de

Contas do Estado (TCE)

estaria agindo com mais

firmeza na previdência

própria dos municípios,

cobrando de suas diretorias

que cumpram as

leis e façam as prefeituras

promovam os repasses

mensais sem atrasos.

Informações dão conta

ainda que diretores de

institutos de previdência

que não se atentarem as

leis podem ter seus bens

bloqueados pela Justiça.

O A Voz do Vale apurou

ainda que até terça-

-feira, dia 11, faltava

cerca de R$ 1 milhão

para completar a folha de

pagamento e quitar o salário

de janeiro aos servidores

municipais.

Relatório da CPI da Divida Ativa aponta omissão

de Jô Silvestre em não investir na Procuradoria

Às vésperas da leitura de relatório de CPI, Jô Silvestre apresenta medidas para tentar agilizar a cobrança da divida ativa

A Comissão Parlamentar

de Inquérito (CPI), que

foi instaurada pela Câmara

Municipal de Avaré para

investigar inconsistências

no sistema de software da

Prefeitura que teriam gerado

falhas no setor de dívida

ativa, disponibilizou,

na quinta-feira, dia 13 de

fevereiro, o relatório final.

No mesmo dia, o prefeito

Jô Silvestre, por meio do

Decreto nº. 5.738, regulamentou

o regime de adiantamento,

visando fornecer

mais recursos para a Procuradoria

do Município.

No total, o relatório

final da CPI da Divida

Ativa conta com 86 páginas,

onde são transcritos

todos os depoimentos das

pessoas que foram ouvidas

durante as oitivas. Os

trabalhos foram iniciados

em agosto de 2019. No

dia 13 de janeiro, foram

ouvidos os procuradores:

Edson Dias Lopes, Paulo

Benedito Guazzelli, Antonio

Cárdia de Castro Junior

e Célia Vitoria Dias

da Silva Scucuglia. As

procuradoras Rosângela

Paulucci Paixão Pereira

e Ana Cláudia Curiati Vilem

participaram das oitivas

no dia 15 de janeiro.

Também foram ouvidos

os servidores lotados

na Procuradoria: Elenize

Enéas de Oliveira Silva,

Bethânia Ward R. Casse-

tari, Juliana Cortez Curto,

Matheus Serrador Cassetari,

Fernanda de Oliveira

Lima, Valéria Regina da

Fonseca, Vanessa Dias de

Souza Lima, Athayl Vieira

Junior e William de Souza.

Os estagiários: Cristina

Nogueira, Helder Luiz

de Oliveira, Alexsandra

Jesus Oliveira, Gabriel

Melo Villem Favaro de

Oliveira e João Pedro Martos

de Godoy, também participaram

das oitivas.

A comissão destaca

que expediu por diversas

vezes ofícios à Procuradoria

Geral do Município

e setor de Tributação a

fim de obter documentos

os quais pudessem contribuir

com as investigações,

destacando-se, no caso, a

requisição de Certidão

que demonstrasse os casos

de prescrição e decadência

tributárias nos exercícios

2017 e 2018. As informações

somente foram

fornecidas pela Prefeitura

após uma liminar concedida

pela Justiça.

Foi verificado que 1210

processos acabaram sendo

prescritos, ou seja, o município

deixou de receber

grandes valores que teriam

gerado desfalque nos cofres

da Prefeitura de Avaré.

PROCURADORIA –

Para a Comissão, Ante a

análise feita em toda a documentação

angariada por

esta Comissão, “pôde-se

concluir, em relação aos

procuradores municipais

que é uma constante em

seu dia-a-dia a falta de estrutura

e subsídios necessários

para a realização do

trabalho que lhes compete.

A falta de funcionários, estagiários,

computadores

e, principalmente de informatização

do sistema mais

precisamente para fins

de cadastro e controle de

prazos processuais, torna

ainda mais árdua a missão

desses profissionais na cobrança

das dívidas em favor

do município”.

Também foram verificados

que “pelo andamento

de inúmeros processos

analisados, os quais foram

coletados na própria

procuradoria durante as

diligências, que também

existe um certo acomodo

por parte dos procuradores,

pois, há um número

expressivo de processos

os quais foram “abandonados”

por meses, anos,

sem qualquer manifestação

da exequente, tendo,

em inúmeros deles a expressão

“inércia” por parte

da municipalidade”.

Para os membros da

CPI, “os procuradores em

questão, incorreram em Infração

Disciplinar, nos termos

do Artigo 15 do Código

de Ética e Disciplina

c/c o Artigo 34, inciso XI

do Estatuto da Advocacia,

ambos da Ordem dos Advogados

do Brasil”.

OMISSÃO – Já com

relação ao prefeito Jô Silvestre,

a CPI classificou

como uma “total omissão

no tocante à lesão ao patrimônio

público municipal

quando deixa de investir

e também cobrar dos setores

de arrecadação maior

empenho e resultados no

tocante à arrecadação e cobrança

da dívida ativa”.

A CPI apurou que o

saldo inicial da Dívida

Ativa foi de pouco mais

de R$ 227 milhões, sendo

que foram recebidos quase

R$ 11 milhões, apenas

4,79% to total.

“Um governo que gasta

milhões em realização

de festas como Emapa,

Carnaval e demais festas

comemorativas, acaba por

deixar de investir em um

órgão de suma importância

ao município e que detém

boa parte da arrecadação

da Prefeitura, chegando a

ser gritante a diferença de

valores que são desperdiçados

em shows e festas,

chegando a desembolsar

cerca de R$ 300 mil, R$

400 mil em uma única

apresentação musical, fora

os gastos com camarim,

transporte e alimentação

de artistas e componentes

da sua banda, disponibiliza

irrisórios R$10 mil para

recolhimento de custas judiciais

como diligências”,

destaca o relatório.

Para a CPI, o prefeito

Jô Silvestre cometeu atos

de improbidade administrativa,

crime de prevaricação,

omissão e renúncia

de receita por ter havido

tratamento diferenciado

no tocante a acordos com

contribuintes.

RECOMENDAÇÕES

– O relatório final traz ainda

várias recomendações,

como: sejam viabilizados

urgentemente investimentos

na Procuradoria Geral

do Município a fim de

proporcionar melhor condições

de trabalho; Sejam

feitos investimentos

no sentido de aquisição

de mobiliário adequado,

computadores e software

para controle de prazos

processuais; Seja revista

a verba de adiantamento

para a custa com diligências,

a fim de otimizar o

andamento dos processos

e evitar mais ocorrências

de prescrição e que seja

implementado moderno

sistema de informatização

e integração dos dados

cadastrais dos contribuintes

junto ao setor de

Cadastro da prefeitura.

Também foram recomendado

que sejam contratados

mais estagiários a

fim de auxiliar nos trabalhos

e agilizar o andamento

dos feitos; Seja promovido

concurso público no

sentido de contratar mais

procuradores para que a

procuradoria possa enfim

dar o devido andamento

aos processos tanto administrativos,

quanto às execuções

fiscais bem como

ao atendimento às Secretarias

Municipais e setor

de Licitação; que haja

mais comprometimento e

maior atenção e empenho

do Chefe do Executivo e

de toda a Administração

Municipal no sentido de

oferecer melhores condições

de trabalho e reestruturação

da Procuradoria

Geral do Município. A

Comissão Parlamentar de

Inquérito destaca no relatório

que apesar de reiterados

questionamentos,

pouco conseguiu apurar

acerca da real situação dos

prejuízos que vêm ocorrendo

de forma persistente

ao longo de várias administrações,

porém, restando

muito ainda a ser apurado

principalmente na atual

gestão que, mesmo notificada

pelo TCE/SP nada fez

para melhorar tal caos em

sua arrecadação e cobrança

da Dívida Ativa.

“Soa muito evidente,

que tanto as prescrições intercorrentes,

quanto a morosidade

da procuradoria

em relação às cargas dos

processos, como em relação

à imensa lentidão em

relação ao andamento dos

feitos, bem como o abandono

de inúmeros processos

que são remetidos ao

arquivo provisório, fadados

à prescrição intercorrente,

podem ou já provocaram,

grandes prejuízos

ao erário, sendo recomendação

o prosseguimento

das investigações”.

Após ser apresentado

aos vereadores, fato que

ocorrerá na sessão ordinária

de segunda-feira,

dia 17, o relatório final

será encaminhado ao Ministério

Público, Tribunal

de Contas do Estado e

para a Ordem dos Advogados

do Brasil (OAB).

MEDIDAS – Antes

mesmo de o relatório ser

lido na Câmara, o prefeito

Jô Silvestre, por meio do

Decreto nº. 5.738, regulamentou

o regime de adiantamento,

visando fornecer

mais recursos para a Procuradoria

do Município.

O regime de adiantamento

caracteriza-se pela

destinação de recursos financeiros

precedidos de

empenho orçamentário,

entregue ao agente público

(servidores, secretários,

prefeito e vice) para

a realização de despesas

públicas que não possam

subordinar-se ao processo

normal de aplicação.

Com a medida, a Prefeitura

pretende evitar futuras

prescrições intercorrentes

em processos de

Execução Fiscal.

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