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ESPECIAL Educação & Carreira<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO E GETTY IMAGES<br />
No alto e ao lado,<br />
hóspedes do<br />
hotel Henn Na,<br />
em Tóquio, são<br />
recepcionados<br />
por robôs; abaixo,<br />
o robô aspirador<br />
de pó pode ser<br />
acionado por<br />
aplicativo<br />
a sua energia para atividades criativas e de auto-aperfeiçoamento.<br />
Mas é possível caminhar para uma distopia com uma<br />
legião gigantesca de desempregados; com uma concentração<br />
de renda muito maior do que a atual; e governada por estados<br />
totalitários e organizações transnacionais hiperpoderosas que<br />
controlem basicamente tudo. As duas realidades são possíveis,<br />
só dependem da vontade política”, prevê Pereira.<br />
Assim como o professor, o Fórum Econômico Mundial<br />
apresenta duas alternativas possíveis com o avanço da automação.<br />
A primeira é uma sociedade mais inclusiva, onde se<br />
consolidará uma nova era do trabalho repleta de oportunidades<br />
e com uma melhor qualidade de vida. A segunda é marcada<br />
por índices altíssimos de desemprego e desigualdade (tanto<br />
de renda como de competência). Para Armando Dal Colletto,<br />
diretor acadêmico do Institute of Performance & Leadership<br />
e especialista em educação executiva, as duas realidades<br />
acontecerão em lugares distintos.<br />
As chances da alternativa mais otimista ocorrer em países<br />
e centros mais desenvolvidos é maior. As novas tecnologias e<br />
os negócios que decorrem delas costumam ser criados nesses<br />
polos – o que gera oportunidades de emprego para pessoas<br />
mais qualificadas. Como o nível educacional desses lugares<br />
costuma ser alto, a probabilidade dos profissionais demitidos<br />
se ajustarem ao novo mercado é grande.<br />
Já o cenário pessimista é o que parece aguardar os países e<br />
centros menos desenvolvidos. Devido ao fato de as tecnologias<br />
serem desenvolvidas fora, há pouca inovação na forma de se<br />
fazer negócios e essas regiões tardam a criar novas oportunidades<br />
de emprego enquanto a robotização avança. A baixa<br />
educação agrava essa situação, pois diminui as chances de<br />
readequação dos profissionais desocupados.<br />
“Com isso podemos concluir que para alguns a revolução<br />
4.0 será uma fonte de prosperidade e para outros uma exclusão<br />
do mercado. Dependerá totalmente de como o profissional<br />
ou o empreendedor se preparou e das suas ações, atitudes