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Com música no<br />
coração, na cabeça<br />
e no quadril<br />
EMPRESÁRIA, INFLUENCER DIGITAL, MÃE, AVÓ E CANTORA,<br />
PRETA GIL LEVA REFLEXÕES SOBRE A LIBERDADE DO CORPO<br />
E DA ALMA ONDE ESTIVER, E ELA ESTÁ EM TODAS<br />
POR PAULA CALÇADE<br />
FOTOS ALEX SANTANA<br />
PRETA GIL é sinônimo de ousadia, liberdade, autenticidade e franqueza, qualidades que<br />
ela expressa em seu dia a dia, nas redes sociais e no Carnaval de rua de Salvador, de<br />
São Paulo e do Rio de Janeiro. À frente do Bloco da Preta, a cantora costuma reunir 1,5<br />
milhão de foliões em um único dia. Preta também é referência de lutas importantes<br />
do nosso tempo, além de ser uma empresária bem-sucedida e múltipla.<br />
Entre uma agenda recheada de shows, sociedade em agências e marcas, e ativismos<br />
nas redes sociais, a função de avó da pequena Sol, de 4 anos, é vista por Preta como “a<br />
experiência mais incrível” de sua vida: “Não é algo que você se prepara, mas quando<br />
acontece você simplesmente aprende com cada momento e a cada instante”. Casada<br />
pela segunda vez e mãe de Francisco Muller, de 25 anos, Preta foi mãe jovem, aos 20<br />
anos, e hoje, aos 45, é uma avó entusiasmada, que está sempre com a neta, inclusive<br />
nas redes sociais.<br />
Quando começou a cantar profissionalmente, no início dos anos 2000, a cantora<br />
esbarrou em algumas questões. Tinha que encontrar a sua turma, expressar o que<br />
sempre pensou e queria aplicar os conhecimentos técnicos de publicidade em sua<br />
carreira musical.<br />
Não é pouca coisa ser filha de Gilberto Gil, um dos maiores músicos brasileiros, e<br />
Preta soube aproveitar a rica herança musical e cultural do pai e de todos os amigos<br />
que fizeram a MPB ser o que é a partir dos anos 1970. Dele, herdou o ouvido aberto<br />
e atento: “O melhor conselho que ele me deu foi que eu precisava encontrar sozinha<br />
os meus estilos e as pessoas que somariam à minha música”.<br />
Deu certo. O primeiro álbum de estúdio de Preta Gil , o "Prêt-à Porter", foi lançado<br />
em 2003. A cantora tirou fotos nua para a capa e o encarte do CD, o que rendeu muitos<br />
comentários na época, já mostrando a que veio. “Se eu fosse magra, o barulho não
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