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26 COLUNA<br />
kikecosta@uol.com.br<br />
Horas de voo<br />
POR<br />
Kike<br />
Martins da<br />
Costa<br />
FOTO DIVULGAÇÃO<br />
Radar<br />
Segurança<br />
nas alturas<br />
Número de vítimas de acidentes<br />
aéreos tem uma sensível redução<br />
no ano de 2019<br />
O número de pessoas mortas em<br />
acidentes da aviação comercial caiu mais<br />
de 50% em 2019, segundo um relatório<br />
elaborado pela consultoria holandesa<br />
To70. No ano passado, foram registradas<br />
257 vítimas fatais, contra 534 em 2018. Em<br />
2019 foram computados 86 acidentes,<br />
contra 160 acidentes verificados em 2018.<br />
De acordo com o estudo, em 2019 houve<br />
apenas um acidente fatal envolvendo um<br />
voo comercial para cada 5,6 milhões de<br />
voos. Ou seja, a chance de você estar a<br />
bordo de um avião que vai se acidentar é<br />
menor do que 0,001%. Relaxe e aproveite<br />
a sua viagem!<br />
A redução nessa estatística impressiona<br />
ainda mais se levarmos em conta que o<br />
número de voos e de pessoas sendo<br />
transportadas a cada ano subiu de 2018<br />
para 2019. O estudo inclui passageiros,<br />
tripulantes e também pessoas mortas em<br />
terra em virtude da queda do avião.<br />
As estatísticas só não foram ainda<br />
melhores por causa do segundo desastre<br />
envolvendo o recém-lançado Boeing 737<br />
Max. Em outubro de 2018, um Boeing 737<br />
Max operado pela companhia indonésia<br />
Lion Air caiu logo após decolar, matando<br />
todas as 189 pessoas que estavam a bordo.<br />
Cinco meses depois, em março de<br />
2019, um voo da Ethiopian Airlines caiu<br />
em circunstâncias semelhantes, fazendo<br />
mais 157 vítimas. Depois dessas duas<br />
ocorrências, toda a frota de 737 Max foi<br />
proibida de voar pelas autoridades – e<br />
essas aeronaves só devem voltar a decolar<br />
em junho.<br />
Os 157 mortos do voo 302 da Ethiopian<br />
Airlines foram responsáveis por mais da<br />
metade do total de vítimas de 2019. A<br />
notícia triste é que <strong>2020</strong> já começou com<br />
uma terrível tragédia, com um avião da<br />
Ukraine Airlines sendo derrubado por<br />
engano no Irã e deixando 176 mortos.<br />
Custo Brasil<br />
Com a alta oferta de promoções<br />
das companhias estrangeiras e o<br />
fim da Avianca (com consequente<br />
redução da concorrência interna),<br />
alguns voos domésticos ficaram,<br />
em média, bem mais caros do<br />
que viagens internacionais neste<br />
verão. Segundo levantamento da<br />
agência de viagens online ViajaNet,<br />
ir de São Paulo a Tel Aviv, custou<br />
R$ 1.946, enquanto a viagem a<br />
Fernando de Noronha saiu por R$<br />
2.421. Os voos até o arquipélago<br />
têm também preço maior do que<br />
valores cobrados para Londres (R$<br />
2.043), Milão (R$ 1.954), Lima (R$<br />
2.132) e Buenos Aires (R$ 1.460).<br />
Alfajores mais próximos<br />
O Aeroparque Jorge Newbery,<br />
aeroporto bem próximo do<br />
Centro de Buenos Aires, voltará a<br />
receber voos vindos do Chile, do<br />
Uruguai, do Paraguai e do Brasil<br />
a partir de maio. O objetivo da<br />
medida é desafogar as operações<br />
no Aeroporto Internacional de<br />
Ezeiza e facilitar a vida dos turistas<br />
desses países, que respondem por<br />
60% dos que visitam a Argentina.<br />
Fique atento: em breve, Latam,<br />
Gol e talvez até a Azul anunciem<br />
as mudanças de seus voos.<br />
Do Leme ao Pontal<br />
A Azul, que só passou a voar na<br />
Ponte Aérea Congonhas-Santos<br />
Dumont a partir de agosto passado,<br />
agora se prepara para dominar a<br />
ponte Congonhas-Jacarepaguá. É<br />
que a empresa desembolsou R$ 123<br />
milhões na compra da Two Flex, que<br />
opera seis voos diários nessa ligação<br />
“alternativa” entre São Paulo e Rio,<br />
com aeronaves Cessna Caravan,<br />
além de atender outras 39 cidades.