29HORAS - Fevereiro 2020

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07.02.2020 Views

16 HORA H Cena do documentário "Democracia em Vertigem" da Netflix e, abaixo, poster de "Indústria Americana" CINEMA Surpresas no roteiro do Oscar Longe das categorias principais, animações, documentários e músicas trazem enredos surpreendentes para a maior premiação do cinema POR THALES DE MENEZES A PERGUNTA ATÉ 9 DE FEVEREIRO, dia da 92ª cerimônia do Oscar, é descobrir quais as chances do brasileiro “Democracia em Vertigem” levar o prêmio na categoria Melhor Documentário. Ao que parece, são poucas. O ótimo “For Sama” seria uma barbada. O filme sírio mostra o dia a dia de uma mãe com filho pequeno nos conflitos em Aleppo, durante a Guerra Civil Síria. Não chorar está fora de cogitação. Mas suas chances diminuem muito diante de “Indústria Americana”, documentário que traz a reflexão sobre o impacto da tecnologia de empresas chinesas nos Estados Unidos. Bem realizado e com uma visão otimista, é a primeira indicação ao Oscar de um filme da produtora de Michelle e Barack Obama. Isso deve pesar. O filme pode ser visto na Netflix. FOTOS DIVULGAÇÃO

17 FOTOS DIVULGAÇÃO LIVROS Terra de sabores A culinária thai é o prato principal do livro “Tailândia Cores & Sabores – Histórias e Receitas”, de Carlos Eduardo Oliveira Acima, filme sul-coreano Parasita; abaixo, pôsteres da animação "Perdi Meu Corpo" e do longa "Rocketman" Se “Parasita” tem até alguma chance de levar como Melhor Filme, o prêmio de Melhor Filme Internacional parece garantido para essa produção sul-coreana de terror e humor negro. Mas a vitória do impecável espanhol “Dor e Glória” seria justa e uma festa para os fãs de Pedro Almodóvar. uma mão decepada! Essa excentricidade também está disponível na Netflix. Uma irresistível e pouco comentada opção para seis minutos muito fofos é o americano “Hair Love”, que pode levar o Oscar de Curta de Animação. É a história de um pai que tem de pentear o cabelo da filha pela primeira vez. Um filme doce e envolvente, encontrável no YouTube. SÃO 224 PÁGINAS DE HISTÓRIAS, impressões, fotos e receitas da culinária tailandesa – o autor, Carlos Eduardo Oliveira, mergulhou durante quarenta dias no universo da cozinha thai, viajando por várias regiões do país, de norte a sul. O resultado é um livro saborosíssimo e muito útil, pois oferece ao leitor não apenas os segredos do fogão, com as principais manhas e dicas, mas também desvela toda a história desse incrível país: as origens e influências, o perfil de figuras representativas da gastronomia local e a filosofia e o estilo de vida tailandês, que celebram o chamado “family style”. “Comer como um thai significa comer coletivamente. Seja em casa ou em restaurantes”, diz Carlos. Um livro para aprender a fazer o onipresente Sticky Rice (o arroz pegajoso cozido no vapor), a Som Tam (salada de papaia verde), o Thai Green Curry (frango ao curry verde) e o clássico Pad Thai (camarões com macarrão oriental e broto de broto de soja), entre outras delícias. E, claro, ter vontade de marcar (já) uma viagem para Tailândia, para flanar pelas ruas e saborear esses pratos divinos e únicos in loco. www.editoramelhoramentos.com.br FOTO DIVULGAÇÃO Para Melhor Filme de Animação, resta saber se a Academia terá coragem de peitar os grandes estúdios e premiar o ótimo “Link Perdido”, produção menor sobre a descoberta de um ancestral dos seres humanos. O filme pode desbancar “Como Treinar o Seu Dragão 3” e “Toy Story 4”. Mas surpresa mesmo seria o Oscar ir para o francês “Perdi Meu Corpo”, bizarra animação sobre as aventuras de E para o Oscar de Melhor Canção, Elton John e Bernie Taupin, que formam uma das parcerias de compositores mais queridas do mundo, escreveram “(I’m Gonna) Love Me Again” especialmente para a cinebiografia “Rocketman”. A Academia não vai deixar de valorizar essa deferência da dupla em compor algo inédito para um filme.

16 HORA H<br />

Cena do documentário<br />

"Democracia<br />

em Vertigem" da<br />

Netflix e, abaixo,<br />

poster de "Indústria<br />

Americana"<br />

CINEMA<br />

Surpresas<br />

no roteiro<br />

do Oscar<br />

Longe das categorias principais,<br />

animações, documentários e músicas<br />

trazem enredos surpreendentes para a<br />

maior premiação do cinema<br />

POR THALES DE MENEZES<br />

A PERGUNTA ATÉ 9 DE FEVEREIRO,<br />

dia da 92ª cerimônia do Oscar,<br />

é descobrir quais as chances<br />

do brasileiro “Democracia em<br />

Vertigem” levar o prêmio na categoria<br />

Melhor Documentário. Ao<br />

que parece, são poucas. O ótimo<br />

“For Sama” seria uma barbada.<br />

O filme sírio mostra o dia a dia<br />

de uma mãe com filho pequeno<br />

nos conflitos em Aleppo, durante<br />

a Guerra Civil Síria. Não chorar<br />

está fora de cogitação.<br />

Mas suas chances diminuem<br />

muito diante de “Indústria Americana”,<br />

documentário que traz<br />

a reflexão sobre o impacto da<br />

tecnologia de empresas chinesas<br />

nos Estados Unidos. Bem realizado e com uma visão otimista, é a<br />

primeira indicação ao Oscar de um filme da produtora de Michelle e<br />

Barack Obama. Isso deve pesar. O filme pode ser visto na Netflix.<br />

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