Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Benê, Nenê,
Salerno,
Diogo Faito e
NécoSonéco
VELHOS TEMPOS, BELOS DIAS
Texto: Benedito
Salvador Carlos,
o Benê, com a
colaboração
de Leandro
Pardine e Deives
Meciano
Nécosonéco vai fazer falta?
Conto aqui nossa participação na segunda prova da Taça Centauro de 1974, alusiva aos
festejos do aniversário da cidade de São Paulo. Experiência única, a convivência com dois
pilotos que corriam o Campeonato Mundial, com os melhores pilotos do Brasil e ainda a
sensação indescritível de um perigo que não estava no nosso controle.
NécoSonéco vai fazer falta você
me levar, vai? NécoSonéco era uma
gíria que um frequentador da oficina
usava todas as vezes que lhe era negado
algo que pedia sem oferecer nenhuma
contrapartida e dessa maneira,
de modo carente e dengoso, ele se
manifestava. Bastava você falar “não”
para ele e lá vinha o NécoSonéco vai
fazer falta?
Certa oportunidade, às vésperas
de uma corrida em Interlagos/SP,
este colega queria de toda maneira
nos acompanhar. “Penha (José da
Penha Moreira) deixa eu ir?”, “Não,
não, infelizmente não vai ser possível.
Entenda, nós temos que conciliar as
coisas. Primeiro as prioridades são
os pilotos, depois os que podem ajudar
a equipe na hora da corrida e por
fim aqueles que não se enquadram
em nada disso, mas podem ajudar
com as despesas da viagem e pela
situação que se apresenta esse não
é seu caso. Os pilotos são imprescindíveis,
os que podem ajudar nem se
fala, pois além da ajuda do rateio em
todo o custo do final de semana em
São Paulo, ajudam também nas estratégias,
no perfeito funcionamento
dos boxes e ainda em caso de alguma
desistência acidental, serem os
Penha com sua
motocicleta Mondial
primeiros pilotos reservas para correr
no lugar dos inscritos. Hoje, esta
semana, não poderemos de forma
alguma abrir mão de levar um Zé Fai-
|52