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RCIA - ED. 175 - FEVEREIRO 2020pdf

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João Comitto com Cairo, o primeiro

padreador do Brasil

A raça Dobermann tem origem

na Alemanha, foram para guerra na

era nazista e quase foram dizimados.

Americanos levaram a raça e desenvolveram,

deixando-os mais refinados

e elegantes, e, também, moldaram o

temperamento. Para Aldo, o cão é o

espelho do dono e de como é criado.

Aldo ressalta que para se comprar

um cão de raça, é necessário procurar

um criador sério e competente,

que tenha canil registrado, que você

possa ir até o local e ver o pai, a mãe,

e como são tratados. Para ele também

não se pode comprar de canis

que colocam as matrizes para dar

uma cria atrás de outra, ou que não

sejam bem tratados e alimentados.

“Infelizmente dentro do nosso meio,

até mesmo frequentando exposições

da Confederação Brasileira de Cinofilia

(CBKC), já teve gente com má

conduta, chegando a ser expulsa do

rol de criadores, por fazer uso desta

prática tão danosa para com os cães.

Tem gente ruim em qualquer segmento,

estes não podem ser considerados

criadores, e sim comerciantes criminosos”

– afirma Aldo

Ressalta ainda que ele e o irmão

só participam de boas exposições

com um bom clube. “Esses campeonatos

são sérios, temos uma criação

artesanal, desde os meus 10 anos já

estava na cinofilia e nestes anos só

tivemos uma única ninhada. Nossos

cães têm que ter espaço, um bom

trato, proximidade com a família e

como todo cachorro, nós visamos o

aprimoramento da raça, então para

criadores sérios, o cruzamento deve

ser feito dentro de normas”, diz Aldo.

O dobermann Rhallex The Black

Cairo, o número um da raça como padreador

é filho de cão argentino, que

foi importado para o Brasil, e uma fêmea

de um criador brasileiro. E tanto

João como Aldo, sabiam do potencial

do cachorro que fez apresentações,

foi mostrado limitadamente, por ser

muito amoroso e caseiro. “Quando colocamos

um cão para exposição, temos

que abrir mão do contato diário,

é como um filho que vai estudar fora,

ele fica com o Handler para ser treinado,

e Cairo é bem caseiro. Depois de

um tempo chegou a fêmea Dobs Legend

Spirit of The Braves Ariana para

fazer companhia a ele, mas percebemos

o potencial dos dois, então resolvemos

cruzar, já que o fenótipo e o

genótipo de ambos se completavam e

era acima da média, então nasceram

cinco filhotes, registramos e abrimos

nosso canil de nome Darewind. Desta

primeira ninhada nasceu Darewind

Amazing Beauty que desde pequena

já mostrava uma precocidade”.

Beauty foi para um amigo, João e

Aldo incentivaram que ele a levasse

Aldo apresenta os troféus de Beauty

para uma exposição. Logo na primeira

com 6 meses de idade, ela ganhou

o Best in Show, isto é, foi a melhor

da exposição para sua idade. E assim

sucessivamente em todas as exposições

que participava, virou um

fenômeno. Mas devido a problemas,

seu tutor não pode dar continuidade

com as apresentações, e quem deu

todo o suporte necessário para isso

foi Ana Maria Donna Dalle Rose, uma

criadora experiente na raça que se

encantou com a cachorra. Ela começou

a levar a Beauty para as exposições.

Resumindo, a cachorra nascida

no Canil Darewind de Araraquara, tem

42 Best in Shows (melhor da exposição)

no ano de 2019 e mais outras 44

colocações em finais de exposição,

isso sem dúvida fez com que ela apesar

de tão jovem, já entrasse para a

história da raça Dobermann no país.

Essas exposições ou shows, como

chamamos, algumas costumam ter

a participação de até 500 cães das

mais variadas raças em pista. A

Beauty fechou o ano como melhor

dobermann, melhor do seu grupo e

a segunda melhor colocada entre

os cães de todas as raças. Foi, também,

vencedora do Top 20 2019 e

pré-nacional, eventos importantes do

cenário da raça no país.

“Ela virou um fenômeno, quando

chegava em pista todos paravam para

vê-la” – diz Aldo orgulhoso da cadela

que nasceu em suas mãos. Beauty

tem fã clube e recebe mensagens do

mundo inteiro, para os criadores é

como um campeonato de futebol, “é

como ganhar o campeonato brasileiro,

sem contar que ela também já foi

campeã na Argentina e Uruguai, tem

criadores que chegam a levar um time

de cães para competir e o nosso canil

tem só nossa cadela”.

Aldo ressalta também que para

participar de exposições, os cães

precisam ser bem tratados, amados,

pois eles não podem demonstrar nem

agressividade, nem medo, “ele tem

que estar impecável e feliz, tem que

deixar ser tocado, interagir com seu

Handler, que é quem o conduz”.

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