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A Sutil Arte de Ligar o F_da-se - Mark Manson

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experiência, vou reduzindo meus erros e ficando cada vez menos errado todos os

dias.

Tanta gente fica obcecada por estar “certa” a respeito da vida que acaba não

vivendo.

Uma mulher é solteira e se sente só. Quer um parceiro, mas nunca sai de casa

nem faz nada para mudar esse quadro. Um homem trabalha como louco e acha

que merece uma promoção, mas nunca diz isso explicitamente ao chefe.

Os outros dizem que ambos temem o fracasso, a rejeição, ouvir um não.

Não é essa a questão. A rejeição dói, ok. Fracassar é uma merda. Mas nos

apegamos com mais força a algumas certezas — certezas que temos medo de

questionar ou abandonar, valores que deram significado a nossa vida ao longo

dos anos. A mulher não sai para conhecer parceiros em potencial porque seria

obrigada a confrontar as crenças que nutre sobre a própria capacidade de

atração. O homem não pede uma promoção porque teria que confrontar as

crenças que nutre sobre as próprias habilidades.

É mais fácil perpetuar a certeza dolorosa de que ninguém acha você atraente

ou de que ninguém reconhece seus talentos do que pôr isso à prova e descobrir se

condiz com a realidade.

Crenças desse tipo — “Não sou bonita, então por que me dar ao trabalho?” ou

“Meu chefe é um babaca, então por que me dar ao trabalho?” — são feitas para

nos proporcionar conforto imediato, hipotecando uma felicidade e um sucesso

maiores para o futuro. São péssimas estratégias a longo prazo, mas mesmo assim

nos apegamos a elas por presumirmos que sejam corretas, por presumirmos já

saber o que virá. Em outras palavras, presumimos saber o fim da história.

A certeza é a inimiga do crescimento. Nada é certo até acontecer — e mesmo

assim não deixa de ser questionável. Daí a necessidade de aceitar as imperfeições

inevitáveis dos nossos valores, pois sem isso não conseguimos crescimento

algum.

Em vez de lutar por uma vida cheia de certezas, devemos sempre buscar a

dúvida, seja em relação a nossas crenças, a nossos sentimentos ou em relação ao

que o futuro nos reserva se não metermos a cara e fizermos acontecer. Em vez de

tentarmos estar certos o tempo todo, que tal enxergar o oposto? Que tal aceitar

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