A Sutil Arte de Ligar o F_da-se - Mark Manson

03.02.2020 Views

é mais importante que se divertir; que se casar e ter uma família é maisimportante do que fazer sexo sem compromisso; que ter um trabalho no qualvocê acredita é mais importante do que simplesmente ganhar dinheiro —, essareviravolta reverbera em seus relacionamentos. Muitos deles acabam explodindobem na sua cara. Isso também é normal. E também vai ser desconfortável.São efeitos colaterais necessários, embora dolorosos, de escolher se importarcom outras coisas, coisas muito mais importantes e dignas da sua energia. Àmedida que for reavaliando seus valores, você enfrentará resistência interna eexterna. E, sobretudo, vai se sentir inseguro e se perguntar se o que está fazendo éerrado.Como veremos, isso é bom.

6Você está errado em tudo (eu também)Quinhentos anos atrás, os cartógrafos acreditavam que a Califórnia era uma ilha.Médicos acreditavam que abrir um corte no braço de uma pessoa (ou fazê-lasangrar por qualquer parte do corpo) curava doenças. Cientistas acreditavam queo fogo era feito de algo chamado flogisto. As mulheres acreditavam que passarurina de cachorro no rosto amenizava os sinais de envelhecimento. Osastrônomos acreditavam que o Sol girava em torno da Terra.Quando era pequeno, achava que “medíocre” era um tipo de legume que eunão queria comer. Achava que meu irmão tinha encontrado uma passagemsecreta na casa da minha avó porque ele conseguia ir para o quintal sem sair dobanheiro (alerta de spoiler: era uma janela). Por algum motivo qualquer eutambém achava que, quando meu amigo ia com a família para “Washington,D.C.”, eles tinham conseguido voltar no tempo para a época dos dinossauros.Na adolescência, eu dizia para todo mundo que não me importava com nada,quando na verdade me importava demais; outras pessoas governavam meumundo sem que eu soubesse. Eu achava que a felicidade era determinada pelodestino e não pelas minhas escolhas. Achava que o amor era algo quesimplesmente acontecia, que não exigia esforço e empenho. Eu achava que ser“descolado” era algo a ser aprendido com os outros e que exigia prática, não queera um conceito criado por nós mesmos.Pensei que ficaria para sempre com a minha primeira namorada. Quando esserelacionamento acabou, achei que nunca mais amaria outra mulher. Então,quando amei outra mulher, achei que só amor às vezes não é suficiente. Foiquando percebi que cada indivíduo decide o que é “suficiente” e que o amor podeser o que permitimos que seja.

é mais importante que se divertir; que se casar e ter uma família é mais

importante do que fazer sexo sem compromisso; que ter um trabalho no qual

você acredita é mais importante do que simplesmente ganhar dinheiro —, essa

reviravolta reverbera em seus relacionamentos. Muitos deles acabam explodindo

bem na sua cara. Isso também é normal. E também vai ser desconfortável.

São efeitos colaterais necessários, embora dolorosos, de escolher se importar

com outras coisas, coisas muito mais importantes e dignas da sua energia. À

medida que for reavaliando seus valores, você enfrentará resistência interna e

externa. E, sobretudo, vai se sentir inseguro e se perguntar se o que está fazendo é

errado.

Como veremos, isso é bom.

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