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A Sutil Arte de Ligar o F_da-se - Mark Manson

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isso se dá através da possibilidade de não precisar esconder seu distúrbio dos

amigos e familiares o tempo todo, da perspectiva de ter uma vida social normal e

funcional. Para Imogen, é a ideia de assumir o controle de seus pensamentos e

sentimentos e voltar a ser feliz. E, para Jack, é a capacidade de ficar longe de casa

por longos períodos sem sofrer episódios traumáticos.

Com esses novos valores em mente, os adolescentes começam exercícios

intensivos de dessensibilização que os obrigam a colocá-los em prática.

Acontecem ataques de pânico; lágrimas rolam; Jack soca vários objetos e

imediatamente em seguida lava as mãos. Mas, no final do documentário, grandes

progressos ficam claros. Imogen não precisa mais tocar todas as superfícies que

vê. Ela diz: “Ainda há monstros no fundo da minha mente, e provavelmente eles

sempre estarão lá, só que agora estão se acalmando.” Josh consegue passar

períodos de vinte e cinco a trinta minutos sem “igualar” os movimentos dos dois

lados do corpo. E Jack, que talvez tenha tido a melhora mais visível, consegue ir a

restaurantes e beber de garrafas e copos sem lavá-los. Jack resume bem o que

aprendeu: “Eu não escolhi esta vida; não escolhi esta doença péssima, esta coisa

horrível. Mas posso escolher como conviver com ela; eu preciso escolher como

conviver com ela.”

Muitas das pessoas que nascem com um problema específico, seja TOC, baixa

estatura ou outra coisa completamente diferente, acham que estão perdendo algo

muito valioso. Sentem que não há nada que possam fazer, então evitam a

responsabilidade pela situação. Elas concluem: “Eu não escolhi essa genética

horrível, então não é minha culpa as coisas darem errado.”

E é verdade: a culpa não é delas.

Mas a responsabilidade, sim.

Na época da faculdade, eu tinha uma fantasia meio delirante de me tornar

jogador profissional de pôquer. Ganhei dinheiro e tudo o mais, e foi divertido,

mas depois de quase um ano jogando a sério, desisti. Passar a noite inteira

acordado olhando para uma tela de computador, ganhando milhares de dólares

em um dia e perdendo a maior parte no dia seguinte não era estilo de vida para

mim. Além disso, não era o meio mais saudável ou emocionalmente estável de

ganhar a vida.

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