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A Sutil Arte de Ligar o F_da-se - Mark Manson

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Digamos que a primeira camada da autoconsciência é a simples compreensão

das próprias emoções. “Assim eu me sinto feliz”, “Isso me deixa triste”, “Isso me

dá esperança”.

Infelizmente, muita gente é péssima até mesmo nesse nível mais básico. Sei

disso porque sofro desse mal. Às vezes, minha esposa e eu temos conversas

divertidas que correm mais ou menos assim:

ELA: O que foi?

EU: Nada. Nada, não.

ELA: Não, aconteceu alguma coisa. O que foi?

EU: Tá tudo bem. Juro.

ELA: Tem certeza? Você parece chateado.

EU: [com uma risada nervosa] Sério? Não, tá tudo bem, de verdade.

[Meia hora depois…]

EU: … e é por isso que eu estou puto da vida! Ele passa metade do tempo

agindo como se eu não existisse.

Todos nós temos pontos cegos emocionais. Em geral, são os sentimentos que

aprendemos a considerar inapropriados na infância. É preciso anos de prática e

esforço para conseguir identificá-los e expressar as emoções de forma adequada.

É uma tarefa extremamente importante, que vale o esforço.

A segunda camada da cebola da autoconsciência é a capacidade de se

perguntar o porquê de certos sentimentos.

Esses porquês são difíceis, e muitas vezes levamos meses, ou até anos, para

chegar a uma resposta consistente e precisa. A maioria das pessoas precisa

recorrer a um psicólogo para sequer ouvir essas perguntas pela primeira vez. Tais

questionamentos são importantes porque esclarecem o que consideramos ser

sucesso ou fracasso. Por que você sente raiva? É porque não conseguiu alcançar

algum objetivo? Por que se sente letárgico e sem inspiração? É porque não se

considera bom o suficiente?

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