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A Sutil Arte de Ligar o F_da-se - Mark Manson

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Pessoas arrogantes que culpam os outros pelos sentimentos ruins e pelo que

fazem de errado agem assim por acreditar que o papel de vítima vai em algum

momento atrair alguém para salvá-las, e assim elas receberão o amor que sempre

desejaram.

Pessoas arrogantes que assumem a culpa pelo que o outro sente de ruim e o

que o outro faz de errado agem assim por acreditar que, ao “consertar” e “salvar”

o parceiro, receberão o amor e o reconhecimento que sempre desejaram.

Esses são o yin e o yang de qualquer relação tóxica: a vítima e o salvador, o que

causa incêndios porque se sente importante fazendo isso e o que apaga os

incêndios porque se sente importante fazendo isso.

Esses dois tipos de pessoas são atraídos fortemente um para o outro e

geralmente acabam juntos. Suas patologias combinam à perfeição. Em geral,

esses indivíduos têm pais que também apresentam uma dessas características.

Desse modo, seu modelo de um relacionamento “feliz” é baseado em arrogância

e limites fracos.

Infelizmente, nenhum dos dois consegue satisfazer as necessidades reais do

outro. Na verdade, o padrão exagerado de culpa e aceitação da culpa que os dois

adotam perpetua a arrogância e os valores rasos, o que, por sua vez, os impede de

ter suas necessidades satisfeitas. A vítima cria cada vez mais problemas para

serem resolvidos — não porque surjam novos problemas reais, mas porque assim

ela ganha atenção e afeto. E o salvador só resolve e resolve sem parar — não

porque realmente se importe com os problemas, mas porque acredita que

fazendo isso vai ganhar atenção e afeto. Ambos os comportamentos têm

motivações egoístas e condicionais e, portanto, são autossabotagem. Nesses

cenários, pouco se vivencia o amor genuíno.

Se a vítima amasse mesmo o salvador, diria: “Olha, este problema é meu e

você não precisa resolvê-lo para mim. Só preciso que você me apoie enquanto

vou resolvendo.” Essa seria uma verdadeira demonstração de amor: assumir a

responsabilidade pelos próprios problemas e não jogar a responsabilidade para o

parceiro.

Se o salvador realmente quisesse salvar a vítima, diria: “Olha, você está

culpando os outros pelos seus problemas. Você é quem deve resolvê-los.” E,

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