You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Pessoas arrogantes que culpam os outros pelos sentimentos ruins e pelo que
fazem de errado agem assim por acreditar que o papel de vítima vai em algum
momento atrair alguém para salvá-las, e assim elas receberão o amor que sempre
desejaram.
Pessoas arrogantes que assumem a culpa pelo que o outro sente de ruim e o
que o outro faz de errado agem assim por acreditar que, ao “consertar” e “salvar”
o parceiro, receberão o amor e o reconhecimento que sempre desejaram.
Esses são o yin e o yang de qualquer relação tóxica: a vítima e o salvador, o que
causa incêndios porque se sente importante fazendo isso e o que apaga os
incêndios porque se sente importante fazendo isso.
Esses dois tipos de pessoas são atraídos fortemente um para o outro e
geralmente acabam juntos. Suas patologias combinam à perfeição. Em geral,
esses indivíduos têm pais que também apresentam uma dessas características.
Desse modo, seu modelo de um relacionamento “feliz” é baseado em arrogância
e limites fracos.
Infelizmente, nenhum dos dois consegue satisfazer as necessidades reais do
outro. Na verdade, o padrão exagerado de culpa e aceitação da culpa que os dois
adotam perpetua a arrogância e os valores rasos, o que, por sua vez, os impede de
ter suas necessidades satisfeitas. A vítima cria cada vez mais problemas para
serem resolvidos — não porque surjam novos problemas reais, mas porque assim
ela ganha atenção e afeto. E o salvador só resolve e resolve sem parar — não
porque realmente se importe com os problemas, mas porque acredita que
fazendo isso vai ganhar atenção e afeto. Ambos os comportamentos têm
motivações egoístas e condicionais e, portanto, são autossabotagem. Nesses
cenários, pouco se vivencia o amor genuíno.
Se a vítima amasse mesmo o salvador, diria: “Olha, este problema é meu e
você não precisa resolvê-lo para mim. Só preciso que você me apoie enquanto
vou resolvendo.” Essa seria uma verdadeira demonstração de amor: assumir a
responsabilidade pelos próprios problemas e não jogar a responsabilidade para o
parceiro.
Se o salvador realmente quisesse salvar a vítima, diria: “Olha, você está
culpando os outros pelos seus problemas. Você é quem deve resolvê-los.” E,