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Pessoas arrogantes adotam essas estratégias nos relacionamentos, assim como
em relação a tudo o mais, a fim de evitar a responsabilidade pelos próprios
problemas. Como resultado, têm relacionamentos frágeis e superficiais, porque
evitam a dor em vez de promover uma verdadeira apreciação e adoração do
parceiro.
A propósito, isso não vale só para relacionamentos românticos, serve
também para relacionamentos familiares e amizades. Uma mãe dominadora, por
exemplo, assume a responsabilidade por todos os problemas que surgem na vida
dos filhos. A arrogância dela incentiva a arrogância nos filhos, que crescem
acreditando que outras pessoas devem se responsabilizar pelos problemas deles.
(É por isso que os problemas de relacionamento de um casal são
assustadoramente semelhantes aos problemas de relacionamento dos pais de
cada parceiro.)
Quando a responsabilidade por suas emoções e ações está indefinida —
quando não está claro quem é responsável pelo quê, quem é culpado de quê, por
que você está fazendo o que está fazendo —, você nunca desenvolve valores
fortes para si mesmo. Seu único valor se torna fazer o parceiro feliz. Ou seu único
valor se torna esperar que o parceiro o faça feliz.
Isso é autodestrutivo, é claro. E os relacionamentos com essa característica
costumam despencar como o Hindenburg, com todo o drama a que se tem
direito, fogos de artifício e tudo.
Ninguém pode resolver os seus problemas para você. E nem deveriam tentar,
porque isso não vai fazê-lo feliz. Da mesma forma, você não pode resolver
problemas alheios, porque isso não vai ajudar a fazê-los felizes. Um
relacionamento não saudável é quando duas pessoas tentam resolver os
problemas um do outro para se sentir bem consigo mesmas. Um relacionamento
saudável é aquele em que cada um resolve seus problemas para se sentir bem
com o outro.
Definir limites adequados não significa que você não pode ajudar ou apoiar
seu parceiro ou receber ajuda e apoio. Os dois devem se apoiar mutuamente.
Mas que seja por escolha própria, não por se sentirem obrigados a isso ou no
direito de exigir.