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A Sutil Arte de Ligar o F_da-se - Mark Manson

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Pessoas arrogantes adotam essas estratégias nos relacionamentos, assim como

em relação a tudo o mais, a fim de evitar a responsabilidade pelos próprios

problemas. Como resultado, têm relacionamentos frágeis e superficiais, porque

evitam a dor em vez de promover uma verdadeira apreciação e adoração do

parceiro.

A propósito, isso não vale só para relacionamentos românticos, serve

também para relacionamentos familiares e amizades. Uma mãe dominadora, por

exemplo, assume a responsabilidade por todos os problemas que surgem na vida

dos filhos. A arrogância dela incentiva a arrogância nos filhos, que crescem

acreditando que outras pessoas devem se responsabilizar pelos problemas deles.

(É por isso que os problemas de relacionamento de um casal são

assustadoramente semelhantes aos problemas de relacionamento dos pais de

cada parceiro.)

Quando a responsabilidade por suas emoções e ações está indefinida —

quando não está claro quem é responsável pelo quê, quem é culpado de quê, por

que você está fazendo o que está fazendo —, você nunca desenvolve valores

fortes para si mesmo. Seu único valor se torna fazer o parceiro feliz. Ou seu único

valor se torna esperar que o parceiro o faça feliz.

Isso é autodestrutivo, é claro. E os relacionamentos com essa característica

costumam despencar como o Hindenburg, com todo o drama a que se tem

direito, fogos de artifício e tudo.

Ninguém pode resolver os seus problemas para você. E nem deveriam tentar,

porque isso não vai fazê-lo feliz. Da mesma forma, você não pode resolver

problemas alheios, porque isso não vai ajudar a fazê-los felizes. Um

relacionamento não saudável é quando duas pessoas tentam resolver os

problemas um do outro para se sentir bem consigo mesmas. Um relacionamento

saudável é aquele em que cada um resolve seus problemas para se sentir bem

com o outro.

Definir limites adequados não significa que você não pode ajudar ou apoiar

seu parceiro ou receber ajuda e apoio. Os dois devem se apoiar mutuamente.

Mas que seja por escolha própria, não por se sentirem obrigados a isso ou no

direito de exigir.

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