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A Sutil Arte de Ligar o F_da-se - Mark Manson

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com sua esposa estuprada e assassinada enquanto está sendo torturado até a

morte, ou aquela elfa que abre mão da imortalidade para ficar com Aragorn em

O senhor dos anéis, além de comédias românticas idiotas em que Jimmy Fallon

desiste de assistir à final do Red Sox porque Drew Barrymore tem, tipo,

necessidades ou algo assim.

Se esse tipo de amor romântico fosse cocaína, todos seríamos, em termos de

cultura, Tony Montana, de Scarface: enterrando a cara numa montanha de amor

romântico e gritando: Say hello to my little friend!

Estamos descobrindo que o amor romântico é mesmo equivalente a cocaína.

Sério, é assustadoramente parecido. Ambos estimulam exatamente as mesmas

partes do cérebro, deixam o usuário eufórico e se sentindo bem por um tempo,

mas criam a mesma quantidade de problemas que solucionam. Iguaizinhos.

A maioria dos elementos que buscamos no amor romântico — exibições

dramáticas e desconcertantes de afeto, altos e baixos turbulentos — não são

demonstrações genuínas e saudáveis de amor. Muitas vezes não passam de mais

uma forma de arrogância, só que nesse caso se manifestando no relacionamento.

Eu sei, estou dando uma de estraga-prazeres. Sério, que tipo de pessoa fala

mal do amor romântico? Mas presta só atenção:

Existem formas saudáveis e formas não saudáveis de amar. O amor não

saudável é o que une duas pessoas que estão usando aquele sentimento como

meio de escapar de seus problemas, ou seja, um usa o outro como fuga. O amor

saudável é o que une duas pessoas capazes de reconhecer e enfrentar seus

problemas com o apoio um do outro.

Duas coisas diferenciam uma relação saudável de uma não saudável: 1) se

ambos sabem aceitar responsabilidades e 2) se estão dispostos a rejeitar um ao

outro e ser rejeitados um pelo outro.

Em qualquer relação insalubre ou tóxica, em ambos os lados haverá um senso

de responsabilidade fraco e uma incapacidade de rejeitar e ser rejeitado. Em uma

relação saudável, haverá limites claros entre as duas pessoas e seus valores, além

de uma abertura para rejeitar e ser rejeitado quando necessário.

Por “limites”, entenda-se a distinção da responsabilidade pelos problemas

individuais. Pessoas em um relacionamento saudável, com limites fortes,

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