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A Sutil Arte de Ligar o F_da-se - Mark Manson

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cara bacana, a única explicação para o seu comportamento envolveria

inseguranças ou valores escrotos. Ele presume saber o que é melhor para a irmã,

supondo que ela não tem capacidade de tomar decisões de vida importantes por

conta própria; ele presume ter o direito e a responsabilidade de tomar as decisões

por ela; ele tem certeza de que está certo e de que os outros, por consequência,

estão errados.

Mesmo depois de descoberto, seja no irmão da minha amiga ou em nós

mesmos, esse tipo de arrogância é difícil de admitir. Doloroso. É por isso que

poucas pessoas fazem as perguntas mais profundas. O problema é que essas

perguntas são vitais para chegar ao âmago dos problemas que motivam o

comportamento babaca dele. Ou o nosso.

Pergunta 3: Se eu concluísse que estou errado, criaria um problema

melhor ou pior que o atual, tanto para mim como para os outros?

Este é o teste crucial para determinar se temos valores sólidos ou se somos uns

escrotos neuróticos que ferram com todo mundo, inclusive nós mesmos.

O objetivo é analisar qual problema é melhor. Porque, como bem disse o

Panda da Desilusão, os problemas da vida são infinitos.

Quais são as opções do irmão da minha amiga? A) Manter o drama e a tensão

na família, complicando o que deveria ser um momento feliz e nutrindo a

desconfiança e o desrespeito na relação com a irmã, em função do palpite (alguns

chamariam de intuição) de que o futuro esposo será ruim para ela.

B) Desconfiar da própria habilidade de determinar o que é certo ou errado

para a vida da irmã e, na dúvida, optar pela humildade, confiando na capacidade

dela de tomar decisões ou, mesmo que não confie, aceitando suas escolhas por

amor e respeito a ela.

A opção A é a mais popular, por ser a mais fácil. Não exige muita reflexão,

não desperta autoquestionamentos e permite tolerância zero às decisões que

outras pessoas tomem à sua revelia.

Também cria um nível maior de infelicidade para todos os envolvidos.

Já a opção B é aquela que pode nutrir relacionamentos saudáveis e felizes,

construídos com confiança e respeito. É a que nos obriga a baixar a bola e

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