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Edição de janeiro 2020

Umbanda para Umbandista

Umbanda para Umbandista

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Redação:

Diretor Geral:

Caio Augusto

Colaboradores:

Matuka Castro;

Caio Cassola;

Sebastião Cabral;

Kelli Cristina;

Krsna Fonseca;

Daniel Grecco;

Hugo Lapa;

Pablo Araújo;

João Paulo;

Correção e textos:

Equipe Geral

Artes e Distribuição:

Caio Augusto

João Paulo

Capa:

Fontes de imagens da web e montagens feitas pela equipe (arte

Pierre walmirsarchanjo)

NOTA:

Comunicamos que, o Jornal de Umbanda

Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço

livre que autores enviam seus textos e trabalhos

e é comunicado à na mídia Umbandista, cada um

tem total responsabilidade por seu texto, então

o jornal em geral só si responsabiliza pela

montagem e divulgação!!! Boa leitura.

(Algumas imagens de fonte de internet)

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Reflexão diária sobre quem somos!

Agora na hora do almoço estava em um restaurante aberto e sentado na

cadeira me veio uma reflexão do nada... você parou para analisar cada

pessoa que está em seu redor? Cada detalhe? A resposta pode ser sim

pois é o físico mais e o interno?

Realmente Deus está em sua plenitude dentro do coração de cada um,

cada um tem um brilho magnifico uns precisam de mais brilho por estar

em baixa outros tem para dar e vender, mas a compaixão pelas pessoas as

vezes passa despercebida, como Umbandista você olha todos como irmãos

ou só lembra disso dentro do terreiro?

Algo que me fez refletir foi quantas pessoas eu fui gentil hoje? Quantas

pessoas eu falei que amo hoje? (Amor não é só namorado e sim uma

explanação muito mais profunda) será que as vezes não perdemos no

meio da cidade, da correria, do caos um pouco do nosso amor? Aonde

bebemos para reabastecer o amor sobre as pessoas e o sentido de olhar

elas como irmãos que são universos fechados dentro de cada corpo, cada

templo vivo se movimentando rapidamente e o tempo nós passando...

Devemos ter um sistema de compaixão de amor e de carinho por todos os

seres vivos, não importa o que for se tem energia é vida! E aonde

bebemos dessa água? Ai que encontro a maior reflexão desse dia, aonde

está Deus, os Orixás, os guias é aonde aprendemos e bebemos desse amor,

eles estão dentro de nós, dentro do nosso coração, pulsando cada lagrima

de amor e alegria despejada cada dia de luta que temos, faz todo o

sentido quando escutamos algo no terreiro e isso se reflete na nossa vida

diária, é mais que fantástico quando você para e olha o mundo como se

olhasse com os olhos do seu Orixá, aonde você vê o amor pela vida, a

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geração dessa vida, a evolução e assim por diante, pare agora nesse

momento o que está fazendo e faça essa

pergunta a si mesmo, você já exteriorizou o

amor que você tem dentro de ti para alguém

no dia de hoje?

Seja luz, seja vida, seja a semente divina que

Deus ilumina e que os Orixás se orgulham!

(Autor Caio Augusto Direitos reservados e assegurados por estante virtual 29/11/20)

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Esta é a história de um homem, Samedy

Levyan, cuja vida terrena foi marcada

pela perda materna no dia do seu

nascimento e por um pai totalmente

desregrado. Cresceu em meio a

ambientes de prostituição, trapaças,

chantagens, amores e desamores. Após

seu desencane, Samedy foi resgatado

pela luz, onde se sente seguro e feliz.

Porém, situações alheias à sua vontade o

levam ao encontro com seu passado,

fazendo-o cair em sua vibração, deixar a

luz e penetrar no mundo das trevas. Tudo

isso em nome de uma vingança intitulada

como justiça. Conheça a bela história do

Exu Sete Espadas - O Guardião da Lei

Maior. Ele nos mostra que nada nesta

vida ou na outra é definitivo, e que tudo

que está em cima pode descer, assim

como tudo que desceu pode voltar a

subir. O Guardião nos alerta para o fato

de que muitas vezes trevas e luz

caminham juntas.

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Viver é soltar

Vamos imaginar uma pessoa que tem medo de um dia ficar sem

nada, viver na pobreza.

O que essa pessoa faz? Ela então começa a acumular muitas

coisas com medo de que um dia tudo venha a faltar. Ela acredita

que quanto mais juntar coisas, menor é a chance de passar

necessidades. Por isso, sua vida está toda orientada para reunir

ou concentrar dinheiro, posses e patrimônio, tudo isso pelo

temor de um dia viver na penúria.

Quantos de nós não agimos dessa forma? Vivemos nossa vida

regidos pela ideia do “acumular para não faltar”. O que nos move

fundamentalmente nessa empreitada é, sem dúvida, o medo.

Sim… o medo de um dia as coisas começarem a faltar e não

termos mais o básico para nosso sustento. No entanto, as

pessoas precisam refletir sobre algo muito importante: quem age

dessa forma está sendo comandado pelo medo; essa pessoa

está fazendo toda a sua vida girar ao redor do temor da perda, do

horror da pobreza, da preocupação com a escassez e com as

privações materiais. Sim… é certo que essa pessoa vive sua

existência unicamente sendo controlada pelo medo. Ela não

controla o medo… o medo a controla.

E qual é a consequência de uma vida orientada pelo medo? É

uma vida de automatismo… uma vida em que a pessoa se arrasta

para fazer as coisas… é uma vida sem significado, sem

motivação profunda, sem um propósito maior. Uma vida sem

propósito, que é regida pelo medo de perder, tira nosso brilho

interior… rouba nossa alegria, nos faz perder nossa paz de

espírito. Pode-se dizer que uma vida de mera acumulação cuja

base é o medo tem como resultado a perda de nossa alma. Quem

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vive dessa forma, perde a si mesmo, perda sua essência… e vive

apenas um dia após o outro, vive de rotina e de fugas

emocionais. A pessoa cai num vazio do qual será difícil sair. Esse

é o fim da vida e o início da sobrevivência.

E qual o caminho seguir para retomar o sentido da vida? Para se

libertar dessa vida amarga, vazia e sem propósito, é preciso

abandonar em definitivo o medo de perder, o temor de tudo dar

errado, o pânico de ser um zé ninguém. A pessoa deve colocar o

significado profundo da vida acima de qualquer pavor… a pessoa

precisa entregar sua vida a Deus, ao cosmos, ao infinito, ao

eterno e deixar que tudo volte a fluir. Ela precisa se libertar de

todas as amarras e passar a viver sem preocupações. Ela precisa

se desprender, se soltar, se desamarrar de tudo… Precisa retirar

as máscaras, abdicar dos padrões, dos conceitos arraigados, das

crenças, dos dogmas, dos valores do sistema humano de vida.

Como diz a música “Se eu quiser falar com Deus” de Gilberto Gil:

“Se eu quiser falar com Deus, tenho que folgar os nós… dos

sapatos, da gravata, dos desejos, dos receios. Tenho que

esquecer a data. Tenho que perder a conta. Tenho que ter mãos

vazias. Ter a alma e o corpo nus. Tenho que me aventurar. Tenho

que subir aos céus sem cordas pra segurar. Tenho que dizer

adeus, dar as costas, caminhar…”.

Isso não significa que a pessoa deva largar tudo o que possui,

todas as responsabilidades e ir curtir a vida de forma irrefletida e

inconsciente. Começar a beber, ir a festas, viajar, fazer o que

quer etc. Tudo isso nada mais é do que outra prisão a que a

pessoa se submete, ou pode ser uma fuga dos nossos

sentimentos mais profundos. É preciso começar a enfrentar

aquilo que está oculto e que não desejamos mexer dentro de nós.

É preciso tocar nas feridas para cura-las; é preciso desatar os

nós para soltar tudo; é preciso ver o que não desejamos ver; é

preciso parar de fugir; é preciso deixar o rio da vida fluir, deixar o

vento soprar em nosso rosto; deixar de lado as autocobranças e

o perfeccionismo; deixar a vida seguir seu fluxo natural, permitir

as mudanças, abandonar o velho sem nostalgia, largar o passado

e desistir da ânsia pelo futuro. É preciso parar de guerrear contra

todos e contra a vida. É preciso olhar para nossa escuridão, para

nossas dores, para nossos traumas, para nossas mágoas e se

libertar de tudo. É preciso se libertar até mesmo do desejo de

liberdade.

É preciso se desvencilhar do medo de sofrer… pois quem vive

com medo de sofrer, não caminha em direção à felicidade, mas

fica estagnado numa prisão que ela mesma criou. Nessa gaiola

de ouro ela tem a ilusão de possuir segurança, conforto e

previsibilidade. A gaiola pode ser de ouro, mas continua sendo

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uma gaiola. É preciso sair da zona de conforto, abandonar as

crenças que acorrentam nossa mente… é preciso sair da jaula do

egoísmo, do prazer, do apego e da ilusão. É preciso arriscar, sair,

soltar, livrar, desatar, desapegar, desobrigar, desobstruir,

desamarrar, destrancar… É preciso parar de se apoiar em algo ou

alguém, parar de criar sustentos psicológicos, criar justificativas

e desculpas. É preciso ir viver… ao invés de acumular, apegar ou

se prender.

(Hugo Lapa) me siga no facebook!

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Você é capaz de chorar?

Olá irmãos em Oxalá, sejam bem-vindos a mais uma

edição do nosso jornal. Hoje resolvi falar sobre um tema

diferente: Você é capaz de chorar?

Sim, chorar. Chorar de emoção, de tristeza, de raiva, de

dor... enfim. Nós somos educados desde a infância que

o choro é uma fraqueza, e ficamos ouvindo frases

como: Engole o choro, para de frescura, não seja tão

mimado, entre outras agressões psicológicas que nos

causam traumas muitas vezes incuráveis.

O Choro faz parte da forma de expressar nossas

emoções, não deve ser algo reprimido, o choro existe

como meio do nosso corpo expressar um sentimento,

uma sensação, uma emoção, um momento, e quando

nos privamos deste choro ficamos com a sensação de

que faltou alguma coisa, e sim faltou... Faltou a lágrima

cair, sem julgamentos.

Muitas pessoas choram e sofrem caladas por terem

vergonha de se expressarem, pois assim parecerão

fracas, instáveis desequilibradas, porém é tudo ao

contrário pois chorar demonstra que você é um ser

sentimental. Viemos neste mundo e nesta realidade

para viver e experiênciar, e se você oprime suas

sensações e emoções você está deixando de viver.

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Agora alguns devem se perguntar: Tá, e por que desse

tema em um jornal de Umbanda?

E eu respondo: Porque nós precisamos nos entregar

para poder viver a Umbanda.

Você deve se envolver, se emocionar, deixar o

sentimento tomar conta da sua alma, para que assim a

Umbanda possa fazer sentido na sua vida. Os

bloqueios emocionais que vamos criando durante toda

a nossa vida interfere e muito no desenvolvimento

dentro da religião.

Todos ouvem e reproduzem que a Umbanda é Amor e

Caridade, porém muitos não se amam e não são

caridosos consigo. Se amar é permitir viver todas as

emoções possíveis dentro de um ser. Quando você

decide por não se expressar, você está limitando a sua

participação e evolução. Orixá veio em terra? Sentiu

que o passe foi maravilhoso? Chore, solte tudo isso. É

libertador se entregar as emoções que a vida lhe

proporciona. A vida ensina, e se você for capaz de

aprender com as suas emoções você está um passo

mais próximo de entender a vida.

Que nossa mãe Oxum possa cobrir à todos com suas

bênçãos de amor!

Axé!

Matheus Castro

Eterno Aprendiz de Umbanda. (clique na imagem para

comprar meu livro!)

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O que eu quero é realmente quero

pra mim?

É bem comum ouvir de irmãos e irmãs,

ainda com entendimento prematuro sobre a

religião de

Umbanda e sobre os trabalhos espirituais,

durante a consulta com os guias,

levantarem o argumento de querer ou

mesmo alegar a necessidade de algo,

material ou não, que seja essencial ou

mesmo que esta falta ou carência seria a

causa de seu sofrimento.

De forma alguma estou descartando as

necessidades pessoais ou mesmo anulando

o desejo de uma vida mais próspera,

somente fazendo um comentário sobre a

real necessidade pessoal e uma verdade

maior que os guias e mestres espirituais

tendem a nos transmitir em meio as suas

consultas nos templos espirituais

umbandistas.

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Há uma clara falta de entendimento sobre o

que o espírito guia nos transmite, e é sobre

isso que abordo nesse texto para uma maior

compreensão sobre o que os mestres da luz

esperam de nós, seres encarnados nesse

nosso abençoado planeta.

Quando um irmão ou irmã conversa com um

espírito iluminado, e este questiona o

porque de estar com baixa autoestima, com

as vibrações baixas ou com o mental

desordenado, a resposta que este irmão ou

irmã concede é rápida e direcionada: “Estou

assim porque não tenho um emprego!”, ou

“Fico desse jeito porque me falta um

namorado!”, ou “Estrou estressado porque

meu emprego é muito puxado e estou

pedindo que me ajude a trocar de

emprego!”, ou “Eu não tenho paciência com

meus filhos!”, ou mesmo “Não aguento mais

a minha esposa. Ela me irrita e não entende

o que eu preciso!”. São tantas as falas que

poderíamos citar que não caberiam neste

breve comentário. Seria preciso um livro

inteiro para discorrer todos os pedidos

realizados que repetidamente são feitos nos

templos umbandistas aos guias espirituais,

que com toda sua sabedoria e paciência

buscam nos orientar da melhor forma

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possível, fazendo com que cada consulente

entenda o que lhe é imprescindível.

Na maioria das vezes, o guia espiritual nos

pergunta: “Filho(a), e o que você está

fazendo para mudar essa situação?” A

resposta vem por vezes encabulada dizendo

que está tentando melhorar, tentando ter

mais paciência, buscando uma pessoa

legal, tentando entender o que está

faltando, mas não há de forma alguma uma

mudança efetiva na conduta e nem na forma

de pensar e interpretar as limitações que

causam estes incômodos.

Afinal, o que o guia espiritual quer dizer

com esta pergunta? O que eu quero ou o

que estou solicitando é realmente o que eu

preciso? Seria isto o que é melhor para

mim?

Todos os guias são mestres espirituais que

absorveram conhecimentos da Tradição

Natural que os dotaram de poderes e que os

fazem enxergar muito além do que nossos

olhos materiais podem ver, e entendem

muito mais dos sentidos e dos sentimentos

humanos do que nós, seres em evolução no

estágio encarnatório. Portanto, um guia

espiritual é dotado de um incrível

conhecimento e notável sabedoria, e estará

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a sua disposição para transmiti-la para o

seu crescimento evolutivo.

Então, o conselho de um guia e mestre

espiritual lhe conduzirá a um caminho, que

não quer dizer um caminho umbandista,

sendo médium de um templo e adentrar a

corrente mediúnica, pois adentrar uma

corrente e desenvolver a mediunidade é

uma escolha pessoal, e que mesmo que o

irmão ou irmã que esteja se consultando

seja um médium em potencial, fazer parte

de uma casa ou templo deve ser uma

escolha que parte do íntimo de cada ser. O

caminho que me refiro é um caminho de

aprendizado, de reflexão e de

autoconhecimento, que cada ser vivente na

Terra deverá trilhar como via evolutiva e

consciencial.

Este caminho que os guias nos conduzem é

um caminho que leva a impecabilidade. É o

caminho onde se aprende com os próprios

erros e passa a ter um olhar atento para si,

que através dele será despertado a

sensibilidade para com todos e o

humanismo íntegro. É onde passamos a

mudar nossa forma de ver, pensar, sentir,

agir, viver, onde tudo o que vivemos e

fazemos, e principalmente a forma como

fazemos e vivemos, começa a passar por

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uma profunda análise do nosso

comportamento com todos e em todos os

lugares, e que durante esse caminho a

quietude e a reflexão começam a imperar

em nosso ser.

Aos poucos começamos a identificar nossos

pontos mais egoístas, nossa falta de afeto e

sensibilidade. Começamos e encontrar os

desvios de caráter, os excessos e os vícios

comportamentais que nos complicam e

dificultam no cotidiano da vida.

A mudança de comportamento e de

qualidade de pensamentos se torna

inevitável. É essa transformação que o ser

passa que gera todas as oportunidades

possíveis à prosperidade e ao crescimento,

atraindo para si tudo aquilo que lhe for de

merecimento e necessidade.

O caminho que o guia espiritual nos conduz

é um caminho de transformação, de

mudança permanente de estado de

consciência e de maior atenção, e não o

simples resolver de problemas emocionais e

materiais que repetidamente pedimos. O

que muitas vezes nos leva a um templo de

umbanda é justamente esses problemas

mais materiais ou emocionais, o que não é

errado e jamais estará, mas o que

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recebemos e a oportunidade de uma

verdadeira mudança integral em nosso ser.

Quando conquistamos algum bem material

ou temos um afago emocional, temos um

momento de euforia, subimos nosso padrão

vibratório e pensamos que a partir de então

tudo dará certo. Porem, este momento

acaba sendo vencido por nossas

expectativas e retornamos ao nosso estado

anterior, mais pessimistas e com vibrações

mais densas. O caminho oferecido pelos

guias espirituais é justamente uma

mudança de estado, de consciência, mais

sólida que um momento eufórico, onde

nesse estado estaremos mais plenos,

menos oscilantes e mais ativos e estáveis.

Mesmo para aqueles que acreditam que

essa transformação em algumas pessoas

seria um verdadeiro milagre, não importa,

se esta pessoa trilhar junto aos mestre

luminosos o caminho do autoconhecimento

e comprometer-se com sua mudança de

conduta prezando pela impecabilidade e

almejando despretensiosamente a sua

evolução como ser, tenham certeza, essa

pessoa se transformará, pois o milagre não

acontece em nossas vidas enquanto não se

transcende o óbvio. E o óbvio é permanecer

igual, fazendo as mesmas coisas e tendo as

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mesmas atitudes esperando que caia do

céu as bênçãos necessárias ou que os guias

espirituais resolvam nossas falhas e faltas

sem o mínimo de esforço de nossa parte.

Com isso explicado, que nenhum de nós

diga que o guia espiritual de tal pessoa não

é bom ou que o outro guia tá espiritual que

trabalha com fulano não me ajudou, pois

todos os guias espirituais são seres

graduados e de altíssimo conhecimento,

capazes de verdadeiros milagres, que estão

a nossa disposição para nos ensinar e nos

conduzir no

caminho da

vida.

Que cada um

possa

entender

mais sobre si

e suas essenciais necessidades, e busque

com os guias e mestres espirituais o seu

caminho que nos reconduz ao Criador de

tudo e de todos, e que assim percebam

verdadeiramente o que é benéfico ao nosso

ser.

Paz e bem a todos

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Sua benção meu preto velho

Analisando as atitudes do homem contemporâneo,

fazendo uma profunda reflexão sobre as organizações

políticas globais chegamos à conclusão, de que,

realmente está raça está necessitando urgente de um

banho de humildade, entretanto, esta não é a forma mais

procurada pelos humanos viventes que habitam esse

planeta. Ainda nos dias atuais nós damos preferências ás

atitudes rudimentares e quase nunca valorizamos à

diplomacia que Jesus nos deixou em abundância.

Neste texto vamos falar um pouco sobre os grandes

males que assolam a humanidade, o ORGULHO e a

VAIDADE.

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Estes ingredientes são sem dúvida os maiores

destruidores de padrões vibratórios na raça que povoa o

planeta atualmente.

ORGULHO, esse sentimento é tão poderoso, que destrói

famílias, derruba soberanos, promove desavença entre

povos, constrói guerras, impossibilita espíritos de

evoluírem individualmente, promove a raiva e o ódio

formando assim, poderosas redes de intrigas tão

complexas, que por fim tronam-se indestrutíveis. O

orgulho interfere diretamente em nossa personalidade,

eliminando nossa capacidade de raciocinar e com isso

mergulhamos na extrema VAIDADE, o óleo quente que

frita nossa capacidade intelectual, deixando

simplesmente um vácuo imenso em nossa mente, e esse

espaço vazio é imediatamente ocupado pela falsa

sensação de superioridade. E, dessa forma damos

entrada num túnel estreito onde não haverá luz em seu

final, apenas sobrará uma vaga lembrança daquilo que

já fomos e que não soubemos desfrutar. Faltou apenas o

grande benfeitor da humanidade, a humildade e

sabedoria dos pretos velhos.

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Médium, Maga, Sacerdotisa de Umbanda, Dirigente Espiritual do TEU Ogum Beira Mar.

O tempo é implacável!

Durante a realização de alguns trabalhos espirituais no TEU Ogum Beira

Mar, as Entidades

Espirituais nos narram sobre a importância de sabermos aproveitar o

tempo.

O Senhor Caboclo Pedra Branca, com sua imensa sabedoria e calmaria,

sempre nos diz: “

Filhos, na Terra não se corre, se anda”. Tenho aprendido muito com as

Entidades Chefes nos

Trabalhos Espirituais abertos e fechados, sobre as questões do tempo.

Nós, seres encarnados nesta Era, nos alienamos. Vivemos escravizados pelo

relógio, pelo dinheiro. Deixamo-nos moldar pelas mídias, pelo sistema

governamental.

A Umbanda é uma religião que nos direciona, orienta a sermos seres

diferenciados, referência e modelo para os demais irmãos encarnados, na

sociedade à qual estamos inseridos.

Nós Umbandistas, que louvamos os Orixás, Divindades de Deus, nosso

amado Pai Olorum, não podemos fazer da nossa prática corriqueira

diferente ao que vivenciamos dentro do Solo

Sagrado de um Templo de Umbanda. Seria muito discrepante, se na nossa

prática diária, na nossa vida fora do Templo, Terreiro, Tenda de Umbanda,

fizermos tudo diferente aos ensinamentos que nos são dados, que

adquirimos nas chamadas “ Giras de Umbanda”, por nossos Guias

Espirituais.

O Senhor Boiadeiro Zé do Boi, que se manifestou pela primeira vez em

incorporação quando eu tinha aproximadamente uns 14 anos, vem me

ensinando, nesta trajetória na Terra, a aprender a aprender a louvar e

saudar a Vida ( com letra maiúscula).

Zé do Boi atua na linha do TEU Ogum Beira Mar como condutor dos

espíritos desencarnados que precisam de ordenação e direcionamento.

Este magnífico Boiadeiro, que atingiu graus na escala evolutiva, sempre

trabalhando com o fator ordenador, disciplinador, ministra Palestras no

Astral para os espíritos desencarnados, orientando-os sobre a importância

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da disciplina, do equilíbrio, da equidade, para o melhor desempenho da

evolução dos seres humanos e, consequentemente, do planeta Terra.

Tais palestras ocorrem duas vezes na semana, em dias e horários

previamente agendados, onde o espaço físico do Solo Sagrado do TEU

Ogum Beira Mar recebe estes espíritos desencarnados e através deste

Ponto de Luz na Terra, abre-se um portal com ligação deste

Solo Sagrado no plano material para o Espiritual, local onde são

ministradas as palestras.

Os Exus e Pombagiras do Vento e do Tempo, bem como os Exus e

Pombagiras da Lei, recebem esses espíritos, os conduzem às palestras e

guardam o tempo todo, tanto o espaço físico material com ligação ao

espiritual, quanto ao espaço propriamente dito, espiritual.

Certa vez, em uma dessas palestras/terapias, uma mulher de

aproximadamente uns 55 anos, chegou pela primeira vez. Com seu olhar

cabisbaixo, traços marcados no rosto revelando um profundo sofrimento,

trazia no peito o símbolo de um pentagrama e na alma, a dor profunda

de não ter aproveitado o seu tempo na Terra, em sua última encarnação,

em seu benefício, como ser em evolução.

A mesma, foi muito bem acolhida, assim como todos os demais, para que

através das palavras emitidas pelo Sr. Boiadeiro, pudessem tocar a sua

essência ( e ela é Divina), e transformá-la, verdadeiramente, pois o seu

tempo agora não é mais o mesmo de antes, e suas chances agora não são

mais as mesmas que lhe foram concedidas anteriormente.

O tempo é implacável, ele não nos espera! O tempo não volta para

podermos reparar erros ou ainda, ele não estagna, para que possamos sair

dos nossos momentos fúteis, ou de caprichos, ou de vaidades...o tempo é

inquebrável, inflexível, ele apenas existe, é vivo, dinâmico e prossegue,

sem cessar, sem esperar. E nós, precisamos aprender a lidar com o tempo,

que a tudo nos mostra, nos ensina, nos cobra de maneira direta ou

indireta. O tempo não é mal e nem bom, ele é neutro. Ele apenas segue o

seu percurso, conduzindo os seres e devolvendo a cada um, aquilo que os

mesmos jogaram ao tempo e ao vento: palavras, pensamentos,

sentimentos, atitudes! O tempo dá a cada um segundo as suas obras.

Para nós do TEU Ogum Beira Mar e para muitos ele é o Zé do Boi, o

Boiadeiro bravo e ordenador. Para os espíritos que fazem o tratamento nas

palestras ministradas por este mesmo Espírito, o Zé, o Boiadeiro é... ele é o

Mestre, e assim é chamado nesta realidade que se abre, através de um dos

Portais.

Enquanto o Mestre Zé do Boi, ou apenas Mestre, para eles, abordava a

questão do tempo, aquela mulher refletia, assim como os seus outros

irmãos que se encontravam presentes, sobre toda a sua última existência

na Terra. O orgulho, a soberba, ao mesmo tempo a falta de amor próprio (

o que na época ela desconhecia sofrer), a perda de tempo com coisas fúteis

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do mundo material. Todas essas questões vieram em sua mente e em seu

coração, e ela se pôs a chorar, profundamente, lavando sua alma e o seu

olhar, para uma nova vida, que se iniciara, a partir daquele momento.

Muitos de nós ainda estamos totalmente mergulhados em um mar de

responsabilidades materiais, em um mar de contas a pagar, de soluções a

responder e resolver aqui no plano material e nos esquecemos de parar,

respirar, olhar para dentro de nós, de nossos familiares, filhos, etc.

Outros, presos ao que é mais importante na Terra: status! Deixam de se

conhecer, verdadeiramente, para viver uma vida de aparências, de

superficialidade, perdendo o tempo que lhe foi conferido pela Lei Maior e

pela Justiça Divina para reparar erros, crescer nesta vivência e existência,

evoluir.

Quantos de nós vamos aos nossos Terreiros, Tendas, Templos, Casas de

Umbanda por mero hábito? Para muitos médiuns (percebo os mais

antigos), virou uma rotina. Quantos de nós fazemos dos momentos

Sagrados um encontro social? Quantos de nós nos preocupamos apenas

com a incorporação, com o “fazer bonito” e esquecemos de sentir o

Trabalho Espiritual, a Gira, a Espiritualidade e aproveitar bem esse tempo,

que é único, exclusivo, Sagrado, rico e nos é ofertado por Deus como uma

benção, um presente e uma forma de mudarmos, transmutarmos para

assim evoluir e, consequentemente, contribuir para a Evolução do nosso

Planeta e dos demais irmãos que ainda se encontram em outro nível

consciencial ao qual não tem esse olhar?

O tempo não para para que possamos crescer, amadurecer, desenvolver

nosso nível consciencial. Muito pelo contrário: Ele é dinâmico, não é

estático... E nós, estamos prosseguindo? Somos dinâmicos ou ainda

resistimos ao novo, a mudanças?

Buscamos a Luz ou ainda preferimos a zona de conforto, a caverna escura?

Cada Gira de Umbanda nos traz o referencial de prosseguimento, de

dinamismo, de movimento, de Vida, de transmutação, de magia, de

TEMPO! Cada arquétipo nos ensina que o Tempo é SAGRADO!

Hoje, vou parar estar reflexão por aqui. Mas, no próximo texto, continuarei

abordando o mesmo tema: O tempo.

Desejo, meus irmãos, que todos nós possamos daqui pra frente, sair da ilha

( dentro de nós) e analisar quem somos, o que fizemos com o tempo que já

vivemos na Terra, e o que queremos fazer e ser daqui pra frente com o

tempo que ainda teremos. Vamos fazer juntos este exercício?

Nos vemos no próximo tempo. Ops, quis dizer no próximo texto ( risos).

Eu saúdo a Coroa de cada irmão leitor e lhe desejo, axé

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Colabore com nosso jornal, mande textos para

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Destaques De Janeiro

O Santuário Nacional da Umbanda, localizado em Santo André

(SP), foi registrado como patrimônio cultural imaterial após

decisão do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,

Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo

(CONDEPHAAT).

O registro foi homologado no dia 21 de dezembro de 2019 no

Diário Oficial do Estado de São Paulo.

Esse registro prevê a proteção do perímetro do Santuário e das

áreas de referências para as práticas religiosas – todos os locais

Sagrados dentro do Vale dos Orixás, e destaca ainda:

“Que o Santuário Nacional da Umbanda se configura como um

espaço de referência para as práticas umbandistas, sendo

historicamente utilizado para este fim desde a década de 1960,

antes mesmo da existência de uma estrutura para tanto; Que a

história de formação e desenvolvimento do Santuário é um

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importante capítulo da história de formação da Umbanda em São

Paulo; Que o local congrega em seu espaço as práticas de

diversos Terreiros de Umbanda do Estado de São Paulo em um

único lugar;”

Com o tombamento, os Terreiros passam a ser protegidos pelo

Poder Público, impedindo que venham a ser destruídos ou

descaracterizados.

Patrimônio Material x Patrimônio Imaterial

Patrimônio é um bem, expressão ou espaço que seja

considerado de importância para a Identidade Nacional, sejam

eles de expressão artística, cultural ou religiosa.

As formas de expressão, os modos de criar, as criações

científicas, artísticas ou tecnológicas, as obras, objetos,

documentos ou edificações, tudo isso é considerado pela nossa

Constituição Federal como patrimônio.

Locais tais como conjuntos urbanos ou sítios com valores

históricos, ecológicos, arqueológicos e científicos, são

considerados também patrimônio.

Os considerados patrimônio material são os palpáveis, tais

como: construções e edificações, acervos e arquivos.

Assim, os museus, casas de cultura, igrejas e monumentos são

exemplos de patrimônio material.

Neste caso, os Terreiros de Candomblé tombados são

considerados patrimônio materiais pela sua organização interna

dos espaços, como barracões, roncó, quartos de Santo, objetos

dos Orixás, além das práticas litúrgicas.

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Já o patrimonial imaterial são os bens considerados intangíveis,

como os saberes, habilidades, práticas de uma comunidade,

rituais, festas, etc.

O frevo, a capoeira, o maracatu e os samba no Rio de Janeiro são

exemplos de patrimônio imaterial.

Desta forma o Santuário Nacional da Umbanda se consagra

patrimônio imaterial de São Paulo, como um espaço histórico de

importante relevância cultural e religiosa, parte da memória e

história do Estado de São Paulo.

Santuário Nacional da Umbanda: esforço para a conquista

Desde 2013 os processos tramitam e passaram por diversas

etapas. O Grupo de Trabalho de Territórios Tradicionais de Matriz

Africana Tombados de São Paulo, criado em 2018, ajudou de

forma substancial a construir um caminho qualificado entre a

sociedade civil e o poder público para defender esta causa e

atingir esta conquista.

A participação, organização e articulação das autoridades

tradicionais de matriz africana, da academia e dos órgãos de

patrimônio na organização do processo foi fundamental para esta

vitória.

Os dirigentes do Santuário Nacional de Umbanda agradecem a

todos os envolvidos no processo, sobretudo ao Professor Dr.

Vagner Gonçalves Silva e a Pedro Neto pelo auxilio técnico e

ações academicamente conjuntas entre sociedade civil e os

órgãos de patrimonialização.

Citam também a professora Elisabete Mitiko Watanabe e todos os

servidores e profissionais da Unidade de Preservação do

Patrimônio Histórico – UPPH e demais Unidades da Secretaria de

Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

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Por fim, o Babalaô Ronaldo Linares agradece e parabeniza a

todos pela conquista e expressa a imensa gratidão pelos

esforços destes longos 7 anos de luta!

Por que isso é importante?

A Umbanda e outras religiões de matriz afro vem enfrentando

episódios de intolerância crescente nos últimos anos.

Além disso, é comum assistirmos a políticos e gestores públicos

que professam uma fé distinta da nossa tentarem, muitas vezes,

limitar ou questionar a nossa livre expressão de culto, embora

esteja garantida pela Constituição Federal.

Assim, todo e qualquer reconhecimento oficial relacionado à

Umbanda chancelado pelo poder público deve ser comemorado.

Traz visibilidade, afirmação e fortalece a Umbanda de forma

institucional.

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