Agrupamento de Escolas D.Dinis
Jornal Digital "O Trovador"
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EDITORIAL
AUTO DA BARCA DO INFERNO…
DOS NOSSOS TEMPOS
Um influencer entra a cantar a música do Kazzio
Diabo:
Quem vem lá a cantar
Essa música de otário?
Deve ser o youtuber
Pela cabeça de canário.
Youtuber: P-saves não queres?
Então ‘tá bem
Tenho um paypal também,
Tenho tudo o que te convém.
Youtuber: Então, meu puto,
‘tás fixe ou não?
Diabo:
Fixe estou, irmão.
Mas diz-me tu, puto,
Como morreste então?
Youtuber: Morri afogado
Na banheira de Nutella.
Estava muito cheia,
Não aguentei com ela.
Parvo:
Por amor do céu,
Este gajo aqui não entra
Deve pesar tanto
Que até a barca rebenta!
Youtuber: ‘Tás a falar de mim?
Não tens direito a opinião,
Porque seguidores no insta
Tenho mais de um milhão,
Enquanto tu, parvalhão,
Vives que nem um cão!
Diabo: Que morte mais estúpida, meu caro...
Parvo: Mas eu vou para o céu
Youtuber: Olha o palavreado,
E tu não!
Adicionar algum texto do corpo
Devias ter mais cuidado.
E eu vou para o céu
Faço um vídeo sobre ti
E tu não!
E és logo criticado, desprezado,
Profundamente odiado.
Diabo:
O Diabo ser odiado?
Hihihi, sou mas é amado!
E quem não me ama
Acaba torturado e chicoteado.
Youtuber: Ah, tu és o Diabo!
Então, olha, bazei.
Vou ali à outra barca
Que esta parece fraca
E o Diabo nunca amarei!
Dirige-se à barca do Anjo.
Youtuber:
Anjo:
Ó da barca! Ó da barca!
Deixa-me entrar.
Olha que tenho aqui
P-saves para te dar.
P-saves? Até usava
Se ao menos não fossem
Roubados à criançada
Que anda viciada
No teu estúpido canal.
Youtuber: Vai para o olho do cu,
Que eu vou na outra barca
Que até pode ser mais fraca
Mas não tenho de aturar
Gente parva como tu!
Regressa à barca infernal.
Diabo:
Então, de volta à barca?
Até estou admirado!
Pensava que eras adorado
E que não ias nesta barca!
Youtuber: Suplico-te, meu parente,
Já que estou de partida,
Que me deixes fazer
Um vídeo de despedida.
Diabo:
Qual despedida, qual quê!
Entras e é a correr,
Que a maré está boa
E eu tenho mais que fazer.
Trabalho realizado por 4 alunos do 9ºE
A vida da nova geração
Hoje em dia, a nova geração parece dar mais importância à
“vida tecnológica “ e àquela que assistimos por detrás do ecrã.
Eu não sou uma exceção.
Crianças e jovens ao agarrarem num meio tecnológico perdem completamente a noção do tempo
e da realidade. Pesquisam fotos e vídeos, entre outros, que aparentemente não são adequados às
suas idades. Por exemplo, ao verem vídeos de violência entre pessoas, especialmente as crianças
têm o instinto de a usar também, pois, no vídeo que viram, resultou. Os jovens, alguns, já têm
mais maturidade e sabem que agressão física não é solução para resolver conflitos, mas há sempre
aqueles que a ela recorrem.
Muitos caem no vício de estar “agarrados” à tecnologia. Há
jovens que preferem passar as férias no quarto por baixo dos
cobertores, colados à televisão, computador ou telemóvel e
acabam sempre por deixar atividades no exterior fora dos seus
planos. Deste modo também deixam a vida social de lado.
Muitos jovens falam por mensagens no telemóvel, mas, quando
se veem cara a cara, agem como se não soubessem quem são.
Todos os jovens têm os seus pais ou avós que dizem “no meu tempo …” a toda a hora. Os jovens
reagem como se não quisessem saber e dizem “estamos noutro século”. Contudo, eu sempre achei
interessante ouvir as histórias das aventuras que os meus pais viviam. Por acaso, tive imensa sorte
de ser criada e morar numa aldeia. É tão pequena que toda a gente se conhece e é “proibido”
passar por alguém na rua sem lhe falar, coisa que na cidade não acontece. Nas férias de verão,
pego na bicicleta e vou a uma pequena praça onde já sei que vão estar alguns amigos meus. Nós
nem combinamos, só aparecemos, e assim se passam as tardes. Por outro lado, também adoro
“passar domingos” no sofá a ver um filme.
Na minha opinião, as pessoas deviam sair mais à rua, conhecer
nova gente, enfrentar novos desafios, novas aventuras e, de
certeza, que isso as iria ajudar no futuro a ter uma vida social
mais saudável, com mais pessoas para ligar quando precisarem
de ajuda, e a terem um discurso mais fluente com um melhor
vocabulário, sem ser só balbuciar algumas palavras.
Trabalho realizado por: Beatriz Parreira do 8ºB
Encontro-partilha de famílias
na D. Dinis
No dia onze de dezembro, pelas dezoito horas, na escola D. Dinis realizou-se um encontro entre
alunos surdos do pré-escolar e do 1º ciclo do Capuchos e do 2 / 3º ciclo da Escola EB D. Dinis, as
famílias dos mesmos, os professores de Educação Bilingue, professores de Língua Gestual
Portuguesa (LGP), intérpretes de LGP e Terapeutas da fala.
Em reunião, os professores e técnicos da EB D. Dinis planificaram este encontro em três
momentos: apresentação da Equipa às famílias; visionamento de exemplos de trabalhos em vídeo
(histórias bilingues); trabalhos de grupo; traduções em LGP; intervenção da terapia da fala e por
fim um lanche-convívio.
As famílias ficaram sensibilizadas com o trabalho e a aprendizagem que os filhos realizam neste
Agrupamento de Escolas e os professores e técnicos agradeceram a participação das mesmas,
assim como o acompanhamento do trabalho que fazem, em casa de cada um.
Tratou-se de um evento muito bonito e muito importante porque possibilitou o conhecimento das
práticas utilizadas no Agrupamento, na implementação da educação bilingue e sublinhou-se que
uma verdadeira inclusão só é possível com o envolvimento de todos.
Trabalho realizado por: 2 alunos surdos do 7ºF
Atividades do 9º A
Os alunos do 9ºA têm desenvolvido um conjunto de atividades e
projetos de artes decorativas, no âmbito de várias temáticas,
construindo peças decorativas que têm sido apresentadas à
comunidade escolar. Este trabalho conjunto teve como objetivo:
o desenvolvimento de competências comunicativas, sociais e
culturais entre os alunos (surdos e ouvintes); a inclusão; o
desenvolvimento da criatividade, da organização pessoal, da
autonomia e da responsabilidade; a aprendizagem de técnicas e
métodos de trabalho aplicadas em materiais diversificados; o
desenvolvimento da motricidade fina entre outras associadas à
arte, ao desenho, à pintura e à costura. Alunos e professoras
apreciaram a forma muito positiva como decorreram os
trabalhos, desde a planificação à concretização dos mesmos. As
professoras, salientaram o quanto é benéfico para os alunos a
escola poder promover um "saber fazer" para além do "ter de
saber as matérias" das diferentes disciplinas. A fim de motivar os
alunos, as professoras utilizaram ainda algum do seu tempo
individual para finalizar trabalhos, que não era possível acabar
numa aula de quarenta e cinco minutos, arrumar os materiais e
a sala, para que na aula seguinte os alunos pudessem dar início
a outros.
A Diretora de Turma louva a forma como os alunos se
empenharam, assim como a colaboração dos Encarregados de
Educação, quer no patrocínio da matéria-prima para a construção
dos projetos, quer na visita à exposição/venda dos mesmos. A
angariação da verba obtida, reverte para a visita de estudo a França.
A 6 de novembro de 2019,
CELEBROU-se o centenário do
nascimento de Sophia de Mello
Breyner.
Em novembro, nos Estabelecimentos Prisionais de
Leiria (de Jovens e Adultos), também CELEBRÁMOS a
comemoração dessa data:
- CELEBRÁMOS visionando excertos de vídeos sobre a vida e a obra da poetisa;
- CELEBRÁMOS a profundidade da sua ternura maternal;
- CELEBRÁMOS a subtileza da sua criatividade literária;
- CELEBRÁMOS a força da sua personalidade política;
- CELEBRÁMOS a beleza interior e exterior da sua pessoa;
- CELEBRÁMOS o ser poeta no pensamento dos formandos;
- CELEBRÁMOS o valor da poesia no sentir dos estudantes;
- CELEBRÁMOS o sabor das mensagens por eles criadas;
- CELEBRÁMOS a cor nos cartazes elaborados;
- CELEBRÁMOS o empenho na exposição patenteada;
- CELEBRÁMOS a presença da Direção do Estabelecimento Prisional;
- CELEBRÁMOS o contributo do professor tutor;
- CELEBRÁMOS a colaboração da nossa Bibliotecária;
- CELEBRÁMOS a organização testemunhada;
- CELEBRÁMOS as vivências celebradas!
Obrigada
por tão nobre celebração!