21.01.2020 Views

RCIA - ED. 68 - MARÇO 2011

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Histórias que

a vida conta

Meu pai era alfaiate e minha mãe,

costureira. Como eu era a mais velha,

tomava conta dos meus irmãos, e

também brincava de pega-pega, roda,

com todas aquelas musiquinhas

bonitas. Conheci meu marido no

cinema, aqueles olhos verdes lindos,

muito meigo. Ele era mais velho que

eu e dizia: “Vou acabar de criar essa

menina”. Depois de casada, já com os

meus filhos nascidos, fui morar em

Marília. Logo meu marido ficou

doente e morreu. Então, coloquei tudo

no caminhão e voltei para Araraquara.

Aqui montei uma lojinha de

brinquedos, lingerie e roupas, fui

acrescentando bolsa, sapato. O forte

ficou sendo roupa, principalmente

para professoras, aqueles vestidos

clássicos, além de vestidos finos

também. Então eu ia para São Paulo e

para o Rio de Janeiro fazer compras, e

assim foi por muitos anos. Depois

meus filhos se formaram, eu fiquei

doente, eles venderam a loja e acabou.

Foi muita coisa junta que eu vivi!

Amália Acetozi Massafera

Roberto no colo do pai Gerson Massafera que faleceu de forma prematura na cidade de

Marília para onde a família foi no final dos anos 40, montando uma loja de calçados

Especial

DE VOLTA AO PASSADO

Na reportagem da jornalista

Célia Pires e publicada pelo

jornal O Imparcial, Roberto

Massafera demonstrou que

não traz consigo a postura

obrigatória que a maioria

dos políticos têm de se

mostrarem simpáticos.

Isso é nato dele.

Nascido no dia 28 de agosto de 1944

em Araraquara, ele diz ser uma pessoa espiritual

que passa por uma experiência material.

“Nesta experiência a gente busca

uma evolução e à medida que você busca

evolução descobre que se sente bem nessa

vida à medida que deixa de pensar em si e

pensa e trabalha pelos outros, pela coletividade,

usando um pouco o seu conhecimento

no bem comum. Quando criança,

Massafera chegou a morar em Marília,

pois seu pai havia montado uma loja lá.

Era o ano de 1948. Na cidade morava o

campeão mundial de natação Tetsuo Okamoto,

ídolo que serviu de exemplo para

que praticasse a modalidade esportiva. Depois

da morte do pai em 1952, a família retornou

para Araraquara. O irmão mais novo,

o Carlos Eduardo, nasceu em Marília”.

Sem o pai, a mãe Amália, que foi a primeira

mulher a montar uma confecção em

Araraquara, sempre foi um grande exemplo.

A infância de Massafera lhe traz ricas

lembranças de quando ele e os irmãos

saiam a pé da Rua 2, da casa do avô, e iam

nadar na represa na Estação de Tratamento

de Água e na volta paravam na chácara da

Jacira, onde hoje é o Faveral, para chupar

jabuticaba. “A gente aproveitava e ia pescar

na bombinha do Córrego da Servidão.

Era limpo e tinha peixe”.

Também nesse período jogava muita

bola. “Para se ter uma ideia, onde é o

EEBA, antigamente era o campo do Santana,

onde hoje é o Fórum antes era o Paulista.

Na rua 12 onde o Clube Araraquarense

construiu o ginásio de esportes,

era a Portuguesinha e na Fonte onde construíram

o Gigantão, era o campo do Primavera.

A gente jogava bola na Fonte na rua

do Teatro, que era terra ainda, descalços”.

Até os 13 anos de idade, Roberto Massafera

era nadador da Ferroviária.

O talentoso menino figurava junto de

outros grandes nadadores como Paulo

Sampaio, Chico Ashimoto, Eduardo Are-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!