O que Diógenes faria no seu caso (Esquete)_Grossi (2020)
Uma adaptação teatral de Grossi para as frases do filósofo de Sínope
Uma adaptação teatral de Grossi para as frases do filósofo de Sínope
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DIÓGENES (cont.)
(para as atrizes)
Já eu, minhas saudosistas... eu vivi no exilio porque a mim foi confiado o
dinheiro do Estado, e então adulterei essa... como diria? Moeda corrente.
Agi dessa maneira e fui forçado a deixar minha terra natal... Sempre uma
reação! Mas era meu meio.
DIÓGENES (cont.)
(eloquente, para a plateia)
Portanto, sou um homem sem cidade, sem lar, exilado da pátria... um
mendigo, um errante à procura do pão de cada dia... indiferente de meu
estado, vivendo dia a dia para assegurar minha felicidade. Que luta!
[Diógenes interroga um dos expectadores da plateia, puxando pelo braço até o palco.]
DIÓGENES
(sarcástico)
E, hoje, quem são vocês que amam esse dinheiro? O mesmo, séculos e
séculos depois (...)
[O filósofo tapa a boca do expectador antes que possa falar, não dá chance para resposta.]
DIÓGENES
(rindo da situação)
Golpeia, pois não vai achar madeira tão dura que possa me fazer desistir
de conseguir que diga qualquer coisa, qualquer que seja... como me parece
ser teu dever.
Quem mais adotou um modo de vida modesto? Por que não me diz? Se
amedronta? (...) Guarde a resposta, calma!
DIÓGENES (cont.)
(explicando)
Vendo um rato correr de um lado para outro, sem destino, sem procurar
um lugar para dormir, sem medo das trevas e não querendo nada...
descobri um remédio para nossas dificuldades.
Atos II O que Diógenes faria no seu caso (Esquete)