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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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Embora haja uma distinção lógica entre estar consciente dos

sentimentos e agir para mudá-los, Mayer constata que, para

todos os fins práticos, as duas ações em geral se combinam:

reconhecer um estado de espírito negativo é querer livrar-se

dele. Esse reconhecimento, porém, é distinto das tentativas que

fazemos para evitar agir impulsivamente. Quando dizemos

“Pare com isso!” a uma criança cuja raiva a levou a bater num

companheiro de brincadeiras, podemos evitar o espancamento,

mas a criança continua com raiva. Os pensamentos dela ainda

estão fixados na causa da raiva — “Mas ele roubou meu

brinquedo!” —, e a raiva continua do mesmo jeito. A

autoconsciência tem um efeito mais potente sobre sentimentos

fortes, de aversão: a compreensão “O que estou sentindo é

raiva” oferece um maior grau de liberdade — não apenas a

opção de não agir movido pela raiva, mas a opção extra de

tentar se livrar dela.

Mayer constata que as pessoas tendem a adotar estilos típicos

para acompanhar e lidar com suas emoções.6

• Autoconscientes. Conscientes de seu estado de espírito no

momento em que ele ocorre, essas pessoas,

evidentemente, são sofisticadas no que diz respeito à sua

vida emocional. A clareza com que sentem suas emoções

pode reforçar outros traços de suas personalidades: são

autônomas e conscientes de seus próprios limites, gozam

de boa saúde psicológica e tendem a ter uma perspectiva

positiva sobre a vida. Quando entram num estado de

espírito negativo, não ficam ruminando nem ficam

obcecadas com isso e podem sair dele mais rápido. Em

suma, a vigilância as ajuda a administrar suas emoções.

• Mergulhadas. São pessoas muitas vezes imersas em suas

emoções e incapazes de fugir delas, como se aquele

humor houvesse assumido o controle de suas vidas. São

instáveis e não têm muita consciência dos próprios

sentimentos, de modo que se perdem neles, ficando sem

perspectivas. Em conseqüência, pouco fazem para tentar

escapar desses estados de espírito negativos, achando que

não são capazes de exercer controle sobre suas emoções.

Muitas vezes se sentem esmagadas e emocionalmente

descontroladas.

• Resignadas. Embora essas pessoas muitas vezes vejam

com clareza o que estão fazendo, também tendem a

aceitar seus estados de espírito e, portanto, não tentam

mudá-los. Parece haver dois ramos do tipo resignado:

pessoas que estão geralmente de bom humor e por isso

pouca motivação têm para mudá-los, e as que, apesar de

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