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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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11. Grande parte dessa especulação sobre a sintonia fina da

resposta emocional pelo neocórtex vem de Ned Kalin, op.

cit.

12. Uma olhada mais atenta à neuroanatomia mostra que os

lobos pré-frontais atuam como administradores emocionais.

Muitos indícios apontam para partes do córtex pré-frontal

como o sítio onde se juntam a maior parte ou todos os

circuitos corticais envolvidos numa reação emocional. Nos

seres humanos, as mais fortes ligações entre neocórtex e

amígdala vão para o lobo pré-frontal esquerdo e o lobo

temporal abaixo, e para o lado do lobo frontal (o lobo

temporal é fundamental na identificação do que é um

objeto). Essas duas ligações são feitas numa única projeção,

sugerindo uma rápida e poderosa rota, uma virtual autoestrada

neural. A projeção de neurônios individuais entre a

amígdala e o córtex pré-frontal vai para uma área

chamada córtex orbitofrontal. É a área que parece mais

crítica na avaliação de respostas emocionais quando

estamos no meio delas e fazendo correções de percurso.

O córtex orbitofrontal tanto recebe sinais da amígdala

como tem sua própria e complexa rede de projeções por

todo o cérebro límbico. Por intermédio dessa rede,

desempenha um papel na regulação das respostas

emocionais — inclusive inibindo sinais do cérebro límbico

quando alcançam outras áreas do córtex, e moderando

assim a urgência neural desses sinais. As ligações do córtex

orbitofrontal com o cérebro límbico são tão extensas que

alguns neuroanatomistas o chamaram de uma espécie de

“córtex límbico” — a parte pensante do cérebro

emocional. Ver Ned Kalin, Departamentos de Psicologia e

Psiquiatria, Universidade de Wisconsin, “Aspects of Emotion

Conserved Across Species”, manuscrito inédito preparado

para o Encontro MacArthur de Neurociência Afetiva,

novembro de 1992; e Allan Schore, Affect Regulation and

the Origin of Self (Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum

Associates, 1994).

Não há apenas uma ponte estrutural entre a amígdala e o

córtex pré-frontal, mas também, como sempre, uma ponte

bioquímica: tanto a parte ventromedial do córtex préfrontal

quanto a amígdala têm alta concentração

especialmente de receptores químicos para o

neurotransmissor serotonina. Esse produto químico do

cérebro parece, entre outras coisas, aprimorar a

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