Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman
as ruas, o lar.Vejam o depoimento de professores no programa de NewHaven. Um conta que uma ex-aluna, ainda solteira, lheprocurou para dizer que com certeza já seria uma mãe solteira“se não tivesse aprendido a defender seus direitos em nossasaulas de Desenvolvimento Social”.13 Outro professor lembra queo relacionamento de uma estudante com a mãe era tão ruimque as conversas das duas em geral acabavam em gritaria;depois que a garota aprendeu a se acalmar e pensar antes dereagir, a mãe disse ao professor que agora podiam conversarsem brigas. Na escola Troup, uma aluna da sexta série passouum bilhete para o professor de Desenvolvimento Social; amelhor amiga dela, dizia a nota, estava grávida, não tinhaninguém com quem conversar sobre o que fazer e estavapensando em suicídio — mas sabia que o professor ia seinteressar.Um momento revelador ocorreu quando eu observava umaclasse da sétima série de Desenvolvimento Social numa escolade New Haven e o professor pediu que “alguém falasse sobreuma desavença recente e que tinha sido resolvida de formapositiva”.Uma gordinha de 12 anos levantou a mão:— Tinha uma garota que eu tinha como amiga e aí umapessoa me disse que ela queria brigar comigo. Disseram que elaia me pegar na esquina depois da aula.Mas, em vez de enfrentar furiosa a outra menina, elaaplicara uma técnica aprendida na aula — descobrir o que sepassa antes de saltar a conclusões:— Então, eu procurei a menina e perguntei por que ela tinhadito aquilo. E ela disse que nunca tinha dito. Por isso a gentenunca brigou.A história parece bastante inócua. Só que a garota que contaa história já tinha sido expulsa de outra escola por briga.Agredia primeiro e fazia as perguntas depois — ou nem fazia.Para ela, abordar um suposto adversário de maneira construtiva,em vez de partir imediatamente para um irado confronto, éuma vitória pequena mas concreta.Talvez o sinal mais revelador do impacto causado pelasaulas de alfabetização emocional sejam os dados que me foramfornecidos pelo diretor da escola dessa menina de 12 anos. Umaregra inflexível ali é que as crianças surpreendidas brigando sãosuspensas. Mas, à medida que as aulas de alfabetizaçãoemocional se estenderam ao longo dos anos, verificou-se umaqueda constante no número de suspensões.— No ano passado — diz o diretor — houve 106 suspensões.Até agora este ano... estamos chegando em março... houve
apenas 26.Há vantagens concretas. Mas, além dessas historinhas devítimas melhoradas ou salvas, há a questão empírica daverdadeira importância das aulas de alfabetização emocionalpara aqueles que as tiveram. Os dados sugerem que, emboraesses cursos não mudem ninguém da noite para o dia, à medidaque as crianças avançam no currículo de série em série,verificam-se melhoras discerníveis no tom de uma escola e naperspectiva — e nível de competência emocional — dasmeninas e meninos que os fazem.Há muitas avaliações objetivas, as melhores das quaiscomparam alunos que participaram desses cursos com outrosque não participaram, onde observadores independentes avaliamo comportamento das crianças. Outro método é identificarmudanças nos alunos antes e depois do treinamento, com baseem medidas objetivas de seu comportamento, como o númerode brigas no pátio e suspensões. O conjunto dessas avaliaçõessugere um generalizado proveito na competência social eemocional das crianças, em seu comportamento dentro e forada escola e em sua capacidade de aprender (ver detalhes noApêndice F):AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL• Melhora no reconhecimento e designação das própriasemoções• Maior capacidade de entender as causas dos sentimentos• Diferenciar sentimentos e atosCONTROLE DE EMOÇÕES• Melhor tolerância à frustração e controle da raiva• Menos ofensas verbais, brigas e perturbação na sala deaula• Maior capacidade de expressar adequadamente a raiva,sem brigar• Menos suspensões e expulsões• Menos comportamento agressivo ou autodestrutivo• Mais sentimentos positivos sobre si mesmo, a escola e afamília• Melhor no lidar com a tensão• Menos solidão e ansiedade socialCANALIZAR PRODUTIVAMENTE AS EMOÇÕES• Melhor comunicabilidade
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Há vantagens concretas. Mas, além dessas historinhas de
vítimas melhoradas ou salvas, há a questão empírica da
verdadeira importância das aulas de alfabetização emocional
para aqueles que as tiveram. Os dados sugerem que, embora
esses cursos não mudem ninguém da noite para o dia, à medida
que as crianças avançam no currículo de série em série,
verificam-se melhoras discerníveis no tom de uma escola e na
perspectiva — e nível de competência emocional — das
meninas e meninos que os fazem.
Há muitas avaliações objetivas, as melhores das quais
comparam alunos que participaram desses cursos com outros
que não participaram, onde observadores independentes avaliam
o comportamento das crianças. Outro método é identificar
mudanças nos alunos antes e depois do treinamento, com base
em medidas objetivas de seu comportamento, como o número
de brigas no pátio e suspensões. O conjunto dessas avaliações
sugere um generalizado proveito na competência social e
emocional das crianças, em seu comportamento dentro e fora
da escola e em sua capacidade de aprender (ver detalhes no
Apêndice F):
AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL
• Melhora no reconhecimento e designação das próprias
emoções
• Maior capacidade de entender as causas dos sentimentos
• Diferenciar sentimentos e atos
CONTROLE DE EMOÇÕES
• Melhor tolerância à frustração e controle da raiva
• Menos ofensas verbais, brigas e perturbação na sala de
aula
• Maior capacidade de expressar adequadamente a raiva,
sem brigar
• Menos suspensões e expulsões
• Menos comportamento agressivo ou autodestrutivo
• Mais sentimentos positivos sobre si mesmo, a escola e a
família
• Melhor no lidar com a tensão
• Menos solidão e ansiedade social
CANALIZAR PRODUTIVAMENTE AS EMOÇÕES
• Melhor comunicabilidade