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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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em casa”.

Essas linhas paralelas de reforço das lições emocionais —

não apenas na sala de aula, mas também no pátio; não apenas

na escola, mas também em casa — são ideais. Isso implica

interligar mais estreitamente a escola, os pais e a comunidade.

Aumenta a probabilidade de que o que as crianças aprenderam

nas classes de alfabetização emocional não ficará para trás na

escola, mas será testado, praticado e afiado nos desafios reais da

vida.

Outra maneira como esse tipo de abordagem acarreta a

reformulação das escolas é a criação de uma cultura

universitária que faz dela uma “comunidade envolvida”, um

lugar onde os alunos se sentem respeitados, cuidados e ligados

aos colegas, professores e à própria escola.12 Por exemplo, as

escolas em lugares como New Haven, onde as famílias se

desintegram em ritmo acelerado, oferecem uma gama de

programas que recrutam pessoas interessadas na comunidade

para envolver-se com estudantes cuja vida familiar, na melhor

das hipóteses, esteja sofrendo algum abalo. Nas escolas de New

Haven, adultos responsáveis apresentam-se como voluntários

para serem mentores, companheiros regulares de estudantes que

estão falhando e têm poucos, quando têm, adultos protetores na

vida familiar.

Em suma, o projeto ideal dos programas de alfabetização

emocional é começar cedo, ser apropriado à idade, cobrir todo

o tempo de escolaridade e entremear os trabalhos na escola, em

casa e na comunidade.

Embora grande parte disso se encaixe tranqüilamente em

partes existentes do dia escolar, esses programas são uma

grande mudança em qualquer currículo. Seria ingênuo não

prever obstáculos para introduzir esses programas na escola.

Muitos pais podem achar que a matéria, em si, é um campo

muito pessoal para ser deixado a cargo da escola, que é melhor

deixar essas coisas com os pais (um argumento que ganha

crédito se os pais de fato se encarregarem desses assuntos — e

é menos convincente quando não o fazem). Os professores

podem relutar em dedicar mais uma parte do dia escolar a

assuntos que parecem não estar relacionados com o básico

acadêmico; alguns professores podem sentir-se muito pouco à

vontade para ensinar esse tipo de matéria e todos precisarão de

treinamento especial para fazê-lo. Também algumas crianças

poderão resistir, sobretudo quando essas lições estão fora de

sincronia com suas preocupações reais, ou senti-las como

intromissoras imposições em sua intimidade. E depois há o

dilema de manter a alta qualidade e providenciar para que os

espertos comerciantes da educação não mascateiem programas

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