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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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vezes, são os problemas que as crianças guardam para si,

obcecando-se com eles sozinhas à noite, não tendo ninguém

com quem partilhá-los. Na Ciência do Eu, podem se tornar os

tópicos do dia.

Cada uma dessas discussões é grão potencial para o objetivo

explícito da Ciência do Eu, que é iluminar o sentimento que a

criança tem de si e do relacionamento com os outros. Embora o

curso tenha um planejamento, é flexível o bastante para que,

quando ocorrem momentos como o conflito entre Rahman e

Tucker, eles sejam capitalizados. As questões que os alunos

trazem proporcionam exemplos vivos aos quais tanto eles

quanto os professores podem aplicar as aptidões que estão

aprendendo, como os métodos de solução de conflito que

esfriaram o calor entre os dois meninos.

O BÊ-Á-BÁ DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Em uso há quase vinte anos, o Currículo da Ciência do Eu é um

modelo para o ensino de Inteligência Emocional. As lições, às

vezes, são surpreendentemente sofisticadas, como me disse a

diretora da Nueva, Karen Stone McCown:

— Quando falamos sobre a raiva, ajudamos as crianças a

entender que ela é quase sempre uma reação secundária e a

buscar o que está por trás: você está magoado, com ciúmes?

Nossas crianças aprendem que sempre há opções para reagir a

uma emoção, e quanto mais meios temos para lidar com as

emoções, mais rica é a nossa vida.

Uma lista de conteúdos da Ciência do Eu é quase um

casamento ponto por ponto com os ingredientes da inteligência

emocional — e com o núcleo de aptidões recomendadas como

prevenção básica para a gama de armadilhas que ameaçam as

crianças (ver lista completa no Apêndice E).2 Entre os tópicos

ensinados, está a autoconsciência, cujo objetivo é reconhecer

sentimentos, e montar um vocabulário para eles e ver as

ligações entre pensamentos, sentimentos e reações; saber se são

os pensamentos ou os sentimentos que governam uma decisão;

avaliar as conseqüências de opções alternativas; e aplicar essas

intuições em questões como drogas, fumo e sexo. A

autoconsciência também se dá no reconhecimento de nossas

forças e fraquezas, na possibilidade de nos vermos a uma luz

positiva, mas realista (com isso evitando uma armadilha comum

do movimento de auto-estima).

Outra ênfase é no controle das emoções: compreender o que

está por trás de um sentimento (por exemplo, a mágoa que

dispara a raiva) e aprender como lidar com ansiedades, ira e

tristeza. Ainda outra ênfase é assumir a responsabilidade por

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