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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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Faça a crítica pessoalmente. As críticas, como os elogios,

são mais efetivas cara a cara e em particular. As pessoas que

não se sentem à vontade para fazer críticas — ou um elogio —

provavelmente devem querer fazê-lo a distância, através de um

memorando, por exemplo. Mas esta é uma forma de

comunicação muito impessoal e rouba da pessoa que a recebe

a oportunidade de responder ou de prestar esclarecimentos.

Seja sensível. Este é um apelo pela empatia, para estar

sintonizado com o impacto que você provoca com o que diz e

como o diz sobre a pessoa a quem você se dirige. Levinson

observa que os administradores que têm pouca empatia são

mais inclinados a dar feedback de uma maneira que machuca,

com o arrepiante sarcasmo. Feita desta forma, a crítica é

destrutiva; em vez de abrir caminho para uma correção, cria

um revide emocional de ressentimento, raiva, defensividade e

distanciamento.

Levinson também dá alguns conselhos emocionais para os

que recebem a crítica. Um deles é vê-la como uma informação

valiosa para aprimorar o seu próprio trabalho, e não como um

ataque pessoal. Outro é manter vigilância sobre o impulso para

cair na defensiva, em vez de assumir a responsabilidade. E, caso

seja muito perturbador, peça para continuar a conversa mais

tarde, após o período necessário para a absorção da mensagem

difícil e para esfriar um pouco. Finalmente, ele aconselha as

pessoas a verem a crítica como uma oportunidade de trabalhar

junto com quem critica, para resolver o problema, e não como

uma situação de confrontamento. Todos esses sábios conselhos, é

claro, fazem eco com as sugestões oferecidas a casais que

tentam lidar com suas queixas sem causar danos permanentes a

seu relacionamento. Assim no casamento como no trabalho.

CONVIVENDO COM A DIVERSIDADE

Sylvia Skeeter, ex-capitã do Exército, aos 30 anos era gerente de

turno num restaurante da cadeia Denny’s, em Colúmbia, na

Carolina do Sul. Numa tarde sem movimento, um grupo de

negros — um pastor protestante, um pastor assistente e duas

cantoras de gospel visitantes — entrou para comer, e lá ficou

esperando durante muito tempo, sem que as garçonetes viessem

atendê-los. Sylvia lembra que as garçonetes “olhavam duro para

eles, as mãos nas cadeiras, e continuavam a conversar, como se

aquelas pessoas negras que estavam a cinco palmos de distância

não existissem”.

Indignada, Sylvia enfrentou-as e queixou-se ao gerente geral,

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