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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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Descobertas sobre a liderança nos negócios e nas profissões

pintam um quadro mais complexo (Capítulo 10). A pontuação

de QI prognostica muito bem se podemos arcar com os desafios

cognitivos que uma determinada posição nos oferece. Centenas,

talvez milhares, de estudos demonstraram que o QI prevê quais

níveis uma pessoa pode exercer numa carreira. Isto é

inquestionável.

Porém o QI cai por terra quando a questão é prognosticar

quem, em meio a um grupo talentoso de candidatos dentro de

uma profissão intelectualmente exigente, será o melhor líder.

Isto se dá em parte por conta do “efeito do andar de cima”:

todos aqueles nos altos escalões de uma determinada profissão,

ou nos níveis superiores de uma grande organização, já foram

peneirados em termos de intelecto e destreza. Nesses níveis

elevados, um QI alto se torna uma habilidade “liminar”,

necessária para simplesmente entrar e continuar no jogo.

Conforme propus no meu livro de 1998, Trabalhando com a

Inteligência Emocional, as habilidades de QE — e não o QI ou

aptidões técnicas — emergem como a competência

“discriminatória” que prevê da melhor forma quem dentre um

grupo de pessoas muito inteligentes será o líder mais hábil. Se

examinarmos as competências que as organizações em todo o

mundo determinaram ser as que identificam seus principais

líderes, descobriremos que os indicadores de QI e aptidões

técnicas caem para o final da lista quanto mais alto for o cargo.

(O QI e as aptidões técnicas são fortes indicadores de

excelência em empregos menos qualificados.)

Desenvolvi esta questão de forma mais abrangente no meu

livro de 2002, O Poder da Inteligência Emocional: a

Experiência de Liderar com Sensibilidade e Eficácia (em coautoria

com Richard Boyatzis e Annie McKee). Nos níveis mais

altos, os modelos de competência para liderança consistem

geralmente em algo em torno de 80% a 100% de habilidades do

tipo QE. Nas palavras do diretor de pesquisa de uma empresa

de seleção de executivos, “os CEOs são contratados por seu

intelecto e habilidade empresarial — e são despedidos por falta

de inteligência emocional”.

Quando escrevi Inteligência Emocional, vi o meu papel

como o de um jornalista científico cobrindo uma nova e

significativa tendência na psicologia, particularmente a junção da

neurociência com o estudo das emoções. Porém, na medida em

que fui me envolvendo mais no campo, voltei ao meu antigo

papel de psicólogo para oferecer meus insights sobre os

modelos de QE. Como resultado, minha formulação da

inteligência emocional progrediu desde que escrevi estas

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