Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman
no aprendizado, se sintam encorajadas a enfrentar desafios emnovas áreas — diz Gardner, acrescentando que a experiênciasugere ser assim.Em termos mais gerais, o fluxo sugere que a conquista demaestria em qualquer ofício ou conjunto de conhecimentos devese dar, idealmente, de uma maneira natural, à medida que acriança é encaminhada para as áreas que a atraemespontaneamente — que, em essência, ela adora. Essa paixãoinicial pode ser a semente para maiores níveis de conquista, àmedida que a criança venha a compreender que seguir nessaatividade — seja dança, matemática ou música — é uma fontedo prazer do fluxo. E, como isso exige forçar os limites de nossacapacidade de manter o fluxo, torna-se um motivador básicopara nos tornarmos cada vez melhores; a criança, desta forma,fica feliz. Isso, claro, é um modelo mais positivo de aprendizadoe educação do que a maioria de nós encontrou na escola. Quemnão se lembra daquele tempo, pelo menos em parte, comointermináveis e pavorosas horas de tédio, pontuadas pormomentos de alta ansiedade? Buscar o fluxo através doaprendizado é uma maneira mais humana, natural e muitoprovavelmente mais eficaz de arregimentar as emoções aserviço da educação.Isso revela o sentido mais geral em que canalizar emoçõespara um fim produtivo é uma aptidão mestra. Seja no controlede impulsos e adiamento da satisfação, no controle de nossosestados de espírito para que facilitem, em vez de impedir, opensamento, motivando-nos a persistir e tentar de novo apesardos reveses, seja na descoberta de formas para entrar em fluxoe com isso atuar com mais eficiência — tudo indica o poder daemoção na orientação do esforço eficaz.
7As Origens da EmpatiaVoltemos a Gary, o brilhante mas alexitímico médico que tantoperturbava a noiva, Ellen, por ignorar não apenas seus própriossentimentos, mas também os dela. Como a maioria dosalexitímicos, faltava-lhe não só empatia, mas também intuição.Se Ellen se dizia deprimida, ele não demonstrava entender osseus sentimentos; se ela falava de amor, ele mudava de assunto.Gary fazia críticas “construtivas” a coisas que Ellen fazia, semcompreender que ela se sentia agredida, e não ajudada.A empatia é alimentada pelo autoconhecimento; quanto maisconsciente estivermos acerca de nossas próprias emoções, maisfacilmente poderemos entender o sentimento alheio.1Alexitímicos como Gary, que não têm idéia do que eles própriossentem, ficam completamente perdidos quando se trata de sabero que as pessoas à sua volta estão sentindo. Não têm ouvidoemocional. As notas e os acordes emocionais que são entoadosnas palavras e ações das pessoas — um tom revelador oumudança de postura, o silêncio eloqüente ou o tremor que trai— passam despercebidos.Confusos acerca de seus próprios sentimentos, os alexitímicosficam igualmente perplexos quando outras pessoas falam do queestão sentindo. Essa incapacidade de registrar os sentimentos deoutrem significa que existe um grande déficit de inteligênciaemocional e uma trágica falha no entendimento do que significaser humano. Pois todo relacionamento, que é a raiz doenvolvimento, vem de uma sintonia emocional, da capacidadede empatia.Essa capacidade — de saber como o outro se sente — entraem jogo em vários aspectos da vida, quer nas práticascomerciais, na administração, no namoro e na paternidade, nosermos piedosos e na ação política. A falta de empatia étambém reveladora. Nota-se em criminosos psicopatas,estupradores e molestadores de crianças.As emoções das pessoas raramente são postas em palavras;com muito mais freqüência, são expressas sob outras formas. Achave para que possamos entender os sentimentos dos outrosestá em nossa capacidade de interpretar canais não-verbais: otom da voz, gestos, expressão facial e outros sinais. Talvez amais ampla pesquisa acerca da capacidade que têm as pessoasde detectar mensagens não-verbais seja a de Robert Rosenthal,psicólogo de Harvard, e seus alunos. Ele idealizou um teste de
- Page 82 and 83: Motivo: não tinha consciência do
- Page 84 and 85: pessoas que privavam da intimidade
- Page 86 and 87: AVALIANDO O INCONSCIENTEO vácuo em
- Page 88 and 89: 5Escravos da PaixãoTens sido...Um
- Page 90 and 91: podemos decidir sobre quanto durar
- Page 92 and 93: intolerante monólogo interior que
- Page 94 and 95: boca. Quando o vidro se espatifou n
- Page 96 and 97: como um modelo da segunda maneira d
- Page 98 and 99: raiva ainda. Ela descobriu que, qua
- Page 100 and 101: terrível. As preocupações quase
- Page 102 and 103: ansiedade que despertou.Mas as preo
- Page 104 and 105: e, sobretudo, uma ansiedade sufocan
- Page 106 and 107: centrais da ruminação — questio
- Page 108 and 109: do que antes de começarem.)Diane T
- Page 110 and 111: padrão de desligamento da maioria
- Page 112 and 113: fisiológica pode dever-se à tenta
- Page 114 and 115: A forma como as perturbações emoc
- Page 116 and 117: Em suma, uma forte ética de trabal
- Page 118 and 119: dieta até lutar para a obtenção
- Page 120 and 121: fazer a mesma coisa deteriorou-se a
- Page 122 and 123: positivo, tornando mais provável q
- Page 124 and 125: Os americanos entusiastas da nataç
- Page 126 and 127: rejeição é, para o pessimista, d
- Page 128 and 129: acontecera. Ficou espantado ao sabe
- Page 130 and 131: APRENDIZADO E FLUXO: UM NOVO MODELO
- Page 134 and 135: aferição de empatia, o PONS — P
- Page 136 and 137: na boca, para ver se também doem.
- Page 138 and 139: horas de gravação em vídeo de m
- Page 140 and 141: Enquanto o abandono emocional parec
- Page 142 and 143: emoções envolve os circuitos amí
- Page 144 and 145: moral é quando um circunstante é
- Page 146 and 147: crianças, há muito menos para out
- Page 148 and 149: palavras como matar do que a palavr
- Page 150 and 151: 8A Arte de Viver em SociedadeComo
- Page 152 and 153: solidariedade, que o levou a tentar
- Page 154 and 155: americanos. — Foi realmente estra
- Page 156 and 157: ser tão sutil quanto duas pessoas
- Page 158 and 159: • Organizar grupos — aptidão e
- Page 160 and 161: enturmar-se e fazer-se gostar, est
- Page 162 and 163: consideração as débeis tentativa
- Page 164 and 165: bichinhos.— Não pode, não — d
- Page 166 and 167: das palavras de seu mestre:— O ai
- Page 168 and 169: PARTE TRÊSINTELIGÊNCIAEMOCIONAL A
- Page 170 and 171: psicológicas, que permitem identif
- Page 172 and 173: importante diferença de comportame
- Page 174 and 175: mulheres em matéria de emoção qu
- Page 176 and 177: ou são ignoradas.A diferença entr
- Page 178 and 179: Essas conversas paralelas — as fa
- Page 180 and 181: porque provocam seqüestros emocion
no aprendizado, se sintam encorajadas a enfrentar desafios em
novas áreas — diz Gardner, acrescentando que a experiência
sugere ser assim.
Em termos mais gerais, o fluxo sugere que a conquista de
maestria em qualquer ofício ou conjunto de conhecimentos deve
se dar, idealmente, de uma maneira natural, à medida que a
criança é encaminhada para as áreas que a atraem
espontaneamente — que, em essência, ela adora. Essa paixão
inicial pode ser a semente para maiores níveis de conquista, à
medida que a criança venha a compreender que seguir nessa
atividade — seja dança, matemática ou música — é uma fonte
do prazer do fluxo. E, como isso exige forçar os limites de nossa
capacidade de manter o fluxo, torna-se um motivador básico
para nos tornarmos cada vez melhores; a criança, desta forma,
fica feliz. Isso, claro, é um modelo mais positivo de aprendizado
e educação do que a maioria de nós encontrou na escola. Quem
não se lembra daquele tempo, pelo menos em parte, como
intermináveis e pavorosas horas de tédio, pontuadas por
momentos de alta ansiedade? Buscar o fluxo através do
aprendizado é uma maneira mais humana, natural e muito
provavelmente mais eficaz de arregimentar as emoções a
serviço da educação.
Isso revela o sentido mais geral em que canalizar emoções
para um fim produtivo é uma aptidão mestra. Seja no controle
de impulsos e adiamento da satisfação, no controle de nossos
estados de espírito para que facilitem, em vez de impedir, o
pensamento, motivando-nos a persistir e tentar de novo apesar
dos reveses, seja na descoberta de formas para entrar em fluxo
e com isso atuar com mais eficiência — tudo indica o poder da
emoção na orientação do esforço eficaz.