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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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africano, um especialista em gerenciamento do sultanato de

Omã, um executivo em Xangai. Estudantes de negócios na Índia

lêem sobre QE e liderança; um CEO na Argentina recomenda o

livro que escrevi posteriormente sobre este tópico. Eruditos

religiosos dentro do cristianismo, judaísmo, islamismo, hinduísmo

e budismo me disseram que o conceito de QE encontra

ressonância em suas próprias crenças.

Mais gratificante para mim foi a maneira como o conceito foi

ardentemente abraçado pelos educadores, na forma de

programas de “aprendizado social e emocional”, ou SEL (social

and emotional learning). Nos idos de 1995, havia apenas um

punhado desses programas ensinando habilidades de inteligência

emocional a crianças. Agora, uma década depois, dezenas de

milhares de escolas em todo o mundo oferecem SEL às crianças.

Hoje em dia, nos Estados Unidos, o SEL é requisito curricular em

vários distritos, e até mesmo em estados inteiros, exigindo que os

alunos, da mesma forma que precisam alcançar um

determinado nível de competência em matemática e linguagem,

dominem essas fundamentais aptidões para a vida.

Em Illinois, por exemplo, modelos específicos de

aprendizagem em habilidades de SEL vêm sendo estabelecidos

em todas as séries, desde o jardim-de-infância até o último ano

do ensino médio. Tomando apenas um exemplo de um

currículo notavelmente detalhado e abrangente, nos primeiros

anos do ensino fundamental, os alunos devem aprender a

reconhecer e classificar com precisão seus sentimentos e como

eles os levam a agir. Nas séries do segundo ciclo fundamental,

as atividades de empatia devem tornar a criança capaz de

identificar as pistas não-verbais de como outra pessoa se sente;

nos últimos ciclos do fundamental, elas devem ser capazes de

analisar o que gera estresse nelas ou o que as motiva a ter

desempenhos melhores. E no ensino médio, as habilidades SEL

incluem ouvir e falar de modo a solucionar conflitos em vez de

agravá-los e negociar saídas em que todos ganhem.

Ao redor do mundo, Cingapura empreendeu uma iniciativa

diligente no que diz respeito ao SEL, assim como algumas

escolas na Malásia, Hong Kong, Japão e Coréia. Na Europa, o

Reino Unido foi pioneiro, porém mais de 12 outros países

possuem escolas que adotam QE, da mesma forma que a

Austrália e a Nova Zelândia e, aqui e ali, países na América

Latina e na África. Em 2002, a UNESCO deu a partida em uma

iniciativa global para promover o SEL, enviando aos Ministérios

da Educação de 140 países um relatório contendo dez princípios

básicos para a sua implementação.

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