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Inteligencia-emocional-Daniel-Goleman

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membros da equipe americana com 20 anos — os

mergulhadores chineses iniciavam seu rigoroso treino aos 4 anos.

Do mesmo modo, os melhores virtuoses do violino do século XX

começaram a estudar o instrumento por volta dos 5 anos de

idade; os campeões internacionais de xadrez iniciaram-se no

jogo numa idade média de 7 anos, enquanto os que se elevavam

apenas à projeção nacional começavam aos 10. A iniciação

precoce oferece uma vantagem para a vida inteira: os melhores

alunos de violino da melhor academia de música de Berlim,

todos com vinte e poucos anos, haviam acumulado 10 mil horas

de ensaio em suas vidas, e os da segunda leva, uma média de

7.500 horas.

O que parece distinguir os melhores nas competições de

outros com capacidade mais ou menos semelhante é o grau em

que, começando cedo na vida, podem manter uma árdua rotina

de exercício durante anos e anos. E essa obstinação depende de

características emocionais — entusiasmo e persistência diante

dos reveses — acima de tudo mais.

Uma outra contribuição que a motivação oferece para o

sucesso na vida, além de outras capacidades inatas, pode ser

vista no notável desempenho de estudantes asiáticos nas escolas

e profissões americanas. Um exame detalhado das provas

sugere que as crianças asiático-americanas podem ter uma

vantagem média de QI sobre os brancos de apenas dois ou três

pontos.5 Contudo, com base nas profissões, como direito e

medicina, opção de muitos asiático-americanos, como grupo

eles se comportam como se tivessem um QI muito mais alto —

o equivalente a um QI de 110 para os nipo-americanos e de

120 para os sino-americanos.6 O motivo parece ser que, desde

os primeiros anos de escola, as crianças asiáticas se esforçam

mais que as brancas. Sanford Dorenbusch, sociólogo de Stanford

que estudou mais de 10 mil ginasianos, constatou que os asiáticoamericanos

passavam 40% mais tempo fazendo trabalho de

casa que os outros.

— Enquanto a maioria dos pais americanos aceita o fato de

os seus filhos serem mais fracos em determinadas disciplinas e

investirem mais naquelas em que se saem melhor, para os

asiáticos o comportamento é inverso: estudar mais à noite, e se

ainda assim não dá certo, levantar-se mais cedo e estudar de

manhã. Eles acreditam que qualquer um pode se sair bem na

escola com o esforço adequado.

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