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Revista Minaspetro nº 124 - Dezembro 2019 /Janeiro 2020

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que. Um exemplo disso é como os aplicativos de

mensagens e as redes sociais transformaram o

cotidiano e também o relacionamento das empresas

com o consumidor. Outra conclusão inevitável

é que jamais se verá um nível tão grande de automação

como nos anos 2020, o que impactará

frontalmente a economia e o mercado de trabalho.

Nesse contexto, seria no mínimo inocente acreditar

que o posto de combustíveis ficaria imune à

onda tecnológica que varre o planeta. Quem foi

ao Vale do Silício graças à parceria do Minaspetro

com a Fundação Dom Cabral (FDC) viu de perto o

impacto da tecnologia nos negócios. Estar no berço

das principais startups do mundo – onde surgiu o

WhatsApp, o Uber, a Tesla, a HP, entre outras potências

mundiais – foi inspirador para Fábio Croso,

dono do Posto Chefão, em Nova Lima. “Percebi que

as grandes ideias dão certo quando são executadas

com rapidez. Às vezes, pensamos demais, demoramos

a colocar um objetivo em prática e insistimos

no erro”, opina o revendedor.

É claro que, tratando-se de uma turma de 15

revendedores de combustíveis, a oportunidade de

conhecer um mundo à parte como é o caso do

Vale do Silício faria com que o interesse se voltasse,

obrigatoriamente, para as novas tecnologias

adaptadas ao setor automotivo. E a impressão que

ficou foi a de que o carro elétrico deixou de ser

uma mera tendência. “Já é realidade. Debatemos

bastante o tema e vimos que, quando a tecnologia

se tornar mais barata, a penetração em mercados

como o do Brasil se dará de forma rápida. Não se

trata apenas de uma questão ambiental. Achei que

essa adaptação exigiria um prazo maior, mas o que

vi é que, com o custo cada vez mais acessível e a

produção em escala dos modelos, o carro elétrico

está mais próximo do que acreditávamos há dez

anos”, comenta Fábio.

DUAS GERAÇÕES EM CONTATO COM A INOVAÇÃO

Desde que o curso do Minaspetro e FDC abriu inscrições,

em 2017, o que se viu foram muitos pais

levando os filhos para a sala de aula, a fim de se

capacitarem para o processo de sucessão empresarial,

comum na atividade.

Quando pais e filhos se unem e entendem a

importância de pensar de forma inovadora o negócio,

a chance de sucesso aumenta muito. Foi

exatamente esta a reflexão que fizeram Gabriela

e Alexandre Mendonça, donos da Rede Mendonça,

em Belo Horizonte. Os dois visitaram São Francisco

para conhecer o Vale do Silício e voltaram de lá

transformados. “O ambiente é propício à disrupção

e à criação de novos negócios”, afirma Gabriela.

“Refletimos muito lá. Foi importante para repensarmos

alguns processos. Uma oportunidade de

nos prepararmos para essa evolução que está para

chegar, sobre a qual ainda especulamos muito.”

Fotos: Gabriela Mendonça

Gabriela e Alexandre Mendonça, pai e filha, foram juntos ao Vale

do Silício buscar soluções inovadoras para a rede de postos

A revendedora conta que debater temas como

o futuro do carro elétrico foi interessante e revelador

para um empresário experiente como o

pai. “Ele chegou a dizer que uma das melhores

coisas que já fez foi participar desse módulo internacional.

Abriu muito a cabeça dele.” Ela cita

como exemplo as palestras sobre habilidades

comportamentais, liderança e gestão de pessoas,

que também chamaram sua atenção e já a fizeram

colocar em prática alguns ensinamentos para

melhorar o desempenho da equipe. “Outra coisa

que me impressionou muito foi observar que as

ruas do Vale do Silício já são tomadas por carros

elétricos, alguns deles autônomos, já que a cidade

é a terra natal do Tesla”, conta.

Uma frase do escritor norte-americano Alvin

Toffler, conhecido pela capacidade de antecipar o

futuro, ainda ecoa na mente da empresária: “Os

analfabetos do século XXI não são os que não sabem

ler, são aqueles incapazes de aprender, desaprender

e aprender de novo ”. Em tempos em que

novas tecnologias surgem a todo o momento e a

capacidade humana de se adaptar nunca foi tão

colocada à prova, o principal pressuposto para que

um negócio se alinhe às novas demandas é inovar

constantemente. Como será o posto daqui a alguns

anos? Você já está alinhado ao futuro ou ainda

acredita que não é possível fazer diferente? “Nosso

mercado passou por transformações importantes,

mas ainda temos muito a evoluir, seja por meio

da oferta de novas formas de pagamento, seja no

atendimento ao cliente. Agora é estar pronto para

aceitar essas tecnologias que são compatíveis com

o nosso negócio e utilizá-las a nosso favor”, acredita

a revendedora.

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