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Revista Apólice #250

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evento | expocist

Crescimento do setor depende

do reaquecimento econômico

Maior evento de seguro transporte do mercado brasileiro

recebeu cerca de mil pessoas para as palestras e feira

Kelly Lubiato

Crise é a palavra do momento no

Brasil, mas como sair dela foi o

tema do 7º Simpósio do Clube

Internacional de Seguros de

Transporte, realizado no WTC Eventos,

em São Paulo. A abertura, realizada pelo

presidente da entidade, Salvatore Lombardi,

mostrou as realizações da entidade

e sua importância para a retomada do crescimento

do setor de seguro transporte e de

logística. “Cerca de mil pessoas passaram

pelo auditório e pela Expocist. Temos que

falar para o mercado de logística, seguro

e resseguro para mostrar o que é o risco,

runindo pessoas para integrar e capacitar

os players do mercado”.

O Sindicato das Empresas de Transporte

de Carga de SP foi representado

pelo seu vice-presidente, Tayguara Helou,

que afirmou que o conteúdo do evento

é muito produtivo e este é o momento

certo. A mensagem dos transportadores

é que o Brasil nunca teve essência tão

positiva em relação à iniciativa privada.

“Como empresários, precisamos defender

o desenvolvimento econômico e os

brasileiros. Para isso, pedimos que todos

deem as mãos para construir a retomada

econômica sustentável, com modelo

logístico variado”.

Mário Pinto, diretor de negócios da

ENS - Escola de Negócios e Seguros,

disse que agora é possível ver o Brasil

com olhos mais otimistas, o que deve

demandar a área de logística, que vai ser o

fator crítico de sucesso do país. “A questão

da formação e da capacitação profissional

será crucial para o sucesso do setor”.

Economia

Luiz Rabi, economista-chefe da Serasa

Experian, disse que estamos atravessando

um ambiente de baixo dinamismo

Acácio Queiroz e Salvatore Lombardi

para o comércio internacional.

Isso não acontece

apenas com os países desenvolvidos,

mas também com

os emergentes. “Estamos

em fase de desaceleração

do comércio internacional,

mas a previsão da OMC -

Organização Mundial de

Comércio - fica abaixo do

projetado, com previsão

para o ano de 2020 de crescimento

de 2,7%. 2019 foi o

fundo do poço, com 1,2% de

crescimento apenas”, lamentou.

Os dados do FMI divulgados em

outubro mostram que o crescimento econômico,

em 2019, no mundo, foi de 3%. A

projeção para 2020 é de 3,4% e a projeção

para os próximos 5 anos é de 3,5%, sempre

menor do que foi 2017 e 2018.

“A economia mundial caminha para

um crescimento mais fraco. As economias

emergentes devem crescer mais,

com 3,9% em 2019 e 4,8% projetado para

2024, puxado pela Índia. A China deve

continuar desacelerando”, avalia Rabi.

Os fatores que explicam este desenvolvimento

mais fraco são as tensões

comerciais, principalmente entre EUA x

China, e o Brexit, que afeta as perspectivas

de investimento na Europa. Este

ambiente mais turbulento faz a economia

mundial não se movimentar.

O Brasil segue este ritmo de menor

dinamismo, como no mercado mundial.

“Nós podemos dividir a história econômica

brasileira em 4 fases: 1994 a

2003, com a consolidação do Plano Real

- média de 2,6%; 2004 a 2008, com o

superciclo das commodities, a média de

4,8% de crescimento; 2009 a 2016, com a

heterodoxia e crise financeira internacional,

com inversão da política econômica

nacional, crescimento de 1,% em média;

2017 a 2019, fase de transição, de posição

altamente debilitada para novo padrão

de crescimento econômica baseado em

algumas premissas, com crescimento

médio de 1%. A transição está se completando

e devemos ter perspectiva melhor

para crescimento econômico de 2,5% ao

ano, um novo padrão dado o contexto da

economia internacional”, avaliou Rabi.

Acácio Queiroz, executivo com mais

de 60 anos de atuação no mercado de

seguros, apresentou a palestra Fábrica de

Líderes, mostrando a sua experiência na

formação de 13 presidentes de empresas.

O principal na vida é ter equilíbrio

e inteligência emocional. É preciso ter

dedicação profissional, pessoal e familiar.

“A base de tudo na vida é a família”, ele

ressaltou.

Queiroz deixou algumas lições de

suas experiências: seja transparente,

olhe nos olhos, afaste-se de pessoas pessimistas.

Líderes inseguros se afastam

de seus comandados, pensando que com

isso estão preservando a sua autoridade.

Não adianta ser um teórico. Prática

é fundamental.

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