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evento | expocist
Crescimento do setor depende
do reaquecimento econômico
Maior evento de seguro transporte do mercado brasileiro
recebeu cerca de mil pessoas para as palestras e feira
Kelly Lubiato
Crise é a palavra do momento no
Brasil, mas como sair dela foi o
tema do 7º Simpósio do Clube
Internacional de Seguros de
Transporte, realizado no WTC Eventos,
em São Paulo. A abertura, realizada pelo
presidente da entidade, Salvatore Lombardi,
mostrou as realizações da entidade
e sua importância para a retomada do crescimento
do setor de seguro transporte e de
logística. “Cerca de mil pessoas passaram
pelo auditório e pela Expocist. Temos que
falar para o mercado de logística, seguro
e resseguro para mostrar o que é o risco,
runindo pessoas para integrar e capacitar
os players do mercado”.
O Sindicato das Empresas de Transporte
de Carga de SP foi representado
pelo seu vice-presidente, Tayguara Helou,
que afirmou que o conteúdo do evento
é muito produtivo e este é o momento
certo. A mensagem dos transportadores
é que o Brasil nunca teve essência tão
positiva em relação à iniciativa privada.
“Como empresários, precisamos defender
o desenvolvimento econômico e os
brasileiros. Para isso, pedimos que todos
deem as mãos para construir a retomada
econômica sustentável, com modelo
logístico variado”.
Mário Pinto, diretor de negócios da
ENS - Escola de Negócios e Seguros,
disse que agora é possível ver o Brasil
com olhos mais otimistas, o que deve
demandar a área de logística, que vai ser o
fator crítico de sucesso do país. “A questão
da formação e da capacitação profissional
será crucial para o sucesso do setor”.
Economia
Luiz Rabi, economista-chefe da Serasa
Experian, disse que estamos atravessando
um ambiente de baixo dinamismo
Acácio Queiroz e Salvatore Lombardi
para o comércio internacional.
Isso não acontece
apenas com os países desenvolvidos,
mas também com
os emergentes. “Estamos
em fase de desaceleração
do comércio internacional,
mas a previsão da OMC -
Organização Mundial de
Comércio - fica abaixo do
projetado, com previsão
para o ano de 2020 de crescimento
de 2,7%. 2019 foi o
fundo do poço, com 1,2% de
crescimento apenas”, lamentou.
Os dados do FMI divulgados em
outubro mostram que o crescimento econômico,
em 2019, no mundo, foi de 3%. A
projeção para 2020 é de 3,4% e a projeção
para os próximos 5 anos é de 3,5%, sempre
menor do que foi 2017 e 2018.
“A economia mundial caminha para
um crescimento mais fraco. As economias
emergentes devem crescer mais,
com 3,9% em 2019 e 4,8% projetado para
2024, puxado pela Índia. A China deve
continuar desacelerando”, avalia Rabi.
Os fatores que explicam este desenvolvimento
mais fraco são as tensões
comerciais, principalmente entre EUA x
China, e o Brexit, que afeta as perspectivas
de investimento na Europa. Este
ambiente mais turbulento faz a economia
mundial não se movimentar.
O Brasil segue este ritmo de menor
dinamismo, como no mercado mundial.
“Nós podemos dividir a história econômica
brasileira em 4 fases: 1994 a
2003, com a consolidação do Plano Real
- média de 2,6%; 2004 a 2008, com o
superciclo das commodities, a média de
4,8% de crescimento; 2009 a 2016, com a
heterodoxia e crise financeira internacional,
com inversão da política econômica
nacional, crescimento de 1,% em média;
2017 a 2019, fase de transição, de posição
altamente debilitada para novo padrão
de crescimento econômica baseado em
algumas premissas, com crescimento
médio de 1%. A transição está se completando
e devemos ter perspectiva melhor
para crescimento econômico de 2,5% ao
ano, um novo padrão dado o contexto da
economia internacional”, avaliou Rabi.
Acácio Queiroz, executivo com mais
de 60 anos de atuação no mercado de
seguros, apresentou a palestra Fábrica de
Líderes, mostrando a sua experiência na
formação de 13 presidentes de empresas.
O principal na vida é ter equilíbrio
e inteligência emocional. É preciso ter
dedicação profissional, pessoal e familiar.
“A base de tudo na vida é a família”, ele
ressaltou.
Queiroz deixou algumas lições de
suas experiências: seja transparente,
olhe nos olhos, afaste-se de pessoas pessimistas.
Líderes inseguros se afastam
de seus comandados, pensando que com
isso estão preservando a sua autoridade.
Não adianta ser um teórico. Prática
é fundamental.
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