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Revista Apólice #250

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la menor ainda de seguros residenciais.

Fizemos um estudo sobre mercados

potenciais de seguro no mundo e o

Brasil está na oitava posição, com mais

possibilidade de crescimento do setor.

Para a Mapfre, o Brasil é o mercado com

maior potencial com que trabalhamos,

em nossa organização ele é apenas menor

que a operação da Espanha.

Apólice: O que vocês podem trazer de

novidades para ajudar a desenvolver

este potencial?

O mercado de seguros brasileiro

segue em paralelo ao crescimento do

PIB. Por isso, é importante verificar

qual será o crescimento do PIB (parece

que irá crescer um pouco). Sem entrar

em considerações políticas, a reforma

da previdência tem muito a contribuir

com o desenvolvimento e há outras

medidas de reforma do estado que são

muito positivas. Nossas expectativas são

muito positivas para o desenvolvimento

da economia brasileira.

Apólice: Mas e a parte de produtos?

Estamos investindo em algumas

áreas. Por exemplo, estamos desenvolvendo

produtos de agro, porque esta é

uma indústria com grande potencial.

O seguro residencial também tem um

grande potencial de crescimento se acoplarmos

a ele serviços, pois as pessoas se

preocupam com os problemas menores,

porém mais frequentes. Após a reforma

da previdência, as pessoas também irão

se preocupar mais com a previdência

privada, portanto, cabe uma ação mais

efetiva das empresas. Os riscos são

iguais em qualquer lugar do mundo.

Apólice: A forma de tratar o risco

mudou?

Este é o tema da inovação. Fazemos

um esforço constante. Agora temos o

MOI – Mapfre Open Inovation, uma

estrutura que temos na Espanha, Brasil

e outros países para o desenvolvimento

de novas formas de trabalhar, de como

vamos aperfeiçoar o relacionamento com

o segurado e os corretores de seguros.

As coisas estão mudando, mas os riscos

vão permanecer, o que vai mudar é a sua

forma e frequência.

"O seguro de celular, por exemplo, tem uma grande

quantidade de fraudes e este não é um dano tão

importante quanto um carro. Agora, um seguro de

responsabilidade civil pessoal sempre vai existir.

Quando você tem um carro compartilhado, uma

bicicleta ou fica em uma casa de aluguel temporário,

por exemplo, é preciso ter um seguro pessoal.

Este produto não existe, mas certamente será

comercializado em breve."

Apólice: Vocês acreditam em novas

formas de comercialização de seguros?

Acho que novas formas não avançam.

Nós temos uma experiência, a Verti, uma

companhia que existe na Itália, Alemanha

e Espanha e atua na internet. Achei que

seria revolucionária a venda pela internet,

entretanto, quem utiliza este canal são os

jovens. Este público não contrata seguro.

Apólice: Os jovens não consumem

seguro por quê?

As suas prioridades mudaram. Eles

não querem ter carro ou apartamento.

Vamos descobrir como eles contratarão

seguro no futuro, se será através de uma

plataforma. Os grandes distribuidores

de seguro automóvel serão as próprias

montadoras de veículos, como já está

acontecendo.

Apólice: Vocês apostam em novos

riscos?

Há muitos novos parâmetros. Porém,

o seguro de celular, por exemplo, tem

uma grande quantidade de fraudes e este

não é um dano tão importante quanto um

carro. Agora, um seguro de responsabilidade

civil pessoal sempre vai existir.

Quando você tem um carro compartilhado,

uma bicicleta ou fica em uma

casa de aluguel temporário, por exemplo,

é preciso ter um seguro pessoal. Este

produto não existe, mas certamente será

comercializado em breve.

Apólice: Por corretores de seguros?

O seguro continua sendo uma indústria

tradicional, que tem desenvolvimento

tecnológico mais lento que os bancos.

Não temos demanda para outros canais

de distribuição de seguros, por isso os

corretores continuam sendo os líderes.

Não vemos necessidade de novas formas

de distribuição.

Apólice: Os corretores exigem mudanças

tecnológicas da seguradora?

Sim, eles querem mais agilidade.

Eles não são apenas um mediador que

cobra uma comissão para não fazer nada.

Eles são os profundos conhecedores sobre

coberturas e preços, que conseguem

identificar o produto mais indicado para

cada cliente.

Apólice: Qual é o maior desafio do

mercado de seguros?

O desafio é da sociedade como um

todo. Precisamos melhorar as condições

para os jovens. Se eles não têm salários

para comprar um carro ou para comprar

um apartamento (na Europa eles vivem

em lugares compartilhados), não serão

novos consumidores. Gente jovem não

será dona das coisas, mas apenas usuário.

Uma vida confortável tem significado

diferente para nossa geração, que tem

conceito de propriedade e de proteção. O

conceito de propriedade não existe para

os jovens. Sem propriedade, não há o que

segurar. A propriedade dos veículos, por

exemplo, é das montadoras, cujos veículos

já saem da fábrica segurados. Talvez

faremos o seguro da mobilidade ou da

responsabilidade civil do cidadão.

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