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la menor ainda de seguros residenciais.
Fizemos um estudo sobre mercados
potenciais de seguro no mundo e o
Brasil está na oitava posição, com mais
possibilidade de crescimento do setor.
Para a Mapfre, o Brasil é o mercado com
maior potencial com que trabalhamos,
em nossa organização ele é apenas menor
que a operação da Espanha.
Apólice: O que vocês podem trazer de
novidades para ajudar a desenvolver
este potencial?
O mercado de seguros brasileiro
segue em paralelo ao crescimento do
PIB. Por isso, é importante verificar
qual será o crescimento do PIB (parece
que irá crescer um pouco). Sem entrar
em considerações políticas, a reforma
da previdência tem muito a contribuir
com o desenvolvimento e há outras
medidas de reforma do estado que são
muito positivas. Nossas expectativas são
muito positivas para o desenvolvimento
da economia brasileira.
Apólice: Mas e a parte de produtos?
Estamos investindo em algumas
áreas. Por exemplo, estamos desenvolvendo
produtos de agro, porque esta é
uma indústria com grande potencial.
O seguro residencial também tem um
grande potencial de crescimento se acoplarmos
a ele serviços, pois as pessoas se
preocupam com os problemas menores,
porém mais frequentes. Após a reforma
da previdência, as pessoas também irão
se preocupar mais com a previdência
privada, portanto, cabe uma ação mais
efetiva das empresas. Os riscos são
iguais em qualquer lugar do mundo.
Apólice: A forma de tratar o risco
mudou?
Este é o tema da inovação. Fazemos
um esforço constante. Agora temos o
MOI – Mapfre Open Inovation, uma
estrutura que temos na Espanha, Brasil
e outros países para o desenvolvimento
de novas formas de trabalhar, de como
vamos aperfeiçoar o relacionamento com
o segurado e os corretores de seguros.
As coisas estão mudando, mas os riscos
vão permanecer, o que vai mudar é a sua
forma e frequência.
"O seguro de celular, por exemplo, tem uma grande
quantidade de fraudes e este não é um dano tão
importante quanto um carro. Agora, um seguro de
responsabilidade civil pessoal sempre vai existir.
Quando você tem um carro compartilhado, uma
bicicleta ou fica em uma casa de aluguel temporário,
por exemplo, é preciso ter um seguro pessoal.
Este produto não existe, mas certamente será
comercializado em breve."
Apólice: Vocês acreditam em novas
formas de comercialização de seguros?
Acho que novas formas não avançam.
Nós temos uma experiência, a Verti, uma
companhia que existe na Itália, Alemanha
e Espanha e atua na internet. Achei que
seria revolucionária a venda pela internet,
entretanto, quem utiliza este canal são os
jovens. Este público não contrata seguro.
Apólice: Os jovens não consumem
seguro por quê?
As suas prioridades mudaram. Eles
não querem ter carro ou apartamento.
Vamos descobrir como eles contratarão
seguro no futuro, se será através de uma
plataforma. Os grandes distribuidores
de seguro automóvel serão as próprias
montadoras de veículos, como já está
acontecendo.
Apólice: Vocês apostam em novos
riscos?
Há muitos novos parâmetros. Porém,
o seguro de celular, por exemplo, tem
uma grande quantidade de fraudes e este
não é um dano tão importante quanto um
carro. Agora, um seguro de responsabilidade
civil pessoal sempre vai existir.
Quando você tem um carro compartilhado,
uma bicicleta ou fica em uma
casa de aluguel temporário, por exemplo,
é preciso ter um seguro pessoal. Este
produto não existe, mas certamente será
comercializado em breve.
Apólice: Por corretores de seguros?
O seguro continua sendo uma indústria
tradicional, que tem desenvolvimento
tecnológico mais lento que os bancos.
Não temos demanda para outros canais
de distribuição de seguros, por isso os
corretores continuam sendo os líderes.
Não vemos necessidade de novas formas
de distribuição.
Apólice: Os corretores exigem mudanças
tecnológicas da seguradora?
Sim, eles querem mais agilidade.
Eles não são apenas um mediador que
cobra uma comissão para não fazer nada.
Eles são os profundos conhecedores sobre
coberturas e preços, que conseguem
identificar o produto mais indicado para
cada cliente.
Apólice: Qual é o maior desafio do
mercado de seguros?
O desafio é da sociedade como um
todo. Precisamos melhorar as condições
para os jovens. Se eles não têm salários
para comprar um carro ou para comprar
um apartamento (na Europa eles vivem
em lugares compartilhados), não serão
novos consumidores. Gente jovem não
será dona das coisas, mas apenas usuário.
Uma vida confortável tem significado
diferente para nossa geração, que tem
conceito de propriedade e de proteção. O
conceito de propriedade não existe para
os jovens. Sem propriedade, não há o que
segurar. A propriedade dos veículos, por
exemplo, é das montadoras, cujos veículos
já saem da fábrica segurados. Talvez
faremos o seguro da mobilidade ou da
responsabilidade civil do cidadão.
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