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Revista Apólice #250

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>>> impacto

❙❙

Helton Freitas, da Seguros Unimed

Estimular a cultura do seguro, a

educação financeira, os cuidados com a

saúde e a qualidade de vida estão entre

as tarefas que as seguradoras assumiram

para si nos últimos anos. “A longevidade

é um bônus. O ônus é ser previdente.

Temos que olhar este fenômeno como

uma grande oportunidade de viver mais.

No entanto, precisamos pensar mais no

futuro hoje e nos preparar para viver por

mais tempo com a tranquilidade que queremos”,

avalia Marcio Batistuti, diretor de

Varejo da Mongeral Aegon.

Preparar as pessoas para viverem

mais e com qualidade se faz necessário,

pois, além do aspecto social, é preciso

considerar o peso atuarial da longevidade.

“Quanto mais velhas as pessoas,

maiores as chances de elas ficaram doentes

ou morrerem”, resume o economista

Francisco Galiza.

Vida longa e próspera

Do ponto de vista dos produtos de

seguro de vida, a longevidade e o aumento

da expectativa de vida da população

favorecem que estas soluções fiquem,

na verdade, mais baratas para o consumidor.

Ou seja, se tem a expectativa de

viver mais, o cliente pagará mais tempo

e, consequentemente, pagará um valor

mensal menor.

“Quando temos tábuas atuarias mais

atualizadas, o mercado pode oferecer seguro

de vida cada vez mais competitivo,

uma vez que o tempo de vida do indivíduo

passa a ser maior, o que impacta diretamente

no preço”, raciocina Batistuti, da

Mongeral Aegon.

Porém, observa Castello, da Bradesco

Vida e Previdência, atualmente,

o consumidor de seguro ainda está

voltado para os riscos mais imediatos e

perceptíveis do dia a dia, que envolvem

o automóvel ou a residência. “O seguro

de vida, por exemplo, ainda não atingiu

esse estágio, mas a conscientização e a

procura vêm aumentando muito no país

nos últimos anos, o que reflete o potencial

do produto”, diz.

De fato, as pessoas estão cada vez

mais ativas e permanecerão por mais

tempo no mercado de trabalho, o que

deve gerar mais interesse pelas coberturas

de morte, invalidez e doenças graves.

“A cobertura de morte é fundamental

caso esta pessoa 60+ tenha algum dependente

financeiro, como filhos, netos

ou cônjuge. Neste caso, é preciso contar

com o seguro para garantir a tranquilidade

financeira destas pessoas em caso de

ausência”, lembra Batistuti, que destaca

ainda que a cobertura de invalidez, seja

temporária ou permanente, total ou

parcial, é fundamental para garantir a

renda e o padrão de vida do segurado

em caso de invalidez.

No caso da cobertura de doenças

graves, o executivo ressalta o benefício

contratado no caso do diagnóstico de uma

das doenças cobertas pelo plano, como

câncer, infarto e Alzheimer. “Já percebemos

que a contratação deste tipo de

cobertura por este perfil é uma realidade

na Mongeral Aegon”, comenta.

Desta forma, seguradoras, que até

recentemente tinham a idade de 65 anos

como teto para a venda de seguro de vida,

estão estendendo a idade máxima para 80

anos e incluindo coberturas e adicionais

compatíveis, entre eles, o auxílio funeral.

Assim como o aumento da longevidade

do brasileiro, o debate sobre a

Reforma da Previdência, aprovada este

ano, levou a conscientização da importância

fundamental da previdência privada.

O raciocínio é simples. Se vamos viver

mais, precisamos acumular uma reserva

maior para que ela seja suficiente na hora

que decidirmos desacelerar e aproveitar

a vida com renda e padrão de vida próximos

ao do tempo na ativa.

“Quando olhamos para a aposentadoria,

este aumento da expectativa deve

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Marcio Batistuti, da Mongeral Aegon

ser acompanhado do maior acúmulo de

reservas. Isso quer dizer que a pessoa

deverá juntar mais dinheiro para ter uma

renda suficiente para esta fase da vida”,

raciocina Batistuti, da Mongeral Aegon.

“Ou seja, deve-se aumentar o poder de

poupança e não de despesa.”

Estes recursos economizados ao

longo da vida podem viabilizar projetos

e sonhos que foram ficando para depois.

Recente pesquisa mostra que metade das

pessoas acima de 50 trabalha e, deste

percentual, quase 30% o fazem por conta

própria. Eles já representam 12,3% dos

empreendedores do país.

Este público está viajando mais,

comprando imóveis, smartphones, investindo

em cultura e entretenimento. Mais

de 60% deles são os únicos responsáveis

por suas decisões de compra. A questão

da saúde e da segurança financeira estão

entre suas preocupações constantes e

programas e serviços que promovam

novas vivências e integração social são

muito bem recebidos.

O mercado segurador está atento e

as companhias de Assistência 24 horas

acompanham a demanda. A Europ Assistance,

por exemplo, desenvolveu diversos

serviços para os idosos, garantindo mais

segurança e conforto nessa fase da vida.

O Assistência Idoso oferece, entre outros

serviços, o CheckUp Lar, uma inspeção

para a adaptação e segurança desses idosos

dentro de casa. Há ainda Assistência

Psicológica, desconto em medicamentos,

assistência em informática e descarte

ecológico de móveis, eletrodomésticos

e equipamentos eletrônicos. Além da

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