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>>> impacto
❙❙
Helton Freitas, da Seguros Unimed
Estimular a cultura do seguro, a
educação financeira, os cuidados com a
saúde e a qualidade de vida estão entre
as tarefas que as seguradoras assumiram
para si nos últimos anos. “A longevidade
é um bônus. O ônus é ser previdente.
Temos que olhar este fenômeno como
uma grande oportunidade de viver mais.
No entanto, precisamos pensar mais no
futuro hoje e nos preparar para viver por
mais tempo com a tranquilidade que queremos”,
avalia Marcio Batistuti, diretor de
Varejo da Mongeral Aegon.
Preparar as pessoas para viverem
mais e com qualidade se faz necessário,
pois, além do aspecto social, é preciso
considerar o peso atuarial da longevidade.
“Quanto mais velhas as pessoas,
maiores as chances de elas ficaram doentes
ou morrerem”, resume o economista
Francisco Galiza.
Vida longa e próspera
Do ponto de vista dos produtos de
seguro de vida, a longevidade e o aumento
da expectativa de vida da população
favorecem que estas soluções fiquem,
na verdade, mais baratas para o consumidor.
Ou seja, se tem a expectativa de
viver mais, o cliente pagará mais tempo
e, consequentemente, pagará um valor
mensal menor.
“Quando temos tábuas atuarias mais
atualizadas, o mercado pode oferecer seguro
de vida cada vez mais competitivo,
uma vez que o tempo de vida do indivíduo
passa a ser maior, o que impacta diretamente
no preço”, raciocina Batistuti, da
Mongeral Aegon.
Porém, observa Castello, da Bradesco
Vida e Previdência, atualmente,
o consumidor de seguro ainda está
voltado para os riscos mais imediatos e
perceptíveis do dia a dia, que envolvem
o automóvel ou a residência. “O seguro
de vida, por exemplo, ainda não atingiu
esse estágio, mas a conscientização e a
procura vêm aumentando muito no país
nos últimos anos, o que reflete o potencial
do produto”, diz.
De fato, as pessoas estão cada vez
mais ativas e permanecerão por mais
tempo no mercado de trabalho, o que
deve gerar mais interesse pelas coberturas
de morte, invalidez e doenças graves.
“A cobertura de morte é fundamental
caso esta pessoa 60+ tenha algum dependente
financeiro, como filhos, netos
ou cônjuge. Neste caso, é preciso contar
com o seguro para garantir a tranquilidade
financeira destas pessoas em caso de
ausência”, lembra Batistuti, que destaca
ainda que a cobertura de invalidez, seja
temporária ou permanente, total ou
parcial, é fundamental para garantir a
renda e o padrão de vida do segurado
em caso de invalidez.
No caso da cobertura de doenças
graves, o executivo ressalta o benefício
contratado no caso do diagnóstico de uma
das doenças cobertas pelo plano, como
câncer, infarto e Alzheimer. “Já percebemos
que a contratação deste tipo de
cobertura por este perfil é uma realidade
na Mongeral Aegon”, comenta.
Desta forma, seguradoras, que até
recentemente tinham a idade de 65 anos
como teto para a venda de seguro de vida,
estão estendendo a idade máxima para 80
anos e incluindo coberturas e adicionais
compatíveis, entre eles, o auxílio funeral.
Assim como o aumento da longevidade
do brasileiro, o debate sobre a
Reforma da Previdência, aprovada este
ano, levou a conscientização da importância
fundamental da previdência privada.
O raciocínio é simples. Se vamos viver
mais, precisamos acumular uma reserva
maior para que ela seja suficiente na hora
que decidirmos desacelerar e aproveitar
a vida com renda e padrão de vida próximos
ao do tempo na ativa.
“Quando olhamos para a aposentadoria,
este aumento da expectativa deve
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Marcio Batistuti, da Mongeral Aegon
ser acompanhado do maior acúmulo de
reservas. Isso quer dizer que a pessoa
deverá juntar mais dinheiro para ter uma
renda suficiente para esta fase da vida”,
raciocina Batistuti, da Mongeral Aegon.
“Ou seja, deve-se aumentar o poder de
poupança e não de despesa.”
Estes recursos economizados ao
longo da vida podem viabilizar projetos
e sonhos que foram ficando para depois.
Recente pesquisa mostra que metade das
pessoas acima de 50 trabalha e, deste
percentual, quase 30% o fazem por conta
própria. Eles já representam 12,3% dos
empreendedores do país.
Este público está viajando mais,
comprando imóveis, smartphones, investindo
em cultura e entretenimento. Mais
de 60% deles são os únicos responsáveis
por suas decisões de compra. A questão
da saúde e da segurança financeira estão
entre suas preocupações constantes e
programas e serviços que promovam
novas vivências e integração social são
muito bem recebidos.
O mercado segurador está atento e
as companhias de Assistência 24 horas
acompanham a demanda. A Europ Assistance,
por exemplo, desenvolveu diversos
serviços para os idosos, garantindo mais
segurança e conforto nessa fase da vida.
O Assistência Idoso oferece, entre outros
serviços, o CheckUp Lar, uma inspeção
para a adaptação e segurança desses idosos
dentro de casa. Há ainda Assistência
Psicológica, desconto em medicamentos,
assistência em informática e descarte
ecológico de móveis, eletrodomésticos
e equipamentos eletrônicos. Além da
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