A ERA DOVEGANISMO↑↑↑COUVERua Maria, 47a, intendente↑PASTELARIA BATALHAR. Horta Seca, 1, ChiadoLEGUMI SUSHI VEGANCalçada do Monte, 92, Graça↖KONG — VEGAN MODERN FOODRua do Crucifixo, 30, Chiado→ARCA TAT TOO PARLOURCalçada Marquês Abrantes, Santos40LIFESTYLE
texto por Joana TeixeiraNunca foi tão fácil ser vegan —seja por questões de saúde,ideologias éticas, ou apenas porque está na moda (sim,também há quem seja por isso). Em 2018 estimava-se que11% da população mundial tinha uma dieta flexitariana (nãoconsomem produtos de origem animal ocasionalmente),vegetariana (apenas consomem lacticínios e ovos) e vegana(não consomem quaisquer produtos de origem animal).Mas, no que toca ao veganismo, não podemos colocar tudono mesmo saco. O tópico vegan gera 4 vezes mais procurahoje do que há 5 anos, mas mesmo assim estima-se queapenas 1% da população mundial o seja.Vamos por partes. Ser vegan não é apenas deixar de consumirprodutos de origem animal —isso é ter uma dieta plant--based. O veganismo não limita apenas o que se leva à boca.É um estilo de vida que passa por excluir todas as formasde crueldade e exploração animal —tanto para alimentação,como para roupa e entretenimento. É rejeitar o statusdo animal como propriedade humana. Mas, de onde vem otermo vegan? Em 1944 (sim, há 75 anos) DONALD WATSONcriou a palavra vegan quando fundou a Vegan Society, emInglaterra.O veganismo anda nas bocas do mundo, mais do que nunca,e cada vez mais de mão dada com a sustentabilidade.A ideia estereotipada do vegan de outros tempos —hippiee amigo dos animais e da Natureza— perdeu-se pelo caminhoquando o veganismo começou a ganhar relevo mundial,timidamente, por volta de 2010. Avançamos quaseuma década e encontramo-lo naquele mercado biológicoque abriu no centro da cidade, naquela secção de “alternativasa produtos de origem animal” do supermercado, naquelerestaurante novo que serve pratos típicos portuguesesvegan, e naquela marcha de ativismo ambiental no diada Greve Climática. A ideia estereotipada ainda está presente(infelizmente) em questões como: “Então, mas, sócomes brócolos?” ou “Onde vais buscar a proteína?”, mas,mesmo assim, o veganismo está mais forte do que nunca.E Portugal (o país do bitoque, dos enchidos e do queijo daSerra) não é exceção.UM DIA VEGAN EM LISBOAComeçamos de manhãzinha com um pastel de nata vegan naPASTELARIA BATALHA (R. Horta Seca, 1, Chiado). Espreitamosdepois a roupa e sapatos vegan que se vendem na COUVE(Rua Maria, 47 A, Intendente). Descemos a colina para almoçaruma Francesinha vegan no KONG – VEGAN MODERNFOOD (R. do Crucifixo, 30, Chiado). Damos um salto à A R CATATTOO PARLOUR (Calçada Marquês Abrantes, Santos) —aloja de tatuagens que só utiliza cremes vegan. Voltamos asubir a colina para um lanche vegan no VEGANEATS CAFFE(R. Cavaleiro de Oliveira, 42, Alameda). E saltamos para outracolina para acabar o dia com um jantar no L EG U M I S U S H IVEGAN (Calçada do Monte, 92, Graça) —um restaurante ondesushi não é peixe.41LIFESTYLE