18—25 RESEARCHREALIDADE VIRTUAL→Paradise Utopia, 18—25 RESEARCH STUDIO→ →Paradise Distopia, 18—25 RESEARCH STUDIO↑↑Aemula Naturae, 18—25 RESEARCH STUDIO→D’après Piranesi, 18—25 RESEARCH STUDIO38ARQUITECTURA
Aemula Naturae é uma instalação de Realidade Virtual (VR)realizada pelo 18—25 RESEARCH STUDIO, um atelier especializadona visualização de arquitectura. Pode ser experimentadaaté 5 de Janeiro de 2020 e faz parte da exposiçãoInner Space/Espaço Interior, da 5ª Trienal de Arquitecturade Lisboa, patente no MNAC – Museu Nacional de ArteContemporânea do Chiado.A convite dos curadores MARIABRUNA FABRIZI e F O S C OLOCARELLI, o estúdio 18—25 idealizou um portal de acessoa mundos auto-gerados e que são únicos para cada visitante.A cada vez que colocamos os óculos VR estamosno centro de um quadripórtico de acesso a 4 mundos, dosquais podemos escolher entrar num. Ao sair desse mundoe no regresso ao centro do pórtico, damos conta de queos outros mundos se regeneraram e já não são os mesmos:novos mundos se abrem à nossa escolha. A experiência éimersiva, intimista e transporta-nos a espaços fantásticose um tanto surreais: desertos avermelhados com pirâmidesinvertidas que flutuam no ar, florestas cobertas de neveonde se vislumbram planetas num espaço sideral próximoou volumetrias arquitectónicas que se intersectammisteriosamente entre montanhas e mares. São diversasas referências que encontramos, desde a História daArquitectura e da Arte aos universos da Banda Desenhadaou Ficção Científica.Através das suas pesquisas sobre metodologias da representaçãode arquitectura, fazendo uso das novas tecnologiasdisponíveis, o estúdio 18—25 vai desenvolvendo as própriasferramentas de trabalho, que optimizam a metodologiaprojectual e a construção.Os campos da arte e da arquitectura, permeáveis a umacultura multidisciplinar, têm sido bastante receptivos à experimentaçãotecnológica. Em particular, as representaçõesatravés da Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada(AR), como heranças da ficção científica e do mundo dosvídeo-jogos, são recursos apetecíveis a essas experiências.Actualmente, na arquitectura é possível vivenciar espaçosdigitais, simulações à escala real que são hoje as representaçõesmais fiéis da realidade; na arte, podem experienciar-sesituações virtuais, performativas ou de representação, decaracterísticas imersivas que são percepcionadas comoreais. Cada vez mais se esbate a fronteira entre ficção erealidade, pondo em causa a realidade física tal como aconhecíamos até aqui.Outra instalação VR realizada pelo 18—25 RESEARCH STUDIOfoi Paradise, concebida com o arquitecto PEDRO BANDEIRApara a exposição Utopia/Distopia do MAAT – Museu de Arte,Arquitetura e Tecnologia (2017) e apresentada no VivariumFestival no Porto, no início de 2019. Paradise consiste numaperformance virtual aplicada a um espaço concreto —oPalácio de Cristal na cidade do Porto. Através de óculos VRimergimos nessa nova realidade do Pavilhão, onde se explorauma imagem do éden como utopia e, simultaneamente, aimagem da distopia, possível através da mudança de lugardo observador. A obra é crítica e surpreendente. No éden,acompanhados do som de água e pássaros, temos uma visãode lagos, cascatas e de uma vegetação luxuriante; já dentroda zona distópica descobrimos o lixo que se acumula nasmargens do lago, percebemos a construção dos cenáriosou as canalizações necessárias à enorme cascata.texto por Paula MelâneoD’après Piranesi é um outro projecto digital do estúdio, e baseia-sena concepção virtual dos espaços idealizados peloartista e arquitecto italiano GIOVANNI BATTISTA PIRANESInas sua famosas gravuras. É uma oportunidade de, pelaprimeira vez, poder experimentar uma espacialidade quefoi apenas desenhada bidimensionalmente, percepcionar aescala e volumetria da arquitectura de PIRANESI e sentir demodo realista como a luz penetra nos espaços.39ARQUITECTURA