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JOSH

SPERLING

texto por Francisco Vaz Fernandes

Não fosse a escala e as composições

de JOSH, de uma forma geral,

seriam esguichos pastosos saídos

diretamente de tubos de tinta

sobre uma folha branca. Essa

perceção, de facto, prende-se ao

próprio processo de trabalho. Para

o antigo designer gráfico, todos os

trabalhos são concebidos a partir

de uma idealização gráfica. Ou

seja, no momento da produção, o

artista retira-lhe a manufatura e o

improviso que estão muitas vezes

ligados ao gesto artístico. Apesar da

expressão industrial é um trabalho

que mergulha na própria história

da arte contemporânea. Dela

restam resquícios que triturados

e reequacionados dão uma

expressão pop ao seu trabalho. J O S H

SPERLING traz algumas questões

com que os artista minimalistas

sempre se debateram, como por

exemplo, o esbater das fronteiras

entre a pintura e a escultura ou

entre a imagem e o objeto. Nesse

sentido, FRANK STELLA é o artista

americano com quem encontramos

maiores referências. Contudo,

SPERLING dá a esse legado um

carácter lúdico, como se fosse

um desconstrutivista pop.

No essencial ele trabalha com

formas tridimensionais de uma cor,

que às vezes se interligam para

construir composições. Em certos

casos mais elaborados, parecem

peças de um puzzle que encaixam.

Cada peça contribui com uma cor

para uma composição de carácter

abstracionista. Outras vezes, pelo

contrário, as formas parecem

explodir pelo espaço criando ainda

assim uma composição de “rabiscos”

de cor. Cada elemento é, de facto,

trabalhado como se fosse uma tela

monocromática. No seu processo

de trabalho cria uma estrutura de

contraplacado que dá um tipo de

relevo convexo sobre o qual repousa

então uma tela que é esticada e

depois pintada de forma uniforme.

Em geral, Josh Sperling não afasta

a circunstância da sua obra parecer

lúdica, porque é assim que deseja

que seja a vida. A sua última

exposição, na galeria Perrotin em

Paris, é marcada pela capacidade

de explorar as características do

espaço expositivo, pondo mais uma

vez em evidência a ideia de uma

composição que nasce a partir

de uma exploração gráfica. Desta

vez, uma das salas é polvilhada

por essa simulação de esguichos

de cor preta enquanto a outra é

composta por várias composições

circulares sempre com duas cores.

www.galerieperrotin.com

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