Olericultura: A Arte de Cultivar Hortaliças
Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.
Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.
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Sulfetos alílicos Alho e cebola Estimulam síntese de enzimas de proteção.
Sulforafane Brócolis Redução do risco de câncer.
Fonte: Adaptado de: Anjo, 2004; Carvalho et al., 2006.
Com base nas suas características e na classificação dessa tabela, as hortaliças
são enquadradas como prebióticos, ou seja, têm em sua constituição compostos que
produzem efeitos benéficos à microflora colônica, induzindo efeitos favoráveis à saúde.
Alho, aspargo, alcachofra, cebola e chicória (raiz) são exemplos de hortaliças que
apresentam fruto-oligossacarídeos que têm ação prebiótica comprovada. Têm como
efeitos na regulação do trânsito intestinal e da pressão arterial, redução do risco de
câncer e dos níveis de colesterol total e de triglicerídeos, bem como da intolerância à
lactose.
De acordo com a interferência que os alimentos funcionais exercem na flora intestinal, são
divididos em três grupos: prebióticos, probióticos e simbióticos.
Prebióticos: São carboidratos complexos (consideradas fibras alimentares) resistentes às
ações das enzimas salivares e intestinais. Ao alcançarem o cólon, produzem efeitos benéficos à
microflora colônica, induzindo efeitos favoráveis à saúde.
Probióticos: São suplementos alimentares, normalmente utilizados em alimentos
industrializados, que contêm bifidobactérias ou bactérias benéficas para a melhora do balanço
intestinal por meio da colonização do intestino por outras espécies, do controle do colesterol,
das diarreias e da redução do risco do desenvolvimento do câncer. Tem função de estimular o
sistema imunológico e alterar o mecanismo microbiano.
Simbióticos: São alimentos com característica de função dos dois grupos, pré e probióticos.
6. OFERTA E CONSUMO DE HORTALIÇAS NO BRASIL
Considerando a produção de 17.863.456 t de hortaliças (Tabela 3.1) e, estimando a
população brasileira em 200 milhões de habitantes, estaria sendo disponibilizado cerca de 89
kg de hortaliças/hab./ano, ou seja, de 244 g/hab./dia. Considerando perda estimada de 30%,
deveria chegar à mesa do consumidor pelo menos 170 g/hab./dia.
Todavia, com base na pesquisa domiciliar do IBGE no período de 2008-2009, o consumo
per capita de hortaliças foi de apenas 49 g/hab./dia. Esse consumo está muito aquém do que
é observado em outros países, principalmente da Ásia. Portanto, políticas de incentivo ao
consumo de hortaliças devem ser adotadas no Brasil.