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Olericultura: A Arte de Cultivar Hortaliças

Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.

Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.

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Sazonalidade: variações, no caso em questão, na oferta de hortaliças que ocorrem ao longo

das estações do ano, épocas ou mesmo regiões.

• Tempo despendido com colheitas, preparação e comercialização:

Como já mencionado, no cultivo de hortaliças não há “ano agrícola”. Portanto, para quase

todas as espécies de hortaliças há plantio e colheita durante o ano todo. Além da elevada

perecibilidade pós-colheita e das dificuldades de armazenamento, muitas hortaliças têm várias

colheitas ao longo do ciclo de cultivo e não apenas uma colheita no final do ciclo, como ocorre

com os cereais. Portanto, as colheitas são parceladas, podendo ser realizadas diariamente, a

cada dois ou três dias ou semanalmente, e podem durar por semanas ou meses.

A cada colheita, segue-se a limpeza, classificação ou padronização, embalagem e

comercialização dos produtos colhidos (veja capítulo 10). O tempo dedicado, principalmente

na comercialização fora da propriedade, traz como transtorno a ausência do agricultor de sua

atividade na propriedade rural. Às vezes, para evitar os prejuízos decorrentes dessa ausência,

o produtor vende as hortaliças na propriedade para outro indivíduo, que irá proceder a

comercialização nos centros consumidores. Isso fez surgir a figura de um intermediário ou

“atravessador”, que alguns dizem ser um mal necessário, que pode ser útil à sociedade se

atuando de forma não exploratória.

Intermediário ou atravessador: indivíduo que se dedica à compra de produtos hortícolas

diretamente dos produtores rurais e os comercializa nas centrais de comercialização para

outro comerciante (Ceasa, Ceagesp, etc.).

• Atividade de alto risco financeiro:

Além do custo de produção elevado, as espécies olerícolas apresentam elevada

suscetibilidade a fatores abióticos e bióticos durante seu cultivo (Figura 1.4). Também são

produtos volumosos, com elevados teor de água e taxa respiratória, características essas que

os tornam muito perecíveis e que praticamente os inviabiliza de serem armazenados por

longos períodos, mesmo sob condições controladas.

Além disso, exceto aqueles produtores familiares cadastrados no PNAE e PAA, que têm

certa garantia de compra e de preço de quantidades definidas da sua produção, os preços

das hortaliças são determinados pela lei de mercado (oferta x demanda), ou seja, não são

contempladas pelo preço mínimo nos programas de governo. Portanto é válida a máxima:

“Colheu, não vendeu, perdeu! ”.

Infelizmente, não são raras as vezes que vemos nos noticiários agricultores destruindo as

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