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Olericultura: A Arte de Cultivar Hortaliças

Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.

Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.

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Dentre os agentes polinizadores, as abelhas melíferas são as mais

eficientes (Figura 9.9). Em razão dessa atividade ocorrer principalmente

na parte da manhã, deve-se evitar fazer o uso de irrigações por aspersão

e/ou pulverizações fitossanitárias nesse horário, além de utilizar inseticidas

menos danosos a elas.

Em espécies como tomate e melão cultivados em casa de vegetação, devido à baixa

atividade de abelhas, pode-se promover a polinização manual ou com uso de vibrador e/ou

de sopradores mecânicos para promover a deiscência do pólen das anteras.

No caso da abóbora híbrida tipo tetsukabuto, por ser uma cultivar macho estéril (pólen

não é viável) e pelo fato do ovário (fruto) não desenvolver por partenocarpia, há a necessidade

de promover a polinização com pólen viável vindo de outra cultivar de abóbora ou moranga.

Essa polinização pode se dar de forma natural (abelhas) ou manual, ou pode ser substituída

pela aplicação, nas flores femininas, de fitohormônio sintético (substância reguladora de

crescimento); esse tipo de polinização denomina-se de frutificação hormonal ou frutificação

induzida.

Partenocarpia: algumas cultivares de pepino apresenta somente flores femininas e a frutificação

pode ocorrer na ausência de polinização e da fertilização (fecundação). Esse desenvolvimento do

ovário na ausência de polinização e de fertilização dos óvulos denomina-se de partenocarpia.

Monoicia, andromonoicia, hermafrodita, ginoicia: são formas de expressão do sexo pelas

plantas.

Monoicia: as plantas apresentam flores unissexuais (apenas um sexo, masculina ou feminina) na

mesma planta, mas em pontos separados. Ex.: abóboras, moranga, melancia e cultivares de pepino.

Andromonoicia: as plantas apresentam flores unissexuais masculina e flores completas ou

hermafroditas (ambos os sexos presentes na mesma flor), na mesma planta, mas em pontos

separados. Ex.: meloeiro.

Hermafrodita: as plantas apresentam flores completas; ou seja, ambos os sexos estão presentes

na mesma flor, na mesma planta. Ex.: tomateiro, pimentão, jiló, berinjela, batateira e algumas

cultivares de pepino.

Ginoicia: as plantas apresentam apenas flores unissexuais femininas (apenas sexo feminino na

mesma flor) na mesma planta. Ex.: cultivares de pepino ginóicas.

Obs.: existem cvs. de pepino ginóicas partenocárpicas e cvs. de pepino ginóicas nas quais os frutos

não desenvolvem por partenocarpia, ou seja, necessitam de cvs. monóicas para fornecer pólen

viável. Esse pólen pode ser somente para polinizar (sem fecundar) ou também para fertilizar os

óvulos, estimular o crescimento do ovário e resultar no fruto. Portanto, ginoicia não é o mesmo

que partenocarpia.

Frutificação hormonal ou induzida: forma de promover o crescimento do ovário (que dará

origem ao fruto) na ausência de pólen viável substituindo a ação desse pela aplicação de solução

a base de auxina. Esse método é muito utilizado no cultivo da moranga/abóbora híbrida tipo

tetsukabuto (kabotiá ou kabotian).

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