Olericultura: A Arte de Cultivar Hortaliças
Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.
Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
144
1.11. Amarrio ou amarração:
As hortaliças cujo caule não suporta o peso da parte aérea da planta, e nas quais se faz
uso do tutoramento, necessitam de ter sua(s) haste(s) presa(s) a esse suporte (tutor) durante o
cultivo. A operação de fixação dessa(s) haste(s) ao tutor denomina-se de amarrio ou amarração
(Figura 9.7). Seu objetivo é impedir que a parte aérea da planta entre em contato com o solo.
É uma prática associada ao tutoramento e que deve ser realizada à medida que a planta vai
crescendo; ou seja, não é uma única operação como ocorre com o tutoramento. Amarrio é
prática exigida nas culturas do tomateiro de mesa, pimentão, ervilha, meloeiro e pepineiro
tutorados (Figura 9.7).
Figura 9.7. À esquerda, planta de tomate de mesa tutorada com bambu indicando o amarrio da planta
ao tutor (seta acima do laço com fita branca de nylon em formato de oito deitado) e cicatriz na axila foliar
(seta de baixo) devida à desbrota (retirada de brotação lateral). À direita, poda apical ou capação (seta) em
tomateiro de mesa. Fotos: Mario Puiatti
1.12. Amontoa:
Consiste em se chegar do solo à base das plantas. É uma prática imprescindível no cultivo
da batateira como forma de proteger os tubérculos da incidência da luz, o que pode levar à
síntese de clorofila (esverdeamento) e de um alcaloide tóxico aos humanos, que é a solanina
(Figura 9.8). Além de proteger os tubérculos da luz, a amontoa favorece o crescimento dos
tubérculos por proporcionar condições físicas de solo mais favoráveis. Tem ainda a função de
incorporar os adubos aplicados em cobertura do solo (adubos nitrogenados e potássicos).
Em outras culturas olerícolas, podem-se fazer leves amontoas como forma
de incorporar adubos aplicados durante o crescimento (adubação de
cobertura). Todavia, na batateira, é realizada apenas uma vez, por volta de
30 dias após a emergência das hastes, correspondendo ao início da emissão
dos estolões e de tubérculos.