Olericultura: A Arte de Cultivar Hortaliças
Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.
Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.
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Todavia, nem todas as espécies cujas estruturas de propagação são denominadas
“sementes” são sementes verdadeiras. Sob o ponto de vista botânico, o fruto é o ovário
maduro, podendo conter uma ou mais sementes, enquanto a semente é o óvulo maduro. Por
exemplo, a vagem da ervilha e do feijão-vagem é um fruto que contém várias sementes, sendo
fácil a distinção entre fruto e semente. Em algumas hortaliças, porém, como as espécies das
famílias Apiaceae (cenoura, salsa, coentro) e Asteraceae (alface) as “sementes” são, na verdade,
frutos secos denominados, respectivamente, esquizocarpos e aquênios, visto que, quando
completamente maduras, apresentam alguma estrutura originada do ovário.
Figura 7.2. Da esquerda para a direita: sementes de solanáceas (tomate e pimentão); sementes de brássicas
(couve-flor e repolho) e de aliácea (cebola). Todas as sementes estão com a cor natural, exceto as sementes
de repolho (azul) que estão com a coloração alterada devido a tratamento químico. Fotos: Mario Puiatti
Em beterraba (Chenopodiaceae ou Quenopodiacea) e espinafre da Nova Zelândia
(Tetragoniaceae), a estrutura utilizada para propagação é conhecida como “infrutescênciasemente”,
pois dois ou três frutos (fruto múltiplo), provenientes de flores distintas, se
encontram envolvidos pelo receptáculo comum ao conjunto floral. Esse conjunto forma uma
infrutescência, denominada de glomérulo, ou seja, um aglomerado de frutos contendo uma
ou várias sementes.
Sementes de algumas hortaliças, como de alface, podem apresentar dormência, e de
algumas variedades de alface também são responsivas à luz para germinar. Essas últimas
devem ser semeadas mais superficialmente, para permitir que os raios solares as alcancem
induzindo à germinação. O sistema fotossensível é o fitocromo, conforme visto no capítulo 5.
Dormência: Diz-se que a semente, ou mesmo um órgão vegetativo utilizado na propagação,
está dormente quando não mostra nenhum sinal de reassumir o crescimento quando as
condições ambientes são favoráveis a esse crescimento. Quando a semente ou órgão
vegetativo tem potencial para germinar ou brotar (reassumir crescimento), mas não o faz
devido às condições ambientais desfavoráveis, dizemos que estão em quiescência ou em
repouso.