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Olericultura: A Arte de Cultivar Hortaliças

Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.

Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.

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No Brasil, existem mais de 80 espécies consideradas hortaliças que apresentam cultivo

econômico (veja capítulo 4). Dentre elas, a maioria é propagada exclusivamente de forma

seminífera, empregando-se sementes ou fruto com semente como material propagativo.

Outras apresentam, além de semente, a possibilidade de serem propagadas também de forma

vegetativa (assexuada), como é o caso da cebola de cabeça (Allium cepa), para a qual se pode

usar semente ou o bulbo.

Algumas espécies olerícolas são propagadas de forma exclusivamente

assexuada (vegetativa), visando-se à exploração comercial de produtos para

consumo. Nesse grupo, temos como exemplo o alho (Allium sativum) e a

batateira (Solanum tuberosum), duas das principais hortaliças cultivadas no

Brasil e no mundo.

Nesse capítulo serão abordados aspectos dos dois métodos de propagação das hortaliças,

a propagação seminífera ou por sementes, também denominada de sexuada, e a propagação

vegetativa ou assexuada.

1. PROPAGAÇÃO SEMINÍFERA DE HORTALIÇAS

Cerca de 70% das espécies olerícolas são propagadas por sementes ou fruto contendo

semente. As sementes são estruturas originadas a partir do processo de fertilização que envolve

a união de gametas masculinos, presentes no grão de pólen, com o gameta feminino e os

núcleos polares, que se formam no interior do óvulo, mais precisamente no saco embrionário.

Nas Angiospermas, que são as plantas mono e dicotiledôneas (veja capítulo 4), para que

ocorra a formação das sementes, o grão de pólen deve ser transferido das anteras para o

estigma da flor no processo denominado de polinização. No estigma, ocorre a germinação

do grão de pólen, emitindo o tubo polínico, onde se encontram as células reprodutivas ou

generativas do grão de pólen (gametas masculinos). O tubo polínico atravessa o estilete em

direção ao ovário, onde se encontram o(s) óvulo(s), no saco embrionário, local de formação do

gameta feminino e dos núcleos polares. Chegando ao saco embrionário, o tubo polínico libera

os gametas masculinos, promovendo a dupla fertilização, que é caracterizada pela união de

um dos núcleos generativos do grão de pólen (n) ao núcleo da oosfera (n), originando o zigoto

(2n); o outro núcleo generativo (n) se une aos dois núcleos polares (2n) presentes no saco

embrionário, formando o endosperma (3n) da semente.

Várias transformações e divisões celulares se sucedem, de modo que o zigoto (2n) dá

origem ao embrião da semente e o endosperma se diferencia em um tecido que acumula

substâncias de reserva, as quais serão utilizadas para o crescimento do embrião, por ocasião

da germinação da semente. Em paralelo, os integumentos do óvulo dão origem ao envoltório

ou tegumento da semente.

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